Bed Of Blue Roses - DaenerysTargaryen/Jon Snow escrita por Bruna Herrera


Capítulo 26
Capítulo 26


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, desculpa sair assim e sumir, mas estou aqui postando bravamente em meio ao TCC. Enjoy!



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Arya escutou um batalhão marchando ao longe, foi até uma fresta da porta tentar vislumbrar algum sinal de pilhagem ou invasão, porém nada mais via que soldados num mar de fogo; os dragões da casa Targaryen.

Ela encontrou Jon caminhando com um pouco de dificuldade a frente daqueles homens. Sentia tanto orgulho do irmão, ele que não queria mais do que ser apenas um patrulheiro, agora era seu suserano. Ela embainhou sua Agulha e apenas esperou. Quando a grande porta se abriu-se a figura tão familiar surgiu e Jon imediatamente percebeu a sombra ao seu lado. Ele franziu os olhos parecendo não acreditar no que via, a boca se abriu e os olhos marejaram imediatamente. Arya depois de tantos anos não pôde segurar as lágrimas, perdeu a voz e nada conseguia dizer. Antes que o raciocínio voltasse, ele já a tinha nos braços. Seu abraço tão apertado e seu choro tão silencioso, trêmulo, a fizeram se entregar, sentir-se em casa finalmente.

— Arya. - Era tudo o que ele conseguia dizer.

— Estou de volta, irmão. - Ela sorriu como a muito não fazia.

— Achei que tivesse morrido, minha irmã. - Ele olhava atentamente seu rosto, pegando-o com as duas mãos. - Onde esteve? Com quem?

— São histórias demais para contar, isso poderemos fazer depois. Sua esposa está aqui, precisa ir vê-la.

— Dany! - O instinto protetor do lobo tomou-o. - Onde ela está?

— Escondida como pedi que ficasse.

— Irei encontrá-la. - Sor Barristan, que já aguardava do lado de dentro da porta, veio imediatamente ao lado do rei e se ofereceu para acompanhar Arya até um dos aposentos. - Pedirei para que Lady Margot suba imediatamente para cuidar de sua estadia, minha irmã.

— Não tenha pressa. Teremos uma viagem toda até Westeros para ficarmos juntos novamente.

Jon sentia o cheiro de Dany em algum lugar do castelo, sentia que ela tinha medo e queria poder não assustá-la quando estivesse por perto. Foi esgueirando-se corredor a corredor, com seu aroma de flores cada vez mais perto. Ele teve medo que seus passos a amedrontasse.

— Dany, meu amor. - Ele disse baixinho. - Sou eu, eu estou aqui.

— Jon? - A voz abafada saía de um pequeno armário de madeira, Jon não conseguia imaginar como ela havia entrado ali. - É você? - A voz pareceu trêmula.

— Sim, meu amor. - Ele sorriu e lentamente se encaminhou ao armário incrustado no chão do pequeno quarto. Ele abriu a porta e encontrou o rosto em lágrimas da amada esposa, pensou que nunca mais o veria. - Pensou que agora que não vivo sem você, eu iria embora?

— Jon, seu idiota. - Ela pulou em seus braços chorando, tentando conter as lágrimas de alegria por tê-lo. - Eu te amo tanto meu amor, tanto. Obrigada por voltar. - O beijou apaixonadamente.

— Eu te amo, Dany. Nunca mais vou deixar que te tirem de mim. Nem você e nem nosso filho, eu prometo meu amor.

— Diga meu amor, diga que o matou para sempre. - Perguntou ela. - Diga que ele nunca mais poderá nos machucar.

— Ele vive meu amor, porém eu o trouxe para você. - Ele viu os olhos dela brilharem em pura fúria, uma vingança palpável. Jon sabia que ela faria Daario pagar. Ele beijou as mãos da esposa, enquanto ambos continuavam sentados no chão. - E quem lhe dará a sentença será você, minha rainha.

Mares foram atravessados até a volta de Jon e Daenerys para o conforto de seu lar. Jon não adiou seus compromissos e resolveu todos os percalços que ocorreram com seu afastamento, a festa nas ruas pelo feito do rei, recuperando as ricas terras de Essos permanecia viva e ativa. Lordes de todas as províncias vinham a seu encontro para cuspir gracejos e oferecer seus exércitos para a grande guerra que viria.

Daenerys descia devagar pelas escadas do Fosso dos Dragões, com a barriga proeminente, segurava-se nas paredes de pedras vermelhas lisas. Abrindo a porta, avistou Daario acorrentado, sentado ao chão, alheio a sua presença, porém tão somente quando a porta se fechou atrás de si, ele se deu conta do perfume de Dany. Nada havia sido dito, e ela mesmo esperava que não fosse, não até que ela quisesse que fosse dito. Odiava-o, assim como odiava Tywin Lannister, por ter destruído sua família, e aquilo não aconteceria de novo, nunca mais. Ela só tinha aquele bebê e Jon. Daario atentou contra seus bens mais preciosos, contra as pessoas que mais ama.

— Eu realmente deveria fazer tantas coisas com você. - Ela disse apenas e Daario permaneceu imóvel, impassível. - Te deixei com o poder de Meereen porque confiei em sua lealdade, me havia provado muitas vezes, e me traiu como uma prostituta paga pelos Dragões de Ouro mais altos. E tudo porque não pode suportar ver Jon como seu rei?

— Se engana. - Ele disse numa voz suave, porém perigosa. - Não suportei vê-lo como seu rei! - Gritou furioso. - Ele tomou meu lugar ao seu lado em todos os sentidos, e eu o odeio. Eu te odeio, você me traiu, mas a culpa agora é minha, não é? Eu fui culpado por seguí-la e por acreditar que seria a rainha deste lugar e de você eu ganhei seu abandono.

— Vai morrer pelo que fez com o meu marido, Daario. E se me conhece tanto quanto acredita que conhece, sabe que eu vou cumprir o que digo.

— Então mate-me, qualquer dor será menor que vê-la ser feliz ao lado dele. - Ela sorriu.

— Jon!? - Ela gritou ainda de olhos fixos em Daario, vendo em seguida o recorde da sombra surgindo por detrás da grande porta. O caminhar ela calmo e lento, porém firme. Jon a beijou no rosto e a abraçou, fazendo-a sentir seu calor e segurança.

— Que tal levarmos ele para dar um passeio? - Ele sorriu pra ela. - Talvez Drogon goste de acompanhar você, Daario. - Jon o fez se levantar rapidamente.

— Ele anda meio rebelde, mas Dany acha que ele não está rancoroso pelo que fez. - Ele disse no ouvido de seu antigo algoz. - Mas ela pode estar só em negação, o que é normal nas mães.


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Notas finais do capítulo

O que acharam. Comentem por favor, não sei se ela está legal.