Daenerys estava em sua banheira, mergulhada em águas fumegantes como sempre gostava. Acariciava a barriga e apreciava com satisfação momentos como aqueles, somente ela e seu bebê. Conversavam muito quando Jon não podia estar ao seu lado, sentia-se mais feliz ainda em saber que o bebê crescia saudável. Ghost se sentou perto dela, pousando o focinho na borda da grande banheira. Os olhos vermelhos, tão dóceis, a olhavam com ternura e admiração. Muitas vezes era possível encontrar no lobo os resquícios de Jon e por isso seu coração já o amava por completo. Acariciou-o entre os olhos languidamente, fazendo com Ghost fechasse-os e soltasse um dos seus grunhidos de satisfação. Seu corpo levitava sobre a água e seus cabelos espalhavam-se como raios dourados que cobriam o céu num dia quente de verão.  

Ouviu passos às suas costas, o perfume amadeirado e único do marido tomou o lugar, a ternura a preencheu novamente; Jon. Ele caminhou até ela, e sem nenhuma palavra dita, retirou sua roupa lentamente. Os olhares estavam conectados um ao outro, pregados e incandescentes. Como ele ainda poderia sentir desejo por ela? Sentia-se enorme e inchada, mas nunca lhe vira olhar diferente de como sempre a olhara, apaixonado, fascinado.

Dany olhou a compleição nua a sua frente, como que talhada pelo mais habilidoso escultor de todos os reinos. Percebia a excitação dele, e sua pele arrepiou-se mesmo no calor da água. Ele entrou e sentou-se ao seu lado, a trazendo para seu colo. Olhava seu rosto tão atentamente, em cada resquício como se tentasse gravá-la pela última vez. Acariciou seu rosto e sorriu levemente, levando seus dedos por entre seus cabelos. Dany sentia a rigidez em sua pernas e reacendeu-se em paixão.

— Jon. - Sussurrou a centímetros de seus lábios

— Não diga, Dany. Nem pense em dizer isso. Eu amo você, você me ama e isso não vai acabar. - Ele deslizou os lábios pelo queixo da esposa, beijando o canto de sua boca. - Eu só quero que faça amor comigo como nunca fez. Me faça esquecer que o amanhã vai existir.

Em um beijo voraz e até agressivo, jogaram-se de encontro a pura paixão, Dany montou abruptamente nas pernas de Jon. Enquanto o beijo transgredia seus desejos, as mãos de seu rei acariciavam sua parte íntima com uma habilidade ímpar, o toque sutil e arrebatador a implodira em um milhão de pedaços. Não, não iria perdê-lo.

Ele beijou seu pescoço e seus estalos soavam como uma canção para heróis, fascinante e melodiosa.

Ele a penetrou devagar e enquanto seus quadris iam de encontro aos deles. Os lábios de Jon vagarosamente demoraram em seus seios, depois beijando-lhe a barriga. Ele sentia já a saudade randômica a cada momento em que cada estocada o deixava mais perto do ápice.

— Eu te amo Daenerys. Enquanto viver, seu corpo e sua alma serão para sempre meus, como os meus serão somente seus. - Deu-lhe uma estocada funda fazendo Daenerys gritar de prazer seu nome. - E se eu morrer, a última coisa que quero lembrar são dos seus olhos brilhando quando faço amor com você.

Dany arranhou o tórax de Jon com força e moveu-se mais rápido, gritando descontroladamente o nome do esposo. Encostaram suas testas e Dany agarrou-lhe os cabelos, enquanto cavalgava-o com todo o vigor e ele beijou-lhe como a última vez, doce e envolvente. Gozaram ao mesmo tempo e enquanto ela se recuperava , ele distribuía beijos pelo alvo colo, aspirando seu perfume.

Ele a virou na banheira, sentando-a em sua borda larga. Ela o olhou confusa, enquanto antes que lhe beijasse entre as pernas. Sorriu em meio a um gemido profundo, sentindo a habilidosa língua explorando-a por completo, descobrindo-a em locais onde nunca descobrira. No ápice, ela sentiu derreter-se nos lábios de Jon, que recebeu seu gosto com toda a perversão e carinho; ele era incrível e ela iria ignorar de todas as formas aquele estranho sentimento em seu peito que a consumia enquanto ele a beijava no pescoço e a abraçada com amor.

Dany e Jon desceram até o Salão Principal para o jantar com seu Pequeno Conselho. Varys, Lady Margot, Sor Barristan Selmy se juntaram a farta mesa para um momento a sós, discutindo boas estratégias.

A serva entrara com vários pratos por vez, dispondo tudo a mesa. Dany serviu-se de pouco, pois ainda não tinha certeza do que poderia ou não comer, ainda enjoava um pouco. Evitou coisas pesadas e sempre mantinha-se ativa.

Obviamente Lady Margot não a deixava fazer nenhum tipo de esforço, e Jon estava seguindo-a desde então. Ele estava sendo o maior pai do mundo, sempre prestativo e amoroso. Enquanto estava ao seu lado, depois de terminar sua refeição, acariciava a barriga da esposa com um sorriso e olhos distantes, talvez pensando no futuro.

— Vossa Graça. - Começou Sor Barristan. - Daario anda muito quieto para o meu gosto, precisamos agir.

— Os homens já estão à sua procura? - Perguntou Jon, desviando-se por um minuto da proeminente barriga da amada.

— Certamente, porém se eu fosse ele, também me esconderia de Vossa Graça.

— Sor. - Jon deu-se ao desfrute de sorrir. - Você é o melhor que todos os reinos já viram, eu sou um mero aprendiz.

— De forma alguma, logo não ei de servir para mais nada. - Todos riram à mesa.

— Está sendo modesto como sempre, Sor! - Bocejou. - Estranho, não pensei que estivesse com tanto sono. - Melhor nos retirarmos, certo? - Dany assentiu.

Jon e Daenerys foram de braços dados até o quarto por entre o corredor. Jon estava fazendo um esforço absurdo para manter-se de pé.

Depois do jantar sentiu o cansaço mais incompreensível do mundo, o corpo parecia estar repentinamente tendo lapsos e então tentou apoiar-se na parede, ele sentiu o desequilíbrio de Dany e a procurou no meio das sombras, que quase lhe roubavam a visão.

— Jon? - Ele percebeu a voz fraca de Dany, ela também não se sentia bem. -  O que está havendo? - Nos olhos dela, ele percebeu que a estava perdendo para a escuridão.

— Rápido para a cama, Dany. O bebê. - Ele reuniu suas últimas forças para que ela não caísse e se machucasse, quanto mais ao bebê. Levou-a e deixou-se cair ao lado dela. - Vai ficar tudo bem. - Ele pegou a mão de Dany o mais forte que pôde. - Seja forte Dany. Daario não vai conseguir… - Ele desmaiou e Dany perdeu aquele som que a mantinha lutando. Ela estava ali, deitada e de mãos dadas com seu amado, impotente.

— Daario. - Dany deu-se conta do que Jon falava. - Não, isso não! - Sua voz era apenas um sussurro, ela também estava perdendo sua batalha. Em meio a um borrão, viu um homem entrar lentamente a pegá-la nos braços e, a última imagem que vira, foi a de sua mão separando-se da mão de Jon.