Bed Of Blue Roses - DaenerysTargaryen/Jon Snow escrita por Bruna Herrera


Capítulo 21
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Olá gente, desculpe antes de tudo, minha faculdade tá sugando bonito e só agora consegui me ajeitar em escrever. Espero que gostem desde capítulo. Boa leitura!



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Jon subira os aposentos reais para preparar seu baú rapidamente. Ele precisava calcular mentalmente tudo o que poderia ser feito para deter os planos de Daario imposto à sitiada Meereen. Ouvira histórias sobre o quanto sua esposa lutara para conseguir trazer paz para a cidade, abolindo a escravidão de uma vez por todas da cultura daquelas pobres pessoas. Era inaceitável, ele como protetor dos Novos Reinos, ficar inerte a esta afronta. Partiria nem que fosse por conta própria, sozinho.

A imensa porta do aposento foi aberta e o farfalhar das sedas do vestido foram ouvidos; Dany.

— Pedi para que Lady Margot preparasse imediatamente meus pertences e colocasse tudo em nossa embarcação.

— Você fica, Dany. - Disse simplesmente. Colocou sua espada, enrolada em alguns panos dentro da baú ao final de tudo, para que assim lhe ficasse acessível.

— Nem pense que ficarei aqui enquanto ele me afronta da maneira mais baixa possível, Jon. - Ela elevou a voz. - Eles são meu povo também e pouco me importo se você me levará. Eu irei e está decidido. Nossos intendentes cuidarão daqui e não te deixarei sozinho. - Ela se aproximou em seguida e tocou seu ombro, enquanto Jon estava de costas para ela. - Não vou permitir que nos deixe aqui, Jon Stark.

— Meu amor. - Ele se virou para ela e enlaçou seus braços em sua cintura, sentiu também a barriga de Dany acomodar-se em seu corpo. - Não posso permitir que nada lhe aconteça, que nada aconteça ao nosso bebê. - Ele acariciou a barriga lentamente, fazendo com que Dany depositasse sua mão por cima da dele. - Precisam estar protegidos e não me perdoaria se alguém os machucasse. Entenda e não seja tão teimosa. - Pediu com carinho, levando aos lábios, as mãos da amada esposa. - Por favor, minha rainha.

— Que tipo de rainha eu seria se não pudesse estar ao seu lado? - Ela encostou sua testa na dele. - Prometo que manterei Ghost por perto e iremos ficar muito bem.

— Porque tem que ser tão cabeça dura? - Ele lhe beijou amorosamente.

— Porque amo você.

Em menos de um dia, centenas de embarcações já estavam prontas para a partida. Um bom número de soldados foi providenciado e armado para qualquer eventualidade. Todos os mantimentos e pertences à bordo estavam em seus devidos departamentos. Kings Landing foi reforçada para que não houvesse margem para nenhum plano escuso ou ataque surpresa das forças de Daario atingissem-os pela costa.

Jon acomodou Dany na cama da imensa cabine real. Tinha medo que a esposa passasse por algum mal estar da viagem. A madrugada estava fria, por isso logo se juntou a sua rainha em seu leito, sobrepôs mantas e cobertores e abraçou ela, aninhando-a em seu peito para que, em seus braços, ela pudesse adormecer bem.

— As vezes tenho medo. - Disse ela depois de muito tempo em silêncio.

— De que? - Ela levantou os olhos para ele, e ali Jon vislumbrou um céu de estrelas.

— De que algo te aconteça. - Nos olhos dela via-se a dor de um futuro incerto, um medo dilacerante. Jon viu seu coração comprimir-se diante da preocupação da esposa.

— Eu estarei sempre aqui, sabe disso. - Ele lhe beijou a ponta do nariz. - Se me pedirem para escolher entre perder meu poder e perder você, escolherei perder o poder todas as vezes. - Ela o beijou ardentemente. - Queria ter mil vidas, para poder vivê-las ao seu lado, em seus braços.

Daenerys finalmente colocara os pés em solo firme, na Baía dos Dragões depois de muitas semanas viajando naquele barco. “Myssa” era o que ouvia da multidão que se aglomerava para vê-la passar. Jon, como sempre ao seu lado, a ajudava a caminhar pelas ruas irregulares. O povo parecia ansioso, temeroso. Os olhares caíram sobre o Rei, curiosos e duvidosos.

Os batedores reais, levaram o casal em sua casa rolante e certificaram-se da segurança no trajeto até a pirâmide de Meereen.

Daario não habitava ali, inclusive cumprira seu dever do quartel da patrulha da cidade, deixando seu antigo castelo interditado. Foram suas forças que haviam retomado seu lugar por direito. Jon achou seguro permanecer ali por algum tempo, porém novamente pediu reforço pelas entradas. Sabia que Ghost estaria com ela, mas pressentia coisas terríveis.

Somente quando o último baú foi deixado, é que a tranquilidade os abateu, assim como o cansaço. A pedido de Dany, Jon dormira um pouco com ela, sabendo que quando levantassem, teriam que tomar algumas atitudes.

— Sente-se bem, Vossa Graça? - Perguntou Barristan Selmy ao seu lado, em meio a Sala Comum. - Parece cansado demais.

— Não durmo muito bem pela noite, Sor. - Ele lhe devolveu o olhar, ainda que cansado e sem forças para desenvolver justificativas.

— Sabe que eu conheci o senhor irmão da rainha; Rhaegar, certo? - Jon pouco ouviu ao longo da vida o nome do sequestrador de sua tia, Lyanna. Mesmo de seu pai era difícil se ouvir alguma referência sobre eles. Para quem esteve lá, como Sor Barristan, o nome estava fresco na memória, parecia que havia acontecido há pouco tempo atrás.

— Ele não fez o que disseram que fez, Vossa Graça. - O soldado disse apenas. - Ele era apaixonado por ela, traiu sim a princesa Elia, porém ele a amava muito. Sua tia, Lyanna.

— Ele a estuprou. - Afirmou, porque por muito tempo essas palavras foram de alguma forma uma prova cabal de que sua tia havia ido contra sua vontade.

— Vossa Graça conhece tantas pessoas maldosas, porque não haveriam de ser maldosas com um guerreiro como ele? Era honesto, Vossa Graça, tinha princípios e justiça. Era quieto e triste, sofria em cada nota que sua harpa tocava.

— Porque me diz isso? - A afirmação de Sor Barristan veio espontaneamente. Queria saber o motivo pelo qual pautava este assunto. - Não sinto rancor por alguém que nunca conheci, apesar de tudo o que dizem sobre ele, não sinto nada.

— O falecido Rei Robert, que os deuses o tenham consigo, é quem disseminou essa história. Ele tinha o orgulho ferido, e por isso nunca pensou na possibilidade de Lady Lyanna ter ido por vontade própria com o príncipe.

— E o ponto é? - Queria saber o que tudo aquilo significava no contexto geral de sua vida, porém ainda não conseguira encontrar um gancho plausível.

— Ele morreu tentando honrar sua amada e não para simplesmente derrotar Robert, morreu para salvá-la de algo muito maior que ele. Creio que fará o mesmo pela rainha, contra um homem mal amado por ela. - Jon começou a encaixar as peças daquela história. - Vossa Graça tem a mim e a seus guardas, eu não poderei deixá-lo sozinho neste confronto e perdê-lo também. Até pouco tempo atrás, desejava ter morrido naquela Batalha à ter baixado minha espada para Robert, mas agora entendo o porque estou aqui. Os deuses me fizeram ver que se um dia precisar morrer, que seja por um homem honrado como o senhor. - Jon compadeceu-se do homem. - Sei que seria o único que honraria minha vida com a sua própria.

— Eu aprecio seu carinho, Sor. Porém ele afrontou a minha honra e a de minha esposa, e isso não ficará impune. Preciso fazê-lo sozinho, mas eu preciso que se comprometa a estar ao lado de Daenerys e do meu filho ou de minha filha. Um deles será seu suserano e é disso que precisa cuidar.

— Verá seu filho nascer, isso lhe prometo. - Sor Barristan estufou o peito de orgulho.

— Tenho fé que sim. - Ele bateu no ombro do homem, salvaguardado pela armadura branca da Guarda Real. - Irei até minha esposa, mantenha os rapazes em alerta, certo?

— Com certeza, Vossa Graça. Tem minha palavra.


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Notas finais do capítulo

Vish, referências sobre papai e mamãe. como ele vai descobrir? Beijos crianças e comentem por favor, me ajudem! ♥