Acordo passando a mão pela cama gelada a procura do calor de Finnick. Abro os olhos quando percebo que não há ninguém. O quarto ainda estava escuro por causa da persiana, que cobria a janela.Levanto e vejo o relógio marcando 7:30 ou seja, tenho uma hora para tomar café porque às 10:00 todos os tributos teriam que estar no centro de treinamento.Troco de roupa e vou até a sala de jantar tomar café.Lá, Finnick e Mags estavam na mesa comendo.

-Teve uma boa noite? Mags pergunta enquanto finnick deixa a colher cair da mão e olha para mim.

—Sim.digo rapidamente rezando para não ficar vermelha.

—Finnick querido,é melhor tomar mais café. Você ainda não parece desperto.Já é a segunda vez deixa algo cair.Rosimella fala do outro lado da sala enquanto faz sua maquiagem.Ele não fala nada.nem pega mais café.

—Bom dia Tyson,dormu bem?. Mags faz a mesma pergunta que fez a mim.Ele balança a cabeça positivamente.

-Queridos.Finnick começa.-Hoje, vocês vão pro centro de treinamento, onde os patrocinadores estarão de assistindo tudo o que estão fazendo. Ele termina de mastigar o pão que estava comendo. - E todos os outros tributos estarão lá também. Vocês vão ficar juntos no mesmo ambiente. Ele continua. -Então é bom que vocês não mostrem tudo que sabem fazer.Tente aprender algo novo e a manusear mais de uma arma.

—Eu aconselho que estudem sobre tipos de plantas ou pelo menos as que são venenosas.Mags diz.

-Vocês estarão lá com a gente? Tyson pergunta.

—Não. Mags,Rosimella e eu vamos arrumar patrocionadores. Começaremos a divulgar vocês.Finnick fala levando da mesa.

Depois do café, vou para o meu quarto, onde encontro uma blusa folgada preta de mangas verdes com um quatro branco ao lado.Enquanto tento fazer uma trança espinha de peixe penso em minha família. Não posso negar que sinto saudades. Ainda mais quando penso na possibilidade de nunca mais ve -los.Nunca achei que destruiria a família.

Me encontro com Tyson na sala e seguimos para o centro de treinamento. Lá, uma mulher cujo não prestei atenção no nome dava as instruções. Olho pro lado entediada e vejo o Garoto do 1 me encarando novamente. Depois de falar por mais dez minutos ela nos libera para circularmos livremente pelo lugar. Resolvo caminhar pelo centro e ver o que tenho para fazer. Havia um espaço simulando uma mata,com a grama alta alguns tipos de plantas e três árvores,havia o espaço das armas,que eram as mesmas de todo ano,uma área de camuflagem, uma piscina. Decido começar estudando as plantas. Até por que era um dos únicos lugares que estava vazio.

Depois de estudar as plantas, vou para a parte de camuflagem e fico sentada atrás das plantas observando os carreristas manusear as armas já que não tenho a mínima idéia de como usar isso.Quase uma hora depois vejo Tyson vindo na minha direção.

-Tyson. Chamo e ele vira pros lados a minha procura.-Tyson.aqui no Mato. Ele me vê e vem até mim.

-Nossa. Se fosse nos jogos eu morria.Ele diz com um tom triste.

—Ei. Vim te ajudar. Digo saindo de meu esconderijo. -Vamos treinar com as armas. Ele arregala os olhos. -O que foi?pergunto. – É que.. Não sei usar nada daquilo. Ele diz sentando ao meu lado.

—E não vai nem tentar?ele balança a cabeça negativamente.

—Eu sei que vou morrer por mais que você fica tentando me fazer ter esperanças....

—Você sabe o que o Finnick disse pra mim quando eu cheguei para me despedir dele depois que ele foi sorteado?falo colocando a mão em seu ombro. Ele balança a cabeça de novo. -Ele disse que nunca mais ia me ver porque nunca havia existido um vendedor com catorze anos. Digo me lembrando desse dia.-Tyson, você não pode desistir sem tentar. Você não pode morrer na praia depois de nadar o oceano. Ele parece pensar sobre o que digo.

—Tudo bem.ele fica de pé. -Por onde começamos. Sorrio.

Estava andando pelo apartamento a procura de Finnick. Havia duas horas que tínhamos saído do centro de treinamento e a hora do jantar já tinha passado e ele não havia comparecido.

-Finnick espero que você não esteja fazendo isso. Falo comigo mesma. Cansada de andar de um lado para o outro decido ver televisão. Acho um documentário que falava sobre os jogos do último vencedor do meu Distrito. Consigo me distrair por algum tempo até que sinto uma mão nos meus olhos deixando tudo escuro.

—Vem comigo. Ouço a voz de Finnick no meu ouvido direito.Ele coloca uma venda nos mes olhos e me guia.

-Finnick, o que você está aprontando?. –Shiii.Ele diz enquanto tenta me guiar numa escada?.

—Um dia vamos parar de subir?pergunto.

—Sim. Ele responde.

—Está me levando pro céu?. Depois que falo percebo que a frase não pegou bem.

— Pro céu?Não foi você que me disse pra ir com calma? Ele pergunta hironizando.bufo

-Pronto. Ele tira a venda do meu rosto. Estávamos num telhado. Só que era um telhado bonito, com umas plantações e com a vista de toda capital e seus arredores. -Sei que gosta de paisagem.

—Finnick é lindo. Digo olhando as luzes da capital.

—Eu sei.ele diz.-quer bebida? Ele pergunta levantando a taça de champanhe que estava em sua mão.

—Sim. Redpondo. E ele põe um pouco na taça.

-Não muito porque amanhã temos compromisso.Ele me estende a taça. -O que foi?.

—Estava falando com Tyson. Começo e bebo um pouco do líquido. -Ele disse que o pai dele é um ministro...

—Parece que não sou o único que está sendo castigado.Finnick comenta.

—Ele quer desistir. Eu o olho triste. -Finnick....

-Annie, você é uma pessoa maravilhosa. Mas não fique tomando as dores dos outros. Não é bom.Ele fala e eu coloco minha cabeça em seu ombro. -Ele está no direito dele. Só ele pode escolher isso.

—Finnick,nos ensine a lutar.Pesso. É a melhor dádiva que pode me dar na arena.

—Tudo bem.Mas devo lhe avisar que serão dias pesados.Quando vocês chegarem do centro de treinamento, jantem, tomem banho e descansem enquanto eu estiver fora.Quando eu voltar, vamos treinar na sala mesmo até umas onze da noite. Ele diz colocando mais bebida em sua taca. -Pode ser assim?

—Por mim tudo bem.

—A. E tem mais. Se Tyson não quiser, não irei força-lo.

—Ok.

Passamos as próximas horas conversando, bebendo e se beijando. A noite e o lugar estavam perfeitos para isso. Esse telhado era o nosso refúgio. O único lugar que dava para aliviar a pressão.

—Annie, é melhor irmos. Finnick diz ao perceber que começo a fechar os olhos.

—Mas está tão bom aqui.Digo depois de bocejar.

—Já está tarde.ele me levanta.-Podemos voltar todo dia se quiser.

—Eu quero.

Voltamos para o nosso andar.Vou para o meu quarto e Finnick para o seu.Não demoro muito tempo para cair no sono. Afinal a cama da Capital era muito confortável,então tinha que aproveitar o máximo de conforto que era oferecido, já que em breve não terei nenhum.

......

Correr.Só correr.Não há mais nada a fazer Annie.Tem um grupo de carreristas atrás de você.

-Vamos ter pegar garota.Não adianta fugir. O garoto do 1 grita atrás de mim.Continuo correndo até vejo a minha frente um paredão feito pelas pedras de uma montanha. Tenho escalar. Caio.

—Mata essa garota logo. A menina do dois diza ao garoto do um. Ele pega uma espada e enfia na minha barriga.

Acordo,suando, assustada e com o coração batendo rápido. Ponho a mão no peito e caminho até a cozinha pegar um pouco de água no intuito de me aclamar.Voltando ao corredor vejo sair uma luz pelo pequeno espaço que separava o chão da porta do quarto de Finnick. Entro.

-Acordada?ele pergunta.

—Tive um pesadelo. Digo sentando em sua cama. -E você?

—Pensando nos problemas. Mas não quero falar sobre isso. Ele diz com cara de cansaço.

—Posso dormir com você?

—Claro que pode. Ele diz apagando a luz do abajur enquanto deito em seu ombro,único lugar que terei uma boa noite de sono.-sempre que quiser.