O começo do amor escrita por Niinih


Capítulo 2
Capítulo 2 - Madeleine


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal!
Desculpe a demora para postar o segundo capítulo! Espero que gostem e continue seguindo a fic e não esqueçam de deixar seus comentários :D



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Após chorar por alguns intermináveis minutos, resolvo sair do meu esconderijo e ir até o meu local favorito. Mesmo sendo um pequeno pátio que, no final da escada que leva a ele, encontra-se uma janela enorme, é onde eu consigo ter momentos de paz para as minhas intermináveis horas de leitura ou até estudo. Quando chego ao meu cantinho, como meus amigos o chamam, sento no canto do ultimo degrau, apoiando as costas na parede abaixo da janela. Abrindo a bolsa que tinha colocado no colo, pego o livro que eu tinha guardado e, suspirando aliviada, retomo a leitura.

Permaneci na minha preciosa bolha do mundo fantástico da literatura por várias horas e, como no treino de Quadribol, desconectei-me do mundo ao meu redor. Quando finalmente terminei o livro, fechei a sua capa sorrindo satisfeita e olhei ao meu redor, notando uma pessoa do meu lado. Essa pessoa sorri marotamente, colocando a mão na minha cabeça, dando leves tapas.

“Boa garota! Terminou mais um livro.”

“O que está fazendo aqui, James?” Ignoro os tapinhas na cabeça e guardo novamente o livro na bolsa.

“Notei que você tinha ido embora depois do treino e fiquei preocupado. Então resolvi vir te procurar.”

“Eu achei que não precisava ficar te esperando.” Sorrio marota para ele.

“Tem certeza? Não aconteceu nada que eu deveria ficar sabendo?” James pergunta erguendo uma das sobrancelhas.

Reviro os olhos ao escutar o meu irmão. Mesmo que exista várias diferenças, nós temos a habilidade secreta dos gêmeos, na qual sabemos as emoções um do outro em determinadas situações. Por causa disso, mentir tornou-se algo difícil, porque um quase sempre descobre que o outro está mentindo. E essa habilidade também nos uniu mais ainda, porque James acabou virando meu protetor e eu virei sua cumplice várias vezes, para desespero dos meus pais. Nunca vou esquecer quando fizemos uma piscina dentro de casa – ao inundar o nosso porão – enlouquecendo os meus pais e acabamos nos livrando de uma bronca feia, porque eles não sabiam quem realmente culpar.

“Não, Jamie. Nada aconteceu...” Suspiro, apoiando a cabeça no braço dele.

“Ultimamente você anda meio solitária...” Ele coloca o braço ao redor do meu ombro, trazendo-me mais perto dele. “Eu sei que gosta de ficar aqui lendo, mas você anda passando muito tempo aqui e isso tem me deixado preocupado, Madsy.”

“Você devia culpar a Lily por isso, porque foi ela que me trouxe um monte de livros trouxas. Então, Sr. James Potter...” Desvencilho do braço dele e levanto, ajeitando a saia. “Não precisa se preocupar com nada, porque tudo está normal.” Sorrio para ele.

Ele ri e levanta balançando a cabeça. “Você acha que me engana.”

“James, eu já disse...”

Antes que eu possa continuar, ele me puxa pelos ombros, abraçando-me pelos ombros e apoia o seu queixo no topo da minha cabeça. Isso me faz rir, porque James faz isso quando quer terminar uma discussão e mostrar que é o vitorioso. Eu o escuto rindo também e sinto o seu beijo na minha cabeça logo após. Nós dois ficamos nessa posição por alguns segundos até escutarmos o barulho que o estomago de James faz de repente. Ele se afasta, mas mantêm o braço ao redor dos meus ombros.

“Estou com fome. Vamos? Já deve ser a hora do jantar.” Ele faz cara de pidão, fazendo-me revirar os olhos.

“Está bem, seu esfomeado.”

James alcança a minha bolsa que tinha ficado no chão e nos dirigimos ao Grande Salão. Caminhamos tranquilamente pelos corredores de Hogwarts, conversando sobre assuntos aleatórios e cumprimentando alguns alunos que nos chamavam. Quando chegamos ao nosso destino e a mesa da Grifinória, ele se afasta de mim e caminhamos por lados opostos da mesa, até alcançarmos os nossos amigos que já nos esperavam. Sentei entre Lily e Remus, que pegou a minha bolsa com James e colocou ao seu lado.

“Vocês demoraram! Achei que teria que passar fome hoje!” Sirius resmunga, cruzando os braços.

“Ué? Alguém te obrigou a ficar esperando? Poderia muito bem ter começado a comer logo.” Falo ríspida, olhando para Sirius.

“Não vão começar a brigar, porque eu quero aproveitar o meu jantar em paz.” James fala, começando a se servir.

Sirius e eu nos olhamos por alguns segundos até o garoto bufar e imitar a ação do meu irmão, começando a se servir. Eu suspiro, prendendo o meu cabelo em um coque bagunçado e analiso as opções do jantar de hoje, mesmo que sejam quase sempre as mesmas. Sirvo-me de um pouco de carne assada, purê de batata – com molho de carne por cima – e um dos maravilhosos pãezinhos de manteiga, além de salada e água como acompanhamento de tudo isso. Nós cinco comemos silenciosamente por alguns instantes, observando os alunos que jantavam ao nosso redor.

“O Peter realmente se deu bem com o novo amigo, né?” Lily comenta, tomando um gole do seu suco de abobora.

“É...” Respondo, olhando na direção em que Peter estava sentado. Os pais de Peter, durante o 3° ano dele, mudaram de casa e acabaram fazendo amizade com os novos vizinhos que também tinham um filho estudando em Hogwarts. Com intermédio deles, Peter conheceu o menino – um aluno da Lufa-Lufa – e viram que tinham várias coisas em comum, tornando-se amigos facilmente e Peter passou a conviver com esse menino e se afastou do nosso grupo.

“Eu fico feliz por ele ter se afastado antes de nós termos feito você sabe o que.” James diz, antes de colocar uma garfada de purê de batata na boca.

“Isso é verdade. Pelo menos não teríamos que nos preocupar com fofocas.” Remus fala, suspirando aliviado.

Eu olho para Remus, sorrindo levemente e ele retribui o sorriso. Algumas pessoas poderiam achar errado ficar feliz por uma pessoa se afastar dos amigos de longa data, mas, se Peter tivesse se afastado há pouco tempo, poderia resultar em consequências graves para o grupo. Foi durante o período que Peter começou a andar com o novo amigo que descobrimos que Remus tinha a doença da licantropia e, por Peter ter uma fama de fofoqueiro, decidimos priva-lo dessa informação. Além disso, na pausa do Natal, decidimos fazer companhia a Remus durante as transformações em lobisomem e ajuda-lo a permanecer longe dos humanos, por isso, começou o longo processo de nos tornarmos animagos. A nossa persistência valeu a pena, pois, nas férias entre o 4° e o 5° ano, conseguimos dominar as formas que queríamos, sendo que James e Sirius – um cervo e um cachorro respectivamente – ficaram responsáveis de controlar a fera e eu – um belo angorá preto – tinha a função de imobilizar o Salgueiro Lutador e deixar os meninos irem até a Casa dos Gritos. Agora imagina a confusão que geraria se Hogwarts inteira ficasse sabendo disso.

Continuamos comendo tranquilamente, conversando sobre as aulas que tivemos naquele dia e sobre alguns detalhes do treino de Quadribol. Em seguida, surgiram as sobremesas e ficamos algum tempo decidindo qual iriamos comer naquela noite, mesmo que, no final, escolhêssemos as nossas favoritas – o que aconteceu novamente essa noite. Quando o jantar finalmente acabou, o Professor Dumbledore levantou-se do seu lugar e dirigiu-se até o seu púlpito. Todos os alunos ficaram em silencio, curiosos com pronunciamento que o diretor iria fazer.

“Queridos alunos! Sei que muitos de vocês estão ansiosos para irem para suas salas comunais fazer suas tarefas, mas creio que alguns irão gostar dessa minha interrupção. Como todos sabem, tradicionalmente, no Halloween, realizamos um maravilhoso banquete, mas, esse ano, resolvemos incrementar essa tradição e realizar uma festa e, para melhorar ainda mais essa celebração, resolvi aceitar a sugestão da nossa querida professora Brodan, de Estudo dos Trouxas, e será uma festa a fantasia!” Isso causou um alvoroço entre os alunos, inclusive nós cinco. Os meninos gritavam, dando soquinhos, enquanto eu e Lily conversávamos sobre as nossas possíveis fantasias.

“Tudo bem! Vamos nos acalmar!” Olho para Dumbledore e percebo que ele está com as mãos levantadas, tentando nos acalmar. “Bom, a festa será realizada após o nosso tradicional banquete, por isso, tivemos que restringir a idade permitida para participar da festa e só poderão participar alunos a partir do 5° ano.” Antes que vários alunos expressassem sua indignação, Dumbledore continuou falando. “Dito tudo isso, vão... vão... está na hora de irem fazer suas tarefas.” Ele balança as mãos, nos mandando embora.

Todos os alunos levantam, inclusive nós cinco, e se dirigem as suas respectivas casas. No mar de gente que ia para Grifinória era possível notar as diferentes emoções que rolavam ali, porque alguns estavam bravos ou tristes e outros estavam super empolgados. Lily andava empolgada, com o braço enlaçado no meu e conversando empolgada com Alice. Enquanto isso, os meninos faziam bagunça entre os alunos mais novos e causando risos entre os mais velhos. Após chegarmos na sala comunal e todos pegarem seu material, sentamos no nosso canto tradicional e começamos a resolver a lista de tarefas do dia.

“Então... nós iremos na festa, não é?” James pergunta, olhando para cada um.

“Nada nos impede de irmos.” Sorrio marota.

“Só tem um problema... Teremos que encontrar pares.” Lily fala, mordendo o lápis e corando levemente ao olhar para James.

“Ah tá! Como se você não soubesse quem será o seu par, ruiva.” Sirius sorri maroto para ela, dando um tapa nas costas do meu irmão.

“Mesmo assim, Black. Eu pensei que seria legal se fossemos juntos, sem pares definidos. Assim poderíamos nos divertir juntos, sem ninguém enchendo o saco.” Lily responde, olhando brava para ele.

“Não é uma má ideia! Eu topo!” Remus sorri para Lily, mas volta rapidamente para a sua tarefa de Poções.

“Então está decidido! Iremos juntos!” James decide, batendo o lápis dele no livro aberto à sua frente.

Todos nós comemoramos essa decisão, mas eu dou pulos de alegria mentalmente, porque isso significa que eu irei, mesmo com outras pessoas envolvidas, à festa com Sirius Black. E sabe o que mais? Nós podemos acabar dançando juntos, resultando em um clima romântico e até rolar um beijo sob a luz da lua. Ao pensar na lua, eu lembro instantaneamente em Remus e aproveito o fato da dupla – meu irmão e Sirius – estarem pedindo ajuda a Lily sobre um exercício para cutuca-lo, chamando a sua atenção.

“Remie...” Eu falo baixinho. “Será que no dia da festa terá lua cheia?”

Ele suspira, antes de responder. “Não sei, mas é bem possível.”

A resposta dele me faz morder o lápis apreensiva, porque sei que, se isso realmente acontecer, Remus não poderá ir na festa e fico triste pelo fato dele ser privado de certas coisas por causa da transformação. Remie nota a minha reação e suspira novamente, colocando a mão na minha cabeça, fazendo-me olha-lo e notar seu sorriso gentil.

“Não se preocupe! Se isso acontecer, nós iremos nos programar para que todos possam aproveitar a festa antes de você sabe o que.”

“Odeio quando você age como se não fosse nada demais...” Buffo, batendo o lápis na cabeça dele.

Ele se esquiva rindo, o que me faz rir também. Tento voltar a minha tarefa, mas sou interrompida por Lily que tinha dificuldade para explicar um exercício para a dupla e pedia a minha ajuda. Enquanto tento ajuda-la, noto Remus olhando pensativo para uma janela perto de nós. Penso em falar novamente com ele, mas me seguro, pois sei que isso poderá atrair olhares dos bisbilhoteiros – ou bisbilhoteiras – e resultar em uma fofoca generalizada. Por isso, apenas respiro fundo e volto a minha atenção para as perguntas de Lily e dos meninos.


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