O começo do amor escrita por Niinih


Capítulo 1
Capítulo 1 - Madeleine


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal!
Essa é a minha primeira fic, por isso, fiquei bem nervosa em compartilhar essa minha criação. Espero que todos gostem e não esqueçam de comentar! Beeeijos



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Era uma típica quinta-feira.

Apesar de o tempo estar levemente frio nesse início de Outubro, alguns alunos decidiram estudar ou passar o tempo livre sob a luz e calor do Sol. E o tempo também não impediu que o time de Quadribol da Grifinória fizesse o seu treino semanal, demonstrando suas habilidades sob os olhares de diversas fãs. Porém, alguns meninos presentes compareceram ao treino com o intuito de poder observar a gêmea do talentoso artilheiro e capitão do time que, nesse caso, sou eu.

Madeleine Potter. Caçula de Fleamont e Euphemia Potter.

Felizmente, minha família nunca quis se envolver nos principais acontecimentos da história bruxa, contentando-se em permanecer nos bastidores, até mesmo quando meu pai criou à famosa “Poção Alisante Capilar” e aumentou consideravelmente a quantidade do nosso ouro. Porém, ele e mamãe não eram realmente felizes nessa época, pois não conseguiam ter filhos. E quando ela tinha desistido de engravidar, adivinha o que aconteceu? Um milagre, quer dizer, dois milagres! Sete meses depois nasciam James e eu (a sortuda caçula) e desde o nascimento somos adorados pelos meus pais, principalmente o meu irmão.

Tradicionalmente gêmeos são muito parecidos, mas, graças a Merlin, eu e James puxamos lados diferentes da família. Eu puxei ao meu pai, sendo mais interessada nos estudos, já meu grandioso irmão herdou a energia e humor da minha mãe. Além disso, nós dois temos diferentes cores de olhos – os meus são azuis e dele são cor de avelã. Essas diferenças de personalidade influenciaram muito a nossa infância, pois raramente tínhamos os mesmos amigos ou brincadeiras. Porém, tudo mudou no nosso primeiro ano em Hogwarts. Foi nesse ano em que conheci a minha melhor amiga, Lily Evans, e James conheceu aqueles com quem formaria os Marotos: Sirius Black, Remus Lupin e Peter Pettigrew. Porém, mesmo sendo menina, acabei me aproximando muito desse grupo com talento de ir parar na detenção, principalmente do sossegado Remus Lupin, meu melhor amigo e foco dos meus cuidados.

E o que falar de Sirius Black? Essa pessoa insuportável que tira sempre um tempinho do seu dia de galinha para ficar enchendo a minha paciência. Porém, para minha total infelicidade, ele conseguiu ser tão amado pelos meus pais que, quando o idiota resolveu fugir de casa (se bem que ninguém merece uma família daquela), ele foi acolhido de braços abertos, passando a morar na minha casa. E isso afetou completamente a minha vida e estar próxima de Sirius Black ganhou um novo significado.

Falando em James e Sirius, como de costume, Remus e eu estamos acompanhando o treino deles, mesmo que a minha atenção esteja voltada para o novo livro que peguei emprestado da biblioteca. Minha atitude, no momento, está sendo considerada por muitos – na verdade, as fãs do meu irmão – como se eu não apoiasse James e o time, mas estou enjoada desses treinos depois de estar repetindo essa rotina há quase cinco anos. Por isso, entre um lance e outro, eu entro na minha preciosa bolha do mundo fantástico da literatura, desconectando-me do mundo ao meu redor.

“MADELEINE” Alguém berra ao meu lado, fazendo-me quase jogar o livro para longe. Quando olho para o lado, com a mão no peito sentindo os batimentos acelerados, encontro minha melhor amiga me olhando brava.

“ARRE! LILY! Por que você fez isso?!”

“Você não estava prestando atenção em mim. Ah! Oi Remus.” Lily sorri para Remus, que acena com a mão e com uma sobrancelha erguida. Ele, inteligentemente, decide nos ignorar e voltar a prestar atenção no treino.

“Era só me cutucar, louca. Não tentar estourar os meus tímpanos com a sua voz irritante.” Digo bufando, enquanto guardo o livro na minha bolsa.

“Minha voz não é irritante! Quer saber... eu desisto de tentar conversar com você” Lily faz menção de levantar, mas seguro seu braço rindo.

“Tá bom! Tá bom! Você tem a minha total atenção, então comece a falar.”

“Ok. Bom, eu estava pensando em... bom... aceitarsaircomoseuirmão.” Ela fala rápido, torcendo para que eu não tivesse entendido, mas ela esqueceu que eu já estava acostumada com a sua velocidade de fala.

“Tá zoando!? Finalmente resolveu desistir de se fazer de difícil?” Eu pergunto, sorrindo marota.

“Ah! Eu andei pensando muito sobre o assunto e o seu irmão não é tão ruim quanto parece. Ele até que é legal e bonito.” A ruiva cora levemente.

“Argh! Que nojo! Não quero escutar você elogiando ele.” Eu faço cara de nojo, enquanto prendia meu cabelo em um coque mal feito. Tal reação causa Lily e Remus, que tentava o máximo fingir que não estava prestando atenção na conversa, rirem.

“Posso dar a minha opinião?” Remus vira o corpo na nossa direção.

“Não aguentou fingir que não estava prestando atenção na conversa, Remi?” Falo, dando um leve soco no ombro dele.

“Claro que sim! Pode falar, Remus!” Lily fala ansiosa, inclinando-se na direção dele.

“Eu acho que já estava na hora de você dar uma chance a ele. Vocês dois combinam e James está mais maduro agora, então levará o relacionamento mais a sério. Então, vá em frente e fale logo antes que perca a sua oportunidade.” Remus sorri e volta posição que estava antes.

“Eu ia falar exatamente isso, Lupin. De qualquer maneira, você terá que deixar de lado a timidez e ir direto ao assunto com ele.” Digo a ela, percebendo que o treino tinha encerrado e o time estava pousando no gramado.

“Eu sei, mas é muito difícil!” Ela esconde o rosto com as mãos.

“Bom, eu te desafio a fazer isso agora, porque a Tabatha Natter parece estar indo naquela direção agora.” Aponto na direção do meu irmão no gramado. “Então, ruiva, é agora ou nunca!”

Eu levanto determinada a ajudar minha amiga e começo a puxa-la pelo braço para fazê-la levantar. Quando finalmente consigo que ela coopere comigo, passo a empurra-la na direção certa, tentando incentivar Lily a ir conversar com James.

Lily observa a menina do 4° ano da Grifinória indo na direção dele, que tinha acabado de descer da vassoura e conversava com Sirius. A ruiva respirou fundo e fechou as mãos em punhos. Sem olhar para os amigos, caminhou em passos firmes na direção do garoto. Eu mantenho o olhar atento na minha amiga, esperançosa que a cena tivesse o final esperado. Ao ver Lily expulsando a outra garota e até Sirius dali, eu e Remus acabamos rindo daquilo.

“E ai, dupla?” Sirius fala sorrindo maroto ao chegar onde Remus e eu estamos sentados. E, para a minha infelicidade, ele decide sentar ao meu lado e meio colado a mim “Então ela finalmente resolveu aceitar?”.

“Chega mais para lá, Pulguento!” Empurro Sirius para o lado, tentando manter certa distancia entre nós. “ E sim. Ela vai finalmente aceitar o pedido de encontro e espero que o James seja inteligente o suficiente para não desperdiçar essa oportunidade.”

Os três voltam à atenção na cena ocorrendo no gramado. Lily falava algo para James, enquanto brincava com as mangas do seu cardigã. De repente, ele dá um grito sorrindo, o que acabou assustando ela, mas ele segura as suas mãos e fala algo que faz a sorrir e corar bruscamente. Isso nos faz sorrir e acabo pensando na possibilidade da mesma coisa acontecer comigo.

“Aeee! Agora eles finalmente vão desencalhar! Quem sabe, Mads...” Sirius começa a falar sorrindo maroto, olhando na minha direção.

“Sirius, por favor...” Remus adverte.

“O que? Só ia dizer que deve existir alguém que aguente o temperamento dela.” Ele fala inocentemente. O comentário dele me faz respirar fundo, fechando as mãos em punhos ao tentar lidar a raiva.

No começo, quando conheci Sirius Black, seus comentários não faziam diferença na minha vida, sendo fáceis de ignora-los. Porém, cada novo ano de convivência, eu fui tendo mais dificuldades de ignora-lo, ficando cada vez mais magoada e, de certo modo, feliz de ter um pouco de atenção dele. E isso piorou quando ele passou a morar na minha casa. Eu me perguntava o motivo dessa minha necessidade de ter mais atenção dele, mesmo que fosse por zoações e foi nas férias passadas que finalmente encontrei a resposta para isso.

AMOR.

Essa é a palavra que melhor descreve os meus sentimentos por Sirius Black.

Irônico, não é? Estou apaixonada pelo melhor amigo do meu irmão e, coincidentemente, essa mesma pessoa me vê como nada além de uma irmã mais nova e algo para atazanar.

Desde a minha descoberta, se é que possamos chamar desse jeito, eu não tive coragem para comentar sobre tal assunto com ninguém, nem mesmo com a minha mãe. Será que seria vergonha? Medo? Não sei. A única coisa que sei é que há mais chances de eu tirar zero numa prova do que tornar-me namorada de Sirius Black.

“É Sirius. Tomara que isso aconteça, né?” Digo, pegando a minha bolsa e levantando.

“Maddie...” Remus tenta pegar meu braço, mas afasto-me dele rapidamente.

“Tomara mesmo. Não há nada pior do que ficar solteira e cercada por gatos, não acha?” Sirius fala, continuando com o seu maldito sorriso maroto na cara. Mesmo com a vontade tremenda de dar um soco nele, eu apenas sorrio. Coloco a alça da bolsa no meu ombro, virando na direção de Remus.

“Eu vou indo, está bem? Nos vemos no jantar.”

Antes mesmo que um dos dois possa responder, começo a andar em direção ao castelo, tentando disfarçar a minha verdadeira reação ao comentário de Sirius. Quando chego a um dos inúmeros corredores de Hogwarts, ando apressadamente a procura de um canto onde possa me esconder e, ao finalmente encontra-lo, sento-me no chão e deixo as emoções tomarem conta do meu corpo e choro silenciosamente no meu esconderijo.


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