A Torre de Astronomia escrita por Li


Capítulo 26
Capítulo 25


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que devia ter postado ontem, mas foi completamente impossível, desculpem :)
Aqui vai, com um dia de atraso, mais um capítulo :)
Boa leitura :)



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—COMO? Como é que eles voltaram a falar? – gritou Diana enquanto entrava na sala das Necessidades, sendo seguida por Albus – A culpa é tua! – berrou Diana apontando para Albus.

—Como é que a culpa é minha? Tu estás parva? Eu também estou passado e não é por isso que ando para aí aos berros. Vê se te controlas um bocado.

—Pois, eu fui uma parva por ir na tua cantiga. Por pensar que um simples bilhete ia resolver tudo. Como é que um bilhete haveria de resolver tudo. Esclarece-me como é que uma merda de um bilhete ia resolver tudo? – voltou Diana a gritar com Albus. Os seus cabelos estavam totalmente despenteados devido ao seu ataque de fúria. A sua cara estava totalmente da cor dos cabelos de Rose.

—Já te disse para teres calma. – gritou Albus assustando Diana – Ninguém fala assim comigo. Muito menos uma vadia como tu.

—Ah e eu agora sou vadia? – perguntou Diana ironicamente – Mas no outro dia, quando estávamos aqui os dois não dizias isso! Só pedias para eu não parar. Só sabias implorar por mim.

—Para isso é que servem as vadias. – respondeu Albus friamente. Ele nunca dissera a Diana mas ele apenas a estava a usar para alcançar o seu objetivo.

Diana aproximou-se dele e deu-lhe um estalo. Ela não admitia que ninguém a tratasse assim. Ainda por cima um gajo de quem ela aproveitou a obsessão que este tinha pela prima para o persuadir. Não! Ela era Diana Anderson e ninguém falava assim com ela.

—Nem te atrevas a voltar a fazer isso. Tu não sabes do que eu sou capaz. – disse Albus apontando o dedo a Diana. Ele estava furioso. Só lhe apetecia bater em Diana. Apenas não o fez por ela ser rapariga. Ele podia ter muitos defeitos mas um deles não era bater em mulheres. Porque ele achava isso totalmente desumano.

Albus decidiu virar as costas e ir embora. Ele não queria perder a cabeça com Diana.

A verdade era que Albus pensou mesmo que aquele bilhete ia funcionar. Rose nunca fora pessoa de resolver os problemas. Do que Albus conhecia de Rose, se esta recebesse um bilhete daqueles evitaria Scorpius para sempre. Mas não foi o que aconteceu. Eles voltaram a ficar amigos. Eles pareciam mais unidos do que o que já estavam. E Albus não percebia como aquilo tinha acontecido. Irritado, Albus decidiu voltar à torre da Gryffindor. Não adiantava nada ir às aulas naquele dia. Ele estava com demasiados problemas.

—----//-----

Depois do passeio pelo lago, Scorpius e Rose seguiram para a sua aula. Estavam a caminhar até às masmorras quando Diana os impediu de continuar.

—Preciso de falar contigo. – disse Diana encarando Scorpius.

—Agora tenho aula.

—Não quero saber. É urgente.

—Eu vou andando. – disse Rose contornando Diana e seguindo o seu caminho.

—Guarda-me um lugar. – gritou Scorpius para que Rose o ouvisse. Esta olhou para trás e acenou com a cabeça em sinal que o tinha ouvido.

—Que lindos. – comentou sarcasticamente Diana – Como é que tu consegues Scorpius?

—Não estou a entender onde queres chegar.

—Como é que consegues falar com alguém tão sonsa.

—Não fales assim da Rose. – avisou Scorpius já não estando a gostar nada da conversa.

—A sério, não consigo entender. Com uma pessoa como eu aqui disponível para ti, tu preferes fazer sexo com aquela gaja.

—Já te avisei para não falares assim da Rose. – disse Scorpius agarrando no braço de Diana – Ao contrário do que tu pensas, eu e a Rose não temos nada. Somos amigos. Eu sei que tu não sabes o que é isso. Quero dizer, uma amizade entre uma rapariga e um rapaz. Mas informo-te, isso existe.

—Não sejas idiota. Vais dizer-me que andas de jejum?

—Ao contrário do que tu pensas, eu não sou nenhum viciado em sexo. Isso és tu. Em segundo lugar, tu achavas mesmo que eras a única quando eu andava contigo? A sério Diana? Tu andavas metida com não sei quantos e achavas que eu não andava metido com outras tantas?   

—Como te atreves a dizer uma coisa dessas?

—Diana não te faças de santa que de santa não tens nada. Foi bom enquanto durou mas agora acabou.

Scorpius saiu dali e seguiu o seu caminho para a aula. Ele não queria demonstrar o quanto estava furioso com Diana. A princípio não conseguiu manter a calma mas depois aquilo melhorou. Dizer tudo aquilo a Diana só fez bem a Scorpius. Ele até poderia pensar que tinha sido duro demais com ela mas quando Scorpius a ouviu a falar mal de Rose, ele passou-se. Ninguém falava mal de Rose Weasley à sua frente.

Quando Scorpius chegou à aula, a professora O’Brien já a tinha começado. Scorpius tentou entrar de fininho para não ser notado mas foi impossível.

—Senhor Malfoy acha que isto são horas de chegar a uma aula? – perguntou a professora O’Brien encarando Scorpius.

—Desculpe, professora. – pediu Scorpius.

—Pode sentar-se mas são menos dez pontos para a Gryffindor. Espero que tenha aprendido a lição.

Scorpius acenou afirmativamente e sentou-se perto de Rose.

—Está tudo bem? – sussurrou Rose para Scorpius. Ela não costumava fazer isto pois, para ela, as aulas estão acima de tudo, mas, naquele momento, ela queria mesmo saber o que se tinha passado.

—Depois falamos. – sussurrou Scorpius de volta. Rose recompôs-se e continuou atenta à aula.

A professora O’Brien pediu para os seus alunos fazerem a poção Felix Felicis, em trios. Ela queria testar novas formas de trabalho e como os alunos sempre estiveram habituados a trabalho em duo, ela decidiu mudar isso.

Diana tentou juntar-se a Scorpius e consequentemente a Rose. Mas, para alívio de Scorpius, Lorcan Scamander chegou primeiro. Normalmente, este fazia sempre os trabalhos com o irmão, mas Lysander não tinha Poções.

Lorcan, Rose e Scorpius organizaram-se e distribuíram tarefas de igual modo. Eles queriam todos trabalhar de modo igual.

No fim, a professora O’Brien passou por todas as poções a fim de avaliar a prestação dos seus alunos. Por fim, a professora considerou que a melhor poção tinha sido a de Rose, Scorpius e Lorcan e atribuiu vinte pontos a cada um deles. No fim, Scorpius sentiu-se satisfeito pois o seu saldo de pontos naquele dia tinha sido positivo.

Enquanto caminhavam até ao salão principal, Scorpius contava a Rose toda a sua conversa com Diana.

—Tu disseste-lhe mesmo que andavas com outras enquanto estavas com ela? – perguntou Rose incrédula – Não achas que foste um bocado mau.

—Em primeiro lugar, eu não estava com ela. Encontrávamo-nos ocasionalmente para…tu sabes para quê. Tanto eu como ela nos envolvíamos com outras pessoas. Não havia qualquer compromisso entre nós. E em segundo, eu não me arrependo do que disse. Eu não admito que ninguém fale mal de ti à minha frente. Isso, eu não admito a ninguém.

—Se achas que fizeste o correto, eu não sou ninguém para te criticar.

—Devias ter visto a cara dela. – debochou Scorpius.

—Scorpius! – chamou Rose à atenção.

—Já parei. – disse Scorpius levantando os braços em sinal de redenção e arrancando risadas de Rose.

Já no salão principal, Scorpius seguiu até à mesa da Gryffindor e levou Rose consigo. Rose estava muito relutante em sentar-se na mesa da Gryffindor, afinal aquela não era a sua casa. Mas Scorpius acalmou-a. Ele lembrou-lhe que também ele já se sentou na mesa da Ravenclaw. Além do mais, ela tinha maior parte da família naquela casa.

Scorpius cedeu o seu lugar ao lado de Lily a Rose e sentou em frente a ela. Naquele momento, só lá estavam Lily, James e Dominique.

—Priminha linda. – cumprimentou James a prima quando esta se sentou – Vejo que se resolveram.

—A Rose não aguenta muito tempo longe de mim. – brincou Scorpius arrancando risadas de todos.

—Quem diria que te veríamos na mesa da Gryffindor a almoçar connosco. – comentou Lily com Rose.

—Mesmo. – respondeu Rose.

Desde pequena que Lily sempre frequentou a casa de Rose. Como ela e Hugo tinham a mesma idade, Hermione e Ginny costumavam juntá-los para brincar. Lily sempre vira Rose envolta de livros ou com Hermione. As únicas vezes que se lembrava de a ver brincar eram quando Hermione dizia que Rose ficava responsável por Hugo e Lily. E Lily sempre ficou encantada com Rose. Adorava o seu jeito misterioso e responsável. O seu maior desejo era ser a melhor amiga da prima. Mas, à medida que cresciam, Lily ia desistindo dessa ideia. Estava claro que Rose não queria ter amigos. Lily não percebia porquê, mas sabia que Rose não queria. Até aquele ano quando Rose começou a dar-se com James, Dominique e Scorpius. Agora, o único desejo de Lily era fazer parte desse leque de amigos.

—Rose, eu queria pedir-te uma coisa. – disse Lily.

—Diz. – respondeu Rose.

—Eu soube que estavas a ajudar a Roxanne com os estudos de Runas Antigas. Sei também que estudas com o James e a Dominique. Eu queria saber se também me podias ajudar a mim?

—Claro. – respondeu Rose sorrindo para a prima.

—Obrigada. – agradeceu Lily abraçando a prima. Rose ficou um pouco incrédula com a atitude de Lily mas acabou por retribuir o abraço. Ela tinha descoberto há pouco tempo o quanto um abraço sabia bem.

—Bem vamos andando para a aula. – comentou Scorpius com Rose. Esta levantou-se, despediu-se dos primos e seguiu Scorpius.

Scorpius e Rose chegaram perto da sala de Transfiguração, aula que iriam ter. Das pessoas que tinham aquela disciplina, não estavam lá praticamente nenhuma. Ainda era cedo, por isso não era estranho.

Rose encostou-se na parede ao lado da porta e Scorpius colocou-se à frente dela. Ele adorava olhar para Rose. Na realidade, ele sempre reparara em Rose. O seu jeito calado e misterioso sempre lhe chamou a atenção. A intocabilidade dela sempre foi um chamativo para se aproximar. A beleza dela sempre aparecia no seu olhar. A sua face extremamente branca, realçada por cabelos ruivos e uns intensos olhos azuis sempre chamara a atenção de Scorpius. A verdade era que o interesse de Scorpius crescia a cada dia.

—Rose, eu não quero soar mal, mas não achas que estás a ficar demasiado sobrecarregada com tanta gente que estás a ajudar. Não achas que isso possa afetar o teu estudo? – perguntou Scorpius tentando soar o mais amigável possível.

—Não é assim tanta gente. És tu, o James, a Dominique, a Roxanne e a Lily. Antes tinha a Makoto mas…tu sabes, por isso, esse lugar ficou livre para a Lily. Não precisas de te preocupar. – Rose sorriu para Scorpius que retribuiu.

—Tu sabes que eu vou sempre preocupar-me contigo mesmo que digas que não. Está no meu sangue.

—Obrigada. – agradeceu Rose – És o melhor amigo que alguém pode pedir.

Scorpius apenas sorriu. Aquelas palavras que Rose proferiu atingiram-no de forma inesperada. Ele esperava ficar radiante com o que ela acabara de dizer, mas não foi isso que aconteceu. Sim, ele ficou feliz por ouvir Rose dizer isso e ele sente-se feliz pela amizade que construiu com Rose, só que, pela primeira vez, ele desejou que não fosse simplesmente amizade. Ele desejou que fosse mais.

As restantes aulas da tarde correram bem. Depois de Transfiguração, Rose ainda teve uma aula de Runas Antigas. Albus não apareceu na aula. Rose estranhou mas logo se esqueceu quando a professora Wikilson.

No fim das aulas, Rose seguiu até à biblioteca. Rose iria-se encontrar com Roxanne para estudar. Mas algo a impediu. Enquanto caminhava, Rose foi estuporada e levada.


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Notas finais do capítulo

Parece que a aliança entre a Diana e o Albus acabou...será que vai ser assim? Tivemos mais Rose e Scorpius...e Scorpius e Diana. Que acharam da atitude do Scorpius? E este final? O que aconteceu com Rose?



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