A Torre de Astronomia escrita por Li


Capítulo 14
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura :)



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—A Amortentia é a poção de amor mais forte do mundo. Além disso, também é a poção mais perigosa que existe porque pode levar a pessoa que a bebeu a fazer loucuras pela paixão obsessiva. – Horace Slughorn explicava para os alunos do sexto ano enquanto andava de um lado para o outro – Agora alguém me sabe dizer como é que esta poção pode ser identificada? – perguntou para todos os alunos. Instintivamente, os seus olhos repousaram na carteira onde normalmente Rose Weasley se sentava. Mas naquele dia, a carteira estava vazia. – Ninguém? – Slughorn voltou a olhar para os seus alunos mas ninguém levantou o braço para responder – Muito bem. Senhor Potter, qual é a resposta?

Albus olhou para o professor quando ouviu o seu nome. Ele não sabia o que o professor estava a perguntar e muito menos sabia o que responder. A verdade era que Albus, desde que começou a aula, estava distraído. O motivo? Rose e Scorpius estavam a faltar à aula. Do amigo, ele nem ligava muito porque havia vezes que Scorpius ficava a dormir, ou a fazer outra coisa qualquer, e não aparecia nas aulas. Mas Rose nunca faltara. Rose era a pessoa mais assídua que ele conhecia. Ela até podia estar doente mas Albus acreditava que até doente a sua prima apareceria na aula. E se as suspeitas em relação aos dois começavam a florescer na cabeça de Albus, agora com ambos a faltarem à aula, mais teorias de formavam nos seus pensamentos. Até podia ser uma mera coincidência estarem ambos a faltar. Mas também podia não ser.

—Senhor Potter, a resposta. – pediu Slughorn encarando o aluno.

—Poderia repetir a pergunta, professor? – perguntou Albus.

—Como é que conseguimos identificar a Amortentia?

Albus olhou para o professor sem saber o que responder. Ele já ouvira falar naquela poção inúmeras vezes mas a forma como era identificada nunca chegara aos seus ouvidos. Resignado, disse ao professor que não sabia a resposta.

—Bem, a Amortentia pode ser facilmente identificada pelo brilho perolado, pela fumaça que solta e pelo seu cheiro que varia de pessoa para pessoa de acordo com o que mais a atrai. – Slughorn foi até à sua secretária e pegou no livro que Poções – Todos na página 198. Têm até ao fim da aula para fazer o antídoto para as poções do amor.

Albus folheou o seu livro até encontrar a página que o professor proferiu. Leu uma primeira vez a preparação da poção e concluiu que não seria muito difícil fazê-la. Esperava ele. A verdade era que Albus estava tão distraído que a mais simples poção podia ser um dos piores quebra-cabeças.

Albus adicionou a pele de Ararambóia picada no caldeirão e deixou-a ferver por vinte minutos.

Enquanto esperava, pegou no seu livro e foi até à página anterior onde se encontrava tudo o precisava de saber sobre a Amortentia. Apesar de perigosa, aquela poção intrigou Albus. Era uma poção para provocar um amor forçado. Um falso amor. Não sabia como é que alguém era capaz de fazer isso com outra pessoa. Concluiu que quem fazia isso não amava a outra pessoa mas era obcecada por ela. Só isso para justificar tal atrocidade. Porque quando se ama alguém e não se é correspondido, deixa-se que essa pessoa seja feliz mesmo que não seja consigo.

Passados os vinte minutos, tirou-a do fogo, colocou um acónito e mexeu-a no sentido horário. Era suposto a poção adquirir uma cor lilás mas a poção de Albus estava um pouco mais escura. Não deve fazer muita diferença, pensou Albus prosseguindo com a poção. Voltou a colocá-la no fogo e adicionou o bezoar. Voltou a deixar ferver por mais trinta minutos. Albus começava a pensar se realmente teria tempo para acabar a poção. O tempo começava a apertar.

Apesar de antes não ter adquirido exatamente a cor lilás, agora a sua poção estava vermelha. Exatamente como a preparação mencionava que deveria estar. Albus retirou-a do fogo e colocou o segundo acónito. De seguida, mexeu-a no sentido anti-horário. Agora, ela deveria ficar com uma cor azul bem escura ou verde brilhante. A poção de Albus ficou azul. Não o azul bem escuro, mas azul.

Slughorn avisou os alunos que o tempo de preparação tinha acabado e começou a passar por todas as carteiras para ver como os alunos se tinham saído.

—Nada mal. – comentou Slughorn enquanto observava a poção de Albus – Não está cem por cento correta mas é das melhores que aqui encontro.

Albus sorriu com o elogio do professor. Não era todos os dias que se era elogiado por Horace Slughorn.

Nos últimos minutos de aula, Slughorn indicou o trabalho que teria de ser entregue na aula seguinte.

Albus começou a arrumar as suas coisas quando o professor disse que podiam sair. Pegou nas suas coisas, arrumou-as e saiu da sala rumo à sua próxima aula.

—Albus. – chamou Alice. Albus virou-se e esperou a garota de cabelos loiros aproximar-se – Estava farta de te chamar mas tu não me ouvias.

—Não te ouvi. Estava distraído. A minha próxima aula deve estar quase a começar e ainda tenho de ir para o sexto andar.

—Eu preciso de falar contigo. – disse Alice encarando Albus.

—Alice, eu acabei…

—Não quero saber! – falou Alice um pouco mais alto – Eu preciso de falar contigo e vai ser agora. – continuou Alice já num tom mais moderado.

—O que é que é assim tão importante que não pode esperar as aulas terminarem? – perguntou Albus cruzando os braços.

—Quero saber o porquê da tua cara no outro dia quando viste a Rose e o Scorpius juntos. – pediu Alice.

A respiração de Albus travou. Ele não estava à espera que Alice lhe fizesse aquela pergunta. Albus olhou para Alice sem saber o que lhe responder. Naquele dia, ele realmente olhou para eles e não tinha ficado nada feliz de os ver assim. Aquilo era inveja pela parte dele. Inveja porque queria ser ele a estar no lugar de Scorpius. A fazer rir Rose. Visto desta forma, até parecia que ele estava apaixonado pela prima e que isto eram só ciúmes por ela estar com outro. Mas Albus sabia que não era isso. Ele apenas nunca se conformou com o fim da amizade entre si e Rose.

—Alice, tu andas a ver coisas. – disse Albus tentando desviar a atenção. E para a distrair ainda mais aproximou-se dela e tentou roubar-lhe um beijo. Alice, já prevendo isto, desviou-se. Albus não se livraria assim tão facilmente desta conversa.

—Eu vi muito bem. Porque não me dizes a verdade?

—Queres a verdade? – Alice acenou que sim – Tu sabes bem que eu nunca me conformei com o fim da minha amizade com a Rose. E vê-la assim aos sorrisos com o Scorpius, magoou-me.

—Outra vez essa história, Albus?

Albus revirou os olhos. Já sabia muito bem a opinião de Alice. Por isso é que não queria comentar nada disto com ela. Alice sempre fora contra Albus reconquistar a amizade com Rose. Ela sempre disse que achava Rose sonsa e que ela só estava a fazer aquilo para ter a atenção de toda a gente. Estava a armar-se em coitadinha. Claro que Albus defendeu Rose e houve discussão. Albus prometeu a si mesmo nunca mais falar desse assunto com Alice. Sabia que era tempo perdido.

—Vês? Por isso é que eu não digo nada. Tu não compreendes nada, Alice. Nada! Agora vou para a minha aula que já estou atrasado. Até logo.

Albus saiu completamente furioso e frustrado dali. Ninguém o conseguia compreender. Compreender a sua situação. Todos diziam para desistir, que não valia a pena. Mas ninguém sabia o que ele estava a sentir. Ele fora abandonado pela prima e melhor amiga sem qualquer explicação. Num dia falavam normalmente e no outro, nada. Simplesmente o silêncio.

Como já esperado, Albus chegou atrasado à aula de Runas Antigas. Pediu desculpas à professora Wikilson e apressou-se a sentar-se. No lugar do costume. Ao lado de Rose que aparecera naquela aula.

—Porque faltaste à aula? – perguntou Albus ao fim de dez minutos. Ele estava ansioso para saber o que se tinha passado com a prima. Ele queria saber se a sua teoria maluca de ela estar com Scorpius tinha algum sentido.

Rose simplesmente ignorou-o. Ela estava atenta à aula e não queria dar explicações nenhumas ao primo.

—Alguém me sabe dizer o significado da runa Wunjo? – perguntou a professora Wikilson. Observou toda a sala para ver se algum aluno queria responder. Mas viu que ninguém, além de Rose, sabia a resposta. Por isso deu indicação para ela responder à pergunta.

—A runa Wunjo tem muitos significados, entre eles, alegria, bem-estar, novas energias, esperança, harmonia, felicidade.

—Muito bem. Vinte pontos para os Ravenclaw. – felicitou a professora Wikilson voltando-se para o quadro para escrever as próximas indicações.

O resto da aula decorreu normalmente. Rose, sempre atenta, tirava apontamentos. Já Albus apenas concentrou toda a sua atenção em Rose. Ela era um completo mistério para ele.

Já no final, quando todos estavam a arrumar as suas coisas, Albus chamou Rose. Esta olhou para ele à espera que ele continuasse. Ela sabia que não tinha saída. Ele não pararia de chatear até que ela conversasse com ele.

—Eu tenho os apontamentos da aula de Poções e como tu não foste, eu pensei que os poderias querer. – comentou Albus pegando no seu caderno de Poções e dando-o a Rose. Esta olhou para o caderno e depois para Albus. Voltou outra vez a sua atenção para o pequeno caderno negro que se encontrava nas mãos de Albus e pegou-o.

—Obrigada. – agradeceu Rose arrumando-o junto às suas coisas. Estava a sair da sala quando se voltou para trás – Perdi a hora. – e saiu.

Albus olhava para o local onde a sua prima se encontrava há alguns segundos atrás. Precisou de dez segundos para raciocinar as últimas palavras dela. Depois, sorriu. Aquela fora a resposta à sua pergunta durante a aula. Ela respondera-lhe. Um largo sorriso formou-se no seu rosto. Todos perdiam a hora e com Rose Weasley não era diferente. Algum dia teria de acontecer. Já mais bem-disposto, Albus seguiu para o salão principal onde iria ser servido o almoço.

—----//-----

James andava às voltas na sala das Necessidades. Tudo tinha de ficar pronto a tempo. As festas dele sempre foram perfeitas e, como tal, esta também teria de ser.

O espaço já estava pronto mas essa nem era a parte difícil, afinal a sala das Necessidades fazia o trabalho todo. Apesar de ser uma festa de anos, o local estava simples. Num canto encontravam-se as mesas onde ficariam as bebidas e a comida. Noutro encontravam-se jogos, tanto bruxos como muggles, caso alguém se quisesse distrair. James optou por ter aquilo ali porque o seu primo Hugo era viciado neles. Por fim tinha um espaço central para as pessoas dançarem e divertirem-se. Naquela noite seria a sua prima Molly a colocar a música.

Dominique tratava, junto com Fred, dos comes e bebes. Com eles encontrava-se Finda, uma elfa doméstica que trabalhava nas cozinhas de Hogwarts. Como sempre era de lá que vinha a comida. Os elfos estavam sempre dispostos a ajudar mesmo que soubessem que as pessoas que ajudavam estavam a quebrar regras por estar a fazer uma festa.

Fred saiu para ir tratar de umas coisas, deixando Dominique e James sozinhos. Esta percebeu o nervosismo do primo com a festa. Era sempre o mesmo. James pensava numa festa mas a organização deixava-o sempre stressado.

James estava de costas para Dominique, tanto que não a viu aproximar-se. Dominique colocou as suas mãos sobre os ombros de James e começou a massajá-lo.

—Acalma-te James, é só uma festa. – comentou Dominique tentando acalmar James. Mas aquele comentário deixou-o ainda mais nervoso.

—Não é só uma festa. – voltou-se para Dominique para a encarar. Dominique manteve as suas mãos nos ombros de James mas sem massajar – São os quinze anos do Hugo. E tu sabes bem que quando eu organizo alguma coisa, a perfeição é um objetivo.

Dominique apenas acenou em concordância. Ela sabia o quão importante aqueles eventos eram para James. Ainda para mais era o seu último ano em Hogwarts. Ele queria torna-lo inesquecível.

Dominique aproximou-se de James e começou a beijar o seu pescoço. Ela queria que ele relaxasse um pouco. Automaticamente, James agarrou a cintura de Dominique aproximando-a ainda mais de si. Procurou a sua boca e beijou-a com firmeza. Dominique retribuía na mesma intensidade.

James agarrou as coxas de Dominique segurando-a e levando-a ao colo até à mesa mais próxima. Sem nunca a parar de beijar. Pousou-a levemente e separaram-se para recuperar o fôlego. Mas James voltou logo ao ataque, só que desta vez ao pescoço de Dominique. Pequenos gemidos eram proferidos por Dominique com este ato de James.

Eles estavam tão entretidos um com o outro que não deram pela entrada de uma terceira pessoa na sala das Necessidades. Fred tinha voltado para ultimar as últimas coisas antes da festa. Mas o que ele não esperava encontrar era os seus dois primos aos beijos.

—Perdi alguma coisa? – perguntou Fred sorrindo marotamente ao observar as caras de James e Dominique por terem sido apanhados em flagrante.


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Notas finais do capítulo

O Albus continua obcecado em recuperar a amizade de Rose, acham que vai conseguir? O que acham que pode acontecer?
Parece que mais alguém sabe o segredinho da Dominique e do James ahah
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