A Vingança das Bolas Fake escrita por Damis Goy


Capítulo 3
Capítulo 3




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/671021/chapter/3

–Posso confiar em você?

–Claro, chanceler, seria uma honra.

Um pequeno grupo de homens sentados em círculo numa sala, em um dos prédios da Assembleia, aguardava Azulo dar sua palavra.

–Então, Azulo - diz Alysson - O que o chanceler quer?

–Que eu seja o mestre ademene que o represente no conselho do Tremedor.

–Aprovar essa indicação vinda de fora - diz Carlos - o conselho não irá. Nós que decidimos quem deve ou não fazer parte, não a Assembleia.

–Eu entendo.

–Você está no conselho - diz Necro - Mas não o consagramos mestre ademene.

–O quê? - diz Azulo, e com um olhar de indignação anda pela sala - Isso é um absurdo! Depois de tudo o que eu fiz por vocês? Eu mereço esse cargo tanto quanto qualquer um aqui! Como pode alguém da BrBall estar no conselho e não ser ademene?

–Sente-se, jovem Azulo - diz Necro.

–Peço perdão, mestre.

Alysson o observa com olhar de reprovação. Os membros do conselho ficam em silêncio até que Papaco, por chamada de skype, começa a falar.

–Vasculhamos todos os grupos das BrBalls da Assembleia, mas não conseguimos encontrar o General Brum.

–Escondido num dos grupos exteriores ele está - diz Carlos - precisa procurar nos grupos de zuera derivados das menos conhecidas.

–Também há outra questão - continua Papaco - o ataque fake enviado ao PA. Eles planejam tomar o planeta inteiro e destruir o grupo.

–PA é um grupo importante - diz Alysson - não podemos perdê-lo.

–Eu então irei - diz Carlos - tenho boas relações com os punheteiros.

–Então está decidido - diz Necro - Carlos levará um batalhão do exército da Assembleia para auxiliar os punheteiros no PA. Que a força esteja conosco.

Após a reunião, Azulo e Alysson saem, em direção ao portão principal do prédio.

–Mas que merda - diz Azulo - me deixar sem membro do conselho mas não ser mestre, isso jamais aconteceu na história da página, é um insulto.

–Você está sendo negativo, Azulo. Foi concedida a você uma grande honra. Acontece que você está muito próximo ao chanceler, e não gostamos que ele interfira em assuntos da página. E também tem outro motivo.

–O quê?

–O conselho só te elegeu como membro porque você está muito próximo do chanceler, e queremos que você relate cada ação dele, queremos saber o que está planejando.

–Querem que eu espione o chanceler? Mas isso é traição.

–Eu sei que não é correto, mas é que nós desconfiamos dele.

–O chanceler Diego não é um homem ruim, Alysson. Ele me protege e me orienta desde que entrei pra página.

–É por isso que precisamos de você, Azulo. Use seus sentimentos, pense, ele tem tomado ações para aumentar seu poder desnecessariamente, alguma coisa está estranha.

–Vocês querem que eu faça algo contra o código da BrasilBall, da Assembleia, meu mentor e amigo, isso é que está estranho!

Azulo vai embora. Alysson pega uma nave a caminho da estação espacial, onde estão Carlos e Necro.

–Azulo não aceitou sua missão com entusiasmo, Necro.

–Era o que eu temia - responde ele - não confio no garoto.

–Com todo o respeito, mestre Necro - continua Alysson - mas ele não é o escolhido? Eu lembro quando nós o encontramos, e meu falecido mestre Giro mediu a quantidade de autismo no sangue dele, era maior que a de qualquer um da BrBall. Não é ele o da profecia? Que estabelecerá o equilíbrio e a paz entre as countryballs?

–Uma profecia mal interpretada pode ser - diz Carlos.

Necro assente com a cabeça. Alysson protesta:

–Ele nunca me decepcionou. Não será dessa vez que ele irá.

–Assim esperamos - diz Carlos.

Azulo se sentia bastante transtornado. Ambos os lados o pressionavam. Tanto o tremedor, quando a chancelaria de Diego. Ambos diziam que o outro estava planejando um golpe na Assembleia, e ele se via obrigado a permanecer neutro para não causar um conflito. Em uma de suas conversas com chanceler Diego, este lhe disse algo que ajudaria a por um fim na guerra.

–O chanceler me disse que seus soldados interceptaram uma mensagem do General Brum, em que dizia que ele estaria numa região escondida do Oblast.

–O que mais ele disse? - pergunta Carlos, já em PA, por chamada de vídeo.

–Ele requisitou que eu liderasse esta campanha.

–O tremedor decidirá quem liderará a campanha. Não o chanceler - diz Necro.

–Um mestre necessário é - diz Carlos - alguém com mais experiência.

–Eu concordo - diz Papaco, também por chamada - mestre Reis deve ir.

Todos concordam. Azulo permanece em silêncio. Carlos desliga a chamada e conversa com Demensio, líder dos punheteiros.

–O exército fake já ativou suas defesas - diz ele.

–Então chegada a hora é, comandante.

Demensio dá o sinal, e o exército do PA parte para o ataque, juntamente com o da Assembleia. O exército das bolas fakes, formado principalmente por bots e fanboyolas, aterrisa próximo e a batalha começa.

Alysson e Azulo seguem para a estação.

–Mestre - diz Azulo - peço perdão por minhas atitudes. Tenho sido muito arrogante ultimamente, só estou irritado com o conselho.

–Azulo - responde ele - todos cometemos erros. Não se preocupe, você é muito habilidoso, e logo será um mestre ademene.

–Adeus mestre, que a força esteja com você.

–Adeus velho amigo, que a força esteja com você.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Vingança das Bolas Fake" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.