Gods among us escrita por Miss Cherry


Capítulo 2
Capítulo 2 - Se me atacar, vou atacar


Notas iniciais do capítulo

Olaaá cerejas! Sim, eu sei que eu estava BASTANTE sumida, mas depois que eu entrei no terceiro ano/cursinho, não tive tempo nem de respirar, então já peço desculpas por isso.
Eu reescrevi o capítulo 2 porque eu realmente não gostava dele husahsa Mas espero que gostem!
Eu espero que eu tenha mantido ou até mesmo melhorado o nível da fic. Estou relendo os livros para me aproximar mais do que o Rick trouxe para nós ;)
Well, desejo para todos vocês uma ótima leitura!



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I'll Be The First - Kill It Kid

 "My blood will shiver but stir like cream" 

Logo após entregar o peso morto – vulgo Percy – para o diretor de atividades do acampamento, fui encaminhada novamente para uma missão, mas nada tão simples dessa vez. Alguns monstros estavam badernando em uma cidade próxima, o que não era de costume, então alguém tinha que intervir.

Alguém, lê-se Solária. Quíron e o Sr. D não me poupavam tarefas para me manter longe dos outros semideuses, encarregando-me das missões mais difíceis e perigosas, já que nenhum outro semideus teria habilidade para concluí-las com êxito.

Passado um mês do início da missão, me recolhi de volta ao acampamento, portando nada mais que uma mochila surrada cheia de pó, o arco e um relatório em mãos. Me dirigi direto para a Casa Grande, onde os líderes do acampamento me esperavam. Sr. D estava com a mesma cara emburrada de sempre, com várias latas de Diet Coke sobre a mesa – o que parecia indicar que ele estava preocupado, ou apenas com sede – e Quíron ao seu lado. Estendi o relatório para o Sr. D, que antes de pegá-lo, limpou as mãos na camiseta havaiana.

Sr. D é o diretor do acampamento. O cargo lhe foi entregue por Zeus como um castigo, pois ele havia flertado com uma ninfa proibida. Ele é, na verdade, o deus do vinho. Dionísio está sempre de mal humor, confunde constantemente o nome dos semideuses e nunca o vi vestir nada além de sua habitual camiseta havaiana com estampa de leopardo. Ele não precisa se esforçar para ser um completo babaca com os semideuses, e insiste em demonstrar que é superior à todos no acampamento.

Quíron é o diretor de atividades do acampamento. Joga pinochle com o Sr. D nas horas vagas e é sempre muito calmo, diferente do deus. Quíron é um centauro, humano da cintura para cima e um corcel branco na outra metade. Treinou inúmeros heróis no decorrer de sua vida, e agora está instruindo os semideuses do acampamento a seguir o mesmo caminho – mas sem todas as mortes e tragédias.

Após algumas folheadas, ele jogou os papéis na mesa, fixando seu olhar em mim.

— Você sabe que não gosto de relatórios imensos. Pode começar a falar. – resmungou, cruzando os braços e se aconchegando melhor na cadeira.

Revirei os olhos, Quíron me olhava como se me pedisse para ter paciência. Peguei a mochila, tirando de lá uma flecha branca com riscos pretos em sua extremidade. Entreguei ao deus, que examinou por um longo tempo. Sua expressão calma mudou em poucos segundos, voltando sua atenção para mim logo depois. O centauro também se mostrava perplexo, se aproximando de nós dois.

— Diga—me o que isso significa. Estamos em perigo? – perguntou o deus, abrindo outra lata de Diet Coke. Definitivamente preocupado.

— Sinceramente? Eu não faço ideia. Ambos sabemos a quem pertence essa seta, mas também temos conhecimento de seu paradeiro. Seria impossível escapar. Talvez alguém esteja usando suas armas para nos confundir ou instaurar o caos.

— Podemos tentar uma audiência com os deuses responsáveis pelo cárcere dela. Ter certeza de que não escapou – argumentou Quíron, visivelmente transtornado.

— Eu não tenho a autoridade para fazer isso, lembrem-se que há muito tempo fui... Bem, vocês sabem. Eles não me escutariam. – respondi com franqueza, guardando a flecha novamente.

— Então o que faremos? Não podemos permanecer em silêncio caso isso seja uma emaça real. – indagou o centauro.

— Se realmente for quem pensamos que é, cedo ou tarde ela vai aparecer. – alegou o deus — Sugiro nos mantermos preparados, mas discretamente. Intensifique o treino dos semideuses aos poucos. Pegue mais pesado.

Assentimos e logo saí do local, os dois tinham muito para conversar.

***

No dia seguinte, como ainda não tinha sido encarregada de nada, vesti minhas antigas roupas de treinamento, que agora se encontravam bastante justas ao corpo, definindo todas as minhas curvas. Sorri e rodei o bastão de ouro na mão, andando calmamente em direção à Arena circular, onde os chalés se revezavam para treinamento com luta de espadas e lanças ou desafios.

Chegando lá, já podia ver tranças e fios pretos dançando majestosamente pelo ar enquanto Thalia lutava com outros dois semideuses que eu nunca tinha visto na vida. Em poucos segundos, ambos estavam caídos ao chão, se contorcendo de dor enquanto procuravam por suas espadas.

Me aproximei da filha de Zeus, que permanecia de costas para mim.

— Você está ficando lenta, Super Choque. Aposto que eu faria isso na metade do tempo.

Ela sorriu, permanecendo na mesma posição, observando enquanto os dois resmungavam, se ajudando a levantar.

— Eu realmente duvido disso, Katniss. Seus peitos te deixam lenta.

Ela se virou, me dando um breve aperto de mão.

Thalia era filha de Zeus, o deus dos deuses. Uma condição rara, já que os três grandes – Zeus, Poseidon e Hades – concordaram que não teriam mais filhos depois da primeira guerra mundial. Foi uma das primeiras integrantes do acampamento, junto com Annabeth e Luke, que não conseguiu sobreviver.

— Você sumiu. Onde esteve? – perguntou, se desprendendo de mim.

— Informação confidencial, Thalia. E então, menos papo e mais ação? Mas sem armas. – sorri de forma provocadora. Realmente senti falta da minha melhor amiga, embora não fosse admitir.

— Eu digo que já estava demorando para você se oferecer. – se afastou rindo, entrando em posição.

Fiz um breve movimento com a cabeça indicando que o primeiro movimento seria dela. Os semideuses que ela treinava se afastaram, temendo se machucarem durante aquela brincadeira.

Sem demoras, Thalia se aproximou, já desferindo um Uppercut em direção ao meu queixo. Dei um pulo para trás no intuito de me desviar do golpe, que por sinal passou de raspão pelo meu nariz. Avancei um passo com a guarda alta, me esquivando de um gancho de direita e desferindo um soco na filha de Zeus logo após.

Lia acabou sendo atingida e recuou, se agachando prontamente e aplicando um soco bem dado na região do estômago. Minha única alternativa — além de conter as lágrimas, os socos de Thalia realmente doem — foi segurar seu punho, porém não consegui reprimir uma careta de dor. Com isso, puxei-a pelo braço, colocando meu corpo por baixo do membro, jogando-a para o chão.

Ela acabou cedendo com meu peso, caindo de costas na terra, mas Thalia me conhecia. Sabia que seria derrota certa se me deixasse em pé, então me puxou para junto dela. Tenho que admitir, rolamos um pouco, como em uma típica briga de patricinhas, se gladiando pelo garoto mais gostoso de alguma escola em Los Angeles. Comparação ruim, eu sei, mas realmente parecia. Para interromper aquilo, fixei meus joelhos no chão, apoiando meu antebraço no pescoço de Thalia, preparando um soco para acertá-la. Senti dois tapinhas em minha coxa, sinalizando sua desistência.

Sorri triunfante e me levantei, tirando o excesso de terra das roupas. Ela não precisava de minha ajuda, então se levantou sozinha, fazendo o mesmo que eu.

— Até que você não está tão enferrujada assim. Andou treinando no seu tempo fora? — Me perguntou, olhando para seus aprendizes — E isso é uma pequena luta decente, seus inúteis. Se vocês nascerem de novo talvez consigam fazer o mesmo.

— Talvez você esteja pegando muito pesado com eles, Thalia. Não precisa ser grossa como Solária só por ela estar aqui, você é melhor que isso.

Ah, essa voz. Essa maldita voz irritante que me persegue desde os seus primeiros dias no acampamento. Virei-me para encarar a praga e me deparei com Annabeth, movendo a cabeça de forma reprovadora, balançando o cabelo loiro. Como eu a odeio.

— Hades deixou as portas do submundo sem guarda de novo? Avisem que um demônio escapou. – cruzei os braços, exalando muito ar pelo nariz.

— Eu não vou entrar no meio disso. Já sei como termina. Vejo vocês por ai! - disse Thalia, saindo do local.

— Pensei que filhos de Apolo tivessem mais criatividade. – respondeu com uma risada seca, guardando o boné dos Yankees no bolso de trás da bermuda.

— E eu sempre pensei que você fosse esperta o suficiente para não encher meu saco.

Eu podia sentir as pessoas se aglomerando ao nosso redor, alguns semideuses se cutucavam com os cotovelos apontando para meu rosto.

Um breve fato sobre mim: meus olhos mudam de cor repentinamente. E sempre, sempre ficam vermelhos perto de Annabeth. Consegui ouvir alguém gritando “Briga!” no fundo da arquibancada, mas eu não podia me importar menos. Não queria gastar meu tempo em uma luta ridícula com Anne.

Como se estivesse atendendo ao pedido daqueles em sua volta, Annabeth se colocou em posição de luta, sorrindo para mim. Como eu gostaria de quebrar todos os dentes perfeitos daquela maldita boca.

— Volta pro chalé, Annabeth, você deve ter batido com a cabeça ou algo assim. – recolhi minhas armas, me preparando para ir embora antes que alguma coisa acontecesse.

— Tá com medo, raio de sol?

Um dia cheguei a prometer que não a machucaria, mas algumas promessas são feitas para serem quebradas. Ninguém me chama de algo tão ridículo e sai sem um belo olho roxo e alguns ossos quebrados. Deixei minhas coisas no chão, virando-me para ela novamente.

Bring it, bitch.

Ela nem mesmo saiu do lugar, mas fez um movimento com a mão indicando que eu deveria ir até ela. E é assim que uma pessoa me mata de raiva.

Corri o suficiente para me aproximar e rolar no chão, me levantando rapidamente para chutar-lhe a panturrilha, fazendo-a literalmente comer terra. Ri com o ato e me aproximei para golpeá-la novamente.

— "Por favor Solária, me deixe provar que consigo te bater" - Imitei sua voz irritante, rindo em seguida. A “plateia” me acompanhou.

Ela ainda se levantava lentamente de costas para mim, quando eu já estava próxima o suficiente, fui surpreendida por uma cotovelada no estômago, no lugar exato do soco de Thalia. Realmente, aquilo tinha tirado qualquer vestígio de um sorriso do meu rosto. Minha expressão só tinha lugar para a dor agora, mas não podia me dar por vencida de maneira alguma!

Corri até ela, eu era muito mais forte que Annabeth e ambas sabíamos disso. Talvez aquele tenha sido meu pior erro. Anne usou de toda sua velocidade para me jogar para trás com um soco no nariz. Vi que ela também havia sentido tanto quanto eu do ataque ao acariciar rapidamente seu punho dolorido. Limpei um pouco do sangue que escorrera da região e avancei novamente. Eu não pararia até quebrar aquela carinha de anjo perverso que ela tem.

Me aproveitei da proximidade e dei-lhe um chute na direção do tórax para fazê-la se afastar de mim. Quando ela finalmente conseguiu se recompor, correu até mim, mas me abaixei e levantei rapidamente, apunhalando seu nariz com meu cotovelo direito. Ela balançou a cabeça para que se concentrasse melhor, limpando o nariz, que já escorria muito sangue. Aproveitei a brecha para golpeá-la com toda minha força em seu estômago, ela havia ficado sem ar enquanto se encolhia um pouco pela dor. Eu só queria ver mais sangue saindo da maldita!

Quando me preparava para mais um soco, surpreendentemente ela conseguiu pegar o meu pulso, mas não era difícil entender sua intenção. Se ela quisesse torcê-lo, ela tinha que fazer mais rápido do que aquilo. Puxei-a pela cabeleira loira, ouvindo um guincho por parte dela. Meu punho já estava a ponto de realmente se torcer, então ambas nos soltamos, trocando olhares furiosos e sanguinolentos. Havia sangue por todo nosso corpo e rosto, além de vários hematomas.

As pessoas em volta não paravam de gritar "Briga de mulher! Briga de mulher!", alguns ainda pensavam se deveriam apartar a briga ou esperar mais um pouco para ver se pararíamos por definitivo. Mas é claro que isso não aconteceria. O jogo só termina com morte. Bom, nesse caso me contentaria com um coma ou algo parecido. Nós duas estávamos parecendo gatos de rua, aqueles que vivem brigando por Zeus sabe o que.

Mais uma vez partimos uma para cima da outra. Eu podia sentir dores terríveis em lugares que nem conhecia, mas sabia que ela não estava nada melhor que eu. A luta já não era mais racional ou calculada, só queríamos nos agredir sem motivo algum. Acabamos emboladas no chão, podia sentir sua raiva se liberando a cada arranhão que recebia de mim.

Teríamos continuado a nos matar, se aqueles que estavam em volta não tivessem nos atrapalhado.

Vários semideuses tomaram coragem e nos separaram, alguns recuaram ao sentir minhas unhas arranhando a pele.

— Acho que já é o suficiente por hoje, meninas! – disse um campista um ou dois anos mais velho que eu. Aparentemente ele estava ali para garantir que todas as lutas prosseguiam em um nível saudável de agressão e ódio mútuos.

Me desprendi daqueles que estavam me segurando, jogando-os ao chão. Respirei fundo no intuito de me acalmar, aquele não era um bom dia para fazer churrasco de semideus. Quando consegui colocar minha mente de volta ao foco, vi Percy ao lado de Annabeth, checando seus ferimentos. Ele estava indo razoavelmente bem nos treinos, mas preciso dizer que ganhei minha aposta com Grover. Pelo menos agora eu não seria mais a babá dele.

Peguei minhas coisas do chão, afastando todos aqueles em minha frente com um olhar furioso.

Me encaminhei rapidamente até o chalé de Apolo para pegar outra muda de roupas e o necessário para limpar meus ferimentos. Já no banheiro do acampamento, tomei um banho demorado e ligeiramente doído. Era difícil me abaixar para alcançar as pernas ou esticar os braços para lavar os fios sujos de terra. Ao término, coloquei curativos, roupas e fui atrás de um pouco de néctar.

Néctar é a bebida dos deuses. Possui uma cor dourada e o gosto de seu alimento favorito – no meu caso, parecia ser suco de maçã. Ela é usada pelos semideuses para cura, embora excessos fariam qualquer semideus queimar, literalmente. Também usamos Ambrosia – a comida dos deuses – para o mesmo fim.

Não havia nem mesmo uma alma viva na enfermaria, o que era algo estranhamente raro no Meio Sangue, já que muitos se feriam por acidente nos treinos com espadas ou na parede de escalada. Não via a responsável pelo lugar, então pensei que poderia ter ido ao banheiro ou coisa parecida. Depois de longos minutos de espera, não consegui segurar a inquietude e eu mesma peguei o que precisava.

Indo ao armário de remédios, finalmente achei o líquido dourado dos deuses. Virei-me e dei de cara com uma Lisianto – a “enfermeira”, por assim dizer – amarrada e amordaçada, sentada atrás de uma espreguiçadeira. Aquilo era estranho, para não dizer o mínimo, mas imaginei que era apenas uma brincadeira dos irmãos Stoll. Quando fui ajuda-la, senti um calafrio na espinha que já não sentia há muito tempo.

— Quem diria, Solária Crave ajudando alguém. As pessoas mudam, não é mesmo?

Eu reconheceria aquela voz mesmo se estivesse a quilômetros de distância. Meu coração batia acelerado, minha respiração descompassada entregava meu nervosismo.

— Lira. – virei-me, já segurando o cilindro dourado, mas não havia ninguém ali.

Movi a mão para trás, liberando o machado e andando lentamente até próximo da entrada. Lisianto se mexia descontroladamente para tentar se soltar das amarras. Levei o indicador até a boca, pedindo silêncio. Ela revirou os olhos e se aquietou, visivelmente contrariada. Percebi um vulto se movendo perto de uma das simples espreguiçadeiras da enfermaria, só poderia ser ela.

Me aproximando mais, podia ver perfeitamente a silhueta de Lira, que brincava com um objeto esférico. Seus cabelos preto azulados estavam na altura dos ombros, contrastando com sua pele exageradamente branca. Os olhos azul celeste estavam distraídos, olhando para o tal objeto.

— Eu sabia que você estava por trás disso tudo. Só poderia ser você! Mas como? Não se pode fugir dos deuses.

Ela riu, finalmente parando de jogar a esfera para cima. Se levantou da cama onde estava sentada e me encarou. Eu poderia dizer tranquilamente que ela estava até mesmo contente por aquele momento, como se estivesse esperando por ele há anos.

— Ah, Sol. Tão ingênua! Mas essa ainda é uma resposta que não posso te dar. Estamos em companhia. – gesticulou para que eu fizesse silêncio, e então continuou – Não se preocupe, eu não vim para te machucar, pelo menos não hoje. Vi que alguém já fez esse trabalho por mim. Annabeth? Ah, como eu queria que fosse ela! Vocês nunca se gostaram, me sentiria realizada se ela tivesse tirado a marra dessa sua cara.

Ergui o machado, podia sentir os olhos vermelhos faiscando de raiva. Ataquei o vazio. Lira já estava do outro lado do cômodo deserto, movendo a cabeça com reprovação.

— Deuses, Sol, não pode segurar seu lado bárbaro por um minuto? Quero conversar, e só.

Então Lira estendeu as mãos, mostrando que não portava nada além daquele objeto, que agora já identificava como uma espécie de bola de cristal.

— Não confio em suas palavras. Você as usa como armas, Lira. São tão afiadas quanto meu machado.

— Eu sei, não é mesmo? – sorriu, animada – Mas hoje não. Só queria te dar um aviso. Não, aviso não. – fez uma pausa, procurando a palavra certa – Está mais para um ultimato.

Lira ergueu a esfera de cristal, que mostrava a imagem de 9 semideuses, todos dispostos como os chalés no acampamento, um "U" invertido. Ela então jogou o objeto para mim, peguei-o com precaução e cuidado, embora minha raiva quisesse estraçalhar aquilo em mil pedaços. Eu sabia do que ela era capaz, mas estava em choque com a situação.

— Não consegui capturar o tal novo semideus. Percy, não é mesmo? Ele ficaria ótimo na minha coleção, mas preferi deixa-lo vivo por hora. Ele fará mais por mim aqui fora no futuro, destruindo você, irmãzinha. – disse por fim, sorrindo cinicamente.

Sim, Lira era minha irmã, ou o mais próximo que poderia chegar disso. Palavras me faltam para descrever sua perversidade, e sua única sina era instaurar o caos. Há anos estava aprisionada bem longe da humanidade, mas a situação mudou. Eu precisava ganhar tempo se quisesse salvar todos aqueles semideuses, mas estava perplexa demais para conseguir me mover.

— Você tem 10 horas para se render, sem gracinhas, sem palhaçada. Se você se entregar para nós, vou libertá-los. Simples assim.

Eu estava atônita com tudo aquilo, era muito para processar em tão pouco tempo. Nós? Quem, em sã consciência, ajudaria Lira? Naquele momento, eu não poderia ser fraca novamente. Precisava ser mais inteligente que ela.

Entretanto, antes que eu pudesse sequer falar alguma coisa, a esfera liberou uma névoa lilás que se espalhou por toda a sala. Um cansaço insuportável me preencheu, e mesmo tentando lutar contra ele, era mais forte que eu.

— E ah, não demore muito. Daqui exatas 1 hora alguém vai morrer. Bons sonhos, cara irmã.

Já estirada no chão, sem movimento algum ou voz, a última imagem que tive foi de Thalia, além da esfera, se debatendo contra as correntes que a prendiam e Lira desaparecendo, como se nada tivesse acontecido.


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam?
Adoraria que vocês me dessem um review desse capítulo me contando o que posso melhorar ou apontando meus erros. Lembrando que críticas construtivas são sempre bem-vindas!
Beijinhos de açúcar e até o próximo capítulo!



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