Pov’s Holly

Uma semana. Uma semana é o tempo que eu vou ter que fingir ser a “namorada” do Harry. Eu juro que eu vou matar ele quando isso tudo acabar. Ele disse que não faria nada pra me constranger e é bom mesmo!

Arrumei minha mala. Peguei apenas minhas melhores roupas: algumas calças, blusas e uns vestidinhos que eu tenho aqui. Sapatos? Um preto, um vermelho e um nude. Ótimo, estou quase pronta. Fui correndo tomar um banho. Coloquei um vestido preto colado de alcinha e com as costas à amostra. Fiz baby lis nos meus pequenos cabelos loiros. Como maquiagem passei apenas uma sombra bem clarinha e fiz um delineado, passei rímel (o que destacou meus olhos azuis) passei um batom vermelho mate. Nos pés, optei por meu sapato nude. Dei uma última olhada no espelho e estava tudo certinho.

Fiquei na sala uns 15 minutos esperando Harry chegar. Escutei a campainha, me arrastei do sofá e fui atender. Harry. Ele usava uma calça jeans preta, blusa polo azul marinho (que é uma cor maravilhosa ainda mais se for pra mostrar os músculos maravilhosos dele), sapa tênis preto, o cabelo estava como sempre: desarrumado, segundo ele, isso era seu “charme”. Ele estava me olhando boquiaberto, os olhos arregalados – aquelas orbes verdeadas – como quem estava surpreso com algo.

– E então, como eu estou? – falei dando uma voltinha.

– Está incrível. – falou me analisando – Espera, você tem certeza que é a Holly Becker mesmo? – dei um tapa em seu braço. – Ai, isso doí.

– Está esperando a gente perder nosso voo pra pegar minha mala é?!

Ele entrou pegou minha mala e foi andando na frente até o carro. Eu fechei a minha porta e suspirei antes de sair. Entrei no carro e fiquei em silêncio. Deus, como isso pode acontecer com uma pessoa como eu?! O que eu fiz de errado pra isso estar acontecendo comigo? Aposto que se aquelas meninas que implicavam comigo na escola estivessem aqui agora estariam rindo da minha cara. Sério, eu acho que devo ter um péssimo carma. Não me leve a mal, mas pelo menos não posso reclamar que o Harry é feio. Harry é lindo, gato e realmente gostoso como ele mesmo falou. Para, para cabeça e o coração se tu se apaixonar por ele eu juro que eu mesmo meto um tiro bem no meio de você.

Não demorou muito para que chegássemos ao aeroporto. O avião também não demorou para decolar. Graças aos céus! Eu juro que eu ainda mato o Harry. Vocês devem estar pensando “Por que matar o coitado?”, simplesmente pelo fato que ele sabe que eu odeio aviões, pelo fato de que eu estou aqui porque ele me implorou e pelo fato de que eu vou ter que fingir ser a namorada dele. Está bom pra vocês?

Depois de uma hora (mais ou menos) o avião finalmente pousou e eu realmente estava me sentindo aliviada por isso. A gente estava quase chegando na saída quando de repente: a família do Harry estava chegando com cartazes escrito várias coisas do tipo: “Harry e namorada, sejam bem vindos!”, “Estamos felizes por vocês se juntarem à nós. Eu juro que vou MATAR o Harry!

Pov’s Harry

Não estava muito animado com a ideia de mentir para os meus pais, mas eu não queria admitir para Mike que eu (como irmão mais velho) ainda estava solteiro. Holly não estava muito contente com isso também. Espero que dê tudo certo.

Na mala coloquei apenas o necessário: Duas blusas sociais, duas polos, uma calça social e outra jeans, um sapato social e pronto. Eu não queria que Holly se sentisse deslocada comigo muito arrumado por isso coloquei uma camisa polo azul marinho (que realça meus músculos, claro), calça jeans preta e um sapa tênis preto também. Meus cabelos eram rebeldes, por isso apenas o penteei e deixei secar da forma que ele queria.

Estava chegando na casa de Holly quando senti meu celular vibrar em meu bolso. Olhei na tela: meu pai.

– Oi pai. – disse atendendo o celular.

– Filhão! Como você está? – perguntou animado.

– Estou bem e o senhor?

– Estou ótimo! É, então, quem é a felizarda dessa vez?

– É surpresa pai. – surpresa até demais.

– Estamos te esperando.

– Tudo bem pai. Estou indo buscar ela, quando chegarmos ai te aviso tchau.

– Tudo bem. Tchau filhão! – falou desligando o telefone.

Estacionei o carro na porta da casa da Holly. Fui andando devagar, quando cheguei em frente a porta da casa dei um breve suspiro e toquei a campainha. Depois de uns segundos a porta se abriu revelando uma silhueta feminina. Ela usava um vestido preto justo de alcinha, sapatos de salto, e no rosto um batom vermelho que destacava sua boca. Os olhos dela não havia muita maquiagem o que deixava seus olhos azuis mais bonitos do que nunca. Seus cabelos loiros, estavam ondulados. Eu não acreditava que era Holly. Ela estava fantástica! Não, fantástica não, MARAVILHOSA! Senti meu estômago se revirar e meu coração bater mais rápido. Entrei em transe quando a vi.

– E então, como eu estou? – falou dando uma voltinha.

– Está incrível. – falei analisando-a – Espera, você tem certeza que é a Holly Becker mesmo? – ela me deu um baita tapa no braço. – Ai, isso doí.

Sorri. Entrei em sua casa, peguei sua mala e levei para o carro. Entrei no carro, encostei minha cabeça no vidro da janela. Suspirei. Por que meu coração e meu estômago estavam se remexendo tanto? Estava parecendo uma festa daquelas dentro de mim. Engoli o seco. Não, eu não posso me apaixonar por Holly. Coração, seu lindo, pode parar por ai. Ela entrou no carro e eu dei a partida.

Não precisamos esperar muito para que o avião decolasse. Detalhe: Holly odeia aviões. Ela vai me matar. Dei uma olhadinha com o canto dos olhos e vi que ela estava um pouco nervosa. Sorri de lado. Ela com certeza vai me matar.

Depois de uma hora e alguns minutinhos (que não sei quantos) o avião pousou. Olhei para Holly e pude ver o alívio em seu rosto. Estávamos chegando na porta do aeroporto, quando vi minha família entrando pela porta. Eles seguravam cartazes escrito coisas do tipo “Sejam bem vindos!”, “Quem é a felizarda?!” ou “Estamos felizes por vocês!” dentre outras coisas. Droga. Holly vai literalmente me matar. DROGA!