Pov’s Holly

Acordei com o barulho ensurdecedor do meu despertador tocando. Bati a mão no despertador para desliga-lo. Silêncio. Tá, o silêncio durou apenas alguns segundos já que o despertador tocou novamente. Tudo bem Holly, hora de levantar. São exatamente sete e quinze. Me arrasto da cama e vou para o banheiro. Tiro a roupa e me arrasto para debaixo da ducha. Um banho frio, é isso que eu preciso pra despertar. Depois de um banho frio e relaxante, abro o guarda-roupa pra escolher algumas roupas. Peguei um vestido vermelho tipo vinho de alcinha que batia acima do joelho, um sapato preto de salto e de veludo e uma bolsa preta. Optei por fazer apenas um delineado nos olhos e passar um batom nude. Estou pronta para mais um dia trabalho.

Agora as apresentações. Meu nome é Holly, tenho 22 anos e trabalho como secretária para o riquinho mais cobiçado de Londres: Harry Barfknecht. Além de secretária dele, sou tipo uma “conselheira pra ele”. Minha relação com ele é ótima. Ganho bem e não tenho o que reclamar. Sem falar que Harry pega muito leve comigo e que eu pego serviço num horário bom.

Cheguei no escritório um pouco antes do meu horário. Peguei os recados e anotei-os em um papel. Imprimi alguns papeis que Harry tinha pedido pra eu imprimir e fui fazer mais algumas coisas. Harry chegou uns 15 minutos depois de mim. Ele estava com uma cara que eu conhecia muito bem. Brigou com o pai de novo.

- Harry? Aconteceu algo? – perguntei entrando em sua sala.

- Pode me deixar sozinho? – falou baixinho. Sim, ele estava zangado.

- Deixa eu adivinhar: você brigou com o seu pai novamente né?!

- Na verdade, não dessa vez.

- Tá, e o que exatamente aconteceu?

- Meu irmão vai se casar. Sábado será o jantar de noivado dele.

- E por que isso te deixa tão zangado? – franzi a sobrancelha.

- Eu disse que tinha uma namorada...

- O quê? Você ficou maluco? – falei interrompendo-o e gritando (é claro).

- É eu sei. – ele passou a mão nos cabelos – E agora eu não sei o que fazer.

- Cara, eu sugiro você arrumar uma pessoa rápido.

Pov’s Harry

Eu sou muito burro. Pra quê eu fui falar que eu tinha namorada? Cara, eu não consigo nem falar oi pra uma garota quem vai me dizer uma namorada?! Eu preciso achar uma urgente.

Cheguei no escritório e passei direto pela mesa de Holly. Estava torcendo pra ela não vir atrás de mim. Com certeza ela iria pirar com o que eu tinha dito. Assim que eu sentei na minha mesa vi que Holly vinha pra minha sala. Droga! Será que é Deus me castigando ou é um carma?

- Harry? Aconteceu algo? – perguntou me olhando com uma cara que diz “Já sei o que é.”. Ela vai me xingar Deus!

- Pode me deixar sozinho? – falei em um tom baixo e torcendo pra que ela me deixasse.

- Deixa eu adivinhar: você brigou com o seu pai né?! – tá, toda vez que eu brigava com meu pai eu ficava assim, mas dessa vez o assunto era outro.

- Na verdade não dessa vez. – ela me olhou surpresa.

- Tá, e o que exatamente aconteceu?

- Meu irmão vai se casar. Sábado será o jantar de noivado dele.

- E por que isso te deixa tão zangado? – ela franziu a sobrancelha como quem não estava entendendo.

- Eu disse que tinha namorada...

- O quê? Você ficou maluco? – ela fez um “mini escândalo”.

- É eu sei. – parei e passei as mãos em meus cabelos. – E agora eu não sei o que fazer.

- Cara, eu sugiro você arrumar uma pessoa rápido. – falou indiferente.

Foi ai que uma ideia me ocorreu: quem me conhece mais do que todo mundo? Quem a minha família conhece e é apaixonada por ela? Quem sabe o que deve ou não fazer na minha casa? Quem sabe como me agradar? Holly! Ai meu Deus!

- Holly... – dei um sorriso malicioso.

- Não. Não. Não. Não! – ela falou me encarando.

- Ah vai Holly. Por favor! Eu preciso que você faça isso por mim. Por favorzinho! – eu disse quase implorando ela.

- Deixa eu ver se estamos pensando a mesma coisa: você quer que eu finja ser a sua namorada? – ela me perguntou com uma cara de quem diz “Que merda é essa?!”.

- Sim.

- Não. Não e não! – ela berrou.

- Vai Holly por favor! – eu levantei e caminhei até ela. Quando cheguei perto dela eu me ajoelhei e peguei sua mão. – Holly por favor. Eu tô me humilhando aqui. E você sabe que eu não faria isso se não fosse caso de vida ou morte. Por favor.

- Ai meu Deus, eu não acredito que eu vou fazer isso. – “Holly se você disser que sim eu te amo!” Pensei comigo mesmo. Ela olhou pra mim que no momento fazia carinha de pobre coitado. – Tá, eu aceito.

- Ah, muito obrigado! Holly, eu te amo pra sempre! – falei abraçando ela.

- Por que será que minha intuição me fala que vou me arrepender disso? – ela perguntou.

- Porque eu sou lindo e gostoso o que vai fazer você se apaixonar por mim. – falei dando uma piscadinha pra ela o que a fez corar.

- Se você continuar com isso eu mato você! – deu meia volta e saiu da minha sala.

Ufa! Menos um problema pra eu resolver.