De volta para casa escrita por Laís Brum


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora meus queridos!
Como prometido aqui está o terceiro capítulo!



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Tomamos café, agora como noivos. Eu não conseguia conter minha alegria de estar ali com ele. Olhar para seus cabelos, seus olhos me faziam viajar em pensamentos...

“Você precisa parar com isso.” Peeta me traz de volta a mesa.

“Parar com o que?”, fico intrigada com sua pergunta.

“Parar de me olhar assim. Me deixa muito curioso sobre o que estas pensando e nem sei devo perguntar.”

“Eu só estava pensando em como gostaria que minha família estivesse aqui conosco. Não só a minha, mas a sua também. Nossa! Eu nunca vou poder conversar com sua mãe sobre suas preferências ou brigar com ela porque quer dar palpite em nossa vida. E você também não terá meu pai para pedir minha mão em casamento. Penso que você conhece minha família inteira e eu apenas troquei umas palavras com seu pai antes da primeira arena. Seus irmãos eu conhecia apenas de ver pela escola.”

“É difícil para eu pensar nisso também. Gostaria de compartilhar isso com eles também, principalmente meus irmãos que sempre viram o quanto eu gostava de você. Mas sabe de uma coisa, sua mãe vale pelo seu pai. Lembra de quando perguntaram a ela sobre isso e ela disse que achava que éramos novos demais?”

“Sim, eu lembro.” Sorrimos diante dessa lembrança.

“Vamos convidar nossos amigos e fazer um jantar de noivado? Assim contamos para todos ao mesmo tempo. O que acha? Eu sei que você não curte muito esse tipo de coisa, mas acho que revê-los seria ótimo não?”

“Rever minha mãe e Johanna seria realmente maravilhoso. Acho que podemos fazer isso sim.” Seus olhos brilham diante da minha resposta.

“Eu já disse que te amo?”, Peeta já está vindo em minha direção e beijando meu rosto.” Você pode pedir ajuda a Effie na organização de tudo. Fico com toda a parte de comida.”

Ele me lembra de uma coisa... Onde está Effie? Ela dormiu em alguma casa da vila? Acho melhor não perguntar a Peeta agora. Não quero estragar nosso momento com preocupações.

Arrumamos tudo e quero sair para a floresta. Convido meu noivo para ir comigo.

“Minha perna não irá atrapalhar afastando a caça?”

“Não vou caçar hoje. Quero te mostrar uma coisa. Um lugar que meu pai me mostrou quando ainda era vivo. Vamos, pois teremos um longo caminho pela frente.” Já tinha deixado um bolsa com algumas sobras de nosso café.

Quando saímos o dia está lindo. Mesmo com um pouco de cinzas no ar a manhã do Distrito parece a de sempre. O sol está alto, acredito que já seja por volta das 10hrs. Antes de irmos para a floresta passamos na casa de Haymitch, como de costume. A porta está trancada, o que é muito estranho. Decidimos voltar depois.

Caminhamos pelo nosso distrito de mãos dadas. Desde que voltou acho que é a segunda vezes que Peeta veio para a cidade. Ele quer ir aonde era sua antiga casa antes do bombardeio. Seguimos até lá. Imagino que seja muito difícil vir até onde era sua antiga casa, onde perdeu seus irmãos.

Alguns entulhos já foram retirados. Ele está bem próximo do local quando se vira para mim.

“Acho que quero reconstruir isso aqui. Era a paixão de meu pai e sei que ele ficaria feliz com isso. O que você acha?”

“Tenho certeza que ele ficaria muito feliz. Além do que, pelo jeito como as obras andam nosso distrito logo estará cheio novamente e todos com certeza vão querer experimentar seus maravilhosos pães e bolos.”

“É... Acho que sim.” Ele suspira. “Bom, vamos logo antes que fique tarde demais.”

Continuamos nossa caminhada até a campina. A cerca foi retirada para que as pessoas tivessem liberdade novamente. Peeta fica encantado com a paisagem. Diz que daria um ótimo quadro e eu concordo com ele. Sempre achei que a floresta seria um ótimo lugar para pintar e ser pintado.

Tenho que ajuda-lo diversas vezes para que não caia. Quando um peru selvagem sai de traz de uma moita ele se assusta. Dou gargalhadas de sua careta. Mostro-lhe diversas flores e plantas que estavam no livro de meu pai. Vê-lo admirando cada uma delas me faz recordar quando ficávamos em meu quarto preenchendo as páginas e como eu ficava encantada ao observa-lo desenhando.

Chegamos ao lago. Só trouxe alguém aqui quando gravamos prontopops para a rebelião.

“Parece que eu já estive aqui.” Peeta comenta.

“Foi aqui que me gravaram cantando. Você viu as imagens e nos avisou que estavam indo bombardear o 13. Lembra?” Ele não me responde. Percebo que seu corpo ficou tens. Será que ele se lembrou de suas torturas? Me assusto quando ele começa a gritar.

“Não, não! Me soltem eu não sei onde ela está. Nós não sabíamos do plano deles, fomos manipulados.” Ele está agoniado.

“Calma Peeta! Eu estou aqui. Você está bem a salvo no 12. Isso é só um flashback”. Eu sabia que isso poderia acontecer a qualquer momento, mas não aqui. Percebo que estou tremendo enquanto tento acalma-lo. ” Peeta, meu amor, sou eu Katniss. Isso não é real.” As lágrimas escorrem pelo meu rosto.

Ele está tremendo demais e não para de gritar. Não sei mais o que fazer. “Eu não sei de rebelião nenhuma. Me tirem daqui!”

“Peeta fica comigo... Fica comigo, por favor.” Seguro seu rosto em minhas mão encarando seus olhos, onde o medo está estampado. Beijo-o na tentativa de trazê-lo de volta para nosso momento aqui no lago. Ele me beija de volta e recuperando a consciência aos poucos.

Afasto-me um pouco e ele me encara. Ficamos assim alguns minutos até que ele começa a se desculpar e perguntar se havia me machucado.

“Eu estou bem amor. Quero saber como você está.”

“Eu não sei direito. Parecia tudo tão real e ao mesmo tempo imaginação. Me perdoe estragar nosso passeio. Eu gostei tanto desse lugar...” Percebo que suas mãos ainda tremem.

“Acho melhor voltarmos. Você com certeza não está bem.”

“Eu não quero voltar. Quero ficar aqui com você e aproveitar esse lugar. Acho que vou tomar um banho primeiro.” Fico sem graça ao vê-lo tirando a camisa, do mesmo jeito que fiquei quando tive que cuidar dele na primeira arena. Ele tira a Calça o que me deixa nervosa e viro o rosto tentado me mostrar interessada por qualquer coisa. Ele percebe que estou sem graça com essa situação e começa a rir da minha cara de envergonhada.

“Katniss, você pode olhar! Estou de short.” Tomo um susto quando ele me abraça por traz. “Adoro essa sua cara de constrangida.” Ele beija minha bochecha e cai na água espirrando água em mim.

Peeta demora a subir e quando me dou conta estou correndo desesperadamente para a água.

"Peeta! Peeta cadê você?" levo um enorme susto quando ele me pega no colo rindo de mim mais uma vez. "Você é um idiota sabia?" , estou furiosa com ele." Me solta agora".

"Eu acho linda essa sua cara de irritada!" . Ele me surpreende com beijo. E mais uma vez consegue fazer minha chateação passar.

Ficamos ali a tarde de toda. Conversamos, nos beijamos e até ensino Peeta a atirar com o arco. Vamos embora um pouco antes do entardecer. Ao chegar na Campina o sol está se pondo E a sua cor favorita está tomando o céu.

Ao chegar em casa vou direto tomar um banho. Coloca roupas limpas e penteio meu cabelo com uma trança única. O telefone toca e sei que é o Dr. Aurelius, mas não quero conversar. Peeta ainda não voltou então vou para a cozinha preparar algo para comermos. Abro a geladeira e vejo que Greasy Sae deixou um cozido e coloco-o para esquentar no fogão enquanto preparo algumas torradas. Quando ele entra está tudo pronto.

Sentamos para jantar e ele me conta que foi ver Haymitch e que a porta continuava trancada. Resolvo ligar para confirmar que ele ainda está vivo e Peeta lava a louça. Quem atende o telefone é Effie dizendo que está tudo bem. Tenho várias perguntas, mas decido não fazer, assim como ela também não demonstra interesse em responder. Desligo e vou para a sala onde ele está vendo um programa sobre artes. Estou tão cansada que acabo dormindo em alguns minutos. Ele me acorda e me leva para a cama.

Deito aninhada em seus braços pensando em como vou contar para minha mãe que estou noiva enquanto ele desfaz minha trança. Adormeço quando ele sussurra em meu ouvido que me ama.


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