Paradise City escrita por Sparkle


Capítulo 3
Um grito na noite




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/670660/chapter/3

No hotel Cortez as pessoas já estavam na piscina logo de manhã, o sol estava gostoso e o dia lindo, o céu azulzinho por entre as palmeiras e coqueiros daquela vista magnifica.

Annelise já estava bêbada, de óculos escuros e um biquíni tomara que caia, ela tinha muitas tatuagens pelo corpo que gastariam bastante maquiagem para tapar quando gravasse o filme. As pessoas conversavam animadamente e Simon o outro ator do filme que passara a noite com Marilyn lia seu jornal enquanto tomava um suco.

Blake chegou perto da piscina e Annelise o fuzilou com o olhar, ele estava cheio de marcas roxas pelo corpo, mas ainda assim estava exibindo-se, parecia de proposito para que soasse como ‘’Olha o que ela fez comigo’’ . Ele a olhou desafiador ela saiu da piscina e estava com o bico do seio de fora, nem viu, sentou-se em uma cadeira e começou a usar sua maconha.

Estavam comentando que Annelise e o marido quebraram toda a mobília em uma briga a noite, foi o maior escândalo, e ela estava toda roxa, os braços e as pernas, estavam cheios de hematomas o que deu o que falar. Blake bateu nela?

Simon largou o jornal na mesinha e subiu para seu quarto trocar de roupa para fazer os exercícios matinais. Uma mulher pegou o jornal e soltou uma exclamação de susto.

–Oh!!

Um homem pegou o jornal e leu em voz alta:

–Filha do prefeito é esfaqueada ao Leste da cidade.

Aquilo gerou a maior agitação e comentários das pessoas, depois do incêndio era a primeira vez que algo assim acontecia na cidade, claro, já tiveram roubos e coisas do tipo, mas incêndios e esfaqueamento era tudo muito novo.

....

Amy Ullman a filha do prefeito tinha o cabelo em corte chanel loiro e olhos escuros, era aquela típica ‘’filhinha do papai’’ mimada ao extremo, bastante patricinha também.

Estava no melhor hospital da cidade sendo muito bem cuidada quando o detetive Manson e a chefe de policia Taylor chegaram para interroga-la.

–Senhorita Ullman, tem um momento? – perguntou Taylor.

Ela assentiu com um ar infantil. Estava diferente do que era costumada a ser vista, sem maquiagem dava para se ver as sardas e tinha olheiras, vestida naquela roupa de hospital sem um de seus vestidos caros.

–Sabemos que está bastante machucada e que quer descansar, mas precisamos conversar sobre o que houve essa madrugada.

–Tudo bem – ela concordou

–A que horas aconteceu, hum...- Amy interrompeu Taylor

–Não sei, devia ser três da manhã.

–A senhorita estava sozinha?

Ela assentiu.

–Pode nos contar o que houve?

Foi como um filme passando diante de seus olhos, tudo de novo, até quando ela teria que reviver aquilo?

Havia pegado a estrada a Leste da cidade que quase entrava na floresta, a luz da Lua iluminava tudo, havia acabado a força na cidade, mas ela se sentiu segura dirigindo, estava voltando de uma festa. Seu pai não gostava que ela andasse sozinha, por isso pagava um motorista particular, mas ela gostava de dirigir, aquilo a distraía e além do mais voltaria tarde então o dispensou sem seu pai saber.

A não ser pelo barulho de seu carro estava um silencio profundo e ...mortal. Algo bateu em seu para-brisa com um baque, ela freou o carro com tudo assustada, foi tão brusco que aconteceria danos piores se estivesse sem o cinto de segurança. Ela desceu do carro zonza e foi ver no que tinha batido. Era um animal morto, estava assustada como uma criança. Sentia vontade de chorar, chorar pelo seu pai.

Uma mão a agarrou por trás e ela gritou muito alto, uma faca lhe atingiu a barriga e ela achou que fosse desmaiar, ela sussurrou: por favor, me solta, por favor! E começou a chorar : Por que está fazendo isso comigo?

Silencio total. Ela iria levar outra quando a largaram no chão e saíram correndo para o meio das árvores. Ela caída no chão e sangrando começou a chorar muito alto. Alguns moradores saíram de suas casas e foram ajuda-la, chamaram a policia mas nem sinal do esfaqueador.

Ela contou tudo isso á inspetora e ao detetive, eles pareceram compreender. Sua voz falhava as vezes, mas ela narrou de acordo.

–Senhorita Ullman, não se lembra de ter visto a pessoa? Pode ser que tenha visto algo...Seria homem ou mulher? Conte o que sabe...

–Só as mãos em luvas pretas de borracha. Eu não me lembro... acho que talvez seja um homem, foi brutal – Amy começou a fazer beicinho e chorar.

Taylor ficou meio sem jeito, mas fez a ultima pergunta

–Tem inimigos?

–Não – parou e pensou em Evan a vadia invejosa , Evan era uma idiota que se achava e não faria merda nenhuma com ela

Manson observou que a voz de Amy vacilou ao dizer não, ela estava escondendo algo.

–Bem, isso é tudo, obrigada.

Saindo do hospital Taylor disse:

–O que acha?

–Não sei o que pensar... Por que alguém tentaria matar a Srta. Ullman?

–Está na cara que não faz mal a uma mosca....Isso está muito estranho.

–Precisamos dar uma olhada nessa estrada em que ela estava...

–Mas você sabe... Amy Ullman não esta morta, nós não podemos fazer nada se não acharmos provas contra alguém, podemos prender se acharmos, claro... Mas caso não, não podemos levar o caso adiante.

–Eu sei, eu sei...

Uma hora depois Manson e Taylor estavam a Leste da cidade na estrada onde tudo ocorrera. Manson preferiu ficar com a estrada e Taylor foi para o meio da floresta, para onde o esfaqueador havia fugido.

Na estrada havia marca de pneus pela freada brusca e marcas de sangue seco. Manson agachou para observar atentamente. Não havia nada de mais, parecia tudo muito simples.

Algum tempo depois Taylor apareceu com um saquinho plástico daqueles de guardar provas criminais e um sorriso triunfante.

–Achei!

Dentro do saquinho plástico envolta por um lenço sujo de sangue estava a faca.

–Levemos para analisar...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Paradise City" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.