Por trás das lentes escrita por Megan Queen


Capítulo 26
Capítulo 25


Notas iniciais do capítulo

Olha eu de novo!!!
Nem demorei tanto, né?
Bom, eu particularmente achei que esse cap não ficou lá essas coisas, já que por conta do corre corre minha criatividade evapora, mas depois das dicas da fofa da La Volpe acho que melhorou bastante... então digam se gostaram nos reviews, ok?
Meu muito obrigada de coração à cada uma das maravilhosas que comentaram no cap passado e dizer que adorei tudinho!
Espero que curtam o cap!
Boa leitura!



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Felicity Smoak

— Casar?! – sou eu que pergunto, olhando para Cait abismada.

Logo os dois contam mais ou menos o que aconteceu no jantar e todos nós os felicitamos.

— E meninas...preparem-se para ser minhas damas de honra! – Cait avisa e eu, Sara e Thea começamos a dar pulinhos animados.

— Só tem um problema... – Barry fala olhando para todos nós pensativo – São três garotas e Tommy, Roy, Oliver e Ray... Ray está sem acompanhante – ele murmura baixinho e sinto o aperto possessivo de Oliver em minha cintura.

— Eu posso ser acompanhante dele... – Sara se manifesta tímida, e recebe um olhar fumegante de Tommy.

— E Tommy? – eu pergunto, desconfiada.

— Podemos colocar Laurel como acompanhante dele... – Barry sugere e a morena se engasga com a água que tomava – Você aceitaria, Laurel?

Sara a encara com os olhos semicerrados e ela olha da irmã para Thomas, indecisa.

— Se é assim...Laurel pode acompanhar Ray, com quem já tem mais intimidade e deixar Sara acompanhar Tommy... – é a vez de Thea se manifestar.

— Eu acho que é melhor mesmo. – Laurel opina – Afinal, eu e Ray já somos amigos e, bom...Thomas parece bem mais próximo de Sara... – vejo Sara corar e desviar o olhar, enquanto Tommy bufa e revira os olhos. Alguma coisa de muito errado aconteceu... – penso – E eu vou descobrir o que foi...

Lanço um olhar sugestivo para Cait e aponto os dois com a cabeça.

— Sara e Felicity... – ela chama – Poderiam me acompanhar à cozinha? E...amor? – se vira para Barry, que a encara – Ligue para Ray contando a novidade. Tenho certeza de que ele vai ficar maravilhado! – fala e imagino a felicidade dele ao saber do casamento, já que adora meus amigos.

Sara nos acompanha para a cozinha com cara de ovelha indo pra tosquia, deixando Thea, Laurel, Tommy, Oliver e Barry na sala.

— E então? – Cait a encara, levantando uma sobrancelha – O que houve entre você e o Merlyn? – Sara arregala os olhos e me encara, num pedido mudo de socorro.

— Nem adianta me olhar assim, vocês estavam só amores até quinta-feira e hoje estavam parecendo não se aguentar perto um do outro! O que inferno aconteceu? E o que Laurel está fazendo aqui...na nossa sala? Não que eu não goste da sua irmã, ela sempre foi muito gentil comigo apesar de distante, mas estou realmente curiosa com a aparição dela... – tagarelo.

— Uma coisa de cada vez, tá Lis? – ela ergue as mãos e suspira – Thomas foi até minha casa hoje e... elemepediuemnamoro – fala num fôlego só e atropeladamente.

— O QUÊ? – eu e Caitlin sussurramos “gritando” – Como assim? – pergunto – Ele apareceu do nada e pediu?

— Não... – ela cora e eu sorrio, pois, se algum tempo atrás, alguém tivesse me dito que Sara era capaz de corar eu teria rido até chorar – A gente começou a se beijar no tapete da sala, depois de ele ter me ajudado com a faxina... – minha boca forma um perfeito “O” – e aí ele me olhou e perguntou se eu queria namorar com ele!

— E...? – Cait ergue as sobrancelhas – O que você disse?

— Bom... foi mais o que eu não disse mesmo – ela leva as mãos à cabeça e fecha os olhos – Laurel chegou bem na hora e, pegando a mesma porcaria de chave que Thomas usou para entrar sem bater mais cedo – abro a boca para questioná-la e ela ergue uma mão – Longa história... – é tudo o que diz – Bem, ela entrou e nos pegou naquela situação suuuper comprometedora e eu, por estar sem ação, me levantei e disse afobadamente que Thomas era apenas meu amigo. Daí ele... – ela suspira, parecendo estar agoniada.

— Ele entendeu isso como sendo a sua resposta... – Cait completa e ela assente devagar.

— Então, depois de finalmente ter me livrado de Laurel quando ela foi tomar banho, eu tentei falar com ele, mas ele me cortou e disse que já tinha entendido, que ele tinha cometido um erro ao pedir aquilo e que sabia que nunca teríamos algo sério mesmo... – ela nos encara e posso, ou não, ter visto mágoa em seu olhar – Só que... Eu estava pensando em aceitar! – ela franze o cenho, cerrando os olhos – Eu fiquei surpresa na hora e achei uma loucura a princípio, mas depois eu me vi querendo dizer sim, porque... Eu gosto dele, entende? Gosto de estar com ele... – ela senta em uma das cadeiras.

— Por que não disse isso a ele? – pergunto, me sentando ao lado dela e Cait faz o mesmo.

— Depois desse balde de água fria? Ele deixou bem claro que tudo não passou de um lapso! Você acha que eu seria capaz de tocar nesse assunto depois disso? – nos encara com uma sobrancelha erguida.

— Sara... – Cait fala devagar – Ele pode ter falado isso na defensiva, pode ter dito da boca pra fora por medo de ser rejeitado... Você conhece o Tommy. Ele nunca teve um relacionamento sério antes! E deve estar tão ou mais assustado que você com tudo isso... Já parou pra olhar desse jeito?

— Pode até ser... Mas eu não vou lá dar a minha cara a tapa, pra ele dizer novamente que termos um relacionamento sério seria um erro! – e aí está a Sara orgulhosa. – Sinto muito, mas eu também não estou acostumada com o que está rolando entre nós e tenho medo de tudo acabar dando em porcaria nenhuma. Caramba, eu já estou me sentindo mal com isso, imagina se a gente tentar e não der certo? Não, não dá, e nem adianta tentar me fazer mudar de ideia! Talvez Thomas esteja certo e nós devamos ficar como estamos – nos olha, decidida.

— Ai, Deus do céu! – bufo, afundando na cadeira – Dá vontade de amarrar vocês dois barriga com barriga e dar uns tapas até se entenderem!

— Fala a pessoa que está a um mês fugindo do que sente pelo “melhor amigo” – faz aspas, ironicamente, e percebo que a Sara de humor afiado está de volta.

Coro me lembrando do que aconteceu há alguns poucos minutos nessa mesma cozinha.

— Felicity Meghan Smoak... – Caitlin me observa, estreitando os olhos – Tem alguma coisa que você deseja nos contar?

— De ter alguma coisa, até que tem... Mas não é algo que eu gostaria de contar... – brinco com os dedos da minha mão, evitando encará-las.

— Pois agora mesmo é que eu estou curiosa! – Sara se empertiga na cadeira, os olhos brilhando.

— Ela e Ollie se pegaram na cozinha, ainda há pouco... – ouvimos a voz de Thea e nos viramos todas juntas para vê-la com metade do corpo dentro da geladeira, enchendo um copo com água – Mais precisamente alguns minutos antes da chegada de vocês! – completa e se vira, fechando a porta com o calcanhar e encarando meu olhar fulminante e o malicioso das meninas – O que foi? – me pergunta, com falsa inocência – Te poupei o tempo em que você enrolaria as duas até por fim deixar escapar... – dá de ombros e, se olhar matasse ela cairia morta na minha cozinha – Okaaay... – ela fala, caminhando de costas ante meu olhar – Fui! – diz, simplesmente e se vira, caminhando rapidamente para a sala com seu copo nas mãos.

— Mais dia menos dia, eu vou acabar matando um dos Queen só com as mãos – deito a cabeça no tampo da mesa.

— Explique-se Smoak! – Sara me puxa, fazendo com que eu me encoste na cadeira.

— Bom... Nós estávamos discutindo por causa da cena que ele e Ray protagonizaram no shopping – Sara ergue as sobrancelhas – Longa história... – a imito e tomo fôlego pra continuar – Ele me pediu desculpas e tudo mais e, quando vi...já estava o beijando como se não houvesse amanhã! – cubro meu rosto vermelho com as mãos e as ouço rir.

— E como vocês estão? – Cait pergunta.

— Bem, obrigada! – retruco, irônica.

— Estou falando da situação... – ela revira os olhos.

— Somos amigos – digo simplesmente e Sara dá um riso sarcástico.

— Foi assim que eu e Thomas começamos... – suspira – Acontece que as chances de você e o Queen realmente se envolverem são bem maiores do que as minhas chances de dar um jeito do cabeça dura do amigo dele refazer o pedido de namoro... Só que, no seu caso, quem está com o pé no freio é você! A pergunta que não quer calar é: Por quanto tempo vai negar o que sente?

— Pode ser que seja só atração ou algo carnal, Sara... – tento justificar, mas nem eu mesma acreditaria em mim – Quer dizer, Oliver é lindo... Na verdade, “lindo” chega a ser um insulto a tanta beleza! Qual é a mulher que não se sentiria tentada por um homem daqueles?

As duas levantam os indicadores e eu reviro os olhos.

— Vocês tem seus próprios interesses! Não conta, né? – levanto da cadeira e vou até a entrada da cozinha, que dá uma visão da sala, e chamo as duas com a mão. – Olhem para isso... – aponto Laurel, que conversa animadamente com Oliver. Ela não está com a feição boba, como a de Íris, nem se jogando descaradamente em cima dele como a maioria das mulheres, mas é óbvio o brilho de interesse feminino em seu olhar. – Ela também está atraída por ele! – aponto e travo o maxilar ao vê-lo sorrir de algo que ela diz. – E ele está alimentando... – meu olhar agora está desferindo raios mortíferos.

— E você está com ciúmes! – Sara aponta, rindo.

— Claro que não... – murmuro – Só acho que ele está brincando com o fogo se acha que pode ter mais de uma “amiga colorida”... – solto um riso maléfico – Ele vai se arrepender da graça quando me vir espantando todas as suas admiradoras...

— O que você vai aprontar? – Cait me olha, desconfiada.

— Fazê-lo sentir falta da sua vida de Dom Juan. – dou de ombros – Assim quem sabe ele desista de mim... – dou uma desculpa qualquer para justificar minha possessividade crescente. Admito: Sou possessiva. Minha teoria é bem simples: O que é meu é meu. E o que não é, vai acabar sendo então tira o olho!

— Sei... – as duas falam juntas – Tenho certeza que você adoraria que ele desistisse de você – Sara emenda, sarcástica – Essa foi uma ótima piada, Lis.

Reviro os olhos e me viro para a sala, a tempo de ver Laurel passar a mão discretamente pelo braço de Oliver.

Okay, já deu por hoje!

— Oliver! – chamo e ele se vira automaticamente, cortando a frase de Laurel ao meio – Vem aqui... – chamo com o dedo e ele franze a testa confuso, mas se levanta e vem mesmo assim.

— O que houve? – me observa preocupado e me encanto com seu cuidado – Você está se sentindo bem? – segura meus braços, me analisando e vejo Cait e Sara prendendo o riso antes de saírem de perto, na direção do quarto.

— Estou bem, calma! – analiso a sala. Thea está conversando com Tommy e os dois parecem estar bem concentrados um no outro, enquanto Barry conversa no telefone de costas. Apenas Laurel nos observa disfarçadamente e intrigada. – Senti sua falta... – faço manha e ele ergue as sobrancelhas. Agora sim, ele definitivamente está confuso – Eles nos interromperam tão rápido e aí chegou esse povo todo, teve notícia de casamento e agora você só conversa com Laurel... – jogo os braços sobre seu ombro e ele automaticamente enlaça minha cintura sorrindo.

— Isso é ciúme, sweet? – pergunta, irônico.

— Claro que não! – nego – Apenas não gosto de ser deixada de lado...

— Pra sua informação, mocinha... eu estava apenas tratando de assuntos da empresa, já que ela é minha advogada e só fiz isso porque você me deixou de lado pra conversar com suas amigas! – sorri de canto.

— Acho que posso te compensar...

— Sério? – ele pergunta, descontraído, sem se dar conta de minhas intenções.

— Sério... – é tudo que digo antes de puxá-lo pela nuca e beijá-lo com fervor.

Ele não reage de imediato, pela surpresa, mas logo corresponde com a mesma intensidade que eu quando mordisco seu lábio inferior. É impressionante como basta nossos lábios se tocarem para nos desligarmos totalmente do mundo! Eu até esqueço-me do que tinha em mente quando sua mão aperta minha cintura com uma pegada forte e sua barba por fazer arranha meu queixo. Cravo as unhas em sua nuca e o ouço ofegar contra meus lábios, subindo uma das mãos para meu cabelo e enroscando os dedos por ali para comandar o beijo.

Eu o solto, quando o ar se faz necessário e, diante do seu olhar perdido, saio para meu quarto, o deixando parado e sem ar, na entrada da cozinha, enquanto Laurel simplesmente pega sua bolsa e sai, dando um tímido aceno para os outros, que não entendem nada.

O.k. Felicity, como você pretende explicar isso a Oliver? — penso, entrando no quarto, fechando a porta e me encostando nela, o coração palpitando.

— Comece a falar! – Cait e Sara falam, sentadas na minha cama e eu gemo.

— Estou ficando louca, só pode! – me jogo no colchão e coloco um travesseiro no rosto.

E essa loucura tem nome, sobrenome, olhos azuis e um sorriso de canto sedutor!


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Notas finais do capítulo

Espero do fundo do core que tenham curtido e, por favor, comentem! Isso garante que eu volte mais rápido, certo?