Por trás das lentes escrita por Megan Queen


Capítulo 25
Capítulo 24


Notas iniciais do capítulo

OiOiOi, gente!
Se eu estou feliz? Siiiiiiiiiimmmm! Porquê?
Porque a minha leitora maravilhosa Regina Coeli, recomendou a fic!!
Obrigada, minha flor!!! Fico fora de mim quando leio algo assim! Muito obrigada por alegrar meu dia!
Dedico esse cap a vc...Já vou logo avisando: Calma que nem tudo está perdido, ok... ~só no caso de vc querer me matar...cofcof~
Também dedico à minha amiga ~já somos comadres, gata..kkk~ Emily Queen, que me leva à loucura cada vez que vejo que comentou!
Hoje tem OLICITY ACONTECENDO, negada! ~não digo mais nada~
Também queria agradecer às demais leitoras pelo apoio, mas queria falar que estou sentindo falta de algumas...sério, o número de leitoras comentando diminuiu bastante e não posso evitar ficar triste com isso. Espero que apareçam, fantasminhas do meu coração!
Enfim, boa leitura!



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Felicity Smoak

Vejo Cait sair juntamente com Barry pela porta e Thea a fecha. Quando ela se vira para mim, vejo seu olhar culpado em minha direção.

— Pela cara, já contou tudo a ela, né speedy? – Oliver pergunta, entediado.

— Bom... – ela se encolhe e me olha, mordendo o lábio.

— Sim, ela contou! – bufo, me sentando no sofá ao lado de Oliver. – Como está seu queixo? – pergunto, sem olhá-lo, caso contrário é capaz de eu mesma acertar o outro lado do seu maxilar, claro que provavelmente eu é que quebraria os dedos, mas deu pra entender, né?

— Está ótimo – ele responde – Só pegou de raspão... – dá de ombros quando o encaro e, realmente, não está tão ruim assim.

— Não se pode dizer o mesmo do nariz de Ray... – murmuro, pesarosa.

— Então, gente... – Thea estala os dedos e pega sua bolsa de cima da mesinha de centro – Acho que vou pedir à Dig pra me levar numa lojinha que vi aqui perto... – vai andando de costas e sai do apartamento, rapidamente.

Oliver me encara, meio que esperando meu sermão, mas realmente não tenho mais paciência nem pra pensar no que aconteceu hoje, que dirá discutir!

Me levanto do sofá e vou até a cozinha, beber água. Ele se levanta e vai atrás de mim.

— Você não vai dizer nada? – pergunta, desconfiado, enquanto eu tomo todo o líquido do copo de uma só vez.

Termino e vou até a pia, deixando-o lá.

Me viro e encosto-me na bancada, cruzando os braços e o encarando.

— O que quer que eu diga, Oliver? – levanto uma sobrancelha – Que não me importo com o que fez ao Ray? Porque isso eu não posso dizer, jamais! Que não me preocupo com o estado atual dele? Sinto muito, mas eu estaria mentindo se dissesse isso... – dou de ombros e seu olhar abaixa – Não estou dizendo que concordo com o que ele fez hoje... Claro que não concordo! Também não gostei das coisas que ele disse, mas você tem que lembrar que ele não sabia que falar da Helena era tão delicado pra você e que, pra quem olha de fora, sua fama realmente não é das melhores, então ele apenas estava tentando me “proteger” – faço aspas e ele me encara com uma sobrancelha arqueada – Novamente não estou dizendo que ele estava certo, já que ele deveria ter controlado a língua por não saber dos detalhes. – me explico, balançando as mãos. – Mas... Poxa, Oliver! Você quebrou o nariz dele, caramba! Não dá pra eu aplaudir algo desse tipo, não quando ele foi a pessoa que sempre esteve lá por mim esses dois anos! – falo e fecho os olhos ao ver o brilho da mágoa surgir nos dele.

— Sinto muito, Felicity – ele coça a nuca, parecendo extremamente cansado – Eu realmente perdi a cabeça! Quem sou eu pra querer exigir algum direito, não é mesmo? Eu é que cheguei por último, não posso simplesmente ocupar o lugar dele... – dá de ombros, me virando as costas e voltando para a sala.

Merda. Por que diabos Oliver sempre entende as coisas errado?

— Não ouse dar as costas para mim! – rosno e ele se vira, parecendo surpreso com minha atitude brusca há muito abandonada. – Você entendeu tudo errado! – ele me encara cético e tenho vontade de esganá-lo por me fazer esclarecê-lo – Sim, Ray está em minha vida há mais tempo e ele tem um lugar muito importante nela por tudo que já fez por mim... – ele cruza os braços, parecendo querer dizer que estou apenas provando seu ponto – Mas, embora tenha chegado por último e jamais vá ocupar o lugar dele, você tem o seu lugar na minha vida e eu não poderia estar mais satisfeita de que vocês ocupem lugares distintos... porque você me desperta sentimentos muito diferentes – confesso, com as bochechas coradas.

Oliver ergue as sobrancelhas e retorna para a cozinha, chegando cada vez mais perto.

— Diferentes como? – franze a testa, sério.

Diferentes como essa vontade absurda de te beijar, cada vez que você chega tão perto, apesar de ter dito que teríamos apenas amizade... – penso, encarando seus lábios, que se curvam num sorriso preso entre os dentes, me fazendo notar que meu pensamento não foi um simples “pensamento”.

— Oh, merda! – ponho as mãos sobre meu rosto, que pega fogo – Por que eu sempre faço isso? – choramingo.

Sinto as mãos de Oliver tocarem meus braços e subirem até as minhas, retirando-as de minha face, mas eu continuo de olhos fechados.

Sweet, olhe para mim! – pede, acariciando as maçãs do meu rosto com seus polegares e fazendo pequenos círculos.

Abro os olhos devagar e solto todo o ar dos meus pulmões ao encontrar a intensidade que emana de cada poro dele.

— Você disse que quer me beijar? – pergunta, olhando em meus olhos, mas sem conseguir evitar um sorriso.

— Sim – murmuro – Não! – corrijo e sacudo a cabeça, tentando clarear as idéias, mas com ele assim tão próximo fica bem difícil – Quero dizer, não sempre, só quando você está muito próximo... – percebo que apenas alguns milímetros nos separam e engulo em seco – Como agora – falo em um fio de voz.

— Como agora... – ele repete, encostando sua testa na minha e se aproximando mais, como se fosse me beijar. Mas, ao invés disso, apenas roça nossos narizes com cuidado e fecha seus olhos – Preciso te dizer uma coisa... – se afasta um pouco, mas sem desencostar nossas testas – Também sinto isso. Mas não fiquei furioso com o Ray por causa de Helena... – franzo a testa em confusão e ele segura meu queixo, impedindo que eu quebre nosso contato e diminuindo ainda mais a distância – eu estava apavorado com a ideia de que ele pudesse afastar a única luz da minha vida nesses anos todos, ao te comparar com ela e falar de meus relacionamentos fracassados... – ele confessa em um fôlego só e abre os olhos, que estão mais azuis do que nunca – Não quero perder o que temos!

— E o que temos? – pergunto, já com a respiração descompassada pela proximidade.

— Somos amigos... – ele sorri e eu o acompanho.

— Oliver, olhe para nós... – me aproximo mais, espalmando as mãos em seu peito e suspirando ao sentir a firmeza dos músculos de seu tórax – Amigos não sentem isso perto um do outro – levo uma das minhas mãos para seu coração que bate loucamente para apontar o que quero dizer.

— Bom... – ele enlaça minha cintura e cola nossos corpos, me fazendo suspirar novamente e levar minhas mãos para seus ombros, apertando – Não somos exatamente o tipo tradicional de amigos... – dá de ombros e eu mordo o lábio, sorrindo e já sentindo seu hálito bater contra minha boca.

— Tem razão... – concordo – Mas posso conviver com isso – enterro meus dedos em sua nuca. – E agora? Você vai me beijar ou não? – questiono e ele solta uma risada rouca.

— Definitivamente eu vou te beijar! – ele responde antes de descer sua boca sobre a minha.

E é tão ou mais mágico do que a primeira vez! Há algo na maneira como seus lábios se movem contra os meus que simplesmente me deixa fora de órbita. Sua língua percorre o interior de minha boca com uma familiaridade assustadora e ele aperta os dedos em minha cintura desnuda por causa das duas aberturas laterais do vestido que uso. Movo a cabeça ligeiramente para o lado, lhe dando outro ângulo, e raspo minhas unhas em sua nuca, o fazendo grunhir contra minha boca e se afastar apenas o suficiente pra me encarar.

— Onde estamos que Thea ainda não apareceu? – pergunta, franzindo a testa e eu solto uma gargalhada nervosa, fechando os olhos com a carícia dele em meus cabelos, os afastando da minha face.

— Aproveite o pequeno atraso dela, Queen... algo me diz que ela não vai demorar. – provoco e é vez dele de gargalhar.

Ele logo enrosca os dedos em meu cabelo, me puxando novamente para outro beijo. Um beijo infinitas vezes diferente do outro, com uma urgência que faz cada terminação nervosa minha convulsionar. Ele aprofunda o toque e me empurra para trás, caminhando cegamente comigo pela cozinha até me encostar contra uma parede qualquer. Levo minhas mãos para sua cintura e agarro o tecido da camiseta, precisando senti-lo mais perto. Ele se afasta para tomar fôlego, mas logo o sinto mordiscando a pele do meu pescoço e subindo novamente para meus lábios, mordendo o inferior com certa força e me fazendo soltar um gemido sem som antes de voltar a me beijar. Parecendo sentir tanto quanto eu a necessidade de proximidade entre nós, uma de suas mãos desce pela minha cintura até uma das minhas coxas, erguendo minha perna até a altura da sua cintura e eu prendo a respiração ao perceber que simplesmente não há espaço entre nossos corpos tensos. Levo minhas mãos até seu maxilar e as subo para enterrá-las em seu curto cabelo que espeta minhas palmas, nossas bocas numa guerra sem vencedores.

— Felicity... – sua voz é mera súplica deformada contra minha boca quando uma de minhas mãos toca a beirada de sua camiseta, roçando de leve um pedaço de pele – Por Deus, não posso continuar... – enterra a cabeça no vão de meu pescoço e coloca suas mãos uma de cada lado da minha cabeça, na parede, respirando fortemente – Thea pode chegar a qualquer momento e, se não pararmos agora, poderei perder totalmente o controle... – explica num tom quase inaudível pela rouquidão de sua voz e sua respiração ofegante tanto quanto a minha.

Abaixo minha perna e me sinto trêmula automaticamente. Seguro em seus ombros para me firmar e começo a acariciar seus cabelos, enquanto nossos peitos sobem e descem velozmente e tentamos recuperar o controle de nossas respirações.

Então, ele me surpreende, me abraçando pela cintura com força, como se tivesse medo de que eu sumisse de repente. Depois deixa um beijo lento no topo da minha cabeça, sobre meus cabelos e se afasta para me olhar.

— Estamos bem? – ele pergunta simplesmente, mas sei o que quer dizer.

Seguro seu rosto entre minhas mãos, beijo seu queixo, o fazendo sorrir, e olho em seus olhos.

— Sim. Estamos bem, Oliver... – respondo, com meu sorriso mais confiante. E o sorriso que recebo em resposta é o meu preferido, com certeza.

— O que somos? – ele coloca uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha.

— Amigos... – dou de ombros e coro, fechando os olhos – Sei que é meio contraditório considerando-se o que acabamos de fazer, mas... eu, bem... – sacudo a cabeça, procurando palavras – Não quero mudar o que temos, entende? – falo de uma só vez.

— Nós já mudamos o que temos... – ele me lança um sorriso maroto, erguendo uma sobrancelha.

— Oliver... – tento me explicar, mas ele gargalha.

— Relaxe, sweet— pede, beijando a ponta do meu nariz – Não é como se a amizade colorida fosse uma invenção nossa... – provoca e eu sinto meu rosto esquentar, o fazendo rir ainda mais.

Ouvimos batidas na porta e, nos dando apenas tempo suficiente para nos afastarmos, Thea invade o apartamento, com as mãos na frente dos olhos.

— Estou em meio a uma cena de crime? – pergunta, receosa, e eu e Oliver nos olhamos prendendo o riso.

— Não, speedy, eu estou vivo... – Oliver sorri, cruzando os braços.

— Então... eu interrompi algum tipo de pegação? – pergunta devagar e eu coro diante do olhar malicioso de Oliver, que vai de mim para a irmã, que ainda está com os olhos fechados.

— Não – ele responde e, antes que me sinta aliviada, completa: - Chegou atrasada!

— Oliver! – repreendo, mortificada e ele apenas dá de ombros, sorrindo.

Thea abre os olhos e cruza os braços, exatamente como o irmão, olhando de mim para ele com uma expressão zombeteira.

— Batom roxo cai muito bem em você, irmãozinho... – provoca, sorridente – Mas sugiro ir limpar isso antes que Sara, Tommy, Laurel, Cait e Barry entrem aqui. – arregalo os olhos e me viro para Oliver, que também parece surpreso. – O que vai acontecer em 5, 4, 3, 2... – aponta para a porta – 1!

E, enquanto Oliver corre para o banheiro e eu tento me recompor, todos entram juntos.

A primeira coisa que processo é as expressões diferentes entre todos eles. Sara parece estar extremamente desconfortável ao entrar junto com Tommy, que por sua vez parece aborrecido com alguma coisa e está com a expressão fechada, o que simplesmente não combina com ele. Depois, vejo Laurel junto dos dois. Peraí... Laurel?! O que raios ela está fazendo aqui?... Espero que não tente nada pra cima de Oliver hoje...— penso, incomodada, apesar de saber que Laurel não é o tipo de mulher que descia do salto e sempre mantém a compostura...O que não quer dizer que me sinta a vontade ao saber que ela nutre uma paixão pelo meu namorado ...amigo! Ela parece estar deslocada e observa o lugar com cuidado, me dando um leve e amigável aceno com a cabeça, que correspondo, antes de se sentar no sofá ao lado da irmã e de Tommy.

E, por último, entram Cait e Barry com sorrisos que parecem estar deixando suas bochechas dormentes.

Antes que eu pergunte o que raios está acontecendo, Oliver chega e se põe atrás de mim, repousando a mão suavemente na base da minha coluna e ganhando um olhar curioso de Sara e um intrigado de Laurel, a quem ele cumprimenta também com um pequeno aceno.

— Então... – Barry limpa a garganta, chamando nossa atenção – Vocês devem estar se perguntando por que chamamos todos até aqui... – aponta para Sara e Tommy, me fazendo deduzir que Laurel está apenas acompanhando a irmã. – O que nós queríamos é contar uma novidade... – segura a mão de minha amiga e os dois trocam um sorriso cúmplice e tímido.

Meu Deus! Cait engravidou! — penso, atordoada – O que eu falei sobre moderação?!

— Nós vamos nos casar! – os dois falam juntos e eu arregalo os olhos, colocando uma mão no braço de Oliver e cravando minhas unhas ali.

Onde foi que eu dormi?


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham curtido! Acho que ficou subentendido o desfecho do cap passado né?
E Olicity entrando na fase "amizade colorida"?
Thea lacrando sempre!
Comentem e me deixem feliz e motivada!
Xero