Por trás das lentes escrita por Megan Queen


Capítulo 19
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiii!
Vortei galera!
Dessa vez bem rápida, né?
Mas também, depois dos amores que vcs foram nos comentários, Bev Almeida, Natália Veloso ~que foi uma fofa~, Mrs smoak Queen, Emily Queen, Emily Commelo, La Volpe ~que me encheu de ideias principalmente para o próximo cap~ e olicity, não tive como resistir e vim correndo postar...
Mas, continuo incentivando a quem puder deixar nem que seja um pequeno comentário, que o faça, pois me ajuda a voltar mais rápido, ok?
A propósito, hoje a fic está completando um mês certinho...parabéns pra nós, meninas!!!
Vamos ao capítulo, moçada!
Boa leitura!



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Oliver Queen

Sou acordado por gritos. Não apenas gritos... Gritos apavorantes, como os de alguém agonizando. Estão misturados com os soluços e engasgos de um choro descontrolado.

Felicity.

Sinto um estalo ao me dar conta, levantando num pulo e consultando o relógio: passava um pouco da meia noite. Corri rapidamente em direção ao quarto em frente, que era o dela, e abri a porta de uma vez, enquanto Barry, Sara e até mesmo Tommy convergiam para a frente do quarto.

— Oliver...- Sara puxa meu braço e sua expressão cansada indica que ela sabe o que está acontecendo.

— O que é isso? Por que ela está assim?- sussurro, com meus ouvidos sendo torturados por seus gritos e pelos trovões da chuva que ainda cai.

— É... complicado - é Barry que fala.

— O que você vai encontrar aí dentro - Sara aponta para o quarto - É a Felicity quebrada, danificada e no seu pior estado - ela fala devagar - Tem certeza de que consegue lidar com isso?- questiona.

— Deixe-me cuidar dela... - peço, baixinho - Qualquer coisa eu chamo vocês.

— O.k. - Sara assente - Cuide da nossa garota, Queen - dá um soquinho no meu braço.

Entro no quarto escuro, sendo iluminado momentaneamente pelos flashes dos relâmpagos. Não estava preparado para o que vejo.

Felicity está presa a um pesadelo. Não faço ideia do que é, mas pelos seus gritos desesperados e o choro sufocante, é terrivelmente assombrador.

Os lençóis estão revirados pela cama e, ao acender o abajur, a vejo fazer cortes em seus braços com as unhas, enquanto grita para que a soltem.

— Por favor... - ela soluça - Me solta! Por favor...Deixe-a ir, por favor! - ela esperneia, gritando e implorando - Maaaaaaaãe! - seu soluço parte meu coração.

Sem pensar duas vezes, a levanto, sentando-a na cama, ela ainda imersa no seu mundinho de terror. Sinto-a debater-se e, para evitar que ela se machuque ainda mais, simplesmente a abraço, apertando-a contra meu peito despido, já que estou apenas com as calças do pijama.

Felicity acorda aos poucos, ainda atordoada com o pesadelo, enquanto a embalo nervosamente. Ela me encara parecendo extremamente assustada. Seus olhos, agora verdes, estão arregalados, ela está doentiamente pálida e treme convulsivamente.

— Passou... - falo em seu ouvido, afagando seus cabelos, que estão uma desordem total - Acabou! O pesadelo acabou.

Ela continua confusa e, por instinto, me aperta ainda mais, cravando as unhas em meus ombros nus, me fazendo encolher com a ardência e a dor que se espalham pelo local.

— Por favor, não me deixa sozinha... se ele me encontrar... Deus! Ele a pegou... por minha causa - ela põe a mão sobre a boca, abafando um soluço profundo, enquanto balbucia coisas desconexas.

— Calma, por favor, fica calma! Eu não vou te deixar. Eu tô aqui, hein? Com você - massageio seu pescoço.

Estico minha mão até o frigobar ao lado da cama e pego uma garrafinha de água de dentro do mesmo.

— Toma aqui - ofereço à ela, mas ela não se mexe - Toma, vai. Você vai ficar mais calma - insisto.

Ela reluta mais um pouco até tomar a água. Depois, me entrega a garrafa, que recoloco no frigobar.

Puxo-a novamente para meus braços e me recosto na cabeceira da cama, apoiando sua cabeça em meu peito, deixando-a se acalmar, o que acontece aos poucos.

Depois de alguns minutos bem longos, o choro dela se acalma e ela parece desligar-se do pesadelo.

— Pronto... - massageio suas costas, lentamente - Melhorou?

— Mais ou menos... - sussurra contra meu peito - Estou só um pouco confusa.

— Se quiser posso passar a noite com você - ofereço, mesmo no fundo temendo sua rejeição.

— Eu... quero - ela solta o ar preso pela boca.

Assinto devagar e fico em silêncio, esperando que ela durma novamente.

— Vai conseguir dormir?- pergunto, após alguns minutos ao perceber seus olhos abertos enquanto ela traça pequenos círculos distraídos em meu abdômen.

— Estou tentando, é só que... - ela suspira e sua mão pára em cima de uma das minhas costelas - É difícil, sabe? As memórias, as imagens não param de repetir na minha cabeça e não dá pra pregar os olhos... simplesmente não dá! - bufa, frustrada e sinto gotas quentes, suas lágrimas, molharem meu peito.

— Felicity - chamo, depois que suas fungadas cessam.

— Sim?- ela murmura.

— Quem fez isso com você?- pergunto, baixinho, temendo sua resposta - Quem a quebrou desse jeito?

Ela respira tão fundo que temo que acabe com todo o ar do quarto. O clima pesa, instantaneamente.

Sinto-a se remexer em meus braços pedindo para sair, silenciosamente. Reluto em soltá-la, com medo de que ela se afaste de mim, mas ela apenas senta sobre os calcanhares na cama e pega seus óculos na mesa de cabeceira. observo seu rosto avermelhado e manchado pelo choro, seus cabelos levemente desgrenhados que ela prende em um coque desleixado e ao mesmo tempo adoravelmente sexy. Vejo seus lábios, inchados e cortados por seus dentes graças ao pesadelo e meu coração se aperta. Desço meu olhar e observo as marcas que suas unhas deixaram por seus braços, os riscos avermelhados e os vergões levemente arroxeados em sua pele alva e, mais do que apertar, meu coração dói com essa visão. Ela limpa a garganta e a encaro, curioso, também me sentando sobre os calcanhares de frente para ela.

— Oliver... - ela se encolhe e torce os dedos, claramente nervosa - Não sei bem o porquê mas confio em você - ela ajeita os óculos na face e me encara como se pudesse ler minha alma - Eu posso confiar em você? - questiona.

— Sim, você pode confiar em mim, Felicity - afirmo e pego uma de suas mãos nas minhas, acariciando suavemente.

— O.k. - ela fecha os olhos, brevemente - Provavelmente eu não vou conseguir te contar tudo o que há para saber agora... talvez nem tão cedo, mas eu vou tentar - ela suspira e me encara novamente, seus olhos lazúlis mais brilhantes do que nunca à fraca luz do abajur e sua voz irreconhecivelmente trêmula e melancólica, contrastando com a força da chuva e o barulho dos trovões lá fora.

— Eu te entendo, Loira - massageio o dorso de sua mão.

— Só uma coisa. Na verdade duas - ela sacode a cabeça ligeiramente ao divagar - Sem perguntas e sem interrupções, combinado?

— Sem perguntas e sem interrupções - assinto e ela dá um leve aperto entre nossas mãos, que me aquece por dentro.

— Tudo começou quando entrei na faculdade...- ela inicia, após tomar uma longa respiração...

Continua...

 

 


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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram?
Palpites para o segredo da Fefe?
E...sorry, meninas, o cap ficou muito grande e o tão esperado beijo só sai no próximo...mas sai!
No próximo cap... Felicity vai contar parte de sua história e esse romance pode começar a deslanchar...ou não...hahahaha!
Comentem pleeeeeaaaaassseeeee!
Xero, suas lindas!



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