Pov. Johnny

Eu estava prestes a explodir com aquela cena, Rafael estava praticamente engolindo a namorada; Robert, Juliana e Dinho estavam discutindo, ou melhor, se matando; a casa estava com um cheiro horrível de queimado e pra completar a sala estava toda suja com algo que não pode identificar.

Depois de alguns minutos admirando aquela palhaçada (e com certeza eu não era o único), eles perceberam a minha presença e ficaram em silêncio, paralisados. Adentrei a casa.

—Rafael e Isabella separando, agora!- eles se separam assustados e Rafa começa a reclamar.

—Pai a gente não tava fazendo nada demais!- ele fez biquinho.

—Eu dizia o mesmo e olha no que deu! - ele abriu a boca para falar mais eu interrompi -Eu já falei que não quero neto, não agora- Rafa bufou, fez um sinal de paz com a mão e se retirou, indo para a cozinha sendo seguido por Bella. Voltei a olhar para os três barraqueiros que estavam ao meu lado e fiquei querendo enterrar minha cabeça no chão ao lembrar que os Downey estavam observando tudo.

—o que é isso garotos... Desde quando vocês são mal educados

—E desde quando eles são educados- o esquisito disse descendo as escadas acompanha do por Josh, que lhe deu um tapa na cabeça assim que disse isso, fazendo-o exclamar “ai!”. O fuzilei.

—cala a boca, esquisito! O assunto é só entre nós quatro! –Ele ergueu as mãos e fez um sinal de que iria ficar calado –Voltando ao assunto... O que aconteceu aqui- os três começam a falar juntos- cada um de uma vez! –grito e eles ficam em silêncio –Dinho, pode começar.

— a Ju pediu que eu fizesse pipoca, eu fiz e pedi que ela tirasse do fogão para não queimar por que eu precisava sair, ela não me ouviu, deixou queimar a pipoca e ainda derramou toda no chão –ele apontou para as pipocas que estavam espalhadas no chão.

—o que tem a dizer em sua defesa, Juliana?

—que foi tudo culpa dele! Ele disse que iria fazer a pipoca! –ergo minhas sobrancelhas e olho para Robert que brincava com o anel em seu dedo.

—e você Robert?- ele levantou o olhar, assustado.

—eu o que?

—qual a sua versão da história.

—que história?

—a briga entre vocês! –disse sem muita paciência

—eu não tenho nada haver com isso.

—então por que estava discutindo com eles?

—eu só estava defendendo o Dinho, afinal a culpa é toda da Juliana –fiz um gesto de positividade.

—assunto encerrado, Juliana é a culpada –percebo que ela iria falar e a interrompo –e sem mais delongas!

—aí! Qual foi?! Perdeu?! -Guilherme gritou vindo da cozinha.

—o que foi agora esquisito? -pergunto sem muito interesse.

—aqueles caras parados em nossa porta! -ele aponta para a entrada e eu o acompanho.

—Desculpem-me! com toda essa confusão, acabei esquecendo de vocês- vou até a porta -podem entrar -abre mais a porta para que eles passassem.

Pov.Guilherme

Quando Jhonny foi a porta e deixou aqueles caras entrarem, eu me lembrei que ele tinha ido buscar uma tal de família Downey.
Até que eu não achei tão ruim assim, as filhas do Robert são muito lindas, principalmente a Chloe, mas não irei perder meu tempo
com ilusões, já basta a Bruna como sonho não realizado.
O Rafa ficou mei abobalhado quando viu as meninas, mas seu expressão mudou rápidamente quando a Bella beliscou seu braço.
Robert sem comentários, aliás, depois ele e o Dinho vam está cheios de comentários para mim e o Rafael engolirmos.
Enquanto o Jhonny mostra a casa para eles, me jogo no sofá e repiro fundo com os olhos fechados.

—posso me juntar a você? -abro meus olhos e vejo uma das filhas do Robert parada a minha frente.
—claro! -me ajeito no sofá para dar espaço a ela.
—me chamo Alice -ela estende a mão para mim.
—Guilherme -aperto sua mão -pensei que Jhonny estivesse apresentando a casa há vocês -digo, estranhando o fato de ela ter vindo falar comigo.
—e ele está, mas eu só precisava saber onde era o quarto, perguntei para sua irmã e fui até o quarto guardar minhas malas.
—a Juliana não é minha irmã -ela olha para mim como se não tivesse intendido nada.
—então...
—é, o Jhonny não é meu pai.
—então é por isso que ele te chama de esquisito? -assim que ela disse isso eu gargalhei.
—por isso e algumas coisinhas a mais.
—e a sua mãe? -ela perguntou, me deixando totalmente sério.
—ela... ela me abandonou quando eu nasci e ela morava aqui, com o Jhonny, então ele me criou -falo com a voz trêmula.
—me desculpe, eu não sabia!
—ta tudo bem -digo me recompondo.
—é que eu não me dou muito bem com os meus pais e pensei que você tambe fosse assim.
—bom, eu não me dou muito bem com o Jhonny -dou um meio sorriso para ela, que retribui.

E ficamos assim, olho no olho. Eu senti uma sensação estranha de semelhança naqueles olhos castanhos intensos.
Ela parecia querer me dizer alguma coisa. Ficamos um tempo assim até sermos interrompidos pela chegada de alguém.
Já acordado do transe, olho em direção a porta e vejo uma Bruna completamente incrédula nos observando.