Pov. Klebber

Depois da reunião familiar, eu e Ster combinamos de dar uma volta pelo centro ao parque que ficava a cinco quadras da minha futura ex-casa. Chamamos a Chloe e a Emma mais elas não quiseram vir conosco; encontramos alguns amigos por lá e foi bem divertido, ficamos conversando por bastante tempo. Quando já estava de noite resolvemos ir à casa de Richard (um dos amigos que tínhamos encontrado no parque), ele telefonou a alguns outros amigos que tínhamos, para comemorar o nosso último dia naquela rua, naquele bairro, em fim... no Rio de Janeiro já que esse tal “amigo” do papai era de Minas.

Nós bebemos, dançamos, beijamos e curtimos aquele momento com nossos amigos como nuca. Ficamos acordados até amanhecer; muitas pessoas que já haviam ido embora; comemos uma pizza de catupiry e depois nos despedimos com lágrimas nos olhos partindo para casa.

    Chegando lá, Ster foi direto para o quarto e eu encontrei minha mãe com duas malas gigantescas em suas mãos descendo de vagarosamente as escadas, mim aproximei para ajuda-la, mas quando me viu ela fez uma careta.

—onde você estava?- ela me olhou de cima a baixo.

—eu fui da uma voltinha com o Ster pelo parque. Aproveitar os últimos momentos aqui. Você me entende, né?

—entendo... Mas agora me ajuda com essas malas!- Disse me entregando uma das malas que carregava e a ajudei a descer as escadas. - e você vai assim?

— não se preocupe, eu só irei tomar um banho rápido, arrumar minhas coisa e vou ta pronto em menos de meia hora- disse subindo as escadas para não precisar ouvir resposta.

Cheguei meu quarto e fui tirando logo a minha roupa, entrei em minha suíte e liguei a torneia para encher a banheira. Com os olhos fechados por causa do sabão, dentro da banheira fico imaginando como vai ser minha vida daqui pra frente. Fora da suíte arrumei minha mala com algumas roupas e alguns objetos que tinha de valor sentimental.

Quando desci as escadas em direção à sala, estavam todos ali (até mesmo o Ster) com suas malas a minha espera. Fomos de limusine até o aeroporto (foi a ultima vez que andamos nela) e com o dinheiro que nos restava, lá estávamos nós viajando de avião com roupas de marca, todos perfumas na classe baixa. Até rimou. Andar de avião na classe baixa é o mesmo que andar de ônibus, a única diferencia é que as pessoas não ficam em pé. O que seria a gota d’água.

Depois de algumas horas de viagem, o avião finalmente posou. Eu quase pulei de alegria quando soube que havíamos chegado ao nosso “destino” (por que sinceramente, eu não aguentava mais o cheiro daquele lugar).Eu juro que não ando mais de avião se não for de primeira classe, nem dormir eu consegui, com medo de alguém me assaltar.

Assim que saímos do avião nos fomos de encontro com o cara que se diz chamar Johnny Depp. Até que ele Tava bem vestido, mas irei criar esperanças.

—hey! Johnny meu amigo!- Meu pai o abraçou e então eu pensei: Como alguém pode ser tão sínico?

—pareci que não fui o único a ter muitos filhos!- ele sorriu. Robert nos apresentou a ele e com isso fomos direto para sua casa de taxi. Pelo menos.

Ele abriu a porta de sua casa e disse:

—Sejam bem vindos a minha casa!

**** 3h antes****

Pov. Isabella

Amanheci com ressaca, ninguém merece! Não que eu tenha bebido ou coisa do tipo, é que normalmente isso acontece comigo, fazer o que?

Levanto-me da cama ainda muito cansada e percebo que a Bruna (minha irmã) já havia levantado e arrumado a cama. Vou até o banheiro e tomo um banho bem rápido, volto ao quarto de tolha e me troco.

Ao chegar à sala vejo a Bruna tomando o café da manhã, junto a ela na mesa e comemos em silêncio. Ao terminamos, a Bruna lavou a louça e eu enxuguei. Quando estava prestes a ir à casa do Rafa, ela me chama:

—aonde vai Isabella?

—agora devo satisfações?- ela me encara- Vou à casa do Rafa!

—não acha que ta passando muito tempo lá?

—não, não acho- e ela se aproxima mais de mim. Já estava começando a me irritar das suas reclamações.

—eu sei que você gosta muito dele mais a sua casa é essa- eu continuava a olha-la com tédio e pra falar a verdade não estava nem a ouvindo – você sabe que somos só nós duas e... Hello!- ela estrala os dedos de fronte ao meu rosto e percebo que estava querendo chamar minha atenção.

—Foi mal Bru! Prometo e dar mais atenção!- falo bem calma tentando convence- La – mas só a partir de amanhã, hoje eu preciso mesmo ir!- digo me retirando antes que ela pudesse dizer qualquer coisa, indo à casa do Rafa.

De fronte a porta da casa dos Depp, toquei a Campânia e esperei alguns minutos para que a porta fosse aberta.

—loirinha do olho azul!- disse Juliana me abraçando, ato que eu estranhei muito.

—oi pra você também! O Rafa ta aí?- disse nos afastando.

—Rafa pra cá, Rafa pra lá, você não se cansa?- em vez de responder apenas reviro meus olhos, então ela se vira e grita – Rafael! A sua irritadinha chegou!

—é esquentadinha!- corrijo-a e ela ergueu as sobrancelhas e sorri- como ela me chama

—ok, da no mesmo!- disse se jogando no sofá com o celular na mão, me junto a ela e me impressiono quando vejo que na TV passava um fogo de futsal.

—não sabia que gostava de futebol! – disse animada por que era fluminense  que estava jogando (o time que torcia) contra o  coríntias.

—e não gosto- disse ainda mexendo no celular.

— então por que ta assistindo?- pergunto confusa e ela olha para a TV e depois para mim.

— você mudou de canal?- nego com a cabeça- sério pensei que estivesse vendo o desfile de mo... Oh my Josh!- ela pega o controle ao seu lado e muda de canal que estava passando um jornal- droga! Perdi o desfile de moda! To ate sentindo meu celebro queimar!- riu da reação dela e de repente sinto um cheiro estranho.

—Juliana, acho que não é o seu celebro que ta queimando não

—a pipoca!- ela se levanta- Dinho!- grita e corre para a cozinha. Peguei o controle e coloquei no jogo e depois de um tempo o fluminense fez um gol, foi quando o Rafa desceu as escadas.

—esquentadinha! Que saudade!- disse vindo em minha direção, me beijando. E ficamos ali, nos beijando e trocando carícias ate sermos interrompidos por Juliana e Dinho, segurando duas vasilhas de pipocas queimadas e o cheiro tomou a sala.

—é isso que da confiar em um idiota feito você!- Ju disse se dirigindo a Dinho.

—a culpa não é minha, foi você quem mandou fazer pipoca!

—ah! Agora a culpa é minha? Quem ficou de vigia?

—não fui eu!- Robert adentrou a sala com as mãos para o alto- hum! Jogo do coríntias, demais!- e se jogou ao meu lado, no sofá. Tentei ignorar eles e voltei a beijar o Rafael.

—nada de jogo, vamos assistir qualquer outra coisa menos o jogo!- disse pegando o controle da mão do rapaz e entregando a vasilha de pipoca a Dinho, que desequilibrou e derrubou as duas vasilhas de uma só vez.

—ta vendo o que você fez!

—eu não fiz nada!- a garota se defendeu.

—foi você sim que eu vi e é você quem vai limpar!-Robert se intrometeu.

—como é? –daí começa uma briga entre os três, mais eu não deixo que atrapalhem a mim e ao Rafa. De repente a porta da casa é aberta, escuto grito de uma voz bem conhecida e me afasto bruscamente do Rafael. Quando olho para porta vejo o senhor Depp acompanhado de algumas pessoas que pareciam incrédulos vendo a nossa sena( me refiro a todos nós que estávamos na sala).