Um Novo Amanhecer escrita por KathyCullen


Capítulo 5
Capítulo 5: A Confirmação


Notas iniciais do capítulo

Ei pessoal!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/67052/chapter/5

Bella Pov

 

Arregalei meus olhos, completamente assustada e chocada ao constatar tal fato.

 

-Isso...Isso é impossível! -sussurrei pra mim mesma.

 

Eu não posso estar grávida, não tem como isso ser verdade, afinal vampiros não podem ter filhos. Pensei em Esme e espacialmente em Rosalie. Se realmente houvesse um jeito de isso acontecer, Carlisle já teria descoberto e a casa dos Cullens, á essa hora, estaria cheia de crianças.

 

Exceto que...Bom, havia uma diferença. Claro que vampiras não podiam conceber uma criança, porque estão congeladas no estado em que haviam passado de humana para não-humana. Totalmente imodificável. E o corpo das mulheres humanas precisa mudar pra gestar filhos. A constante mudança mensal de ciclos menstruais pra começar, e depois as maiores mudanças pra acomodar um bebê me crescimento. O corpo das mulheres da família Cullen não podia se modificar. Mas o meu podia.

 

E homens humanos, bom, eles praticamente ficam do mesmo jeito da puberdade até a morte. Eu relembrei um exemplo qualquer familiar, desenterrado sabe-se lá de onde: Charlie Chaplin que nos seus setenta e pouco foi pai de seu caçula.

 

Homens não tinham coisas como mudanças da gestação ou ciclos de fertilidade. Claro, como alguém ia saber se vampiros homens podiam ser pais, quando as suas parceiras não eram capazes? Que vampiro na terra teria o controle suficiente para testar a teoria com uma mulher humana? Ou vontade? Eu só conseguia pensar em um.

 

Balancei minha cabeça, atordoada. Não. Me recuso se quer a pensar sobre isso. É praticamente impossível. Ou não?

 

-Por que está falando isso? -perguntou Angela

 

"Por que Edward é um vampiro e, segundo Carlisle, vampiros não podem ter filhos." -pensei. Mas, obviamente, eu não podia falar isso a ela.

 

-Bom, Edward me disse uma vez que não podia ter filhos. -falei

 

-Talvez ele estivesse errado. Eu tenho quase certeza que você realmente está grávida. Olhando agora, acho até que você ganhou mais corpo. Seus seios estão maiores, isso está bem visível, assim como seu bumbum. -ela falou, me olhando de cima a baixo.

 

Me virei para o espelho e olhei meu corpo. Eu não tinha reparado nisso, mas Angela estava certa. Meus seios estão mais inchados e meu bumbum mais rechonchudo. Seria possível eu estar grávida? Será que dessa vez Carlisle se enganou? Se eu realmente estiver grávida, muita coisa irá mudar. Mas, ainda é difícil acreditar. Eu nunca poderia apostar contra um vampiro com mais de 300 anos de vida, ainda mais alguém tão sábio como Carlisle. Se bem que eu e Edward somos um caso totalmente raro.

 

-Bella, acho que deveria fazer um teste de fármacia, pra tirar essa dúvida. E depois você pode marcar um exame no hospital. O que acha? -ela perguntou, já ao meu lado.

 

-Eu não sei. -falei, sem saber o que pensar.

 

-Eu sei que está nervosa e confusa,  isso é normal. Acho que deveria fazer. Será melhor do que você ficar na dúvida. -falou

 

-Mas, e se alguém me ver comprando o teste? A notícia irá se espalhar, mesmo se não for verdade. -falei, ficando nervosa.

 

-Ei, se acalme. Se realmente estiver grávida, o que eu acho que está, suas emoções podem afetar o bebê. -falou, sem conter um sorriso

 

Respirei fundo, tentando me acalmar, e levei minhas mãos ao meu ventre, inconscientemente. Angela sorriu ao ver meu gesto.

 

-Vamos fazer assim. Eu vou naquela fármacia do segundo andar pra comprar o teste. Você me espera aqui, quietinha, ouviu? Não demoro. -falou, dando um beijo em minha testa, antes de sair do banheiro.

 

Me sentei em um dos bancos que tinha em frente a porta do banheiro. Dentro de mim ocorria uma avalanche de sentimentos. Eu estava chocada e assustada pelo acontecimento, tinha receio pela reação de meu pai e dos Cullens caso minha suspeita fosse confirmada, estava feliz por saber que agora tinha o fruto de meu amor por Edward e dele por mim, estava com medo das mudanças que iriam acontecer a partir de agora, e estava plenamente realizada por poder dar um filho ao homem que eu amo.

 

Eu nunca teria imagino que fosse isso, nem poderia. Visto que eu tinha certeza que Edward não podia reproduzir. Acho que os Cullens ficarão tão ou mais chocados que eu quando souberem. Isso é, se eu realmente estiver grávida.

 

-Voltei. Vamos no banheiro. -falou Angela, me tirando de meus pensamentos, me puxando com ela, delicadamente.

 

Quando vimos que estávamos sozinhas, ela me passou três caixinhas. Olhei pra ela, confusa.

 

-Achei melhor trazer três. Sabe como é, só pra ter certeza. -falou

 

-Ok. O que faço agora? -perguntei

 

Ela me explicou o procedimento, que por sinal era fácil. Entrei em um dos box e fiz o que ela mandou. Depois de preencher os três recipientes corretamente, voltei pra perto da pia, onde os coloquei. Nós duas ficamos olhando atentamente, esperando o resultado. Eu estava tão nervosa que nem ao menos liguei para as pessoas que entravam no banheiro e ficavam nos olhando. Nada tirava minha atenção do três testes.

 

Ofeguei quando vi o primeiro teste ficar rosa. Angela passou os braços por meu ombro, tentando me acalmar e, talvez, pronta pra me amparar caso eu desmaiasse. Sorri com isso. Todos já eram bastante protetores comigo por eu ser desastrada, imaginem agora como irão ficar.

 

-Oh, meu Deus! -falei, colocando as mãos na boca ao ver os outros dois testes também ficarem rosa.

 

Angela me puxou para um abraço apertado, mas com bastante cuidado.

 

-Oh, Bella! Estou tão feliz por você. Meus parabéns, mamãe!-falou, sorrindo.

 

Em meu rosto surgiu um sorriso radiante ao ouvir essa palavra tão significativa. Mamãe...

 

Era difícil acreditar que isso estava acontecendo. Eu nunca pensei em ter filhos antes. E agora estou esperando um do homem que eu amo, incondicionalmente. Eu achava que não precisava de mais nada, mas me enganei completamente. Essa criança iria completar nossa família, trazendo mais felicidade ainda.

 

-Eu vou ser mãe! -falei, em êxtase.

 

Depois de muita comemoração com sorrisos radiantes e até mesmo choros, decidimos ir embora, pois estava ficando tarde.

 

-E então, quando vai contar pro Edward? -perguntou

 

-Eu queria contar o mais rápido possível, mas não vou fazer isso. Primeiro vou ao hospital marcar o exame e falar com Carlisle. Quero ter o resultado em minhas mãos antes de qualquer coisa. Eles irão ficar tão surpresos quanto eu. E Carlisle pode fazer com que o resultado saia mais rápido. -falei, pensativa

 

-Você tem razão. Nossa, já imagino a felicidade deles ao saberem desse bebê. Irão ficar em êxtase. -falou

 

Foi então que me lembrei de Charlie, ficando tensa.

 

-O que foi? Está passando mal? -perguntou, ao perceber minha reação.

 

-Não. Estou bem. Estava pensando em meu pai. -falei, suspirando.

 

Eu tinha certeza que com ele seria totalmente diferente. Charlie mal aceitou o fato de eu estar casada, imagina como ficará quando eu contar que estou grávida.

 

-Fique calma. No final, tudo vai dar certo. Ele pode ficar chateado no começo mas terá que entender, afinal você já é independente e é casada. Já era de se esperar que ficasse grávida. -falou, num tom carinhoso.

 

-Nossa, isso tudo é tao surreal! -falei.

 

-Imagino. Deve ser maravilhoso saber que há um bebê em seu ventre, fruto do seu amor com o homem de sua vida. -falou, pensativa.

 

-É exatamente assim que me sinto. Acho que vou explodir de tanta felicidade. Eu...-parei de falar, quando vi algo que chamou minha atenção.

 

Estávamos passando por uma loja de roupas infantis. No manequim á nossa frente tinha um lindo macacãozinho branco, com detalhes num azul bebê. A roupa servia tanto para meninos como para meninas. Angela seguiu meu olhar e teve a mesma reação que eu. Ficamos olhando pra roupinha, totalmente deslumbradas.

 

-Vem comigo. -falou Ang, me puxando pra dentro da loja.

 

Ela parou em frente a uma vendedora baixinha, que me lembrava Alice com seu jeitinho delicado. A única diferença era que a vendedora era loira.

 

-Boa noite, em que posso ajudá-las? -perguntou sorrindo.

 

-Boa noite. Eu gostaria de levar aquele macacão ali do manequim. -falou Ang, apontando pra roupinha que vimos.

 

-Qual o tamanho? -perguntou

 

-Tamanho P, por favor. -Ang respondeu

 

-Ei Ang. Ainda está muito cedo pra comprar roupinhas. Sem falar que ainda não sabemos o sexo de bebê, isso se realmente tiver um bebê. E não precisa gastar dinheiro comigo. Só por você ter estado presente neste momento já basta. -falou

 

-Pode parando, dona Isabella. -falou, numa imitação perfeita de Alice. -Primeiro: nós já fizemos o teste e sabemos que tem um bebê sim. Segundo: o macacão é unissex. E terceiro: eu quero, e preciso, dar o primeiro presente de meu sobrinho, ou sobrinha. E não há nada que possa fazer pra me impedir. -falou, decidida

 

Suspirei, vencida.

 

-Tudo bem. Mas só um presente. -falei

 

-Ok. Mais pode se acostumar que se criança ainda irá ganhar muito presentes, não só de mim, como também de sua família. Sabe disso. Ainda mais com uma tia tão louca por compras como Alice. -falou, sorrindo

 

-Nem me fala. Já estou vendo os dias que ficarei presa no shopping com ela. Tremo toda só de pensar. -falei

 

Angela gargalhou com minha reação. Não consegui segurar e ri junto.

 

Pegamos a sacola e saimos da loja. Começamos a andar em direção á saída do shopping, ainda conversando sobre o bebê. Acho que esse será o principal tema de conversas por várias semanas.

 

-Bella, você quer que eu te leve em casa? -perguntou Ang, quando já estávamos no local em que nos encontramos.

 

-Não precisa. Eu estou de carro. E mesmo assim acho que vou agora no hospital falar com Carlisle. -falei

 

-Tudo bem. Tome cuidado. Mande lembranças para o pessoal e não se esqueça de me mandar notícias sobre você e o neném. Sabe como me encontrar. Qualquer coisa que precisar é só me ligar. -falou, me dando um abraço e um beijo no rosto.

 

-Pode deixar. Você ficará informada sobre tudo que envolva seu sobrinho. -falei, sorrindo, enquanto retribuia o gesto.

 

-Ou sobrinha. -falou, rindo.

 

Assenti com a cabeça antes de vê-la entrar em seu carro e partir. Quando o carro sumiu de minha vista, me virei e andei até o meu. Coloquei a bolsa no lado do passageiro e dei a partida, pegando a estrada para o hospital.

 

Nossa, hoje foi um dia cheio de surpresas. Sorri ao pensar que daqui há alguns meses a criança estaria em meu braços. Será menino ou menina? Como ele/ela será? Espero que se pareça mais com Edward.A ficha não caiu ainda, não totalmente. É tão difícil acreditar que dentro de mim tem um ser pequenino que já é dono de boa parte de meu coração, que é a razão de minha vida. Me falta palavras para expressar tudo o que estou sentindo no momento. Só sei dizer que estou muito feliz.

 

Interrompi meus pensamentos ao constatar que já estava em frente ao hospital. Estacionei o carro e andei em direção a porta, com passos rápidos. Assim que entrei no estabelecimento, me dirigi á recepção.

 

-Boa noite, em que posso ajudá-la? -perguntou uma senhora de no máximo 50 anos. Ela tinha os cabelos castanhos que iam até seus ombros. Seu rosto era redondo, os olhos num lindo tom verde.

 

-Boa noite. E poderia falar com o Dr. Carlisle Cullen, por favor? -perguntei

 

-Quem gostaria? -perguntou, num tom bastante curioso.

 

-Sou a nora dele, Isabella Cullen. -falei

 

-Só um momento, sra. Cullen. -ela disse

 

Falou algo no telefone e então voltou a atenção á mim.

 

-No momento ele está em uma cirurgia. Não irá demorar muito. Pode esperar na sala dele, minha querida. -falou, carinhosamente

 

-Muito obrigado. -falei, me virando em direção ao elevador, já que sua sala era no terceiro andar. Mas, antes que pudesse dar o terceiro passo me lembrei de algo. -Humm, desculpe incomodá-la novamente, mas, pode me dizer onde teria um computador disponível pra uso público? -perguntei

 

-Você pode usar um dos que tem na sala do Dr. Carlisle, já que é da família. -ela disse

 

-OK. Obrigado, novamente. -falei, antes de me virar e andar até o elevador.

 

Para a minha sorte, o elevador ainda estava parado. Esperei uma enfermeira entrar empurrando uma cadeira de roda e entrei também. Desci no terceiro andar, junto com outras duas pessoas e me dirigi á sala de Carlisle. Eu já conhecia muito bem o caminho, pois já estive aqui milhares de vezes e é sempre ele que me atende.

 

Entrei na sala, fechando a porta atrás de mim, e olhei em volta. Em cima da mesa tinha um computador e um laptop. Achei que seria muito abuso sentar em sua cadeira, então decidi virar o laptop em minha direção e sentei na cadeira dos pacientes.

 

Eu não sabia nada sobre gravidez de vampiros, então pesquisei na internet algo relacionado á isso. Rapidamente entrei no mesmo site que eu usei pra descobrir o que Edward era, chamado "Vampiros de A a Z". Procurei ansiosamente as primeiras entradas do site, que eram dedicadas a mitos de vampiros ao redor do mundo. Achei o que eu queria ao pesquisar na letra M. Bem na terceira linha, escrito em vermelho e negrito, estava a palavra Mestiços, termo usado para definir criança meio-humana, meio-vampira, filhos de um vampiro com uma humana.

 

Segundo o site, existia apenas 3 casos assim em todo o mundo. Descobri que a gestação dura exatos nove meses, como uma gestação humana, e que a criança, por ser meio-vampira, era um pouco mais forte do que um bebê comum, o que resultava em dores mais fortes do que a gravidez de uma criança totalmente humana. O bebê iria começar a sentir sede de sangue aos oito meses de vida, que é quando irá aparecer suas características vampíricas. Conforme for crescendo, sua força e seus sentidos aguçados irão aumentar. A mestiça irá crescer normalmente, como qualquer outra criança, mas será mais inteligente que as demais crianças de sua idade.

 

Apesar de poucas informações, consegui esclarecer bastante dúvidas que eu tinha. Infelizmente, não dizia se a mestiça é mortal ou imortal. E também não dizia como será o parto. Espero que seja um parto normal.

 

Agora sim eu podia pensar nesse bebê e planejar um futuro com ele, pois sei que isso realmente é possível. Coloquei a mão em meu ventre, enquanto sorria, feliz.

 

Estou me sentindo como se meu coração tivesse crescido, inchado até duas vezes o seu tamanho. Todo esse espaço extra já preenchido. O aumento foi quase estonteante.

 

Eu nunca antes tinha realmente entendido a dor de Rosalie e o ressentimento. Eu nunca tinha imaginado ser mãe, nunca quis isto. Tinha sido uma parte das promessas que fiz a Edward de que não me preocupei em deixar de ter filhos, porque realmente não queria. As crianças, em resumo, nunca tinha me atraído. Elas pareciam ser criações barulhentas, muitas vezes, alguma forma de sentimentalidade exagerada. Eu nunca tive muito a ver com um irmão, sempre imaginei um irmão mais velho. Alguém para cuidar de mim e não o contrário.

 

Esta criança, a criança de Edward, era uma história totalmente diferente. Eu o queria como eu queria o ar que respiro. Não uma escolha, uma necessidade. Talvez eu só tivesse uma imaginação realmente ruim. Talvez por isso eu era incapaz de pensar em estar casada até que eu já fosse, incapaz de ver que eu queria um bebê até que cada um já tivesse...

 

Lágrimas rolaram pelo meu rosto de tão emocionada que eu estava. Minha mão ainda em meu ventre, zelando pela vida desse ser que já era extremamente importante e querido em minha vida.

 

-Bella?

 

Girei na direção da voz, encontrando Carlisle parado em sua porta, surpres por me ver aqui. Surpresa essa que foi substituída por preocupação ao ver meu rosto encharcado de lágrimas. Em milésimos de segundo ele já estava em minha frente, tocando meus ombros, com uma expressão oscilando entre calma e preocupada.

 

-Bella? O que houve? -perguntou

 

Vi seu rosto ficar confuso, quando abri um sorriso radiante em sua direção.

 

-Bella? -repetiu

 

-Precisamos conversar...

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai?

O que acharam??????

Gostaram??

Está muito comprido o capítulo? Muito curto?

Comentem!!!!!

Se tiver bastante comentários, posto o outro capítulo ainda hoje.



OBS: Não postei ontem porque fui dia da minha irmã mexer. Me desculpem!


Beijos!!!