Um Novo Amanhecer escrita por KathyCullen


Capítulo 6
Capítulo 6: Conversando com Carlisle


Notas iniciais do capítulo

Como recebi muitos comentários, decidi postar mais um capítulo hoje.

Espero que gostem!!!!!!!!!



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Bella Pov

 

Sua expressão ainda estava confusa, mas pude ver que ele estava preocupado. Me virei novamente e fechei o laptop, antes que ele visse o que estava na tela.

 

-Me desculpe por mexer no seu laptop. Eu perguntei a moça da recepção se tinha algum computador disponível para eu usar e ela falou pra usar o seu. -falei, enquanto me ajeitava na cadeira e secava meu rosto.

 

Carlisle, ainda confuso, foi para o outro lado da mesa e sentou na cadeira. Guardou os prontuários que estavam em sua mão na gaveta, antes de se virar pra mim.

 

-Não tem problema, pode ficar a vontade. Então, o que você quer conversar comigo? -perguntou, sem conseguir esconder a curiosidade.

 

-Olha, eu sei que você vai achar isso impossível, provavelmente vai pensar que sou louca, mas já andei pesquisando e vi que estou certa. Então, antes de tudo, gostaria de pedir que apenas me ouça, depois poderá perguntar o que quiser. -falei, receosa.

 

Eu não sabia qual seria a reação dele, nem sequer imaginava. Eles são tão imprevisíveis.

 

-Tudo bem. Pode falar. -ele disse

 

-Bom, como Edward já te contou, esses dois últimos dias eu tenho estado bastante estranha. Estou vomitando direto, tenho tido uns sonhos grotescos, meu apetite aumentou consideravelmente e meu humor muda toda hora. Como se não bastasse isso, minha menstruação está atrasada duas semanas. -falei, nervosa.

 

Primeiramente ele ficou confuso, mas então percebeu onde eu queria chegar, pois seu rosto ficou com uma expressão chocada e assustada.

 

-Você está querendo dizer que...-o interrompi

 

-Sim. Eu estou grávida. -falei, tentando manter a calma.

 

-Mas...-novamente ele foi interrompido, só que dessa vez foi por uma enfermeira que colocou a cabeça pra dentro da porta.

 

-Desculpe interromper senhor Carlisle, é que o Dr. Albert pediu pra lhe entregar o prontuário do paciente do quarto 118. -ela falou, ainda na porta.

 

-Tudo bem. Pode entrar. -falou Carlisle, tentando recuperar a compostura.

 

A enfermeira fez o que ele pediu e entrou. Se aproximou da mesa e entregou o prontuário para Carlisle. Foi então que seu perfume, que estava forte, chegou em mim, me fazendo correr para o banheiro da sala. Me debrucei sobre o vaso e coloquei tudo o que comi naquele dia pra fora. Meu corpo tremia enquanto eu torcia, violentamente. Não se passou nem 2 segundos e Carlisle apareceu ao meu lado.

 

Quando o mal estar passou e eu parei de vomitar, me levantei e lavei minha boca, sobre o olhar atento de Carlisle. Voltei para a sala, sendo seguida por ele, e me sentei no lugar que estava. A enfermeira já tinha saído.

 

-É, você está com os sintomas de uma gravidez, mas não acho que seja o seu caso. Afinal, isso é impossível. Você sabe que vampiros não podem ter filhos. O que te levou a acreditar que estava grávida? -perguntou, confuso.

 

-Primeiro: todos os sintomas batem. E segundo: eu fiz três testes de farmácia e todos deram positivo. -falei, fazendo-o me olhar surpreso.

 

Ele nada disse, apenas ficou preso em seus pensamentos. Eu já estava ficando irritada e comecei a me mexer inquieta na cadeira.

 

-Os três testes deram positivo? Isso é impossível. Nós não podemos ter filho. -ele disse, mas pra si mesmo.

 

-É possível sim, acredite. Eu também tive a mesma reação que você quando descobri, mas pesquisei na internet e consegui tirar algumas dúvidas. Vampiros homens podem sim ter filhos, as mulheres que não, já que o corpo delas é imodificável, então não podem gerar uma criança. -falei

 

Ele me olhou, surpreso pelo que eu disse.

 

-Você sabe que todos os homens ficam do mesmo jeito da puberdade até a morte, inclusive vocês vampiros. Então, podem ter filhos sim. -falei

 

Percebi em seu rosto um olhar fascinado, provavelmente por essa nova descoberta.

 

-Nunca pensei por esse lado, você tem razão. -falou, com o olhar perdido. -O que você encontrou na internet? -perguntou, curioso.

 

Abri o laptop e fiz menção de me levantar pra ir até ele, mas ele foi mais rápido e, num piscar de olhos, parou ao meu lado.

 

-Não precisar fazer esforço. -falou, me fazendo sentar novamente.

 

Revirei os olhos e bufei. Ele riu.

 

-Se você realmente estiver grávida, a tendência será ficar pior. Você sabe, todos ficarão megaprotetores e cuidadosos com você, principalmente Edward. -ele disse, rindo.

 

-Nem me fala. -eu disse, balançando a cabeça pra tirar essas coisas de meus pensamentos. -Então, eu achei tudo nesse site aqui, que foi onde e descobri o que Edward era. -falei, apontando para o laptop.

 

Mostrei a ele tudo o que li sobre gravidez de mestiços. Todas as informações que consegui sobre a gestação, o crescimento e a alimentação. Ele ficava cada vez mais fascinado, conforme eu mostrava o que descobri. Quando acabei ele deu um sorriso radiante, ao saber que eu realmente poderia estar esperando um bebê. Imaginei como ele deve estar por dentro ao pensar na possibilidade de ter um neto.

 

-Isso é incrível. Se tudo for verdade, há uma grande chance de você realmente estar grávida. -falou, mas, ao perceber meu olhar chateado sobre ele, se explicou: -Eu não confio muito em testes de farmácia. Eu prefiro esperar pelo resultado do teste sanguíneo, mesmo que tenha quase certeza que você está grávida. -falou

 

-Foi exatamente por isso que eu vim aqui. -falei

 

-Quando você começou a desconfiar que estava grávida? -perguntou

 

-Hoje mesmo. Na verdade eu nem sequer imaginava isso, pois achava que era impossível. Mas acabei encontrando Angela hoje e ela percebeu que eu estava estranha, então perguntou se eu poderia estar grávida. Foi aí que me liguei que minha menstruação estava atrasada e comecei a desconfiar. Ela acabou me convencendo a fazer o teste de farmácia e então deu positivo. Eu queria conversar com você antes de tomar qualquer atitude. Nem mesmo Edward ou Alice sabem disso. -falei

 

-Mas Alice pode ter visto você fazendo o teste. -falou

 

-Acho que não. Edward contou que ela não está conseguindo me ver direito em suas visões. Acho que tem algo a ver com o bebê, mas eles nem imaginam. -falei

 

-Você pode estar certa. Bom, você fez o certo vindo diretamente até mim. Acho que será melhor ter certeza de tudo antes de sequer pensar em contar a eles. -ele disse, pensativo.

 

-Foi exatamente isso que pensei. -falei

 

-E quando você gostaria de fazer o teste? -perguntou, sorrindo

 

-O mais rápido possível. -falei, feliz e ansiosa.

 

Ele abriu um sorriso enquanto pegava os equipamentos necessário pra tirar meu sangue. Não pude evitar o tremor que percorreu meu corpo quando vi a agulha. Ele riu diante disso.

 

-Com tantas coisas pra se preocupar, é de uma agulha que você tem medo. -falou

 

Sorri sem graça e fechei os olhos, pra não ver o que ele fazia. Fiquei pensando em como seria o bebê enquanto ele tirava meu sangue.

 

-Pronto. Agora irei mandá-lo para o laboratório. Vou ver se consigo pegar o resultado hoje ainda, antes de ir pra casa. -falou, se levantando.

 

-Bom, eu já vou indo. Estou ficando com fome, de novo. E também estou um pouco cansada. -falei, também me levantando.

 

-Tudo bem, mas tome cuidado. Acho que deveria comer alguma coisa antes de ir pra casa, pois você tirou sangue e está fraca. -falou, preocupado.

 

-OK. Vou na cantina fazer um lanche rápido. -falei, me dirigindo á porta. -Carlisle, tem como as pessoas não ficarem sabendo que esse exame é meu? É que eu não quero que meu pai saiba sobre isso por outra pessoa e, bom, você conhece o povo dessa cidade. -falei, receosa.

 

-Pode ficar tranquila, ninguém vai saber sobre isso. E...hum...quando você pretende contar pra família?-perguntou

 

-Só quando o resultado sair. Tem como você esconder seus pensamentos do Edward até lá? -perguntei

 

-Tem sim. Pode deixar que, por mim, ele não vai descobrir. -falou, sorrindo.

 

-Só mais uma coisa. Se o teste der positivo, eu quero que agente fale primeiro para o Edward. Sabe como ele é, super protetor e tals. E pra isso vamos ter que tirá-lo de casa. -falei

 

-Você tem toda a razão. Edward precisa, e deve, saber antes do outros. Acho que não vamos poder contar pra eles hoje. Eu vou passar a noite no hospital então só poderemos contar amanhã, mesmo que o resultado saia hoje. -falou

 

-Não tem problema. De qualquer forma, eles vão chegar tarde da caçada. Provavelmente eu já estarei dormindo. Isso SE eu conseguir dormir. -falei, saindo da sala.

 

-Tente dormir, será bom pra você e para o bebê. -sussurrou, me seguindo.

 

-Tudo bem. Então até amanhã. Bom trabalho. -falei

 

-Até amanhã. Vá com cuidado. Quando chegar em casa me manda uma mensagem falando que chegou. -ele pediu, me abraçando e dando um beijo em minha testa.

 

-Pode deixar. Tchau. -falei, indo em direção ao elevador.

 

Voltei para o primeiro andar e fui para a cantina do hospital. Fiz um lanche rápido e andei, o mais depressa possível, em direção ao estacionamento. Assim que entrei no carro, dei a partida e peguei a estrada que dava pra casa. Eu queria chegar logo pois estava louca pra tomar um banho. Sem falar que estava morrendo de saudades de meu maridinho lindo e de minha família querida, afinal eu passei o dia inteiro fora de casa. Só o que eu queria agora era descansar e rezar pra que as horas passassem rápido pra poder ter o resultado dos exames em minhas mãos. 

 

Apesar de tudo, eu sentia que eu estava grávida. Eu só preciso ver aquela palavrinha de oito letras pra poder ficar mais calma, pois eu já sei que estou esperando um filho de Edward. Meu filho...

 


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Notas finais do capítulo

O capítulo não ficou tão bom, mas o que vale é a intenção.

Comentem!!!!