Emily e Aaron estavam na clínica, e dessa vez haviam levando Lucy e Theo juntos, as crianças estavam loucas para saber se seria uma menina ou menino, a única pessoa que parecia está mais ansiosa que os quatro era Penélope que ligava de 10 em 10 minutos, além das mensagens, a família se divertia com a animação da analista.

Aguardavam na sala de espera, para fazer o ultrassom, quando a médica de Emily os chamam, os quatro entram sorridentes, as crianças estavam quietas, olhavam curiosas para a tela com a imagem, nenhum dos dois conseguia vê o bebê ali, era mais um monte de borram.

—Vamos vê, parece que tiveram sorte, deixou ver hoje.- A médica comemora, já que era a quinta vez que tentavam descobrir, Emily já estava com quase 6 meses.

—E então?- Emily estava muito curiosa, Aaron segurava sua mão.

—Você terão uma menina!- Os pais sorriem radiantes.

—Sabia que era menina!- Theo comemora vencedor.

—Como consegue vê?- Lucy pergunta para a médica, fazendo ela e os pais rirem.

—Anos de prática.- Diz para a menina.

—É muito difícil.- A menina estava inconformada.- Tem certeza?

—Absoluta.- A mulher ria com a garotinha.- Você terá uma irmãzinha.

—Ótimo.- Lucy sorri animada.- Agora posso escolher o nome!

—Ei, eu vou escolher!- Theo diz.

—É minha vez!- A menina faz bico.

—Vocês vão brigar agora?- Emily fala séria.

—Não mãe.- Falam juntos.

Alguns minutos já estavam no carro, rumo a casa deles, onde a equipe estava reunida, embora só PG ficasse ligando, todos estavam ansiosos para saber se era menina ou menino, todos eles sabiam como Emily e Aaron ansiava por aquele bebê, como estavam planejando antes da separação repentina, só aquela equipe viu as mudanças que a separação causou neles. Sabiam que aquela criança vinha cheia de amor, com um significado muito grande e importância na vida do casal, mesmo que não estivessem juntos, vinha como um sinal do recomeço da história deles, seria a nova era na vida deles, o fim daquele período nebuloso, onde a equipe teve que remediar tantas vezes, e viram os dois se tornarem pessoas mais frias e solitárias, mas agora os dois haviam voltado ao que eram, estavam felizes de verdade, o que trazia um grande alívio aos cinco que estiveram nos momentos mais complicados.

Ao entrarem na casa, todos os olhares estavam neles.

—Uau, estou me sentindo uma estrela.- Emily diz sorrindo.

—É o bebê na sua bariga querida!- David diz a abraçando.

—No fundo eu sempre soube!- Finge Lamentar.

—E então, como foi? Deu para vê?- Uma Penélope eufórica sorria os abraçando.

—Por que tanta ansiedade Garcia?- Aaron pergunta se divertindo.

—Senhor, está andando muito com a Emily, pegando a mania dela de me deixar ansiosa.

—Deixa eles entrarem.- Morgan sorri, os quatro entram e cumprimentam todos.- Agora podem falar.

—Pra que tanta curiosidade?- Prentiss fala rindo.

—Vamos lá, digam.- David pede.

—Estou com sede, você não Aaron?- O homem balança a cabeça em positivo, Dulce logo busca água para os dois.

—Conta pra mim pequena.- JJ falava sorrindo vendo a afilhada contar para Henry.

—Não posso madrinha, só a mamãe e o papai conta para os adultos.

—Vocês estão nos matando.- Dulce diz entregando bebida aos dois.

—Ok, vamos falar.- Garante Aaron.

—Antes se dividam, quem acha que é menino para direita, quem acha que é menina para esquerda.- Emily diz. David, Derek, Alex e Dulce achavam que era menino, os outros estavam do lado oposto. Prentiss e Hotch trocam um olhar cúmplice, enquanto Theo, Lucy e Henry riam dos adultos.

—Contem- Penélope súplica os fazendo rir.

—É uma menina.- O casal conta junto.

—Nós acertamos.- Reid comemora junto a JJ e PG.

—Somos muito bons.- Completa analista.

—Não acredito que errei.- Reclama Morgan

—Devíamos ter apostado.- Se lamenta Jennifer, com um sorriso vencedor.- Uma garotinha, que delicia.- Fala colocando a mão na barriga de Emily.

—Podemos começar a organizar o chá de bebê.- Garcia fala animada.

—Vai ser bem colorido?- Lucy pergunta sorrindo.

—Cheio de arco-íris e unicórnios.- Emily fala imitando Penélope, fazendo todos rirem.

—Mais uma Babygirl para essa família ficar ainda mais alegre.- Morgan estava feliz.

—Já decidiram o nome?- David pergunta.

—Ainda não, são muitas opiniões para conciliar.- Aaron diz se referindo aos filhos.

Eles ficaram conversando animados, pediram comida e passaram a tarde juntos, comemorando a chegada da nova Prentiss Hotch aquela família, faziam planos para a criança, falavam sobre como Aaron ficaria bobo nos primeiros meses, como todos a mimariam, sobre o possível ciúmes que, principalmente Lucy, as crianças sentiriam, o casal contava da disputa dos filhos para escolher o nome da irmã que estava a caminho. Foi uma tarde regada a risadas e amor. Já era início da noite quando a equipe vai embora.

O casal estava na cozinha conversando, depois do jantar.

—Sabe que vão brigra por causa do nome, né?- Emily diz falando da criança.

—Podemos dá alguns nomes e falar para eles escolherem, como fizemos com Theo.- Sugere Aaron.

—Eles não são tão pequenos, para aceitarem.

—É a única coisa que consigo pensar.

—Ok então.- Ela sorri.- Faremos uma lista com quantos nomes?

—Três. Damos um dia para eles escolherem.

—Então nos resta escolher os três nomes?- Aaron apenas concorda com a cabeça.- Alguma sugestão?

—Como os outros, curto e com um belo significado?- É a vez de Emily concordar.- Cleo, significa glória.

—Não muito adulto para um bebê!

—Bebês crescem Emily.- Fala rindo da cara que a mulher fez.

—Não os meus filhos, sempre serão meus bebês, precisamos de um nome apropriado.

—Theo não é nome de bebê.

—Claro que é, Theodore não, mas Theo é! Adaptei o pedido de sua mãe.- Afirma a mulher sorrindo.

—Qual nome sugere?

—Jane, agraciada por Deus.- Aaron não se agrada.- Ok, o que acha de Dina, significa delicada, carinhosa.

—Desse gostei, temos o primeiro da lista.- Ele sorri satisfeito, ambos faziam sugestões que por vezes eram recusadas pelo outro, era difícil escolher o possível nome da filha.- Que tal Hope?

—Esperança, ótimo.- Emily sorri.- Falta só um.- Se olhavam pensativos.

—Anna.- Falam juntos e sorriem.

—Pode ser Anna.- Aaron diz.

—Graciosa.- Se pudessem já escoliam aquele, mas prometera que as crianças ajudariam.- Temos nossa lista.- Prentiss estava animada.

—Já falamos com as crianças?- A mulher concorda, e vão para sala onde as encontram.- Theo, Lucy, venham aqui.- O pai chama e logo os dois descem a escada,

—O que foi pai? A mamãe tá bem?- O garoto pergunta preocupado.

—Estou ótima!- Sorria a mulher.- Nós decidimos como faremos para escolher o nome da bebê.

—Como?- Lucy pergunta curiosa.

—Escolhemos três nomes, vocês dois terão que escolher entre eles, juntos!- A mãe enfatiza a última palavra.

—E se não gostamos dos três nomes?- Theo pergunta desafiador.

—Nós escolhemos sozinhos!- Aaron responde.

—Isso não parece justo.- Lucy reclama.

—A gente é legal de deixa vocês escolherem.- Emily fala sorrindo.- Podíamos simplesmente já ter decidido.

—Isso quer dizer que vocês tem um favorito?- O mais velho questiona.

—Provavelmente!- Confirma o pai.

—Quais são os nomes?- As crianças perguntam juntas

—Dina, Hope e Anna.- Emily os avisa.

—Dina não!- Lucy fala.

—Resolva-se com Theo.- Aaron fala sorrindo.

—Até quando podemos decidir?- O mais velho pergunta.

—Amanhã.

—É pouco tempo.- Lucy reclama olhando o pai.

—Essa bebê aqui precisa de um nome.- Emily aponta para a barriga.- Está irritada em só ser chamada de bebê, nenê, amorzinho e afins.- A mulher diz fazendo os filhos rirem.

—Ok, escolheremos, vem Lucy.- E os dois sobem correndo, os pais se olham sorrindo.

Emily estava na casa que construíram juntos, com as frequentes idas ao hospital decidiram que seria melhor que ficassem na mesma casa, caso houve alguma urgência. A mulher estava deitada, passando a mão na barriga e pensando na gravidez.

POV Emily On

Ei little girl, como você está? Obrigada por nos deixar vê que é uma menina, estamos todos contentes, espero que tenha gostado dos nomes que demos aos seus irmãos, espero que sim.- Sorri fraco.- Ah minha garotinha, consegue imaginar como estou preocupada contigo? Por favor, se mantenha firme com a mamãe, ok? Sei que está sendo difícil, o corpo da mamãe não estava pronto para você, mas está fazendo o possível para mantê-la bem, Sweet, sinto muito pelo que está passado, essas idas ao hospital, você merecia algo mais tranquilo, eu sei! Te amo, prometo que farei todo o possível para mantê-la comigo.

POV Emily Off

Quando Aaron entra no quarto, junto aos filhos, e percebe o olhar triste de Emily, que logo disfarça vendo os entrar.

—Vieram me dar beijo de boa noite?- Prentiss pergunta com um leve sorriso.

—Também, mas já escolhemos o nome.- Lucy diz animada.

—Vocês foram rápidos.

—E então, qual o escolhido?- Aaron estava curioso, os irmãos se olham cúmplices e falam juntos.

—Anna.- Os pais sorriem.

—Não podiam fazer escolha melhor!- Garante a mãe.

—Esse era o favorito de vocês?- Theo pergunta sorrindo.

—Era sim querido.- Confirma o pai, quando vêm Lucy boceja.

—Acho que tá na hora de ir pra cama.- Emily diz sorrindo.

—Quero uma história!- Diz a menina.

—O que acha do Theo contar hoje?- Aaron estava preocupado com Emily.

—Pode deixar comigo.- O garoto sorri.- Boa noite mamãe, Boa noite Anna.- Beija o rosto e a barriga da mãe.- Amo vocês.

—Durmam bem Mamãe e Anna.- Faz como o irmão.- Amo vocês.

—Boa noite meus amores, nós amamos vocês.- Fala abraçando os dois ao mesmo tempo.

—Esse é o momento que fico com ciúmes?- Questiona Aaron.

—Não, nós também te amamos papai.- Lucy diz indo abraçá-lo junto a Theo.

—Também amo vocês! Durmam com os anjos.

—Boa noite pai.- Saindo do quarto com a irmão.

—O que é?- Aaron pergunta olhando para a mulher.

—Nada.- Prentiss nega.

—Está sentindo alguma coisa?

—Não, só preocupação.- Confessa.- É uma menina, nossa Anna, uma indefesa garotinha, que tem um nome agora.- Sorri franco.- A cada instante se torna mais real, não posso perdê-la, é minha Anna, tenho tanto medo, de não conseguir protegê-la, de não mantê-la bem!- Lágrimas rolavam pelo olhos dela.

—Calma.- Se deita junto a ela, a abraçando.- Sei que deve está muito difícil pra você, mas estou aqui, para ajudá-la, nós cuidaremos da nossa filhota, faremos o que for preciso! Nós a traremos pra cá, prometo a você.- Emily que se aconchegava nos braços do homem, sorri fraco.

—Você sabe que é algo além de nós dois, mas, pelo menos, você está comigo.

—Sempre.- Beija o topo da cabeça dela!- Shhhhi, tudo ficará bem!- Acalmando o choro da mulher, não demora muito e os dois pegam no sono juntos.

Alguns minutos depois Theo entra para avisa que Lucy já dormiu, e ao ver os pais sorri meio confuso, o garoto desejava os dois juntos, mas tinha medo que a mãe voltasse a sofrer, como quando se separaram.

No dia seguinte, logo que o garoto acorda sai em busca do pai que estava no escritório.

—Pai?- Theo bate na porta do escritório, Aaron percebe que havia algo errado com o filho.

—Tudo bem Querido?

—Precisamos conversa.

—Sua mãe está bem?- O garoto apenas concorda com a cabeça esse senta na cadeira em frente a mesa que o pai estava.- Então o que houve?

—Pai, você sabe que te amo e admiro, né?

—Sim, está me deixando preocupado.

—Você e minha mãe estão ou pretendem ficar juntos?

—Não estamos, ainda.

—Então pretendem?- O pai afirma com a cabeça.- Sei que me considera uma criança e que não tenho maturidade, mas preciso falar isso.- O homem estava tenso.- Não fique com raiva.

—Certo, diga o que precisa.- Aaron incentiva o filho.

—Quando você e minha mãe terminaram, não conseguia entender direito aquilo, tudo ficou confuso para mim, as coisas mudaram de repente, e minha mãe estava tão triste, você sabe, ela não queria mostrar, mas eu sabia, naquela noite depois que você saiu e ela nos colocou na cama, se trancou no quarto e começou a chorar, não sei porque, acordei e ia dormir com ela, mas quando cheguei e ouvi ela chorando não bati, fiquei quietinho do lado de fora, não queria deixá-la mais triste, sabia que era por sua causa e naquele momento eu te odiei pai, e todas as outras noites em que aquilo se repetiu, não entenda errado, amo o senhor, realmente amo, mas de noite quando ouvia ela chora, conseguia não te amar.- Ouvir aquilo deixa o homem quebrado, seu pequeno garoto de 12 anos, dizia que conseguia odiá-lo.

—Sinto muito Theo.

—Eu também, odeio odiar o senhor, não posso fazer isso, porque eu te amo demais, por isso preciso te fazer um pedido, não faça isso com ela novamente, se você voltar com minha mãe não a faça sofrer, porque não quero odiá-lo nunca mais, só que se ver ela chorar por sua causa isso vai acontecer, nem que seja por alguns segundos, promete pra mim que não fará ela sofre?

—Filho vem cá.- O menino dá a volta na mesa e se aproxima do pai, que segura suas mãos e olha nos olhos de Theo.- Você, sua mãe e suas irmãs são tudo que mais amo nessa vida, prometo a você que nunca mais farei sua mãe sofrer, serei melhor para ela e vocês, acredita em mim?- O menino sorri com o que o pai diz.

—Sim.- Os dois se abraçam, quando Lucy aparece na porta.

—Estávamos procurando vocês.- A menina fala sorrindo.- Mamãe está chamando para o café.