Ódio no passado. Amor no futuro? escrita por Eduarda


Capítulo 6
Capitulo 6


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal,
espero que gostem, beijos



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John

– Agora, você pode me contar porque passou a noite na casa da Anna – Dave entrou em minha sala, ele tinha uma expressão maliciosa.

– Eu estava em casa bebendo um pouco de whisky e pensando, fui tomando mais um e mais outro e pronto apareci na casa dela, e fiz coisas que estou me arrependendo até agora. – Eu não conseguia acreditar no que tinha feito.

– Vocês.... ? – Ele não precisava terminar a frase, eu sabia o que ele queria dizer.

– Não, é claro que não – Eu não seria capaz de tal estupidez – Mas tentei beija-la e, segundo ela, fiz piadas que insinuavam coisa do gênero.

– Então não foi tão bom assim. – O que ele queria dizer com isso? – Não me olha com essa cara, todos sabem que você está louquinho por ela, que se ela der brecha, você cai aos pés dela.

Eu não ia perder meu tempo com as piadinhas sem graças do Dave. O celular tocou.

– Alô? O que? Como? Porque ela estava a essa altura do chão? – Ao ouvir a notícia, meu coração parou, isso não podia estar acontecendo. – Estou a caminho!

– O que houve? – Dave parecia estar assustado com a minha reação.

– Hannah caiu na escola, está indo para o hospital agora. – Eu estava tentando manter a calma.

– Eu vou com você! Não adianta me impedir, ela é quase minha sobrinha. – Não quis discutir, pegamos o carro e fomos direto ao hospital.

...

Ficamos esperando o médico por cerca de 20 minutos, quando ele chegou a cara dele não era nada boa.

– Sr. Nolan? – Me levantei e fui em sua direção.

–Sou eu, o que houve? – Eu não podia imaginar que minha princesa estava mal.

– Ela caiu de uma altura de cerca de 7 metros, essa altura não é fatal, mas ela caiu de lado e acabou rompendo o baço, teremos que submetê-la a uma cirurgia para a reparar o baço ou retira-lo caso necessário, mas não podemos fazer a cirurgia sem uma transfusão de sangue antes. – Eu sabia o que aquilo significava – O problema é que estamos sem estoque do sangue da sua filha, ele é raro. Precisamos de um doador, sabe quem tenha sangue O-?

– Sei sim. – Aquilo simplesmente estragaria tudo, mas pela minha filha estava disposto a tudo.

– Quem? – O médico me encarava curioso.

– A mãe dela. – Peguei o telefone e disquei o número da Anna.

–Alô?

– Anna, sou eu, John, temos um problema. – Ela ficou em silencio do outro lado – Anna, Hannah sofreu um acidente grave e ela precisa de sangue e eu sei que você é a única que conheço que pode doar, estamos no hospital San Roman.

Minha voz estava fraca, tinha medo de que Hannah piorasse.

–Estou indo imediatamente. – Ela desligou.

Encontrei a professora dela nos corredores.

– Ei! Pode me explicar como Hannah caiu de uma altura de 7 metros? – Eu soava ameaçador, mas era só por causa da situação.

–Eu sinto muito, ela estava indo bem como sempre, mas eu me virei por um segundo e ela caiu. – A professora estava desolada. – Ela era a melhor, ela nunca tinha caído antes.

– Era a melhor? Nunca caído antes? O que ela estava fazendo? – Eu não estava entendendo o que a professora estava falando.

– Tecido acrobático, o Senhor não sabia? Ela participa das aulas de Tecido a 2 anos. – Como Hannah podia ter me escondido algo assim por tantos anos? No fundo, eu entendia, reconheço que se ela tivesse me contado eu não teria permitido.

– Não, eu não sabia. Aonde ela faz?

– Na escola mesmo, é um projeto de dança que fazemos a 2 anos, inclui também Tecido.

– Ela nunca havia me falado nada.

– Ela disse que queria participar porque a mãe também fazia. E sr. Nolan, ela era magnifica, tinha uma desenvoltura nata para o Tecido. – Aquilo era só uma maneira que Hannah havia achado para ter a mãe por perto. – Eu vou indo sr. Nolan.

Era tudo culpa minha, se eu não a tivesse tirado de perto da mãe, ela não ia praticar algo para se lembrar da mãe. Anna veio rápido.

– O que houve? Quero ver minha filha! – A preocupação dela me deixava alegre em saber que mesmo depois de tantas coisas que ela aprontou, ainda assim se preocupava com os filhos.

–Parece que estão mantendo ela em coma induzido para que ela não tenha uma hemorragia, ela rompeu o baço.

– O meu deus! E o estado é grave? – Ela tinha dor em sua voz.

– Aparentemente, não. Mas pode piorar se demorarem para fazer a cirurgia.

– Então vamos agora fazer a doação. – Ela estava com medo do mesmo jeito que eu.

Fomos até o hemocentro do hospital, Anna doou mais sangue do que o indicado para uma mulher adulta. Ela estava pálida, mas mesmo assim continuava firme. O médico não permitiu que entrássemos no quarto onde ela estava hospitalizada, ele disse que o baço ajuda no combate a doenças bacteriológicas, então ela tinha que ficar isolada. Podíamos apenas olhar pelo vidro e esperar que ela melhorasse.

– Olha como ela está? Ela parece sorrir mesmo nessa situação. – Hannah sempre foi muito ligada a Anna, quando nos separamos, foi muito difícil para Hannah aceitar tudo aquilo, foi quando os problemas entre nos começaram.

– Ela precisa ser forte. – Eu estava lutando para não me culpar por tudo aquilo.

O doutor apareceu de repente.

– Não tivemos melhoras com a transfusão, isso significa, que teremos que fazer a cirurgia, precisaremos de mais sangue, só que não sei se a senhora vai aguentar mais uma doação.

– Eu não me importo, pode pegar o quanto precisar. – A determinação de Anna, fazia meu coração ama-la mais ainda, infelizmente eu não podia perdoa-la.

– Certo. – O médico aceitou, mas eu sentia que ele não queria tirar mais sangue dela.

Fomos de novo ao hemocentro e tiraram a mesma quantidade que da outra vez. Ela tentou se levantar mas caiu assim que se soltou da poltrona. Eu a segurei, ela estava pálida e gelada, mal conseguia abrir os olhos. O médico a colocou em uma cadeira de rodas. Fui lhe comprar algo para comer.

– Eu não quero comer. – Eu havia pego um lanche de frango com cenoura e um café com leite.

– Você precisa, olha seu estado, mal consegue ficar de pé. – Relutante, mas comeu o lanche. Aquilo me lembrava, um acontecimento a alguns anos, Anna tinha pegado pneumonia e eu tive que cuidar dela por uma semana, eu havia ficado muito feliz, não por ela ter pegado pneumonia, mas por ver que ela precisava de mim tanto quanto eu dela. Eu a peguei no colo e a coloquei sentada no sofá da sala de espera, ela dormiu encostada em meu ombro, coloquei meu paletó sobre ela, pois ela ainda estava muito gelada. Ficamos lá até uma notícia da cirurgia. Dave havia ido embora, logo depois que Anna havia chegado, para ficar cuidando da empresa

– Que merda está acontecendo aqui? – Rebecca apareceu de repente e ela parecia furiosa.

– Rebecca? O que você está fazendo aqui? – Encostei a cabeça da Anna no sofá, me levantei para não conversar perto dela para não acordá-la.

– Acho que estragando o seu encontro romântico – é, definitivamente, ela estava furiosa.

– Para de graça, é só que ela está mal, doou muito sangue. – Ela sabia o quão absurdo era o que estava falando?

– Acho bom mesmo, agora me fala a Hannah está bem? - A preocupação dela com Hannah, me mostrava que Rebecca era a mulher ideal para mim. Dou um beijo em seus lábios finos e a levo para ver Hannah.

Quando voltamos Anna não estava mais no sofá. Ela havia acordado e saído. Ela estava conversando com o médico, falavam sobre Hannah, fui até eles, queria saber sobre o que falavam.

–Então ela vai se recuperar bem? – Anna perguntava ao médico.

– Sim, conseguimos reparar o baço, não houve necessidade de retira-lo. Ela está se recuperando no quarto. – Graças a deus, ela ia ficar bem.

– Obrigada, doutor. – Anna se virou em minha direção. – Já sei o que vai falar, eu já estou indo embora, só vou me despedir dela, antes que você chame a polícia.

Ela saiu assim que terminou a frase. Aquilo havia doído, nunca tinha sido minha intenção fazer ela sofrer, eu só estava me protegendo.

– Onde ela está indo? – Rebecca não gostava nada de ter Anna por perto.

– Foi se despedir de Hannah. – Não queria que ela fosse embora dessa maneira.

– Já foi tarde. – Rebecca odiava a presença de Anna, mas era necessário.

– Olhe como fala, graças a ela, Hannah vai sobreviver. Eu não gosto dela aqui, mas nesse momento só tenho a agradecer. – Rebecca não gostou nada do que eu disse, deu para perceber pela cara dela.

Fui até o quarto de Hannah, observei ela dormir, em partes a culpa dela estar aqui era minha, se eu não a tivesse separado de sua mãe. Por mais que, por tantos anos, tentei afastar a memória de Anna, a sua presença causava estranhas emoções, em alguns momentos eu queria que ela não estivesse aqui e em outros queria que ela não fosse embora nunca. Eu já não entendia meus sentimentos, eu estava apaixonado de novo? Ou apenas era a gratidão pelo que fez por Hannah? Ou será que nunca deixei de ama-la? Eu não sabia qual era a resposta certa, mas que sua presença tinha mudado tudo dentro de mim, isso eu tinha certeza.


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Notas finais do capítulo

Eai gostaram??
Não percam o capitulo de amanhã, vai estar bombástico.
Beijão.



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