A Garota do Lago escrita por Flora Medeiros


Capítulo 11
Pedra da lua


Notas iniciais do capítulo

Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=RERr49_V71g



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Acordei com o barulho do despertador. Aiden continuava dormindo então levantei devagar e desativei o alarme. 

Sua figura tão serena e adormecida me fez até questionar como uma criatura tão bonita poderia ser tão arrogante.



Peguei meu travesseiro e lençol e saí do quarto, tomando cuidado para não acordá-lo.

Entrei em meu quarto e a claridade do dia invadiu meus olhos fazendo eu franzir o cenho tentando diminuir a luz que entrava em meus olhos. Sentei na cama e ainda de olhos fechados comecei a refletir sobre o que tinha acontecido na noite anterior. O Demetrio além de sensível era bastante legal. E também tinha o Aiden que mesmo querendo minha morte me acolheu quando eu precisei.



Respirei fundo e levantei da cama indo escolher a roupa. Peguei uma blusa soltinha de corações e um jeans azul meio rasgado que ia até a metade da canela. Tirei o pijama e fiquei encarando o colar que não saía do meu pescoço. Tomei um banho rápido e sequei os cabelos. Peguei duas mechas, uma de cada lado e as enrolei prendendo deixando o resto solto. Coloquei um batom vermelho e passei o pó para esconder algumas espinhas. Vesti a roupa e saí do banheiro. A porta do Aiden estava aberta o que indicava que ele já havia acordado. Fui para o meu quarto e me encarei na penteadeira, por incrível que pareça aquele colar não estava em  meu pescoço. Sorri involuntariamente e peguei meu tênis branco de pedrinhas. Desci as escadas ainda sorrindo por não sentir aquele colar em meu pescoço quando avisto Aiden.



— Ta atrasada. Já era pra termos saído. - falou dando um gole em algo que parecia ser vitamina.

— Bom dia também, flor do dia. - sorri e ele revirou os olhos. 

— Hoje tem natação, a senhorita Melanie não vai deixar você entrar com esse colar. - falou e o sorriso que antes habitava meu rosto sumiu tão subitamente quanto havia aparecido.

— Colar?! - toquei em  meu pescoço e senti novamente aquele pingente de lua agarrado a uma pedra que tinha a cor dos meus olhos.

— Quer uma fruta? Temos que ir ou chegaremos tarde. - falou pegando uma maçã e colocando em minha mão saindo em seguida da cozinha.

 

O segui ainda meio tonta devido ao espanto que eu estava por ter sentido aquele colar em mim novamente. Eu havia acabado de confirmar que ele não estava em meu pescoço e trinta segundos depois ele aparece magicamente.


Entrei no carro e arranquei o colar do meu pescoço. Enquanto Aiden ligava o motor joguei o colar pela janela. Continuei observando-o até dobrarmos a esquina e ele ficar totalmente fora de visão. Pus a mão em meu pescoço só por garantia e meu coração acelerou de uma forma que aparentava que eu tinha acabado de correr uma maratona. O colar continuava em meu pescoço. Que droga era aquela e como conseguia voltar após todas as vezes que eu havia tentado me livrar?


— Aiden você faria um favor pra mim? - perguntei abaixando o som o que fez ele franzir a testa.

— Hum... O que seria? - perguntou desviando a atenção do trânsito.

— Primeiro prometa que nunca irá contar a ninguém sobre isso. - ele arqueou a sobrancelha e logo em seguida assentiu. - Okay... Sabe esse colar? Eu nunca havia o visto antes do acidente. Ele não é meu.

— E de quem é? - perguntou voltando a atenção para a estrada.

— Essa é a questão. Eu não sei de onde veio, não sei de quem é e não sei por que faz isso. 

— Isso o que? - perguntou me olhando enquanto eu tirei o colar do pescoço e joguei o mais longe possível pela janela. - Você tá maluca? Porque você jogou? - falou alterado.

— Veja. - falei tirando o cabelo da frente do meu pescoço revelando o colar que continuava no mesmo lugar de sempre.

— Uau como você fez isso? - perguntou com a boca aberta.

— Eu não fiz... Desde que voltei já tentei me livrar dele algumas vezes, mas ele sempre volta e eu não sei o porque. - o encarei esperando alguma piada ou algo dizendo que isso seria impossível, mas para minha surpresa a única coisa que ele fez foi mudar para uma expressão pensativa.

— Isso seria impossível, mas como vindo de você nada é muito possível temos que considerar... - mordeu o lábio inferior ainda com a expressão pensativa. - Você acha que isso pode ter algo a ver com você ter sobrevivido?

— Bom... Na verdade eu não pensei nisso. - passei a mão por meu cabelo de modo nervoso. - Não sei o que isso é ou significa, mas não há nada que faça ele sair de mim. 

— Eu vou te ajudar... - seu semblante parecia sério, mas ao mesmo tempo gentil.

— E o que podemos fazer? - perguntei ainda feliz por ele querer me ajudar.

— Você tem Study Hall hoje?

— Tenho. - afirmei. - Quarta aula.

— Ótimo, me encontre na biblioteca. Vamos pesquisar. - falou sorrindo.

— Obrigada, mas você também tem aula livre? 

— Na verdade não... Mas é aula de Geografia, quem aguenta assistir aquela aula? - gargalhou me fazendo observar o quão bonito ele ficava sorrindo.

— Obrigada. - falei sendo contagiada pelo sorriso dele.


Chegamos na escola e desci do carro um "Até a quarta aula" do Aiden e fui em direção a sala de Química. Andava pelos corredores quando fui surpreendida por um braço envolvendo meu pescoço.


— Bom dia minha gata. - reconheci não só a voz como o perfume marcante de Demetrio e o olhei estranho por ele ter dito "minha".

— Bom dia. - falei o abraçando de lado desviando o olhar do dele. Era impossível olhar por mais de trinta segundos para aquele sorriso e não se apaixonar.

— Faremos o que hoje? - perguntou beijando o topo da minha testa.

— Algo que se chama Estudar, conhece essa palavra? - falei sorrindo.

— Chatisse. - deu língua.

— Tenho aula de Artes Visuais agora. 

— Eu vou pra a de Biologia. 

— Sou péssima em Biologia.

— Sabe... Seria uma ótima ideia eu te dar umas aulas de biologia não acha? - deu um sorriso malicioso.

— E quem disse que eu quero? - falei gargalhando e ele murchou o sorriso.

— Você é difícil demais senhorita. - sorriu. - Mas não pense que se livrou de nosso encontro.

— Hoje não dá... Tenho que fazer umas pesquisas na biblioteca.

— Quer ajuda? - senti um frio percorrer pela minha espinha. Sabia que ele não gostava do Aiden, mas também não podia mentir.

— É... Na verdade já tem uma pessoa que irá me ajudar. - falei abaixando o olhar, não rápido o suficiente para deixar de ver seu sorriso murchar.

— Quem? - perguntou.

— O Aiden. - falei observando sua expressão mudar. Seus olhos ficaram perdidos por alguns segundos e ele apenas assentiu.

— Tudo bem. - sua voz parecia fria e sem emoção. Nunca havia o ouvido falar dessa maneira.

— Mas não se preocupe que esse fim de semana prometo que poderemos sair. - falei tentando o fazer voltar da obscuridade de pensamentos que parecia dominar sua consciência.

— Ótimo. - sorriu fraco e me deu um beijo na bochecha. - Te vejo no almoço?

— Claro. - sorri o vendo entrar na sala de biologia.



As aulas passaram rápido e eu não via a hora de chagar o quarto período. Precisava de respostas. Aquele pingente continuava pendurado em meu pescoço não me deixando esquecer.

AIDEN'S POV



O tic tac do relógio continuava a ressoar em meus ouvidos me deixando claramente mais afobado que de costume. A caneta em minha mão batia freneticamente na bancada enquanto pensamentos invadiam minha mente.


Aquela garota complicada havia dormido comigo. Não que tenhamos feito algo, mas mesmo assim isso me deixou inquieto. Apesar de todos os problemas que ela havia trazido para minha vida, não conseguia evitar o fato de deixar transparecer o misto de pensamentos, emoções, sentidos que haviam brotado em mim com a sua chegada.


Ela era uma incógnita. Uma bela incógnita com um par de pernas maravilhosas.


Me repreendi por meu pensamento abaixando a cabeça e encarando a bancada preta à minha frente. Nem me importava pela Jennifer, mas não podia enxergar isso nela, apesar de linda ela agora era minha irmã. Além disso... Não podia me permitir sentir nenhum tipo de afeto por ela. Ela estava com a pessoa que eu mais odiava na face da terra. E além disso era uma idiota por recusar meus conselhos... 


— Uma linda idiota... - acabei sussurrando ao vê-la entrar na sala passando os olhos por todas as pessoas em busca dos meus. Levantei a mão sinalizando pra ela e ela caminhou até mim.

— Você sabe que isso é um tiro no escuro não é? - falou sorrindo.

— Sophie, não seja pessimista. Não custa tentar. - sorri abertamente.

— Por onde começamos? - falou retribuindo o sorriso.

— Bom... Pensei em começar pela simbologia.

— Perfeito. - falou a menina dos olhos mais claros que eu já havia visto.


Fomos na seção de simbologia e haviam vários títulos e exemplares então pegamos cada um dez livros e sentamos na mesa de leitura.


Após várias horas e tentativas achei um artigo que chamou minha atenção. Tinha o nome "Pedra da Lua".


— Sophie... Acho que achei. - ela levantou rapidamente e arrastou a cadeira colando à minha.

— O que tem aí? - perguntou ansiosa.

—  Aqui... É esse o colar? - mostrei a foto do artigo e ela tirou o colar de dentro da camisa comparando os dois. 

— É igual! - abriu um sorriso enorme. - O que diz aí?

— "Já nos tempos dos gregos e romanos, a Pedra da lua desempenhava importante papel e era considerada como sendo a pedra da força, que aumentava as influências da lua na Terra.  Era, portanto, não somente venerada como pedra mágica de cura e de proteção, como consumida em forma de chá, com o intuito de proteger contra as piores doenças. Nos países árabes, até os dias de hoje, a Pedra da lua é considerada a pedra abençoada da família, principalmente das mulheres, às quais proporciona grande número de filhos, fertilidade e dedicação ao amor." - li o trecho que se encontrava em baixo da foto.

— Bem... Isso faz sentido. - ela parecia empolgada e um tanto feliz. - Diz mais alguma coisa?

— Não... - falei desapontado, mas ela continuava com o mesmo semblante feliz.

— Que legal... Obrigada. - falou dando um beijo em minha bochecha o que fez eu arregalar os olhos. - Onde achou esse livro?

— Peguei um livro na seção de Mitos apenas para tentar a sorte. Como tudo que vem de você é fora do comum, tentei buscar algo desse tipo. - falei rindo.

— Ta me chamando de anormal? - bateu em meu braço fingindo estar ofendida.

— Eu? Nunca... - falei e ela gargalhou.

— Bom... Não responde muita coisa, mas já é um começo.

— Após a aula podemos procurar mais se você quiser. - falei e ela abriu um largo sorriso.

— Seria ótimo.



Fomos pra a aula de natação e a Sophie entrou no vestiário feminino e eu no masculino. O Brian e o Nand já estavam de sunga e toca.


— Essa demora toda tem nome? - peguntou Brian.

— Se chama atraso, já ouviu falar? É bastante comum por aqui, principalmente na aula de Ed. Física você e a Bethanny conhece bastante essa frase. - falei dando um pescotapa nele enquanto tirava a camisa.

— Um atraso pode até ser, mas ficar queimando aula e sem a Jennifer... Algo tem aí. - completou Nand que ainda travava uma luta tentando controlar seu cabelo grande dentro da touca.

— Não foi nada demais okay? Eu tinha assuntos à resolver. - tirei o tênis e a calça.

— Então quero ver você explicar isso agora. - gargalhou Brian e quando olhei em sua direção avistei Jennifer com fúria nos olhos adentrando o vestiário masculino. Isso mesmo MASCULINO.

— ONDE VOCÊ ESTAVA AIDEN? - berrou ela fazendo meus tímpanos quase explodirem com sua voz aguda.

— Você tá maluca? Não pode entrar aqui no vestiário feminino. Poderíamos estar nús. - falei tentando momentaneamente arrumar uma desculpa convincente.

— Não é algo que eu nunca tenha visto. - falou puxando a toalha que me cobria, mas para azar dela eu ainda estava de cueca. - Agora me diz de uma vez onde e com quem você estava.

— Eu estava por aí... Não te devo satisfações. - falei já irritado com aquele papinho.

— Eu sou sua namorada. Você me deve sim explicações - falou com fúria nos olhos.

— Olha só... Me poupe, e antes que você pegue uma advertência é melhor sair do vestiário masculino. - ela semicerrou os olhos e entortou a boca demonstrando a raiva que sentia, mas virou-se e saiu andando à passos firmes.

— Você está muito encrencado. - falou Brian. - Ela vai comer o seu rim crú e ainda vai dar as sobras pra um rato. - gargalharam.

— Vai nada... Depois eu sei como amansar a fera. - dei um sorriso de canto enquanto colocava a sunga.


Saí do vestiário e todos os alunos já se encontravam dentro da piscina. A Jennifer acenou me chamando pra onde ela estava e eu fui seguindo até ela, mas quando estava passando pela porta do vestiário feminino sai Sophie reforçando meu argumento... Que pernas. Que menina era essa... Desviei o olhar rapidamente e fui andando em direção à Jennifer que agora mantinha uma expressão furiosa, mas tudo que eu menos queria era escutar piti de namorada, então pulei na piscina, nadando até a borda do outro lado para esperar as ordens do coordenador.



SOPHIE'S POV



O Aiden estava sendo muito prestativo e a companhia dele estava sendo até agradável. Para quem não tinha nada aquela informação foi muito e fiquei muito feliz.


Fui andando até a piscina quando sou surpreendida por um par de braços em minha barriga.


— Mal posso esperar pra te ver de maiô. - sussurrou Demetrio em meu ouvido fazendo um calafrio percorrer o meu corpo.

— Pervertido. - falei batendo em seu braço e dando língua. - Você também tem natação nesse horário? 

— Para sua sorte sim, mas ainda não comece com os pensamentos impróprios. - falou rindo e eu gargalhei alto. Era incrível como alguém tão bonito conseguia ser tão convencido.

— Ah claro... - falei irônica. - Não consigo prometer... É algo incontrolável. - zoei dele e ele bateu em meu braço.

— Boboca. - falou.


Fomos até a piscina e eu entrei no vestiário feminino. Estava me sentindo muito desconfortável por ter que estar de maiô.

Saí me esgueirando rapidamente para a piscina tentando evitar o olhar das pessoas. Não que eu me achasse feia, mas sempre fui muito tímida em relação ao meu corpo.


— Uouu... - falou Demetrio. - Ai ai Sophie, que colírio para meus olhos. - entrando na piscina não tive como deixar de notar a sua estrutura física. Parece que cada momento aquele garoto parecia ficar mais lindo. 

— Besta. - joguei água nele.

Três horas depois os períodos já haviam acabado e fui até a biblioteca me encontrar com o Aiden. Algo em mim estava ansiosa por isso. Talvez fosse a possibilidade de descobrir algo mais sobre mim, ou talvez... Talvez eu estivesse gostando da companhia de Aiden.


Fui andando rápido até a biblioteca quando Demetrio bloqueia meu caminho.


— Amanhã eu vou pra a casa de campo dos meus pais passar o dia lá... Está a fim de ir? - perguntou com um sorriso caloroso. A pergunta me pegou de surpresa e devo ter ficado uns 30 segundos sem responder.

— É... Eu não sei se a Nancy deixa. Seria ótimo. - falei passando a mão por seu rosto que agora estava desapontado.

— Isso é um não? - perguntou com o semblante caído.

— Isso é um talvez. - falei levantando seu rosto e um pequeno sorriso começou a brotar em seus lábios.

— Então pense com carinho. - falou aproximando o rosto do meu. Seu rosto estava tão próximo que dava para sentir sua respiração quente e um hálito refrescante.

— E-Eu... Eu vou... - tentei formular a frase, mas seu cheiro estava me deixando atordoada. Em um vislumbre de sanidade tentei me afastar, mas ele se aproximou mais ainda.

— Promete? - perguntou finalmente selando nossos lábios. A sensação de ter aqueles lábios tão maravilhosos aos meus era inexplicável. O beijo foi se aprofundando e eu não tinha força e nem vontade alguma de interrompe-lo. Apertei os ombros dele em um abraço mal jeitoso e ele me apertou separando nossos lábios o que me fez soltar bufar em protesto. - Promete? - repetiu ele.

— Prome.... - fui interrompida por outro beijo. Aquele menino era uma loucura. Seu beijo era tão maravilhoso quanto ele. Separei nossos lábios lembrando que o Aiden devia estar me esperando. - Preciso ir. - falei baixinho ainda com nossas testas coladas uma a outra.

— Tudo bem... - falou afrouxando o abraço. - Mais tarde eu te ligo. - falou e eu assenti.


Saí andando rapidamente ainda processando o que havia acontecido. Entrei na biblioteca e fui procurar o Aiden, mas ele não estava na mesma banca de antes então ele não devia ter chegado. Pus a mochila em cima da mesa e fui passando pelas estantes de livros em busca de algum livro que tivesse algo com o assunto.


Enquanto passava por aquele chão no carpê vermelho vinho, entrei na seção Mitos e fui em busca de algo sobre pedras mágicas. 



Quando virei o quarto corredor à direita acabei avistando algo nada agradável a meus olhos. Aiden e Jennifer no maior amasso. Não sabia o motivo, mas aquilo me deu um nojo tão grande. Engoli o nó que havia em minha garganta e ainda sem entender muito olhava aquela cena. Eles continuavam se agarrando sem perceber minha presença e uma raiva súbita foi crescendo em mim e aquele mesmo frio do dia em que houve a explosão se apossou de mim. De repente senti minhas mãos cerrarem em punho fechado e minha respiração ficar descompassada. Sentia todo o meu corpo formigar e de repente consegui fazer com que todos os livros das duas estantes que os cercavam caíssem sobre os dois.


Ao mesmo tempo em que escutava os gritos estéricos da Jennifer observei o Aiden se levantar e saí rápido de lá para que não me vissem. Sentei na mesa e pondo os pés em cima da mesa.


Por um momento a paz que eu senti foi tão grande que quis voltar lá e derrubar o resto dos livros nos dois. Foi após esse pensamento que algo pareceu ligar um "clic" em mim. Como eu havia feito aquilo? Porque eu havia feito? Senti o turbilhão de perguntas me invadir ao mesmo tempo em que observei os dois saindo de trás das estantes.


— Aiden! Você já estava aqui? - Sorri irônica.

— Eu... Eu já volto Sophie, espera um minuto. - falou puxando a Jennifer pela mão.

— Claro... Levem o tempo que quiser. - Sorri mais abertamente ainda controlando uma gargalhada que insistia em querer sair. Quando eles saíram do alcance de visão senti o ar que estava prendendo sufocar e a gargalhada finalmente saiu. Alguns alunos me olharam por eu estar fazendo barulho na biblioteca, mas eu simplesmente não consegui me conter. Após rir mais um pouco Aiden adentra a sala, ainda com espanto em seu rosto.


— O que aconteceu? - um enorme sorriso se apossou do meu rosto.

— Eu vi que foi você... Como fez aquilo e porque? - o sorriso sumiu tão rápido quanto tinha surgido.  Ele sabia que havido sido eu... E o pior é que eu não tinha nenhuma resposta para qualquer uma de suas perguntas. Engoli seco e o encarei buscando alguma resposta cabível.


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Notas finais do capítulo

Gostaram do enooooorme capítulo? kkkkkkk Espero q sim :3 Vou ficar um tempinho sem postar, mas não irei abandonar a fic não ok? Só preciso resolver umas coisas, mas prometo q essa semana ainda terá capítulo :3



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