Kallanyn Alleyn e o Amuleto de Tigre escrita por Tali Wentworth


Capítulo 2
Estação King Cross


Notas iniciais do capítulo

Narrado por Kallanyn



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Faltando apenas uma semana para a minha ida a nova escola, decidi abrir o pacote que minha avó havia entregado a mim através dos duendes do banco Gringotes. Dentro, achei uma carta, um diário, e um colar que continha um amuleto de tigre. O colar era lindo, e decidi usá-lo no meu dia à dia. Decidi ler primeiro a carta, e quanto ao diário, coloquei-o junto com o meu material escolar. Eu o levaria junto comigo para minha escola.

Minha querida neta,

Escrevo esta carta enquanto ainda estou lúcida. Você é apenas um bebê de colo, e tenho a infeliz sensação que será a última vez que a vejo. Espero que seja apenas uma sensação, mas por precaução enviei alguns itens meus para o banco Gringotes que irão aguardar até que você tenha idade suficiente para descobrir a magia, em outras palavras, o seu primeiro ano em Hogwarts.

Desde a primeira vez que vi seus lindos olhinhos brilhando para mim, eu soube que você seria a minha herdeira. Não que sua mãe não o seja, mas falo no sentido da magia. E lamento colocar este fardo sobre seus ombros tão jovens, mas como minha herdeira, você deve sanar algo que eu não pude. Um mal entendido... Sai de Hogwarts antes que pudesse resolver tal problema, e lamento ter destruído uma família no processo.

Você deve resolver isto para mim... Faria isto pela sua avó? Seria uma forma de eu finalmente estar em paz. Tenho sido atormentada por pesadelos e pela culpa. Você descobrirá mais ao ler meu diário, e tudo está relacionado ao amuleto de tigre. Eu confio em você nesta missão.

Com todo o meu amor,

Kiara Alleyn.

Dobrei sua carta com cuidado e a coloquei dentro do diário. O que seria o tal mal entendido que minha avó falara, que causara a destruição de uma família?

Deixei estes pensamentos de lado quando olhei para o relógio e percebi que deveria me apressar para me despedir de todos os meus animais se não quisesse chegar atrasa à Estação King's Cross.

Em meia hora, eu já estava dentro do carro dos meus pais com minha mala e meu gato Otelo no colo. Durante todo o trajeto, eu e meus pais conversamos muito para compensar o tempo que ficaríamos afastados.

Quando chegamos a Estação King's Cross, ficamos desesperados ao não encontrar a plataforma 9 3/4. Perguntamos à diversos funcionários, e todos afirmaram categoricamente que tal plataforma não existia.

Porém, logo percebemos um grupo de pessoas se dirigir para o local entre as plataformas. Resolvemos nos aproximar deles, e enquanto meus pais pediam informações a eles, fiquei um pouco afastada com minha mala e o gatinho dormia em meu colo.

Uma das meninas que acompanhava o grupo, com a pele cor de café e lindos olhos cor de mel, se aproximou de mim para conversar.

— Olá, tudo bem? Pelo que nossos pais estão conversando, parece que você recebeu sua carta de Hogwarts. A propósito, meu nome é Roxanne Weasley.

— Sim, eu recebi a carta. Sou Kallanyn Alleyn.

— Eu fico feliz por você também estar indo pela primeira vez a Hogwarts. Sou a mais nova dos meus primos a finalmente ir a Hogwarts, e mal posso esperar para entrar na escola. Meus pais e primos sempre falam muito sobre lá, mas é diferente ouvir sobre algo a vivenciar aquilo.

— Eu penso o mesmo. Eu nunca soube nada sobre Hogwarts, mas minha avó e meu tio já estudaram lá. Este ano, minha prima Helena também irá para Hogwarts. — Eu fiz uma pausa, observando o recinto. — Ah, ali está ela! — Acenei para Helena e seus pais se aproximarem de nós.

Quando eles se aproximaram Helena se juntou a nós e seus pais se juntaram aos adultos. Conversamos e logo eu sentia como se conhecesse Roxanne à anos e não apenas alguns minutos.

— Crianças, preparados para conheceram a plataforma 9 3/4 e o Expresso Hogwarts? — Um homem ruivo perguntou, abraçado a sua esposa de cabelo castanho.

Meus pais se aproximaram de mim e me abraçaram e me encheram de beijos e abraços. Seus olhos não escondiam o indício de lágrimas, e eu também as tinha em meus olhos. Foi muito difícil me despedir deles, sabendo que ficaria meses sem vê-los novamente.

Alguns adolescentes se aproximaram da parede e correram até ela. Me encolhi pensando no impacto e na dor que sentiriam, mas para minha surpresa eles simplesmente a atravessaram!

Logo outras duas crianças, ambas ruivas, realizaram a mesma ação. Só sobrara eu, Roxanne e Helena para entrar lá. Lancei um último olhar aos meus pais e tio, e segurando com força minha mala e gato, nos três corremos em direção à parede.

Quando criei coragem para abrir os olhos, percebi que eu estava bem, e pude apreciar o lindo Expresso Hogwarts e o emblema da Plataforma 9 3/4. Havia muitas pessoas na estação e logo Roxanne nos guiou até seus primos, que pareciam chamar a atenção de todos, principalmente seus primos mais velhos como Tiago e Dominique.

 Eles conversavam animadamente com velhos conhecidos, contando como foram suas férias e só quando entramos dentro do trem é que me notaram. Roxanne, Hugo, Louis e Lily entraram em um dos compartimentos, e eu e minha prima os acompanhamos.

— Quem é você? — Hugo perguntou genuinamente curioso.

— Eu sou a Kallanyn e esta é a minha prima Helena. Será nosso primeiro ano em Hogwarts. — Respondi por minha prima, que parecia subitamente envergonhada.

— É o nosso primeiro ano também. — Lily se manifestou, os olhos claros brilhando de entusiasmo.

— Vocês sabem para qual casa irão? — Perguntei um pouco nervosa. Esperava que pudéssemos todos ficar na mesma casa. Seria difícil fazer novos amigos, ainda mais agora que sabia que poderíamos ser tão próximos.

— Eu irei para a Grifinória, meus pais e toda a minha família são desta casa! — Hugo anunciou orgulhoso. Ele fez uma pausa, como que se pensando melhor no que dissera. — Todos, exceto minha prima Lucy e minha irmã Rosa... Elas foram para a Corvinal.

— Eu acho que minha avó era da Lufa-Lufa. — afirmei um pouco insegura. Lembrei-me das palavras de Elizabeth, de que todas as casas eram especiais.

— Minha irmã Dominique está na Lufa-Lufa. Ela obviamente puxou a mamãe, que estudou na Beauxbatons, a escola de magia da França. – Louis se manifestou pela primeira vez.

Eu estava me lembrando da jovem loura e alta quando a porta de nosso compartimento se abriu rapidamente e um garoto caiu com tudo no chão. Imediatamente me agachei para ajudá-lo a se levantar.

Enquanto eu o ajudava, meus novos amigos se manifestaram imediatamente com relação a alguém parado em nossa porta, mas que eu não consegui ver.

— Malfoy! Que surpresa agradável! – Hugo disse com uma voz sarcástica.

Quando me levantei e olhei para a porta, não havia mais ninguém ali. O menino que eu ajudei a levantar murmurou desculpas apressadas e rapidamente se afastou, sumindo com a mesma rapidez.

— Quem é Malfoy? – Perguntei um pouco decepcionada por não tê-lo conhecido.

— Scorpius é filho de Draco Malfoy. Existia uma espécie de ódio mútuo entre ele e meus pais e no terceiro ano em Hogwarts, minha mãe deu um soco nele. Claro que agora eles são bons amigos e já superaram as desavenças, mas acontece que ano passado Scorpius tentou beijar minha irmã Rosa, e ele recebeu o que mereceu! – Hugo parecia muito feliz por o que quer que sua irmã tivesse feito ao garoto.

Vendo minha expressão curiosa, Roxanne se inclinou em minha direção e explicou a situação.

— Quando ele tentou beijá-la, minha prima deu um soco em seu nariz, que de tão forte fez jorrar um pouco de sangue. Quando meus tios, mortificados, contataram ao pai dele, ao invés de ele ficar bravo com Rosa, ele riu e disse apenas que a história se repetia.

O que Roxanne me contou apenas fez minha curiosidade para conhecer Scorpius Malfoy aumentar, mas eu provavelmente teria tempo de sobra para conhece-lo em minha estada em Hogwarts.

Aproveitei a viagem de trem para conhecer mais meus novos amigos. Helena, após ter estado quieta no início da viagem, também começou a conversar com nossos amigos e logo parecia que éramos amigos desde sempre.

Estava tão compenetrada na história de Lily sobre algo que acontecera a seus pais quando estudavam em Hogwarts que não percebi o trem desacelerar. Só quando o trem parou é que notei que havíamos chegado ao nosso destino.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado deste capítulo!



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