Kallanyn Alleyn e o Amuleto de Tigre escrita por Tali Wentworth


Capítulo 1
A Carta Inusitada




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Em uma fazenda no interior da Inglaterra, uma coruja deixou uma carta para uma menina. Esta estava no estábulo cuidando de vários animais, e conversava com eles como se fossem membros de sua família.

— Olá, Sand. Como vai o seu bebê? – Ela perguntou para a égua prenha, enquanto colocava maças na baía desta.

A menina era seguida por um labrador que parecia mais interessado em receber carinho do que qualquer outra coisa. Foi por isso que a menina se espantou quando este latiu alto.

O cachorro correu para fora do estábulo e a menina o seguiu, apenas para encontrar uma bela coruja descansando sob a caixa do correio. Ela percebeu o embrulho na fina perna da coruja e o retirou com cuidado Tão logo a coruja se viu livre do seu fardo, alcançou voo, deixando o cão latindo para o nada.

A menina, Kallanyn, foi para sua casa, pronta para mostrar aos pais o embrulho, que se revelou ser uma carta, e contar a forma inusitada que a recebera. Quando chegou, seus pais a estavam esperando para o almoço e durante a refeição a menina lhes mostrou a carta e os três a leram juntos.

— Hogwarts? Esse nome me parece familiar... – O pai da menina exclamou quando viu o nome do remetente.

Kallanyn nem sabia o que pensar.... Uma escola de magia? Isso era real?

— Lembrei-me! Esse era o nome da escola da sua avó e onde o meu irmão também estudou!

Durante o resto da refeição, a carta foi o único assunto. Ficou-se decidido que sim, Kallanyn iria estudar nesta escola, e que iria comprar seu material escolar com a companhia de seu tio e prima, Helena, pois descobriram que ela também recebera uma carta para a tal escola.

A menina foi dormir ansiosa... Estava louca para saber mais sobre esta misteriosa escola que iria estudar. Suas experiências anteriores em escolas não haviam sido muito boas... As crianças não queriam se aproximar de uma menina que tinha a roupa com tufos de pelo de cachorro. Porém, Kallanyn era muito inteligente, o que agradava aos seus professores, e a companhia dos livros a fazia bem.

No dia seguinte, seu tio veio busca-la para irem até o Beco Diagonal onde, ele explicou no caminho, iriam comprar seu material escolar. Kallanyn ficou espantada com o mundo mágico que lhe foi revelado, e se não fosse pelo braço de sua prima a puxar de uma loja a outra, pensaria que estava sonhando.

Seu tio pagou por muitas de suas compras, e então todos se dirigiram para o Banco Gringotes. Quando entraram, Kallanyn percebeu dezenas de homens pequenos e carrancudos sentados ao longo de um longo balcão.

O tio indicou como ela poderia falar com um dos duendes, enquanto ele e Helena foram falar com outro. Kallanyn se aproximou apreensiva de um deles, e este a olhou desinteressado.

— Nome?

— Kallanyn Alleyn.

O nome chamou a atenção deste, e ele arrumou seus óculos de forma a observá-la melhor.

— Alleyn? – Ele disse, enquanto observava uma pasta antiga. Depois de alguns segundos, ele levantou-se abruptamente. – Espere um momento.

Kallanyn observou enquanto o tio e Helena despediam-se do duende que os atendera e vinham em sua direção.

— Nos encontraremos depois na Florean Fortescue. Para você, só falta comprar uma varinha. – O tio deu as direções cobre como ela poderia chegar ao local, e depois os dois se dirigiram a saída.

Kallanyn continuou onde estava, esperando pelo retorno do duende. Em poucos segundos ele já estava de volta.

— Foi nos deixado uma carta e um pacote há alguns anos, em nome de sua avó. Essa carta era o seu testamento. A conta bancária dela passa para você, e este pacote é seu.

Ele lhe entregou o pacote, assim como uma bolsa pesada contendo dinheiro.

— Acredito que esta quantia seja suficiente para possíveis despesas durante o seu ano escolar.

— Obrigada. – A menina murmurou, ficando espantada com o brilho que emanavam as moedas de sua bolsa.

Logo ela se despediu e encontrou o caminho até a loja de varinhas.

— Olá? – Ela perguntou para a loja vazia. – Sr. Olivanders?

Kallanyn começou a caminhar pela loja, surpresa com a quantidade de varinhas que a loja continha. Qual delas seria a sua?

— Srta. Alleyn, que surpresa agradável! – Uma voz respondeu e Kallanyn quase derrubou uma caixa que continha uma varinha com o susto. O dono da loja aparecera do nada! – Vejo que procura sua varinha. Eu lhe sugiro essa aqui, nogueira com núcleo de coração de dragão. – Ele disse tirando uma caixinha de uma prateleira alta.

Kallanyn pegou a varinha, sem saber o que fazer a seguir. Fez um movimento circular e apontou a varinha para o chão, que ficou chamuscado como se tivesse sido atingido por um raio.

— Não... Talvez esta: Cerejeira com núcleo de pelo de unicórnio. – Ela fez o mesmo movimento, porém o resultado foi bem diferente. Uma luz emanou da varinha e o chão, antes chamuscado, pareceu menos destruído.

— Excelente! Esta é a sua varinha. – Ela pagou pela varinha e se surpreendeu quando o Sr. Olivanders a encarou abertamente na hora da despedida. – Espero grandes feitos de você. A sua avó pode não ter sido famosa, mas era uma excelente usuária da magia.

Após, a garota se dirigiu até a sorveteria Florean Fortescue, onde encontrou sua família. Depois de se deliciar com um sorvete de morango, Kallanyn conferiu a lista e se deparou com uma triste notícia: Só poderia levar um animal para Hogwarts e que fosse de pequeno porte. Claramente um labrador não estava enquadrado na lista.

Logo os três foram comprar um animal no “pet shop” do Beco Diagonal. Kallanyn se encantou por um gato cinzento e após pagar, o tio se ofereceu para levar as compras para o carro com Helena, enquanto Kallanyn iria comprar outro sorvete. Ela mal tinha se virado para segui-los quando esbarrou em um menino.

— Será que não olha por onde anda? – Ele exclamou irritado, mas tudo o que Kallanyn conseguia pensar era que teve sorte de seu sorvete continuar intacto.

— Por acaso é surda também? – O menino perguntou mais alto, chamando a atenção de algumas pessoas ao redor.

Uma jovem de cabelo preto-azulado se aproximou.

— Se não quiser que eu fale para o seu irmão do seu tombo ridículo, é melhor sair daqui. – Ele a encarou como se a desafiasse, mas ao final baixou a guarda e saiu andando irritado.

— Desculpe por isso. – A jovem disse estendendo a mão para Kallanyn e a ajudou a ficar de pé. – Ele é o irmão mais novo do meu namorado. Ele infelizmente é um garoto que gosta de encrencas... – Ela fez uma pausa. – Qual o seu nome? O meu é Izabelle Bloedorn e sou da Corvinal.

— Kallanyn Alleyn. – Eu disse, porém incerta sobre como prosseguir.

Vendo minha expressão confusa, ela explicou.

— Hogwarts é uma escola dividida em quatro casas: Corvinal, Lufa Lufa, Grifinória e Sonserina.

— Eu irei para Hogwarts em setembro pela primeira vez.

— Não se preocupe. Para qual delas você for, saiba que todos os alunos são especiais apenas por entrar em Hogwarts. Há uma certa competitividade entre as casas... Mas todas as casas são excelentes. Espero vê-la pela escola, Kallanyn. - Ela sorriu simpática.

— Eu também. Nos vemos em setembro.

Algumas horas depois eu estava em casa, com o meu material preparado para setembro e um novo amigo de quatro patas que estava começando a se acostumar ao meu quarto. Apaguei a luz feliz, sabendo que se todas as pessoas em Hogwarts fossem tão simpáticas quanto Izabelle meu primeiro ano na nova escola seria excelente.


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