Bigorna escrita por Captain


Capítulo 6
Bipolaridade


Notas iniciais do capítulo

Hey, peço desculpas pela longa ausência que houve, eu passei muito tempo sem criatividade. Mas juro, não irei sumir tão cedo assim. Tenham um ótima leitura e espero que gostem, hahaha.



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 Aquele clima estava bom, mas decidi me levantar para um banho. Laura me olhou quando fui afastando nossos rostos, deixei um sorriso entre os lábios enquanto deixava meus pés no chão e me levantando.

  – Vou tomar um banho, é rápido, juro. – dei uma risada para manter o bom-humor.

— Vou aguardar então.

Abri uma das portas do meu guarda-roupa e retirei uma toalha, percebi o olhar de Laura em meu corpo. Ela foi se acomodando cada vez mais na minha pequena cama, e fechou seus olhos, demonstrando que não iria sair tão cedo dali. Ri mentalmente, um riso frouxo na realidade. Retirei-me do quarto, deixando a porta encostada. Fui dando passos curtos até o final do corredor, balancei minha cabeça pelo caminho, eu não parava de sorrir. Cheguei ao banheiro, soltei um gritinho de felicidade. Minha vontade era de voltar para o quarto e ver se Laura estava lá mesmo. Para ter a certeza de que não era um sonho. Fui me despindo, deixei a porta trancada por razões de privacidade mesmo.

                                         . . .

Saí do banheiro com a toalha enrolada em meu corpo, passei a mão várias vezes no cabelo para deixá-lo arrumado, para Laura mesmo. Abri a porta do quarto, e dei de cara com a cama arrumada, sem ninguém em volta. Suspirei várias vezes seguidas, tentando não me desesperar com a ausência da Marques.

Vesti a parte de baixo do meu pijama preferido, e uma camisa com desenhos de carrinhos. Pronto, eu estava vestida, agora posso procurar a Marques. Calcei meus chinelos, sai do quarto às pressas, andei em direção à sala de estar, ainda com a esperança de a Laura estar ainda em minha casa. Olhei em volta, e de repente senti um vazio em mim, como se eu tivesse sido usada. Sentei-me no sofá, e repassei tudo o que tinha acontecido para Laura ter-me “abandonado.” Respirei fundo, pois uma vontade enorme de chorar estava querendo me consumir. Escutei um barulho vindo do portão, me levantei rapidamente, com esperanças de que podia ser a Laura. Já deixei um sorriso preparado no meu rosto, mas me enganei, o que fez o sorriso se desmanchar. Minha mãe abriu a porta da sala, percebi ela carregar uma sacola em uma mão, arqueei as sobrancelhas; com certa curiosidade.

 – Mãe, trouxe o que aí? – dei uma risada breve.

 – Hum, tente adivinhar.

Ela ergueu a mão com a sacola, e logo foi retirando a sacola. Abri um sorriso ao ver a embalagem de bolo, o meu preferido.

— É de chocolate? – bati palmas, com um sorriso de desejo no ar – Pois espero que seja dona Marcia, amo chocolate.

— Como se eu não soubesse disso... Vem.

Ela passou pelo balcão que separa a sala da cozinha, deixou a embalagem sobre a pia, e foi retirando lentamente a parte de cima. Fui atrás dela, passei o dedo sobre a borda, deixando meu dedo melado de chocolate. Passar o tempo com minha mãe era bom, ela nunca foi de gritar comigo, sempre me repreendia da forma correta, sentando e conversando. Mas, eu nunca conversava sobre minha vida íntima com ela. Lambi o dedo melado de chocolate, e peguei uma faca, com os pratos já na pia, eu só fui cortando pequenos pedaços do bolo e colocando nos pratos. Puxei uma cadeira próxima e me sentei, peguei um garfo e fui comendo pedaços pequenos daquele bolo.

— Então, como foi o seu dia? – falei, quebrando o silêncio que havia naquele local.

— Não sei se você sabe, mas, – Marcia deu uma pequena pausa em sua fala e se sentou do meu lado, – ser uma recepcionista não é ter novidades sempre.

— Ah, vai lá saber se aconteceu algo de bom hoje. – dei um sorriso para insistir naquele assunto.

— Bom, conheci uma nova pessoa... Mas isso não é interessante, me conte do seu dia.

— Ah não, continua. Qual é o nome dela?

Sinceramente, eu estava interessada em saber em qual pessoa era. Assuntos aleatórios estavam me ajudando a esquecer do sumiço da Laura. Minha mãe bufou enquanto eu a fitava, mostrando total interesse nela.

— O nome dele é Fernando, é o novo porteiro do local onde trabalho. Confesso, ele é interessante, não foi mal-educado com ninguém em nenhum momento. Até os ignorantes daquele lugar ele tratou bem, mesmo não tendo paciência.

— E o que você sabe dele?

— Ele não me contou muita coisa, apenas que estava se divorciando e que estava muito tempo sem emprego.

 – Poxa mãe, isso é ótimo para você. – disse cutucando a mesma, e dando uma risada maliciosa.

— Para com esse pensamento, mocinha. – ela gargalhou junto, já sabendo o que eu estava pensando.

Ficou um longo silêncio depois das gargalhadas terem se acabado, apenas ouvimos os barulhos dos garfos batendo no prato cada vez que trazíamos um pedaço de bolo para a boca. Aquele silêncio me lembrou da Laura, e trouxe o pensamento sobre ela ter saído sem avisado nada, nem uma ligação e nem uma mensagem, pois meu celular não tinha apitado em nenhum momento. Senti a mão da minha mãe em minha bochecha, alisando a mesma.

 – Vamos sair amanhã? Faz um tempinho que não saímos juntas, não é? – Falou Marcia, depois de ter afastado a mão do meu rosto.

— É, pra onde deseja ir?

— Você escolhe entre praia ou zoológico.

Após ter ouvido a palavra “praia” me animei e soltei um sorriso, que logo levou a ansiedade.

 – Com certeza praia! – retruquei, com certa rapidez.

— Só que vamos sair cedo, sete horas da manhã quero você acordada.

Me levantei e retirei o prato da mão da minha mãe, já que ela tinha acabado de comer. Deixei dentro da lava-louça e fui tirando a embalagem de bolo da pia, colocando na geladeira. Passei o dedo indicador sobre meu lábio, voltando a ter o pensamento do que havia acontecido hoje. Fiquei arrepiada ao lembrar o beijo, mas o sentido que eu estava sentido naquele momento era bipolar. Era uma mistura intensa de saudades junto com raiva, um pequeno toque de excitação e curiosidade. Virei para olhar para minha mãe e a mesma já não estava mais sentada, estava de costas, tirando algumas besteiras do armário.

 – Já preparando as coisas para amanhã? – perguntei, observando cada doce que ela retirava do armário.

— Com certeza. Faz um favor? Já separa suas coisas, quero chegar cedo e ir embora tarde.

Não falei nada, apenas me afastei da geladeira e segui em direção ao corredor, abri a porta do meu quarto, olhei em volta só para ter a certeza que não tinha mais ninguém lá. Tranquei a porta e um pequeno pensamento malicioso veio em minha cabeça. Algo estava me fazendo a ficar cada vez mais safada, e eu desconfiava que fossem as lembranças dos toques da Laura. Balancei a cabeça de forma negativa, e cacei uma mochila para colocar minhas roupas e após ter procurado deixei uma camiseta branca larga e um short curto, larguei a mochila no chão e logo desliguei a luz do quarto. Andei aos poucos até minha cama, e me deitei na mesma. Cobri meu corpo até a linhagem dos meus peitos e comecei a deslizar lentamente minha mão pela lateral do meu corpo. Cheguei até a coxa, apertei a mesma por cima do tecido e logo fui abaixando a parte de baixo do pijama. Fechei os olhos com força, e uma lembrança mais intensa veio à tona, trazendo mais malícia para meus pensamentos. Subi a mão até minha virilha, passando dois dedos sobre minha calcinha, que já estava úmida, minha respiração passou a ficar mais rápida, apertei sem muita força cada parte próxima da minha virilha. Decidi abaixar a calcinha, e fui passando o dedo sobre meu clitóris, fazendo movimentos circulares naquela região. Os suspiros já estavam virando gemidos baixos, e meu corpo passou a desejar mais aquilo. Acelerei os movimentos dos meus dedos em meu clitóris. Deixei uma mão em meio peito, como eu tenho uma mania de dormir sem o sutiã, não foi difícil de já começar a apertar o mesmo. Meu corpo se contorcia, e aquele clima de “alguém pode te escutar” me fazia querer mais aquele tipo de proibição. Afastei os dedos da minha vagina, e a outra mão do meu peito, subi minha calcinha e junto com ela a parte de baixo do meu pijama. Os gemidos pararam em um segundo, e foi de repente, como se uma parte do meu corpo estava se rejeitando a gozar. Puxei o cobertor até o meu pescoço, me virei e peguei meu celular no criado-mudo, chequei se nenhuma mensagem tinha chegado e me decepcionei novamente ao ver que não, então apenas acertei o horário do despertador para sete horas da manhã. Me encolhi na cama, senti uma tristeza e então não foi difícil para começar a cair no sono, para evitar certas lágrimas em meu rosto.


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Notas finais do capítulo

Peço perdão novamente por esse capítulo ser bipolar, mas não sei que sentimentos usar com o que aconteceu nesse capítulo. Bom, até a próxima e preciso das opiniões de vocês, deixem comentários.



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