Bigorna escrita por Captain


Capítulo 5
Obrigado pelo esbarrão


Notas iniciais do capítulo

Hello amiguinhos, meus dollynhos. Estou postando tarde da noite porque sou doida e tenho insônia. Enfim, tenham uma boa leitura e espero que gostem.



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Me virei completamente vermelha. Eu não sei exatamente o que estava sentindo, raiva, tristeza, sei lá. Só queria socar a cara de alguém, Após ter me virado, me deparei Laura com um sorriso no rosto, a mão dela estava na altura do meu braço, ela apertava com certa força.
— Calma, Amy. Sou eu! - Laura falou preocupada após perceber minha face vermelha -
— Eu sei que é você, volta pra sua amiguinha. - retruquei, com raiva -
Tirei a mão da Laura do meu braço e me virei, voltando ao caminho de casa. Andei em passos rápidos, não queria ficar mais nenhum segundo perto de Laura. Ouvi sua risada de longe e me virei
— Tá rindo do que? - berrei no meio da rua -
Laura veio correndo em minha direção, ainda rindo, ela me olhou com certa intensidade.
— Está com ciúme, esquentadinha?
Desisti de fitar Laura, uma vez minha mãe me disse que, nunca devemos contar mentiras olhando no olhos das pessoas. Desci meu olhar até sua boca, que formava um sorriso perfeito, em minha opinião.
— Que mané ciúme, Laura. Se toca! - falei, porém perdida no sorriso de Laura. -
— Então por que saiu de lá?
— Porque eu quis! - gritei, com raiva -
Me virei novamente, desta vez, não iria mais olhar para ela. Andei, quase correndo, em direção a minha casa. Ouvi várias vezes Laura me chamar, mas não queria me virar mais. Eu sei que estava sendo infantil, mas não podia negar, eu estava apaixonada por ela, é idiotice eu dizer isso, porque não faz nem uma semana que vi ela pela primeira vez, ainda não sei nada sobre ela, mas eu sou apaixonada por ela. E me bateu uma raiva ao ver aquela garota, se agarrando na Laura. Pode ser pouca coisa para vocês, mas me bateu inveja, porque queria ser aquela garota, tocando em cada parte do corpo de Laura. Abri o portão de casa, fiquei olhando para o lado de fora por alguns instantes. Após ter entrado, tranquei o portão e deixei a chave debaixo do tapete, entrei na sala de estar, sem reação nenhuma. Me sentei no sofá e joguei minha mochila perto da estante de livros. Que bom que já era sexta-feira, eu iria ficar trancada em meu quarto, deitada na cama por dois dias, como sempre fazia em um final de semana. Peguei meu celular do meu bolso, havia algumas mensagens da Laura.
Paixãozinha 17h45
Amy? O que foi? O que eu fiz?

Paixãozinha 17h50
O que te deu, garota?

Paixãozinha 17h55
Me responda, Amy Wennen

Paixãozinha 17h56
Tá bom.

Me senti mal por não responder aquelas mensagens, mas eu ainda estava com raiva, mesmo não sendo por culpa dela. Fiquei me repreendendo, dizendo a mim mesma falar com ela. Mas sabe quando seu orgulho fala mais alto? Então, eu sou assim. Deixei meu celular no silencioso, não queria ser incomodada por Laura Marques Hetle. Escutei batidas no portão, repidamente. Me levantei assustada, não era apenas batidas, eram socos. Fui em direção ao portão, com um pé atrás, com medo, não tinha nada para me proteger caso fosse algum bandido. Era Laura, só de olhar para ela já dava pra ver que estava um pouco nervosa.
— O que você quer? - gritei - Para de socar a merda do portão!
Ela parou com os socos, e se afastou um pouco do portão.
— Amy, por que tá assim? Eu não fiz nada e você sabe disso. Deixa de ser infantil, garota.
Me virei para entrar na sala novamente, ignorar o que a Laura tinha falado.
— Se você entrar, eu vou começar a atacar pedras em suas janelas, o que vai fazer quebrar-las. E depois, vou continuar com os socos e irei acrescentar chutes, até esse portão amassar, o que é quase impossível. - Falou Laura, confiante, parecia estar falando sério. -
— O que você quer, Laura? Fala rapidinho antes que eu chame a polícia. - me virei, mas não estava falando a verdade sobre chamar a polícia. -
— Você não teria coragem.. Eu quero falar com você, abre aqui.
— Tá duvidando de mim, Laura Marques? - falei, levantando uma sobrancelha. -
— Estou.
Bufei, ela sabia que eu não tinha coragem mesmo. Andei em direção ao portão, retirei a chave debaixo do tapete e abri o mesmo. Percebi os olhos de Laura após aquela ação minha. Ela entrou, com um sorriso entre os lábios. Me virei e fui até a sala, ouvi o barulho do portão se fechar. Me sentei na poltrona e Laura se sentou no sofá, fitando-me.
— O que aconteceu? - ela disse, calma e demostrou estar paciente. -
— Não aconteceu nada, me deixa! - berrei. -
Laura levantou o dedo indicador, me repreendendo.
— Sem gritar, Wennen. O que aconteceu? Por que saiu daquele jeito?
Bufei, fiquei pensando em uma resposta. Olhando em volta, inventei uma desculpa sem noção.
— Eu queria vir embora logo para ler meus livros. - Falei, com um sorriso cínico na face. -
— A verdade, Amy. Eu quero apenas a verdade e de preferencia, quero que olhe em meus olhos enquanto fala.
— Eu... - gaguejei; fiquei fitando Laura enquanto tomava coragem para falar. - Eu estava com ciúme, Laura.
— Eu sei disso, - ela riu - só queria que você admitisse.
Laura se levantou, e veio até em mim. Ela se sentou na braço na poltrona, ficou me encarando com aquele sorriso dela. Fiquei parada, não conseguia nem respirar com a aproximação de Laura, era excitante.
— A Babi é apenas uma amiga minha, não esquenta. E, ela estava se despedindo, ela vai se mudar. - Laura disse, quebrando o silêncio que estava tendo entre a gente. -
Abaixei a cabeça, fiquei decepcionada comigo mesma por ter uma crise de ciúme por causa de uma coisa boba.
— Me desculpa, Laura. Me desculpa mesmo. - falei, em um tom baixo. -
A mão de Laura subiu até meu rosto, deslizou o polegar pela minha bochecha, que pela altura do campeonato já estava rosada. Levantei meu rosto e observei Laura com um sorriso aberto, ela foi aproximando o rosto dela do meu, o que me deixou com a respiração ofegante. Eu me aproximei mais, os meus olhos se fecharam junto com os da Laura. Nossos lábios se colaram, e nossas bocas, se encaixaram perfeitamente. Aquilo passou a ser real, não era apenas em meus pensamentos. Eu estava beijando alguém que eu estava apaixonada, e acho que aquilo era recíproco, não sei. Agarrei o pescoço de Laura, e senti sua mão na altura da minha cintura, apertando com delicadeza. Nossas línguas se encontram, e demonstrou todo o sentimento que uma sentia pela outra. Puxei Laura para sentar em meu colo, parei de beija-la para recuperar o fôlego, mas logo nos aproximamos e nossas línguas se enrroscavam e a cada segundo que se passava, me dei mais apaixonada ainda por Laura Marques. Laura se levantou e me pegou no colo, levando até o sofá, onde me jogou com certa brutalidade. Senti o peso do corpo dela em cima de mim, entrelacei meus dedos no cabelo dela, puxando de leve. Enquanto Laura se encaixava no meio das minhas pernas, eu a fitava, estava torcendo para que não fosse um sonho. Ela estava tão sorridente, mas era aquele sorriso malicioso. Puxei o rosto dela para perto do meu, Laura estava quente, quente de verdade, um calor subia pelo seu corpo, o que me deixou com mais vontade de beija-la. Juntamos nossos lábios novamente, senti sua respiração acelerada, igual a minha. O beijo foi mais intenso, com mais sentimento do que o primeiro. Laura desceu sua mão pela minha perna, apertando minha coxa de leve. Interrompi o beijo e enterrei minha cara no pescoço dela, dando um belo de chupão. Sabe quando falei que iria deixar meu território nela? Então, foi aquilo. Abri meus olhos e vi uma marca roxa no pescoço dela, o que me deixou com um sorriso malicioso entre os lábios. Escutei o gemido baixo de Laura após o chupão, puxei seu cabelo com um pouco mais de força. Aquilo tudo foi interrompido quando acordei, brincadeirinha, era um barulho vindo do portão. Empurrei Laura pra longe, ela começou a dar risada do meu desespero. Eu estava andando de um lado para outro, arrumei meu cabelo e olhei para os lados.
— Calma Amy, deve ter sido alguma pessoa batendo no portão, fica relaxada.
— Meu Deus, que susto. Achei que era minha mãe. - suspirei aliviada. -
Peguei a mão de Laura e a guiei até o meu quarto. Não, eu não ia transar com ela ali, era para apenas nos afastarmos da sala. Laura se sentou na beirada da minha cama e me puxou para sentar no colo dela.
— A-Amy, - desta vez, ela gaguejou e me fitou - eu... Eu gosto de você. - Laura suspirou e engoliu em seco. - Desde que fui esbarrada, por uma garota que nem conseguiu ter coragem para me dizer desculpas, eu tive que insistir só para saber o nome dela. E sabe o que mais? Me senti feliz, e aquele dia foi o dia mais feliz também, porque não parei de pensar em você. E falei que não iria se livrar tão fácil de mim.. E me sentia completa, quando lhe via. Sei que é muito cedo para dizer isso, mas eu acredito em amor a primeira vista, e tenho que admitir. Sou apaixonada por você, sou apaixonada por Amy Wennen. - ela sorriu. -
Aquilo era recíproco? Que maravilha. Cada palavra tímida que saiu pela boca de Laura me deixou mais alegre do que já estava. Eu olhei para baixo, encostei minha cabeça no ombro de Laura, abraçando-a forte. Levantei meu rosto e fiquei encarando ela, respirei fundo e sorri, abertamente.
— O que posso lhe dizer, Laura? Mesmo negando a mim mesma várias vezes, não posso mentir, eu também sou apaixonada por você. E desde que te vi, me senti mais completa, muito mais. - deixei minha mão na altura da bochecha dela - Obrigado, obrigado por existir, obrigado por me deixar completa. Obrigado por não ter ido em frente, depois de ter te atropelado.
Eu estava quase chorando, não de tristeza, nem pensar, mas de emoção. Minhas bochechas até doíam de tanto sorrir. Laura me deu um selinho longo, e levei aquilo como um eu que te agradeço.


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Notas finais do capítulo

Qual é a combinação do nome Laura com Amy? Espero os comentários de vocês com esse assunto, vou adorar "shippar" HUEHUEHEU. Até o próximo capítulo, pessoal.



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