Bigorna escrita por Captain


Capítulo 3
Primeira vez


Notas iniciais do capítulo

Calma, não é a malícia que vocês estão pensando.
Gente, quero agradecer ao PRIMEIRO COMENTÁRIO que teve no capítulo 2. Sério, fico muito feliz de saber que tem gente gostando da fic, de verdade. Obrigado ao usuário que comentou, boa leitura a todos.



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Acordei por volta de onze horas, ouvi alguns barulhos vindo do celular, peguei o mesmo e vi que ainda estava em ligação.
Esbarrona?
Não acredito nessa peste, ela deveria ter desligado assim que me ouviu roncar, e agora? Onde escondo minha cabeça?
— Por que não desligou? - falei sonolenta ainda -
— Eu gostei de ouvir sua respiração e.. - Laura deu uma risada - e de ouvir seu gemido enquanto dormia.
— Ah, fala sério! Não ligo mais pra você, tarada.
— Que triste, vai se arrumar porque já estou indo aí.
Desliguei a ligação, e fui direto a um banho, só pra ficar pensando no que Laura tinha feito enquanto eu dormia. Sai do banho enrolada na toalha, abri meu guarda-roupa, coloquei trajes íntimos, peguei uma camisa branca e um macacão jeans, por conta do calor que estava fazendo. Coloquei uma sapatilha fechado e deixei o cabelo solto, passei um perfume doce. Fui até a porta principal e pela janela, dava pra ver o rosto da Laura. Porque fui inventar de sair com os amigos do Thiago? Eu estava mais nervosa do que nunca, quase não conseguia respirar, abri a porta e fui até o portão, Laura estava mais linda do que nunca, tipo, no uniforme parece que ela é um criminosa, igual Alex Vause (delícia) mas agora, vendo ela sem aquela touquinha, com uma calça jeans preta e uma camisa branca um pouco larga, parece que é outra pessoa.
Esbarrona, podemos ir? - Laura falou, e junto com suas falas, um sorriso -
— Espera, fica bem aí, vou só fechar a porta.
Deixei o portão aberto e voltei até a porta, fechando-a. Voltei até o portão e sai de casa. Será que Laura iria tocar no assunto da ligação? ESPERO que não, eu já estava com as bochechas coradas só de pensar nisso.
— Amy?
Porra, Laura falando meu nome? Alguma coisa deve ter acontecido, olhei para ela enquanto andamos em direção a praça.
— Oi? - falei olhando para baixo -
— Eu gosto do seu nome, combina com você. Aliás, eu gosto de tudo em você. Seu cabelo louro, seus olhos escuros, sua pele clara, seu jeito de corar sempre.
MENTIROSA, EU NEM.. Espera, isso foi bonitinho, será que era muito cedo pra eu dizer que Laura gosta de mim? E que problema tem isso? Eu também gosto dela.. Mas não é tanto assim, como nossa, olha como a Amy gosta da Laura, que amorzinho as duas. Nem pensar, mordi meu lábio e pensei em alguma coisa.
— Laura, Amy! - gritou Thiago -
Salva pelo Thiago! Laura olhou para mim, vi seu sorriso se formar e me fez sorrir também. Sim, eu tenho uma queda por Laura Marques Hetle, tenho que admitir isso.
Nos aproximamos de Thiago, ele estava em uma mesa de piquenique enorme. Com ele, um garoto da mesma altura de Thiago, cabelo moreno, mas tinha algumas mechas loura. E outro, um pouco mais alto que todo mundo dali, forte, cabelo moreno também,
— Meninas, esse é o Vitor - Thiago apontou para o forte que acabei de descrever - acreditem ou não, é meu namorado. E esse, é o primo dele, Douglas.
— Oi - Laura e eu falamos juntas -
— E meninos, essa é a Laura, e a outra loirinha é a Amy. - ele riu -
Sentamos junto com os meninos, Laura sentou do meu lado, e dava pra perceber sua secada. Vitor nos contou de como conheceu Thiago, e Douglas falou sobre de como foi saber que Vitor era gay, mas Douglas o apoiou quando foi expulso de casa pelo seu pai machista.
— Tenho uma surpresinha para vocês - Falou Thiago em um tom alegre -
— O que? - Laura disse -
Thiago retirou da sacola uma garrafa de vodca, deixando em cima da mesa, Vitor sorriu e deixou latinhas de skol beats do lado da garrafa, junto com uns copos de plástico. Eu nunca tinha bebido antes, olhei para Laura e suspirei, espero que Laura não se aproveite de minha inocência. Peguei um copo plástico, coloquei um copo de vodca, recebi o olhares de todos.
— Bebe! Bebe! Bebe! - gritaram -
Peguei o copo e aproximei da minha boca, dando uma entornada. Senti um gosto amargo descer pela minha garganta, fechei meus olhos e suspirei. Quando abri, estavam todos bebendo, rindo e toda isso passava lentamente pelo meus olhos, olhei para Laura que aparentava estar feliz.
— Chega Amy, já é o seu terceiro copo cheio. - falou Thiago -
Me senti leve, e nem acreditei que tinha bebido tanto, era difícil manter meus olhos abertos, vi que a garrafa de vodca estava vazia, os garotos tinham saído para ir comprar mais uma. Então, só restou eu e Laura, que não nos falamos durante a "bebedeira"
— Se sente feliz? - falou Laura com um sorriso estampado nos lábios -
— Eu? Melhor do que nunca.
Laura soltou um riso e tomou mais um gole da cerveja, me levantei da mesa e fui até o balanço que tinha perto. Quem disse que não posso me divertir? E nem estava bêbada, Laura estava atrás de mim. Me sentei no balanço e me balancei diversas vezes.
— Cuidado para não se machucar. - falou Laura, imitando as mães que tinha perto -
Ri daquilo e me balancei mais alto, eu estava elétrica, queria descarregar toda minha energia infinita naquilo. Laura terminou de beber sua cerveja e jogou numa cesta de lixo, se aproximou do balanço e se sentou em um perto de mim.
— Por que não me deu um gole?! - falei com falsa raiva -
— Porque você esvaziou a garrafa de vodca inteira, menina má.
— Isso não tem nada a ver, tá?
— Quero só ver como vai voltar pra casa, consegue nem andar direito.
— Consigo sim, olha aqui.
Falei igual uma criança querendo se amostrar, sai do balanço e comecei a andar devagar, a minha visão está tão borrada que acabei me sentando no chão cheio de pedra. Laura se levantou do balançou e me ajudou a levantar, eu dava risada de tudo que Laura fazia. Vi Thiago se aproximar com uma outra garrafa de vodca, corri em direção a ele, dando um sorriso abertamente.
— Pra mim? Não precisava. - falei sem noção nenhuma -
Laura começou a rir ao ver minha alegria por uma simples garrafa.
— Thi, como você conseguiu comprar bebidas se é de menor? - falou Laura séria -
— Douglas tem 23 anos, ele é demais.
Enquanto eles conversava, eu tentava abrir a garrafa de vodca, minha mão estava parecendo de um zumbi, não estava sentindo nada, foi quando tive a ideia de tentar abrir com a boca. Laura veio correndo até mim, tirando a garrafa da minha boca.
— Isso não é mamadeira, menina!
— Mas só quero um golinho, Lala. - fiz beiço -
Laura se virou para Thiago e devolveu a garrafa para o mesmo. Laura Marques estava realmente séria, talvez nervosa, o que me deixou um pouco com medo.
— Thi, obrigado pelas bebidas, vou ter que levar essa esbarrona pra casa. Tchau meninos, até a próxima.
— Não quero ir pra casa, Laura!
Ela ignorou o que eu falei e me pegou no colo, comecei a gritar para que ela me soltasse. Talvez ela fosse muito paciente, porque fiz birra até chegar no portão de casa, onde ela me deixou no chão. Abri o portão com raiva, o tempo estava se fechando, então pedi para que Laura entrasse, tranquei o portão e abri a porta de casa.
— Calma esquentadinha, só falta querer me bater agora.
— Você é uma estraga prazeres, Laura.
— Mas já estava com prazer?
Me sentei no sofá, e olhei Laura rindo, liguei a televisão e deixei em qualquer filme. Laura se sentou do meu lado, peguei ela olhando para alguns retratos.
— Gosta de viajar? - falou Laura -
— Eu viajava com meu pai
— E onde ele está?
— Com sua mulher, em Londres - falei prestando atenção na televisão -
— Com sua mãe?
— Com outra mulher, a mulher que ele trocou pela minha mãe e a mim.
Laura olhou para mim e se aproximou mais ao perceber minha raiva.
— Sinto muito.
Senti sua mão próxima da minha, ela estava gelada, então peguei em sua mão sem tirar o olho da televisão, deu pra perceber a milhares de quilômetros a secada da criminosa Laura Marques. Ouvi a porta se abrir rapidamente, soltei a mão da Laura e olhei para trás, era minha mãe toda molhada com algumas sacolas de super-mercado na mão.
— Meu Deus, não pensei que ia chover logo agora. - minha mãe olhou pro sofá - Oh, temos visita.
Levantei e fui até minha mãe, liguei a luz da sala e da cozinha, suspirei tentando ter coragem.
— É uma amiga, deixa eu te ajudar com as compras.
Peguei as sacolas e levei até a cozinha, Laura se levantou e foi até minha mãe.
— Oi senhora Wennen, sou Laura e já estava de saída, desculpa o incomodo.
— Senhora é minha bisavó, fique aqui Laura, ainda está chovendo, ligue para seus pais e avise que você está aqui.
Minha mãe pegou o telefone e deu para Laura. Enquanto eu guardava as compras, peguei uma garrafa d'água e entornei em minha boca, meu hálito de álcool estava grande, e não sabia o que fazer. Voltei para sala e vi Laura conversando com alguém no telefone, assim que ela desligou eu olhei-a
— Cadê minha mãe? - sussurrei -
— Subiu para trocar a roupa encharcada dela. Vou ter que ir embora, te cuida esquentadinha.
— Não, perai, ainda tá chovendo, eu te levo até em casa.
Peguei um guarda-chuva grande, avisei para minha mãe que estava saindo gritando. Sai junto com Laura, abri o guarda-chuva e fiquei segurando, Laura e eu estavamos quase coladas debaixo do guarda-chuva.
— Eu estou com um hálito de bebida horrível - falei olhando pra Laura -
— Eu sei - ela riu - por isso saiu correndo pra cozinha né? Sua mãe é bem legal, talvez ela não brigue contigo.
— Vai nessa.
Laura me guiou até a entrada do apartamento onde ela mora, dessa vez, eu fiquei parada, em frente ao portão. Ela entrou mas dava uma olhada para trás quando se aproximava da entrada do apartamento. Sorri, caminhei pelo caminho de volta para casa, abaixei a cabeça, mas continuava sorrindo, minhas bochechas até doíam, já estava escurecendo, corri mais rápido até em casa. Abri o portão, e fechei quando tinha entrado.
— Oi filha, cadê a Laura?
— Levei ela até em casa, mãe.
Fechei o guarda-chuva e deixei encostado na parede. Olhei pro rélogio e vi que já era sete e meia da noite.
— Que pena, ela tem cara de ser legal. Fala pra ela passar mais vezes aqui em casa.
Balancei a cabeça positivamente, fui até meu quarto, sentei na cama, peguei meu celular e vi duas mensagens, era da Paixãozinha, que fiz questão nem de trocar o nome do contato, porque era verdade. MAS NÃO TOTALMENTE, NOSSA, é só uma quedinha.
"Oi"
"Tudo bem?" - ela respondeu -
"To com dor de cabeça, e tu?"
"To meia tristinha"
"Por que?"
"Porque você não está aqui"
Droga Laura, para com esses flertes, o dia foi ótimo para mim, me senti uma verdade criminosa bebendo, igual a Laura.
"Tá ai?"
"Sim, é que tava um pouco ocupada"
"Amanhã a gente se vê, esquentadinha"
"Tá bom, perseguidora"
Ocupada? Eu estava é pensando nela, mas negava que sentia qualquer coisa por ela. Tirei o macacão e fiquei só de calcinha e a camisa, me deitei na cama e me cobri. Fiquei com mil pensamentos antes de dormir, coloquei o travesseiro em cima da minha cabeça e fechei os olhos. Demorou um tempo até eu cochilar, mas consegui, e tive vários sonhos com a.. MENTIRA, é zoeira.


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Notas finais do capítulo

Até quando Amy vai continuar com essas negações? AGARRA A LAURA LOGO, BICHA.



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