Bigorna escrita por Captain


Capítulo 12
Praia (Parte III)


Notas iniciais do capítulo

Olá querido terráqueos, eu decidi que vai ter mais uma ou duas partes da praia, até porque não queria deixar um capítulo enorme e deixa-los cansados de tanta leitura. ENFIM, BOA LEITURA. ♥



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(Capítulo anterior:

— Que foi? – ela falou sonolenta ainda.

— Nada, queria ficar com você.

Deitei minha cabeça em seu peito, o cheiro do perfume doce que ela usava, me deixava mais confortável ali.)

Laura depositou um beijou em minha testa, respirei fundo e fechei meus olhos.

— Nem adiantar querer dormir agora, sua tia quer que a gente saia.

— Sair pra onde? – abri meus olhos.

— Sair, só sair. Agora vai tomar um banho, porque tu sujaste a cama toda de areia. – Laura riu.

Me levantei, deixando todo o conforto de Marques para trás, o sotaque dela parecia de gaúchos, mas ela não era, infelizmente. Sai do quarto com uma toalha nas mãos, esbarrei na Maju quando fui em direção ao banheiro.

— Oi. – falei.

— É... Oi, – Maju forçou um riso – a gente vai sair daqui a pouco.

— Pra onde?

— Sei lá, só sair.

Ela pareceu a Laura dizendo “só sair”. Entrei no banheiro e fechei a porta, tirei meu biquíni e joguei dentro da pia. Liguei o chuveiro e fiquei dez minutos pensando na vida, ela estava ótima: Laura do meu lado, minha mãe se divertindo. Mas tinha algo que estava me incomodando, e acho que eu não fazia ideia. Sai debaixo do chuveiro com as batidas fortes na porta, enrolei meu corpo na toalha e peguei meu biquíni, saindo do banheiro. Olhei para os lados e não vi ninguém perto do banheiro. Quando cheguei ao quarto vi Laura jogada no chão com o cobertor em cima dela, comecei a cutuca-la com o pé.

— O que você quer, porra? – ela gritou.

Espantei-me com o grito de Laura e então apenas me afastei, peguei uma lingerie preto, uma camisa branca e meu macacão preferido. Laura foi se levantando e saiu do quarto, apenas suspirando. Comecei a me vestir após ter trancado a porta do quarto, penteei meu cabelo e o deixei solto, como de costume. Abri a porta do quarto e fui em direção à área da lavanderia e deixei a toalha estendida. Maju apareceu atrás de mim com uma camiseta branca e uma saia longa, daquelas minas que parece rastafári, ela abaixou a cabeça e deixou uma mecha de cabelo atrás da orelha.

— Cadê as senhoras? – perguntei a respeito das nossas mães.

— Foram na frente junto com a Laura, eu fiquei para te levar até a feirinha.

Percebi um sorriso se formando nos lábios de Maju, isso significa que ela havia ficado feliz pela ideia de me guiar até um local? Ótimo! Voltei para o quarto e calcei meu chinelo. Logo saímos do apartamento e fomos direto ao elevador, enquanto sentia o doce perfume que Maju usava, eu me perguntava o porquê da ignorância de Laura quando a acordei. Afastei aquele pensamento após sentir a mão da Maju em minha cintura, dando uma leve empurrada em meu corpo. Não liguei para aquilo e apenas segui em direção ao portão de entrada. O sol estava se pondo, e aquela vista estava maravilhosa, maravilhosa demais!

— Eu gosto dessa vista, sempre quando são seis horas eu me sento na varanda e fico parada lá, até ficar noite e a praia ser iluminada pela lua. – disse Maju, me surpreendendo com sua fala.

— É bastante bonito mesmo, queria poder morar aqui. – dei uma risada baixa.

Atravessamos a rua e andamos por um tempinho. Observei uma fila de barracas com várias vendas – em minha opinião – interessantes. Havia acessórios que eu estava louca para comprar a um tempo. Vi Laura sentada em um banco de um parque, ela estava comendo uma coxinha, o que logo me deu uma fome. Fui me aproximando de Laura com a Maju do meu lado, encontrei Duda nos balanços do parquinho próximo e minha mãe comprando um pedaço de bolo... Cheguei perto de Laura, já arrancando a coxinha de sua mão.

— Ei! – ela falou. – Devolve, Wennen.

— Espera aí. – disse com a boca cheia de frango, então logo entreguei para ela. – Está uma delicia.

Laura foi se levantando do banco e pegou em minha mão, andei junto a ela para um local mais calmo, a praia. Me sentei na escadinha junto com ela, ficamos um bom tempo apenas olhando para os casais andando na areia, e outros se atrevendo a dar um mergulho.

— Por que gritou comigo?

— Perdão, Wennen. É que tipo, eu estava meia que... – Laura riu – com ciúme de você.

— Uai, - exclamei – com o que?

— Eu vi você de mãos dadas com a Maju na praia, quando estava indo pra água. Peço desculpas novamente.

Fiquei olhando para Laura de lado, apenas com um sorriso no rosto. Deixei minhas mãos na altura de sua cintura e comecei a fazer cócegas.

— Com ciúme dona Marques? Que coisa linda! – disse rindo.

— Me larga, menina! – Laura riu desesperadamente e tentava tirar minhas mãos dela.

Foi parando com as cócegas aos poucos, e dei um breve suspiro. E ali ficamos, em silêncio, em uma paz que era raro por ali. Acomodei minha cabeça no ombro de Laura e fitei o mar, as ondas... O barulho de uma onda se quebrando era tão relaxante. Senti uma mão gelada em meu ombro, me fazendo sair daquela brisa toda, virei-me e vi Maju sorrindo, ela se sentou ao meu lado e ficou na mesma brisa que eu. Me levantei e segui em direção a feirinha novamente. Fiquei fascinada com os acessórios de cada barraca, um colar com mais detalhes que outro, uma pulseira mais bonita que a outra. Duda veio correndo em minha direção, alertando que estava com sono e queria ir para casa.

— Calma flor, cadê a sua mãe? Já vamos daqui a pouco, relaxa aí.

— Ela tá com o meu pai, prima. Tem como me levar agora? – Duda falou.

Pai? Como assim? Ué, ela ainda era casada? Que estranho... E infelizmente, tive que sair do meio de minhas paixonites para levar a pirralha que venceu de mim para casa, a peguei no colo. Maju apareceu atrás de mim, apenas segurando a chave do prédio.

— Laura, não vai vir não? – gritei ao vê-la perdida na calçada.

— Pode ir na frente. – ela berrou de volta.

Andei em direção ao prédio com Maju ao meu lado, ela andava tão sorridente e eu nem sei o porquê daquilo tudo. Chegamos ao apartamento depois de uns demorados minutos, fui diretamente para o quarto de Duda que na altura do campeonato, babava em meu ombro como ninguém. Deixei Eduarda deitada em sua cama, eu ajeitava o cobertor nela e o travesseiro. Quando me virei para sair do quarto, eu ouvi um barulho.

— Amy... Fica comigo um pouco? – disse Eduarda sonolenta.

— Está bem.

Fechei a porta e andei em passos lentos até sua cama, me acomodando na mesma. Por um lado, eu estava triste, pois queria muito ficar na feirinha e gastar minha mesada em todas as pulseiras e colares possíveis. Fiquei parada na cama, sentindo só a cabeça de Duda em minha barriga, me abraçando de lado. Não liguei muito para aquilo, meu pensamento estava concentrado em Laura com ciúme, quem diria né? Acabei cochilando com aquele pensamento e fiquei na cama com a Duda mesmo.

Acordei e a primeira coisa que vi foi o despertador ao meu lado mostrando que já era meia-noite e meia, me levantei rapidamente da cama e andei até a sala de estar. Apenas eu estava acordada naquele momento, todas as luzes tinham se apagado.

— Droga! Perdi a feirinha. – sussurrei a mim mesma.

Fui para o quarto de hospedes e encontrei Laura deitada, o brilho da tela do celular dela iluminava um canto do quarto. Andei em passos lentos até ela, e logo me deitei ao seu lado, meio decepcionada.

— Oi... – sussurrei, me ajeitando ao lado de Laura.

— Oi coisa, tudo bem? – Marques iluminou meu rosto e percebeu minha tristeza. – O que foi?

— Queria ter comprado alguma coisa... Mas tive que voltar para cá.

— Eu me diverti bastante, sua mãe trouxe um pedaço de bolo para você e eu duas coxinhas. – Laura sussurrou com um sorriso no rosto.

— De manhã eu como... Só que agora vai ser difícil eu ir dormir.

Houve um silêncio no quarto, eu me distraia olhando para o celular de Laura, já que ela jogava Counter Strike.

— Que jogo violento, menina. – exclamei após ouvir os barulhos de tiro do jogo.

— Calma aí que estou vencendo.

Os dedos ágeis de Laura me deixaram confusa, o boneco dela estava em um canto e em um segundo, estava no outro, atirando e sendo a única sobrevivente daquele round. Virei-me após me entediar com aquilo tudo e percebi o braço de Marques em volta da minha cintura.

— Thiago disse que tá por aqui. – Laura disse.

— Osh, fazendo o que aqui?

— Passeando com o namorado dele, aquele lá.

— Ah, aquele lá...

Dei uma risada e logo fechei meus olhos, respirando profundamente.


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Notas finais do capítulo

Ai gente, que calor né? Queria ir pra praia mesmo, mas infelizmente não pude ir. E aí, que cês acharam? Quero comentários hein! Se não tiver um comentário eu mato um personagem OKSOAKSOADJOSJDS, tô zoando.



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