Bigorna escrita por Captain
Notas iniciais do capítulo
Olha eu aqui novamente, aproveitei o feriado de ontem para escrever a tarde toda, deixando mais um capítulo para você. Boa leitura!
(Capítulo anterior:
— Diga-me, Marques, do que você gosta? – a perguntei.
— De você. – respondeu rapidamente, dando uma risada.
— Ótimo Marques. É desse jeito que gosto.)
Ambas riram, andamos de mãos dadas na água, passaram cinco crianças correndo em nossa frente. Laura largou minha mão e começou a correr até o “fundo” do mar, entendi aquilo como uma corrida e logo fui correndo atrás dela. Ela parou e se virou para mim, me segurando pelos braços, a água chegava até nossos peitos, e eu pulava cada vez que uma onda se aproximava.
— O que foi? – falei, após Laura ter apertado meu braço.
— Nada, só queria dizer que ganhei de você, trouxa. – ela riu.
Enchi minha mão de água e joguei em seu rosto, Laura fechou os olhos rapidamente, até resmungou. Aproximei-me dela, até porque, água salgada nos olhos arde pra cacete.
— Desculpa, desculpa... – falei.
Marques foi abaixando sua cabeça e logo depois levantou rapidamente, atirando uma grande quantidade de água em meu rosto. A empurrei com força, e comecei a rir junto com ela.
— Qual é, vai levantar não? – gritei – sua frango.
— Frango?! – Laura foi se levantando com um sorriso malicioso no rosto, e foi se aproximando de mim, enquanto eu dava pequenos passos para trás. – Repete o que você tinha falado Amy.
— Sua frango! – gritei novamente e comecei a correr em direção a areia. Laura me segurou firme pela cintura, me fazendo encostar nela, me virei lentamente. – Me solta, amorzinho. – Ri de nervoso.
— Vou te mostrar a frango.
Laura deslizou sua mão lentamente pela lateral do meu corpo até chegar a minha bunda, ela o apertou com força, o que me fez gemer baixo próximo ao seu ouvido. Respirei fundo, e fechei os olhos após a sentir bater forte em minha bunda. Ela se afastou após ver alguns olhares direcionados a nós.
— Por que tão malvada, Hetlen? – sussurrei próximo ao seu ouvido.
O ar começou a ficar com certa malícia, e era só Laura se afastar das pessoas que começava a ficar meia que, safada comigo. A água estava na medida do meu ombro agora, aproveitei e mergulhei. Voltei a superfície e tirei um pouco d’água do meu cabelo, Laura chegou mais próxima de mim e levou sua mão até meu seio, o apertando com “delicadeza”.
— Por que não deixamos isso para mais tarde, hein? – sussurrei e dei uma risada.
Empurrei Laura na água novamente, bem na hora que estava vindo uma onda, ela ficou segundos debaixo da água, a puxei pelo braço e ela começou a tossir.
— Desculpa amorzão. – a abracei.
— Filha de uma boa mãe! – ela tossiu.
Voltamos para o local que minha “família” estava... Família entre aspas porque, digamos que, não conheço a Maju, Duda e nem a Anna. Os olhos de Laura estavam vermelhos, comecei a dar risada.
— Várias ervas né, Marques. – disse, a zoando.
Sentei-me numa cadeira, deixando-a completamente encharcada. Peguei um copo descartável e uma grande jarra de suco natural que minha mãe havia comprado, tomei um gole e fiz um careta ao perceber que era de sabor laranja.
— Ahn...É... Amy? Por favor, pode me passar a jarra? – disse Maju e me deixou com um sorriso nos lábios.
ELA TINHA FALADO CARA! E vou logo falando, a voz dela era um pouco grossa, mas era gostosa, e as maças do seu rosto ficaram vermelhas após o pedido. Entreguei um copo e a jarra para ela, que logo se serviu.
— Era só questão de tempo... – sussurrei para Laura e ela assentiu com a cabeça.
Maju se levantou e tirou a regata que usava, a parte de cima de seu biquíni era preto, e seus peitos eram... Jesus amado! Enormes!! Ela sussurrou algo no ouvido da mãe e seguiu em direção ao calçadão. Me levantei e puxei Laura junto, andamos logo atrás de Maju.
— Ma... – antes que eu pudesse completar, Maju se virou e parou, observando meu corpo.
— Então Maju, tudo bem? – Laura se aproximou dela, e foi amarrando o cabelo em um rabo-de-cavalo.
— É... Eu vou bem, e você? – Maju respondeu meio baixo.
Fiquei andando atrás de Laura e peguei em sua mão. Escutando as conversas das duas e esperando um momento para me intrometer.
— Estamos indo pra onde? – falei.
— Ah, sei lá, estou indo para casa. – Maju respondeu.
— Mas já? Calma. – a puxei pelo braço, largando a mão de Laura. Os olhos verdes esmeraldas fitaram os meus, e em seguida percebi seu olhar em minha boca. – Fica só mais um pouco.
— Tudo bem. – ela fechou os olhos e suspirou, em seguida abriu os olhos. – Vamos voltar então?
Afastei minha mão do seu braço e fiquei feliz com a atitude tomada de Maju. Enquanto ela andava na minha frente ao lado de Laura, eu observava seu cabelo solto, um negro bem negro mesmo. Chegamos da barraca da família Wennen e Duda se levantou com as duas raquetes, e uma bolinha verde.
— Vem Amy, vamos jogar. – Duda foi me puxando para um canto que havia rede.
O sol estava quente demais, a areia estava queimando meu pé, mas eu não iria dizer “não” para uma priminha fofa daquela. Ela ficou de um lado da rede e eu de outro, segurando a raquete de um jeito “desengonçado”, Laura assistia a gente com um sorriso no rosto. Eduarda foi a primeira a bater, eu rebati fraco, tentando entrar no ritmo dela. Mas o resultado? ELA É BOA! Perdi de quarenta mil a zero daquela pirralha de... Sei lá quantos anos! Laura se aproximou de mim, rindo da minha cara.
— Que coisa feia, perdendo pra uma criança! Vou te ensinar como jogar.
Laura arrancou a raquete da minha mão e o sorriso vitorioso de Duda deixou o ar como uma disputa. Laura se jogou na areia, correu para os lados, pulou, mas em meu ponto de vista estava perdendo também. A Hetlen não queria sair dali de jeito nenhum, e ela estava soando demais debaixo daquele sol. Virei-me de frente para o mar e fui puxando Maju pelo braço novamente, indo em direção à água. Ela foi me acompanhando sem dizer nada, então abaixei minha mão para a dela, e logo senti nossos dedos entrelaçados. Perdoe-me por dizer isso, entretanto se eu não tivesse conhecido Laura, estava atacando Maju loucamente. Olha as merdas que estou falando, ela é minha prima! A onda está na medida da minha cintura, Maju era uns dez centímetros mais alta do que eu, enfim, era do tamanho da Laura, um pouco menor.
— Quantos anos tem Maju? – suspirei.
— Tenho dezesseis, e você?
— Quinze.
Ficou um silêncio entre nós, dava pra ouvir apenas as ondas e crianças gritando a distancia. Observei Maju e esbocei um sorriso, analisei seu corpo de cima a baixo, e fiquei novamente, paralisada com seus seios enormes. Fiquei envergonhada quando ela percebeu e então apenas desviei meu olhar. Dei uma mergulhada junto com Maju, e quando estávamos meia que enjoadas da água, voltamos para perto de nossas mães que estavam conversando e tomando suco. Laura ainda estava jogando com a Duda, então corri em direção a elas e atrapalhei o jogo, peguei a bolinha e as raquetes.
— Amy!! – gritaram as duas.
— Amanhã vocês continuam isso, pelo amor de Deus, tão meia hora jogando esse jogo, cansa não?
Fim do dia...
Voltamos para o prédio, minha mãe jogou as coisas no porta-malas do carro. Maju, Duda, Laura e eu subimos na frente, quando cheguei a casa, eu estava completamente cansada. Fui direto para o quarto e nem troquei de roupa, apenas fechei as janelas e me joguei na cama, que estava geladinha. Não demorou muito para eu cair no sono, e a última coisa que eu havia ouvido era barulhos de panela da cozinha.
Acordei por volta de cinco e meia da tarde, vi Laura completamente bagunçada na cama do lado, seu corpo estava quase caindo. Me levantei com o corpo pesado, todas as luzes tinham se apagado, menos da sala de estar, então fechei a porta do quarto e me deitei do lado de Laura, que aos poucos foi acordando, ela me deu um espaço na cama e abraçou meu corpo.
— Que foi? – ela falou sonolenta ainda.
— Nada, queria ficar com você.
Deitei minha cabeça em seu peito, o cheiro do perfume doce que ela usava, me deixava mais confortável ali.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Maria Júlia tá parecendo a Amy no primeiro capítulo, só Deus na causa hein! Gosto bastante de quando cês comentam, viu? Inclusive quando é da Natty hsasoks (risada escrota a minha) ♥