Bigorna escrita por Captain


Capítulo 11
Praia (Parte II)


Notas iniciais do capítulo

Olha eu aqui novamente, aproveitei o feriado de ontem para escrever a tarde toda, deixando mais um capítulo para você. Boa leitura!



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(Capítulo anterior: 

— Diga-me, Marques, do que você gosta? – a perguntei.

— De você. – respondeu rapidamente, dando uma risada.

— Ótimo Marques. É desse jeito que gosto.)

Ambas riram, andamos de mãos dadas na água, passaram cinco crianças correndo em nossa frente. Laura largou minha mão e começou a correr até o “fundo” do mar, entendi aquilo como uma corrida e logo fui correndo atrás dela. Ela parou e se virou para mim, me segurando pelos braços, a água chegava até nossos peitos, e eu pulava cada vez que uma onda se aproximava.

— O que foi? – falei, após Laura ter apertado meu braço.

— Nada, só queria dizer que ganhei de você, trouxa. – ela riu.

Enchi minha mão de água e joguei em seu rosto, Laura fechou os olhos rapidamente, até resmungou. Aproximei-me dela, até porque, água salgada nos olhos arde pra cacete.

— Desculpa, desculpa... – falei.

Marques foi abaixando sua cabeça e logo depois levantou rapidamente, atirando uma grande quantidade de água em meu rosto. A empurrei com força, e comecei a rir junto com ela.

— Qual é, vai levantar não? – gritei – sua frango.

— Frango?! – Laura foi se levantando com um sorriso malicioso no rosto, e foi se aproximando de mim, enquanto eu dava pequenos passos para trás. – Repete o que você tinha falado Amy.

— Sua frango! – gritei novamente e comecei a correr em direção a areia. Laura me segurou firme pela cintura, me fazendo encostar nela, me virei lentamente. – Me solta, amorzinho. – Ri de nervoso.

— Vou te mostrar a frango.

Laura deslizou sua mão lentamente pela lateral do meu corpo até chegar a minha bunda, ela o apertou com força, o que me fez gemer baixo próximo ao seu ouvido. Respirei fundo, e fechei os olhos após a sentir bater forte em minha bunda. Ela se afastou após ver alguns olhares direcionados a nós.

— Por que tão malvada, Hetlen? – sussurrei próximo ao seu ouvido.

O ar começou a ficar com certa malícia, e era só Laura se afastar das pessoas que começava a ficar meia que, safada comigo. A água estava na medida do meu ombro agora, aproveitei e mergulhei. Voltei a superfície e tirei um pouco d’água do meu cabelo, Laura chegou mais próxima de mim e levou sua mão até meu seio, o apertando com “delicadeza”.

— Por que não deixamos isso para mais tarde, hein? – sussurrei e dei uma risada.

Empurrei Laura na água novamente, bem na hora que estava vindo uma onda, ela ficou segundos debaixo da água, a puxei pelo braço e ela começou a tossir.

— Desculpa amorzão. – a abracei.

— Filha de uma boa mãe! – ela tossiu.

Voltamos para o local que minha “família” estava... Família entre aspas porque, digamos que, não conheço a Maju, Duda e nem a Anna. Os olhos de Laura estavam vermelhos, comecei a dar risada.

— Várias ervas né, Marques. – disse, a zoando.

Sentei-me numa cadeira, deixando-a completamente encharcada. Peguei um copo descartável e uma grande jarra de suco natural que minha mãe havia comprado, tomei um gole e fiz um careta ao perceber que era de sabor laranja.

— Ahn...É... Amy? Por favor, pode me passar a jarra? – disse Maju e me deixou com um sorriso nos lábios.

ELA TINHA FALADO CARA! E vou logo falando, a voz dela era um pouco grossa, mas era gostosa, e as maças do seu rosto ficaram vermelhas após o pedido. Entreguei um copo e a jarra para ela, que logo se serviu.

— Era só questão de tempo... – sussurrei para Laura e ela assentiu com a cabeça.

Maju se levantou e tirou a regata que usava, a parte de cima de seu biquíni era preto, e seus peitos eram... Jesus amado! Enormes!! Ela sussurrou algo no ouvido da mãe e seguiu em direção ao calçadão. Me levantei e puxei Laura junto, andamos logo atrás de Maju.

— Ma... – antes que eu pudesse completar, Maju se virou e parou, observando meu corpo.

— Então Maju, tudo bem? – Laura se aproximou dela, e foi amarrando o cabelo em um rabo-de-cavalo.

— É... Eu vou bem, e você? – Maju respondeu meio baixo.

Fiquei andando atrás de Laura e peguei em sua mão. Escutando as conversas das duas e esperando um momento para me intrometer.

— Estamos indo pra onde? – falei.

— Ah, sei lá, estou indo para casa. – Maju respondeu.

— Mas já? Calma. – a puxei pelo braço, largando a mão de Laura. Os olhos verdes esmeraldas fitaram os meus, e em seguida percebi seu olhar em minha boca. – Fica só mais um pouco.

— Tudo bem. – ela fechou os olhos e suspirou, em seguida abriu os olhos. – Vamos voltar então?

Afastei minha mão do seu braço e fiquei feliz com a atitude tomada de Maju. Enquanto ela andava na minha frente ao lado de Laura, eu observava seu cabelo solto, um negro bem negro mesmo. Chegamos da barraca da família Wennen e Duda se levantou com as duas raquetes, e uma bolinha verde.

— Vem Amy, vamos jogar. – Duda foi me puxando para um canto que havia rede.

O sol estava quente demais, a areia estava queimando meu pé, mas eu não iria dizer “não” para uma priminha fofa daquela. Ela ficou de um lado da rede e eu de outro, segurando a raquete de um jeito “desengonçado”, Laura assistia a gente com um sorriso no rosto. Eduarda foi a primeira a bater, eu rebati fraco, tentando entrar no ritmo dela. Mas o resultado? ELA É BOA! Perdi de quarenta mil a zero daquela pirralha de... Sei lá quantos anos! Laura se aproximou de mim, rindo da minha cara.

— Que coisa feia, perdendo pra uma criança! Vou te ensinar como jogar.

Laura arrancou a raquete da minha mão e o sorriso vitorioso de Duda deixou o ar como uma disputa. Laura se jogou na areia, correu para os lados, pulou, mas em meu ponto de vista estava perdendo também. A Hetlen não queria sair dali de jeito nenhum, e ela estava soando demais debaixo daquele sol. Virei-me de frente para o mar e fui puxando Maju pelo braço novamente, indo em direção à água. Ela foi me acompanhando sem dizer nada, então abaixei minha mão para a dela, e logo senti nossos dedos entrelaçados. Perdoe-me por dizer isso, entretanto se eu não tivesse conhecido Laura, estava atacando Maju loucamente. Olha as merdas que estou falando, ela é minha prima! A onda está na medida da minha cintura, Maju era uns dez centímetros mais alta do que eu, enfim, era do tamanho da Laura, um pouco menor.

— Quantos anos tem Maju? – suspirei.

— Tenho dezesseis, e você?

— Quinze.

Ficou um silêncio entre nós, dava pra ouvir apenas as ondas e crianças gritando a distancia. Observei Maju e esbocei um sorriso, analisei seu corpo de cima a baixo, e fiquei novamente, paralisada com seus seios enormes. Fiquei envergonhada quando ela percebeu e então apenas desviei meu olhar. Dei uma mergulhada junto com Maju, e quando estávamos meia que enjoadas da água, voltamos para perto de nossas mães que estavam conversando e tomando suco. Laura ainda estava jogando com a Duda, então corri em direção a elas e atrapalhei o jogo, peguei a bolinha e as raquetes.

— Amy!! – gritaram as duas.

— Amanhã vocês continuam isso, pelo amor de Deus, tão meia hora jogando esse jogo, cansa não?

                                  Fim do dia...

Voltamos para o prédio, minha mãe jogou as coisas no porta-malas do carro. Maju, Duda, Laura e eu subimos na frente, quando cheguei a casa, eu estava completamente cansada. Fui direto para o quarto e nem troquei de roupa, apenas fechei as janelas e me joguei na cama, que estava geladinha. Não demorou muito para eu cair no sono, e a última coisa que eu havia ouvido era barulhos de panela da cozinha.

Acordei por volta de cinco e meia da tarde, vi Laura completamente bagunçada na cama do lado, seu corpo estava quase caindo. Me levantei com o corpo pesado, todas as luzes tinham se apagado, menos da sala de estar, então fechei a porta do quarto e me deitei do lado de Laura, que aos poucos foi acordando, ela me deu um espaço na cama e abraçou meu corpo.

— Que foi? – ela falou sonolenta ainda.

— Nada, queria ficar com você.

Deitei minha cabeça em seu peito, o cheiro do perfume doce que ela usava, me deixava mais confortável ali.


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Notas finais do capítulo

Maria Júlia tá parecendo a Amy no primeiro capítulo, só Deus na causa hein! Gosto bastante de quando cês comentam, viu? Inclusive quando é da Natty hsasoks (risada escrota a minha) ♥



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