POV DIANA

Já estamos no aeroporto minha mãe fazia o check in enquanto eu tava apoiada num pilar, esperando por ela. Eu tinha meu caderninho de musicas e eu aproveitei para rabiscar lá alguns versos.

«não adianta pedir as estrelas»

«Teus desejos mais profundos»

«porque elas vão se apagar um dia»

«e com elas teus sonhos também se vão»

Eu não acho que ficaram boas, mas tudo tem que começar em algum lado…acho eu…sei lá…eu não tenho cara de filosofa para estas coisas.

Eu olhei para minhas letrinhas quando senti um forte cheiro a cigarro, eu sei que aeroporto tem esse cheiro mas não podia ser tao forte assim.

Eu levantei minha cabeça e olhei para todos os lados e nada até que noto o rapaz que também tava apoiado no pilar, cabelos ruivos, jaqueta preta, o mesmo estilo Badboy de todos os meninos. Ele olhava para as pessoas passando calado e no seu canto, mas o que me irritou, foi o cigarro aceso na mão dele.

– os incomodados que se retirem – ele me lançou um sorriso bem malvado.

Eu tava pronta abrir minha bocarra se não fosse minha mãe.

– Diana, vamos – eu peguei na minha mochila de oxigénio e pus nas costas.

Depois de uns 30 minutos na sala de espera, e de ouvir minha mãe chorar o quanto vai sentir saudades minhas, tivemos que embarcar no avião.

Eu estava sentada bem no meu cantinho, quando voltei a sentir o mesmo cheiro de cigarro e foi quando reparei que o mesmo ruivo de há pouco estava mesmo lado a lado comigo.

– sério eu não mereço – eu tirei o cigarro da mão dele e pus no copo de água que eu pedi.

– mas que porra é essa! – eu ignorei ele e pus meus fones no ouvido, ele agarrou de novo meu pulso bem forte parecia que ia quebrar ele – você quer apanhar?

– u-hum algum problema senhor? – nós dois olhamos para a aeromoça, de cabelos longos escuros de pontas vermelhas, ai eu comecei a fingir meu choro.

– se-senhora, esse moço aqui, ele, ele queria me…ele queria me ba-bater, eu tava com medo – lágrimas rolam dos meus olhos, eu devia ser actriz (^ . ^)/

– o quê? Mas foi ela que… - ele rapidamente cubriu o copo para que a moça não notasse.

– que…? – a aeromoça olhou para ele, e eu também, ele tava encurralado e não podia falar do cigarro, assim até me sinto uma vigarista. Hehe.

– deixa pra lá…

– moça pode tirar ele daqui? – minhas lagrimas caiam que nem cataratas minha visão até ficou embaçada.

– senhor vou ter de pedir que mude de lugar.

– mas…

– senhor, se não quer problemas por favor mude de lugar! – ele olhou para ela bem firme e ela retrucou. Ele desistiu e foi mais no fundo. Eu agradeci a senhora e estava pronta para meu novo lar doce lar.

POV VIOLETTE

– bom agora só falta os ovos e…Armin vai largar o telefone ou quê?

– mas eu estou a tentar ver se apanho a maldita rede desse lugar.

Todo mundo foi direto para minha casa depois de passar no shopping para comprar algumas coisas para a festa de boas vindas, eu pintava os cartazes enquanto junto com Rosa Armin e Kim faziam o bolo, Íris ajudava Alexy com a música.

E Peggy me interrogava sobre minha irmã.

POV DIANA

Já são 20h49 mas onde é que a Violette está? Sua irmã vem para vê-la depois de tanto tempo e nem sequer tem a decência de aparecer? E agora estou aqui em França, numa cidade chamada Cardilia que nem sequer sabia que existia.

*Beep--beep--beep*

– …por favor deixe uma mensagem a seguir ao sinal… - eu juro que eu mato ela quando eu a ver.

– Violette eu estou aqui no aeroporto há 3 horas e é melhor você aparecer já!! – acabei com a chamada e voltei a ligar novamente.

*beep beep beep*

– por favor deixe mensagem…

– Violette? Violette!!

– VIOLETTE SUA BESTA, QUANDO EU VER SUA CARA VOCÊ VAI DESEJAR NUNCA TER NASCIDO!!! – ai meus nervos, preciso acalmar se não quero ir de vez.

POV VIOLETTE

– Pronto, o bolo está pronto – Kim vinha com um bolo bem decorado para mesa.

– Hey Vi, sua irmã chega ou não? – Peggy parecia bem animada

– bom, é suposto eu ir buscar ela.

– e quando é que chega o voo dela? – Rosa, vinha com um monte de sacos na mão, com bebidas e copos.

– bom é suposto eu estar lá as 17 horas – todo mundo me olha com cara de tacho – que foi?

– são 21 horas – Peggy me disse com voz bem seca e os braços cruzados.

–quê? – Diana vai me matar tenho certeza, e ela frágil e indefesa. Será que ela está bem? Eu peguei minhas chaves e sai voando da minha casa.

– espera Vi – Kim me travou – melhor ir-mos no meu carro tá bom?

– o-ok – eu estava cada vez mais triste, se algo acontecer a culpa será minha.

– melhor irmos todos juntos – Kim gritou para os outros.

POV DIANA

Eu sentei numa fila de cadeiras lá a espera do momento em que eu ia esganar a Violette, depois de meus nervos subirem eu estava muito cansada.

– hey, quer ajuda?

– han? – o rapaz ruivo estava na minha frente, ninguém merece mesmo!

– vai querer ajuda ou não? – ele disse com sua mão estendida e um sorriso malicioso nos lábios.

– fala sério, você me persegue ou o quê? – ele parecia satisfeito com minha resposta.

– é deve ser seu charme que me atrai tanto assim.

– vai catar coquinho e me deixa em paz.

– eu conheço a Violette.

– sim, pois claro.

– aluada, cabelos violetas, e voz de um ratinho molhado – ele descreve pessoas na perfeição. – então?

– sério que não tem segundas intenções?

– ao menos é melhor do que esperar aqui no aeroporto.

– 0k… - eu peguei na mão dele pronta para que ele me guiasse, melhor do que dormir aqui isso tenho a certeza.

POV VIOLETTE

Finalmente quando chegamos ao aeroporto já eram 22h37 eu e meus amigos procuramos ela por todo lado e não encontramos nada, falamos com os monitores e seguranças do aeroporto, mas ninguém viu ela. Eu já estava quase a desperar quando meu telefone começou a tocar.

*ring ring ring ring*

– oi?

– eh…Menina Violette Rose?

–sim, com quem falo?

– bom, estou a ligar para dizer que sua irmã, Diana Rose, está neste momento aqui comigo na esquadra de Cardilia. – eu não podia acreditar no que tinha acabado de ouvir, mas como pode ela estar na esquadra? Eu não falei mas nada, e desliguei o telefone, apenas fui direto para a esquadra que me enviaram.

Nós entramos e a cena foi realmente…uma surpresa. Ela estava dentro da uma cela, no colo de Castiel com tubos a volta do seu rosto que davam para uma mochila que estava meso ao lado do Castiel, enquanto que Castiel estava com a cara cheia de arranhões. O policial responsável pra vigiar eles, tinha um olho negro, e parecia nem querer se meter, mas ele realmente tem uns cabelos dourados muito brilhantes. Eu me aproximei da cela, para ver ela.

– uhm…Diana, você está bem? – eu sussurrei que é para não acordar ela.

– melhor você só pegar ela e nem se atrever a acordar ela, ela parecia determinada em te matar logo que ela visse você – eu estava preocupada com ela e tentei mais uma vez.

– Di-Diana… - Íris posou a mão dela no meu ombro.

– sabe melhor deixar ela descansar um pouco, ela parece estar muito fraca e…

– se ninguém me tirar daqui juro que aqui vai haver um assassinato. Depois não digam que não avisei! – todo se espantou com ela, e eu fui rapidamente atras de todo mundo.

Se Diana estava brava a aquele ponto eu não queria nem aparecer mais na frente dela. Ela é minha irmã e eu amo ela, mas também quero viver.

– bom vocês podem ir buscar ela, por favor? – ele entregou as chaves para nós e saiu da sala. E Diana levanta do colo do Castiel.

– cadê a Violette? – todos trocavam olhares entre si, e eu só me encolhia ainda mais.

– bom…nós não conhecemos nenhuma Vi…

– nem adianta porque o cheiro dela de tinta, eu sinto a quilómetros de distância!! – eu olhei para meu vestido e só me dei conta agora de que ele estava bem sujo com os montes de tinta. Já não adiantava mais então me mostrei.

– o-oi? – ela me olhou tao feio que eu sou queria me esconder num buraco agora mesmo.

– feliz saber que lembrou de mim.

– bom…eu…

– não se preocupe, eu já não estou chateada com você – ela falou num ar tão natural, que mais parecia a fada da serenidade.

– mas…você

– não se preocupe, se eu me chatear meu coração vai acabar comigo, e depois já descontei tudo nesse menstruado ali – ela apontou para Castiel, que virou a cara para esconder os arranhões.

Eu pus a chave na fechadura e destranquei aquilo.

– ah…desculpa a demora Castiel é que eu esqueci meu bloco de notas e… - todo mundo virou para olhar Lysandre, sem as roupas habituais, simplesmente uma t-shirt e umas calças bem simples. Foi realmente algo difícil de acreditar.

– já não era sem tempo – Castiel passou por nós e foi-se embora com Lysandre

– bom adeus então Diana – ele acariciou a bochecha de minha irmã, e ela tentou morder ele.

POV DIANA

Aquele ruivo tentou me acariciar, sério mesmo isso? Eu tava prestes a falar algo quando, Violette me abraçou bem forte e sem ela perceber que estava dobrando meu tubo de oxigénio.

– para que é isso?

– e-eu amo você Diana – ela começou a chorar e não parava de soluçar – eu tinha medo que algo de mau acontecesse com você, tinha medo que você dormisse no aeroporto… ou, ou mesmo até apanhar um resfriado… - eu poderia ter sido violada e é isso que ela sente medo? Eu só acariciei os cabelos dela e comecei a sorrir.

– você não muda mesmo né? Deixa que a mana mais velha vai cuidar de você – eu fiz uma pose de super-herói.

– mas a mais velha sou eu…

– tanta pressa de envelhecer assim? – ela limpou as lágrimas e soltou um riso.

– que fofura, no final tudo acabou bem – veio um rapaz de cabelos azuis me abraçar ele até me pos no ar.

– mas que…

– é ouvimos muito sobre você – tinha um outro de cabelos pretos que veio abafar meu cabelo. Daí então todo mundo na sala veio me abraçar, mas donde é que essa gente veio?!! Eu nem conheço eles…poxa!

POV VIOLETTE

Depois disso fomos para casa, durante a viagem, todo mundo lhe fazia muitas perguntas como “onde arranjaste o teu cabelo” ou “os tubos não te incomodam a cara”, as perguntas foram mais sobre a condição dela e eu sei que ela não gosta muito disso. E quando chegamos a casa, ela só não se chateou porque eu subi as escadas e ela não podia correr.

No fim todo mundo se divertiu, com a festa e mal ela ouviu que o bolo era de chocolate esqueceu todo mundo e ficou namorando com o bolo, e não deixou ninguém dar uma única dentada. Ela não quis falar como é que ela acabou lá, e porquê todo mundo estava marcado com arranhões e machucados. Já era tarde e todo mundo acabou dormindo aqui em casa, eu fui dormir com Kim e Íris, Diana dormiu com Alexy e Rosayla, e Armin marcou território na sala de hóspedes. Meu pai viajou em reuniões então ele não voltou hoje.

Só espero que para o bem de nós duas amanhã não seja tão emocionante como hoje…