Pov. Bella

– Os Salvatores são vampiros de outra espécie. Nunca tivemos um contato totalmente direto com eles, a lei deles é diferente da nossa e são da Virginia. São totalmente distantes, não temos desavenças. Não tem o porquê de estarem por aqui – Explicou Carlisle.

– Bella e eu deveremos então ir até Mystic Falls – Sugeriu Edward.

– Concordo, nós cuidaremos das coisas por aqui. – Assegurou Carlisle na esperança de tranqüilizar o assunto.

As coisas de Renesmee e Jacob já estavam prontas e estávamos nos ajeitando para irmos até Mystic Falls, na esperança de encontrar um dos Salvatores por lá. Cada vez mais eu considerava a idéia de Renesmee sair da cidade uma das melhores idéias, ela estaria segura com Jacob – Levamos Jake e Ness até o Aeroporto e logo em seguida seguimos em uma viagem um pouco longa até Mystic Falls.

Mystic Falls – Virginia – 20h35min

Chegamos mais cedo do que havíamos em mente e pelas informações da cidade, chegamos na casa dos Salvatores e fomos atendidos por uma mulher.

– Boa noite, meu nome é Edward Cullen e essa é minha esposa Bella. Somos de Seattle, e gostaríamos de falar com Stefan ou Damon Salvatore.

– Somente um deles esta, mas pode entrar – Ela abriu espaço para que passássemos – Afinal, meu nome é Elena – Ela sorriu nos cumprimentando em um aperto de mão e por fim nos levando até a sala de recepção.

“somente um deles esta” Essa frase cutucou meus pensamentos como agulha, o que me levava a acreditar em que um deles estava em nossa cidade com um clã com interesse em Renesmee. E pelo conhecimento que Carlisle havia passado para nós, Damon era o mais amargurado. Só podia ser ele. No mesmo instante a presença de Damon entreviu meus pensamentos me indignando – Não era ele que estava em Kapitan Kley.

– A que devo a prestigiosa visita? – Damon sorriu torto cumprimentando Edward como se já se conhecessem – Sra. Cullen, é um prazer ve-la mais viva do que nunca – Ele ironizou me cumprimentando por fim.

– Alice teve visões de um clã que está passando a foto de nossa filha entre eles. Todo Clã tem um líder, porem Alice não consegue ver quem. O que por fim chegamos na conclusão que poderia ser uma espécie de vampiros diferente – Assenti olhando para Elena e Damon – Viemos no intuído de saber se vocês tem algum envolvimento – Finalizei segurando a mão de Edward.

Elena e Damon aparentaram ter noção do que estávamos falando, eles se olharam por alguns instantes e seguidamente Damon sentou servindo-se de um Whisky – Elena parecia aflita e se direcionou ate a lareira ainda em silêncio.

– O que a filha de vocês tem de especial? – Damon assegurou oferecendo a bebida para nós.

– Renesmee é meio humana e meio Vampira e contem dom – Expliquei – E se alimenta com sangue e comida.

Damon pareceu preocupado após absorver todas as informações e então apoiou seus cotovelos em seus joelhos e apanhou suas mãos em seu cabelo levando sua cabeça para baixo – Elena então se aproximou e sentou ao lado do mesmo.

– Vale retratar que o banco de sangue da cidade tem diminuído sem explicações e mortes de inocentes têm aumentado nas mesmas intensidades – Edward insistiu.

– Stefan – Arfou Damon com segurança – Stefan está com sua humanidade desligada, o que significa que não liga estripar humanos inocentes.

– E o que Renesmee tem haver com isso? – Me preocupei.

– Acontece que a pessoa responsável por Stefan estar assim está em outra cidade e não tem interesse em fazer Stefan voltar ao normal – Acrescentou Elena – O que nos leva a pensar que Stefan criou um Clã a fim de acabar com Klaus, acreditando que a condição rara de Renesmee o ajude com mais precisão.

– É uma boa teoria, onde esta Renesmee? – Damon levantou-se andando de um lado para o outro.

– Esta fora da cidade na proteção de um amigo – Assegurei.

– Menos mal. Stefan atacara todos em volta dela e por fim ela. Vamos por um fim nisso, não precisamos de Klaus para por fim nisso. Stefan passou dos limites – Grunhiu fechando o rosto que aparentava raiva.

– Como fará isso? – Questionou Edward.

– Ele precisa sentir algo, algo que realmente ele se importe – Garantiu Damon.

– Mas é claro – Elena deduziu em tom de descoberta – Valery – Ela sorriu para Damon.

– Quem é essa?

– Durante um tempo em que Stefan esteve fora de Mystic Falls ele adotou uma criança como se fosse sua filha, mas depois de um tempo a mãe da criança apareceu e por fim Stefan a devolveu e voltou para Mystic Falls. Ele ainda tinha contato com a garota apenas por carta, ela com certeza poderá nos ajudar e por um fim nisso tudo. – Me garantiu Damon com confiança.

– De onde ela é?

– Kapitan Kley – interrompeu Elena com uma carta aberta na mão antes que Damon respondesse.

– Que ótima coincidência – Damon sorriu maliciosamente – Já chega de travessuras irmãozinho – Ele assegurou para si mesmo virando o ultimo gole de sua bebida.

Isso me soou um pouco interessante e um tanto quanto desconfiante, amiga de Ness tinha esse mesmo nome – Sem especulações Bella – Pensei comigo mesma. Afinal essa não era a hora de inventar mais problemas e quais eram as chances de ser a mesma pessoa? Em meu ponto de vista as chances de 0 a 10, eu considerava cinco. Para não perder o costume de sempre esperar o pior.

Charleston – Carolina do Sul – 1h00min – Pov. Renesmee

“Nessie chegamos” pude ouvir Jacob falar em meu ouvido – Serio mesmo? – Pensei comigo e logo me levantei ajeitando meu cabelo e tirando os cintos. Saímos do avião e ainda era noite. Na verdade madrugada e em seguida um carro estacionou perto de nós.

– Reserva de Carlisle Cullen – O motorista assegurou saindo do carro e passando a chave para Jacob em um aperto de mão.

Seguimos até o hotel que não ficava longe dali e logo na recepção recebi a noticia em que eu dividiria um quarto de casal com Jacob – Olha o impacto dessas palavras – Por fim se acomodamos no quarto e obviamente só havia uma cama. De casal.

–Você dorme no mini sofá – Garanti deixando minha bolsa no canto do quarto.

– Você que manda – Ele riu da situação.

A cidade em si era bastante quente então resolvemos abrir as janelas e acomodarmos as coisas pra por fim descansarmos. Jacob já havia se acomodado no sofá que havia próximo da cama e eu estava no banheiro me trocando.

– Já posso apagar a luz? – gritou Jacob.

– Ainda não estou pronta! – Rebati de dentro do banheiro.

– O que está esperando? – Apressou-me.

– Você fechar os olhos para eu passar!

– Por quê? – Ele riu com voz de cansado.

– Estou de pijama!

– Tudo bem, pode vir.

– Já fechou?

– Sim – Ele garantiu.

Abri a porta devagar olhando para garantir se ele havia mesmo fechado os olhos, sim havia. Aproveitei e passei por ele nas pontas dos pés rapidamente – mesmo assim pude ver seus olhos seguir minhas pernas enquanto me afastava do mesmo.

– Jacob! – Me invoquei jogando um travesseiro sobre ele.

– Esse foi o pijama que você trouxe pra dividir o quarto comigo? Um babydoll? – Ele riu durante a frase.

– É que eu pensei que eu iria ficar em um quarto sozinha – Me defendi deitando.

– Magina, sem problemas – Ele insistiu em um tom malicioso.

Depois da leve cantada de Jacob eu ainda assim só conseguia pensar em dormir, afinal, ele devia estar brincando. Eu estava desacostumada com o clima da cidade o que contribuiu para que eu acordasse antes de Jacob – Me troquei e pedi café da manhã ainda esperando que Jacob acordasse. A espera foi me vão. Eu rodeava o sofá onde o mesmo dormia na esperança em que ele me notasse e nada dele acordar, cheguei a tocar suas coxas com meus pés e novamente nada – Filho da mãe! – praguejei. Eu não tinha ordens de sair do hotel desacompanhada, estava super entediada e para minha sorte estava chovendo. Ele não podia só dormir enquanto eu me descabelava de tédio, isso não era justo – Resolvi apelar, era meio maldoso, porem necessário. Fui até o banheiro e fechei a porta, antes mesmo de agir ri comigo mesma da situação mais por fim soltei um grito agudo e ardido ao som de seu nome.

Em questões de segundos sem ao menos eu terminar o grito, Jacob apareceu junto de um barulho que me deixou boquiaberta, me assustei mais que ele – Ele havia arrancado a porta do lugar com o impacto de sua força e sua rapidez. Eu continuava assustada perto do Box do banheiro ainda olhando para Jacob que após certificar-se que não havia ninguém ali, apoiou-se na parede respirando devagar e voltando a olhar pra mim.

– Nunca mais brinque assim – Pude sentir as palavras saírem de sua boca em um tom serio e não pude conter o riso – você ainda acha engraçado? – Ele ergueu uma de suas sobrancelhas apontando para porta que estava no chão.

– Você é mesmo maluco! – Respondi rindo do mesmo e saindo do local.

– Você é maluca – Ele afirmou seguindo-me – Não tem noção do que sua mãe faria comigo se algo acontecesse com você.

– E você sabe? – Me virei para ele com um copo de água, oferecendo para o mesmo.

– Sim – Ele aceitou – Precisa ver o que ela fez comigo quando descobriu que eu... – De repente sua voz falhou me olhando com indiferença.

– Que você?... – Insisti assentindo.

–... Quando sai da cidade sem avisá-la – Mentiu.

Desviei o assunto mesmo não acreditando em sua resposta. Ainda sim eu queria fazer algo, mesmo com chuva sugeri então que ele me levasse para caçar – Ele não achou má idéia e encontrou fácil um lugar reservado e distante da civilização – Resolvi pegar um leopardo, mesmo não sendo um dos meus preferidos, quis ser rápida – Levantei-me após terminar limpando minha boca na manga de minha blusa, não gostava que Jacob me visse assim, a chuva já não me incomodava mais. Aproximei-me do lobo avermelhado que se encontrava a umas distancias de mim e apalpei minha mão no seu rosto a fim de falar com ele em meus pensamentos onde se curvava como uma referencia.

Vamos?

Ele assentiu com a cabeça e inclinou-se para que eu subisse – Até chegarmos à praia Jacob já havia voltado em sua forma normal e caminhávamos na areia molhada da praia.

– Ta valentona, quase não conseguia te ver enquanto tentava pegar o leopardo – Ele riu me olhando com espanto.

– Emmett tem me dado algumas aulas – Sorri colocando uma mexa do meu cabelo atrás da orelha.

– E tem funcionado – Ele voltou a sorrir voluntariamente.

– O que acha de um mergulho? – Sugeri olhando o mar tentador que estava acompanhado do ar abafado que insistia em ficar depois da chuva.

– Deve estar muito gelada – Assegurou Jacob entortando os lábios e franzindo as sobrancelhas.

– Qual é? – Questionei sorrindo e parando a nossa caminhada. – Então fiquei ai – Finalizei tirando minha blusa e meu tênis, ficando de shorts e sutiã.

Sai correndo em direção ao mar antes olhei para trás e certifiquei que Jacob estava a caminho, após sentir as três primeiras ondas, senti um arrepio que percorreu sobre minha espinha inteira. Estava um gelo. – Meu deus, eu não vou mais – Garanti girando sobre meus calcanhares no intuito de sair e logo de deparei com Jacob logo em minha frente que fez uma cara de indignação.

– Aonde pensa que vai? Agora que você vai ficar valentona!

Ele envolveu um de seus braços em minha cintura me trazendo para mais perto de si e por fim me carregou em seus braços me girando levando para mais perto do mar, nossos sorrisos se soltavam com naturalidade como se praticássemos isso sempre. Ele não deu chances para que eu me defendesse ou me recusasse – E quem disse que eu queria recusar?