1971: Como Tudo Começou escrita por Lara Manuela de Souza, Marina Saint


Capítulo 6
O salgueiro lutador - Remus


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo é curtinho, mas é mais uma explicação. Narrada pelo Remus. Boa leitura.



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Li pela décima vez o bilhete escrito naquela letra bem elaborada:

Espero-te na minha sala, às vinte três horas.

PS: Gosto de coxinha

Alvo Dumbledore.

De acordo com o que ele me disse quando veio em minha casa me convidar para ir à Hogwarts, ele deve ter construído a casa para eu frequentar sempre nas luas cheias. Naquele dia ele havia prometido que eu podia frequentar a escola sem problemas, iria fazer um lugar aonde eu seria inofensivo, uma casa em Hogsmeade. Mas eu não tinha ideia de como eu iria dar uma desculpa aos meus amigos quando a lua cheia finalmente aparecesse no céu. Pensando nisso, às vinte três horas em ponto, como o combinado, fui ao corredor do sétimo andar, na frente de uma gárgula e disse a senha:

— Coxinha – A gárgula saltou para o lado; a parede oculta se abriu, e surgiu uma escada circular de pedra. Pus os pés, sendo levado até uma porta com aldrava de latão que dava acesso ao escritório do diretor.

Bati.

— Entre – Disse de dentro a voz de Dumbledore.

Entrei e me sentei em sua frente.

— Espero que tenha sido bom o seu primeiro dia.

— Hmmm, sim. Muitas aulas com Cook.

— Ah, você então já teve aulas com o professor Cook? Ele é um ótimo professor... – Disse coçando a barba.

— Você queria falar comigo, senhor?

— Ah, sim. Eu queria te avisar que já construí uma casa para você ficar... Se não me engano em duas semanas... Eu queria lhe mostrar. – Ele se levantou junto comigo – Me siga.

Ele me guiou pelo castelo, já vazio, e saímos na fria e escura noite.

— Veja - disse ele apontando para uma abertura no chão de grama. – Esta é uma passagem para a casa. Ela foi feita por Hagrid, há uns minutos atrás, claro. Não queremos que outros estudantes possam entrar nessa casa durante a sua transformação, então por precaução, iremos plantar um salgueiro. Ele é enfeitiçado para atacar qualquer um que chegue muito perto, então ele é perigoso. – Ele pegou uma arvorezinha lá perto. Ela tinha o meu tamanho mais ou menos. Ele fez um buraco ao lado da abertura com um feitiço. – Vamos, me ajude com a árvore. – Peguei a árvore leve, e a joguei no buraco cavado. Dumbledore jogou a terra de volta e murmurou outro feitiço.

— Agora ela está despertando. Ela vai ser uma ótima guardiã. Mas... Ela vai tentar te atacar, então para entrar, é só cutucar com uma vara longa nesse ponto – Ele explicou pegando uma vara do chão e cutucando a árvore – Isso seria o mesmo que colocar uma varinha no seu pescoço, ela vai “se render”, esse ponto é muito delicado para ela. Ficando parada, você entra na casa. Simples. Ah, ela vai crescer muito rápido, agora que está desperta. – Ele sorriu. Vamos, você deve dormir.

Voltei para o castelo deixando ele sozinho. Minha mãe ficou doente. Isso. Já tenho que começar com a farsa antes que meus amigos desconfiem. Entrei no dormitório, fechei a cortina atrás de mim mesmo e comecei a forjar uma carta.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam? O que o Remus está planejando com uma carta forjada?