1971: Como Tudo Começou escrita por Lara Manuela de Souza, Marina Saint


Capítulo 7
Testes - Pedro


Notas iniciais do capítulo

Gente, demorei mas tive motivos: As aulas recomeçaram e ainda nos primeiros dias e já estou ralando nos estudos. Exagero? Não.
Enfim, capítulo narrado pelo Pedro! Até que enfim, não?
Ps.: Entre aspas e em itálico é a consciência do Pedro.



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   Passei mais uma noite muito mal dormida. Digo, não faço ideia de como acordo tão cansado. Por mais que eu durma muito cedo e acorde tarde.

   “Depende do é cedo pra você, cara” Certo. Odeio quando minha consciência fala. Lembro-me dessa voz na minha cabeça desde os meus dois anos de idade, quando conheci pela primeira vez o chocolate.

   “Eu pensei que você não pudesse me ouvir naquela época! Não havia escutado quando eu lhe alertei sobre os perigos do chocolate, que poderia causar a obesidade infantil quando ingerido em excesso, que...” Focando no presente, nunca recupero todas as energias, e sempre durmo muito. Ah, e sempre acordo no chão, debaixo da cama... Essas coisas.

   “Talvez se você dormisse menos, sabe. Provavelmente o que faz você acordar pior depois de passar mais horas na cama é o REM, que ocorre mais intensamente no final do sono. Quanto mais você dorme, mais tempo você tem de sono na fase REM. E quanto mais sono REM, mais chances de acordar triste e apático porque os antidepressivos naturais estão menos ativos no organismo...” Primeiramente, eu definitivamente não acordo triste e apático. Segundo, só entendi a parte do triste e apático...

   A pior coisa de todas é ser acordado com água na cara, com gritos, com cócegas, com... Você entendeu. E é assim que eu fui acordado durante a semana INTEIRA. Já virou tradição. Já estou até contando os dias para o natal. O fato é que duas semanas consecutivas vendo as mesmas caras todo santo dia cansa. “Esse é o principal motivo por eu não ter uma cara, sabe...” A única coisa que me faz ter vontade de viver são as aulas do Vincent e as pequenas confusões que andamos armando com os livros do Remus. Só não encontramos um inimigo para testar algumas delas...

   Mas nós temos concorrência. Desde o começo confusões com mais humor do que as nossas estão acontecendo aqui. O pior é que nós não somos os responsáveis “Jura?” Juro, e nós somos culpados, com direito a detenção e bronca de Dumbledore. O ponto positivo é que ninguém sequer suspeita que não fomos nós que fizemos, então nós ficamos muito populares com isso, todo mundo nos conhece. Toda semana Rita faz uma entrevista com a gente e com a ajuda de Xenofílio, seu fiel escudeiro, escrevem e colocam no salão comunal da Grifinória.

   Severo, da Sonserina está sendo legal com a gente, até. Fazemos o dever do Vincent com ele, já que as aulas de poções nossa é junto. Sinceramente, percebo claramente a aversão do James por Severo, mas a presença de Lílian ameniza a sua vontade de expulsar o sonserino.

   A mãe de Remus está muito mal, pelo que diz. Todos os dias ele recebe cartas do pai comunicando a saúde da mãe. Ele já tem a permissão de Dumbledore para daqui a oito dias fazer uma visita a ela.

   O ar gelado da noite me pegou de surpresa. Não tinha vindo bem agasalhado. O inverno chegara cedo esse ano. No alto uma lua crescente iluminava o caminho.

   - James, você sabe as regras, alunos do primeiro ano não entram no time!– Reclamou Remus. Ele ao contrário de mim veio com um agasalho apropriado. Ele recebe O profeta diário todos os dias, com certeza não deixaria passar uma notícia como essa.

   - Meu caro, ninguém sabe que eu sou um aluno do primeiro ano – Disse James dando uma piscadela para Remus.

   Remus emudeceu até o final do percurso, onde James nos deixou e se juntou aos que iam fazer o teste para pegador da Grifinória. Essa noite só seria o teste de pegador, e na próxima, de batedor, ambos os antigos jogadores que ocupavam esse posto haviam se formado.

   Assistimos em silêncio quando chegou a vez de James no teste. O teste era de noite para ter uma maior dificuldade. O capitão marcava o tempo com um relógio e uma ampulheta de areia que brilhava em branco no escuro. Só um até o momento capturara o pomo dentro do tempo que escorria da ampulheta. James seria o último.

   Sentou na vassoura, o capitão soltou o pomo e trinta segundos se passaram até James decolar do chão gramado do campo. Pude ver o pomo tranquilamente, dando piruetas no ar gelado da noite, como se estivesse vivo. Ele diminuiu a velocidade um pouco para fazer uma curva quando James o viu. James disparou como o vento, mostrando um perfeito controle sobre a vassoura em que voava. Pegou o pomo com a mão esquerda, com uma facilidade assustadora e desceu, faltando ainda metade da ampulheta, muito pouco comparado com os outros do sexto ano que fizeram o teste.

   Desmontando a vassoura, sorriu confiante para o capitão, que claramente estava babando.

   - Que irresponsabilidade a do James. – Disse Remus.

   - Vocês conseguiram ver o pomo? Conseguiram? Não vi nada, não sei como James viu, sabe...- Manifestou-se Sirius, embasbacado.

   - Eu pude acompanhar cada movimento do pomo, vocês não? – “É claro que não, mané, foi isso que ele acabou de falar”

   - Eu não prestei atenção no teste, na verdade, Pedro. – Respondeu Remus.

   - Ceerto – Disse “Nem pense que só porque você prestou atenção você é melhor, não se esqueça, seria o mesmo que me elogiar, já que andei te educando todos esses anos para você conseguir captar toda essa riqueza de detalhes e tudo mais que te ensinei...”

   Não dando ouvidos a esse ser que invadiu minha mente desde meus abençoados dois anos de idade, James, terminando de conversar com o capitão do time, veio saltitando de felicidade em uma imitação perfeita de Rita Sketter na nossa direção.

   - Eu não disse que eles não sabem que eu sou do primeiro ano? – Disse James dando um mega hiper sorriso conquistador de corações femininos.

   - Você não vai sobreviver ao primeiro jogo, James. – Comentou Remus.

   - Porque não?

   - Os professores sabem que você é do primeiro ano. - Respondeu Remus bem devagar como se para James entender.

   - Nada que não se resolva com um uma poção envelhecedora. Só vamos pedir auxílio do nosso querido professor de poções. Ou talvez a tal de Polissuco. – Disse por sua vez, Sirius, dando de ombros.

   - Você acha mesmo que ele vai contribuir? – Perguntou Remus, ceticamente.

   - Se você acha que não, meu caro, você não conhece o Vince. –James então tirou então de dentro da blusa as sete medalhas do Vince que havia ganhado a cada aula de DCAT. Ultimamente se esforçava ao máximo nas aulas dele, sempre ficando com um aspecto amalucado e ganhando uma medalha nova.

   Entramos no castelo e nos deparamos com Rita nos barrando na frente do quadro da mulher gorda.

   - Cadê o Lovegood, Rita? – Perguntou James surpreso.

   - Aposentou. Na verdade foi meio que demissão, já que ele mesmo me deu uma pena mágica que anota minhas entrevistas no lugar dele, vejam só. – Ela tirou de dentro da bolsinha que carregava uma pena aparentemente, comum. Pegou seu caderno de anotações que estava magrinho de tantas páginas arrancadas, colocou a pena aos lábios, assoprou, e a equilibrou perfeitamente no caderno.

   - Eu vi você James, o cara mais popular da escola, não? Fazendo o teste de quadribol. Diga-me, você treinava bastante quando menor? – Começou Rita.

   - Claro, eu sempre fui um orgulho para meus pais. Desde os quatro anos jogava como pegador nos jogos de família e meu time sempre ganhava todos os jogos. – Respondeu claramente orgulhoso, James. A pena escrevia furiosamente no pergaminho, sozinha.

   - E o que você acha da equipe desse ano, ela merece um craque como você, ou você acha que eles nem chegam a seus pés?- Continuou.

   - Hmmm... Só conheci o capitão e ele parece ser um cara legal...

   - O que você sentiu quando foi aprovado para ser o apanhador mais jovem que a Grifinória já teve? –interrompeu Rita.

   - Ah... –Disse James bagunçando o cabelo num gesto muito comum. – Bem eu me senti... Senti... Legal.

   - E o que você planeja para não ser expulso do time por ser do primeiro ano?

   - Corta essa. – Interrompeu Sirius.

   - Hmm... Sim, sim. Liberados, então. – Disse saindo da frente do quadro.

   - Senha? – Perguntou a mulher.

   - Círculos de fogo – Disse Remus

   – Não, não é essa a senha. – Respondeu a mulher gorda

   - Mas essa é a senha que conhecemos.

   - Seus mal informados! – Ralhou Rita – Não leem meu artigo? Estava avisando que a senha mudaria na noite de hoje para “Biografia”.

   - Correto – Afirmou a mulher gorda, abrindo a passagem.

   Mas ao a passagem se abrir, foi revelada a cena mais violenta que já vi na minha vida “Para ter a palavra final: Pedro Pettigrew nunca viu uma cena violenta na vida.” Não corte o meu barato, ser invasor de mentes. E você não vai ter a palavra final “Você já era, suas chances de ter a última palavra... Acabaram de acabar *gargalhado maleficamente* ”.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam da vozinha da consciência? kkk
E o que seria essa maior cena de violência da vida de Pedro?
Por que será que Pedro sempre acorda no chão?
Quem será a concorrência dos marotos?
Descobriram o motivo de Remus forjar cartas?
*Manu*



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