1971: Como Tudo Começou escrita por Lara Manuela de Souza, Marina Saint
Notas iniciais do capítulo
[Editado]
Narração do James de novo (:
Me aguardem nas notas finas. Boa leitura:
Tínhamos combinado de nos encontrarmos na plataforma ás dez para achar uma boa cabine enquanto elas naturalmente não ficavam cheias.
Mas nem Sirius nem Remus haviam aparecido ainda e eu já estava plantado no meio da multidão fazia 10 minutos — Não achem estranho eu estar reclamando. Levo muito a sério a pontualidade. (Puxei meus pais) – quando avistei a cabeleira negra de Sirius surgindo. Fiquei olhando enquanto uma jovem muito bonita com o gato dele, Geada surgia da passagem seguida de seu irmão mais novo, Regulus, provavelmente – e dois adultos muito parecidos com ele – a quem julguei serem seus pais pela semelhança.
- Black! – chamei.
Todos eles se viraram ao mesmo tempo na minha direção. Pode parecer estranho, mas consegui ouvi-los da distância em que estava. (Devo uma à campainha que me acorda todos os dias)
— Alguém conhece o rapaz?- perguntou a mãe.
— Acho que ele está pedindo esmola. - disse a jovem, rindo.
— Nem sabe pentear o próprio cabelo. Lamentável. Deve ser filho daqueles grifinórios traidores de sangue, os Potter. Se entendem com trouxas. – Falou o pai com nojo.
— E ainda por cima é um quatro olhos. - completou Regulus
— Concordo com você, primo – disse a jovem. - E, obviamente podemos perceber que o sujeitinho Potter deve conhecer um outro sujeito que não se manifestou até agora e fica nos olhando como se tivéssemos contado grandes : O Sirius.
Com esse comentário, percebi que Sirius já havia saído de perto deles. E, como sempre acontece comigo, Sirius aparece na minha frente como se tivesse sido invocado ao menciona-lo – mesmo que em pensamento.
- Cara, não acredito que você fez isso! Poxa, você podia ter acenado discretamente do meio da multidão, ou até mesmo me chamado com um simples: Sirius! – reclamou com uma sincera cara de desapontamento estampada no rosto.
— Errr... Somente me desculpe, sim?
— Desculpar é pouco, Potter. Estão pensando seriamente em me mandar um berrador quando estivermos em Hogwarts nesse exato momento. Digo, essa é a coisa mais gentil que eu posso esperar deles enquanto Bellatriz estiver em casa interferindo no que fazem.
— Quem é Bellatriz?
— Ah, tá. Vamos procurar logo uma cabine. Se eu ficar aqui por mais tempo meus pais me localizam.
Entramos no trem e vimos que quase todas as cabines estavam cheias. Por sorte nós encontramos uma desocupada no fundo.
Colocamos os malões no compartimento e sentamo-nos.
— Agora vamos ás explicações... – Disse Sirius entrelaçando os dedos de suas mãos e apoiando sua cabeça neles dramaticamente.
— Primeiramente: Por que se atrasou, Black? – perguntei com a mesma seriedade que ele demonstrava.
— Pulemos por favor essa pergunta. – Dispensou com um gesto de mão - Guarde-a na geladeira e conserve-a para o Remus, sim? – Tinha quase me esquecido dele. Por Merlim! Será que ele morreu?
Acordei do choque e finalmente perguntei:
— Quem é Bellatriz?
— Acho que podemos descrevê-la em tópicos:
Prima
Chata
Vinte anos
Bagunceira
Psicopata
Disse isso levantando a cada tópico dois dedos, de modo que quando terminou seus dedos não estavam mais entrelaçados.
— Mais dúvidas? – Perguntou com a testa franzida, tentando fazer uma cara séria. Mas descobri que ele é péssimo no quesito “fazer caras”. Não aguentei mais. Ao mesmo tempo caímos na gargalhada.
Naquele momento Remus entrava na cabine arquejando ruidosamente.
— Ufa. – disse pondo a mão no peito e respirando fundo.
— Por que se atrasou Lupin? – Dissemos eu e Sirius em uníssono (eu com uma cara séria, Sirius com uma careta que eu acho que seja sua tentativa de uma cara séria).
Remus olhou para a careta de Sirius e por um momento sua expressão foi de confusão.
— Minha mãe... Ela é muito grudenta. – disse ele apontando para uma marca de batom na bochecha e uma capa de chuva.
— Ela te obrigou a trazer essa capa de chuva?
— Na verdade não, ela queria me dar um guarda-chuva, mas depois mudou de ideia e colocou a capa na minha mão. Tive que fugir e vim correndo pra cá, porque ela já começava a me analisar pra ver se eu estava bem prevenido. Por favor, não façam essas caras estranhas, eu moro perto. E depois eu comprei jornal de um bruxo quando já tinha entrado na estação - disse erguendo o jornal O Profeta diário – Precisamos estar sempre bem informados. - Ao terminar sentou-se no banco e começou a ler o jornal.
Eu e Sirius nos entreolhamos. Nerd. Concordamos em pensamento.
A porta da cabine se abre novamente e um menino gordinho pergunta, tímido:
— Posso me sentar aqui? As outras cabines estão todas cheias.
Remus nem levantou os olhos do jornal enquanto eu e Sirius fizemos sinal para o garoto entrar. De repente ele levantou a cabeça violentamente olhou para nós:
— Terminei de ler.
Passou um tempo demasiado longo olhando o garoto que estava conosco.
— Pedro Pettigrew?
— Como você ficou sabendo meu nome? Eu não disse nada. – Perguntou Pedro.
Remus deu de ombros
— Tom me contou que você era o que mais aparecia lá, e sempre sozinho – Disse ele com um olhar gentil.
— Veja, eu sou Remo Lupin e aqueles dois doidos são Sirius Black e James Potter. Você pode ficar com a gente.
— Por sinal Remus, cadê a mulher da comida que não vem? – perguntei.
Uma mulher gordinha apareceu na porta (Preciso dizer? Como se tivesse sido invocada ao ter a mencionado):
— Querem comprar alguma coisa? – disse apontando ao carrinho de doces.
Eu comprei feijões de todos os sabores e dois sapos de chocolate. Já Pedro limpou todos os sapos do carrinho.
— Hmmm... Alvo Dumbledore? Já devo ter umas cinquenta dele. – Disse ele, frustrado quando tirou o cartão da caixa.
— Cinquenta? - perguntei
— É, eu coleciono. A verdade é que só faltam dois para minha coleção estar completa. – Respondeu Pettigrew.
— Vamos ver se tenho sorte... Hmmm – Disse fazendo mistério enquanto pegava os meus dois cartões. - Godric Griffindor e Helga Hufflepuff.
— Como assim? Eram esses que me faltavam! – Disse Pettigrew.
— Tome – Disse dando meus cartões. – Eu não coleciono.
A garota de cabelos acaju em que havia visto na loja de animais do beco abriu um pequeno espaço da porta e enfiou a cabeça pra dentro:
— É melhor já colocarem o uniforme, estamos nos aproximando do destino
Com a mesma rapidez que apareceu ela saiu.
— É caras, logo vão saber em que casas vão estar... Tomara que eu não vá para a Sonserina, tomara que eu não vá para a Sonserina... – Dizia Sirius, nervoso, olhando para o nada.
— Igualmente, Sirius. Igualmente.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
E aí? Críticas, elogios, eu aceito tudo. Só comentem, sim? Não dói nada.