Reverse Falls - When Gravity Falls escrita por Belle Cipher


Capítulo 8
The Portal - It's Over




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—Acha que isso vai funcionar?

—Precisamos tentar.

—Já temos o aliado que você disse.

—Mas se isso funcionar, seus poderes vão aumentar!

—Bem, está ligado. É só mantermos a sala segura. Se ninguém desligá-lo ou destruí-lo, nada poderá nos impedir.

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—São gnomos-falou Dipper.

—O que fazem aqui?-Pacífica perguntou.

—Não faço ideia e não tenho certeza se quero saber.

—Bem, poderiamos pergun...HEY!-ela exclamou, começando a flutuar.

O mesmo aconteceu com Will e Dipper. Eles trocaram olhares. Isso já estava perdendo a graça que, honestamente, nunca teve.

Quando acabou, Dipper virou-se para Cipher.

—Ok, de novo não. Você não disse que se não tivesse a triangulação dos portais, não funcionariam?

—Hã?-Pacífica franziu a testa.

—Quando três portais são construídos em áreas que, se ligadas em um mapa, como em um jogo de ligue os pontos, formarem um triângulo isósceles perfeito, têm um poder maior. Destruímos um, então a triangulação foi desfeita. Mas isso não quer dizer que um portal separado não possa ser usado.

—Você não acha que seja o da mansão...

—Bem, o da pizzaria estava em construção e o destruímos. Como só podem construir um portal de cada vez, acredito que o da mansão seja o único agora.

—Então precisamos de uma desculpa para entrar lá-Pacífica disse.

—Argh! Eu mereço...-Dipper bufou-Vai ter uma droga de festa na mansão.

—E...eu n...não p...posso ir...-Will disse, tremendo.

—Também não posso, mas se formos disfarçados...

—UHUUUU! FESTA!-Pacífica sorriu.

—Odeio isso...-murmurou Dipper.

Pacífica usou aquele mesmo vestido da fantasia de fada, mas sem as asinhas. Colocou uma sapatilha rosa (saltos altos nunca mais) Colocou uma máscara cor de rosa com purpurina e pronto. Era seu disfarce.

Will simplesmente se transformou em uma menina. Cabelos de uma cor humanamente natural (loiro) ao invés do típico azul. Mas seus olhos, o vestido que usava e as sapatilhas continuavam com o típico tom azulado.

—Virar uma garota. Nossa, genial...-murmurou Dipper ironicamente.

Mas na verdade ele não poderia falar nada. Seu incrível disfarce era a blusa laranja, shorts, meias e tênis que costumava usar e um casaco que tinha um capuz, o qual Dipper usava para cobrir o rosto. Muito esperto, né fofo?

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Chegando na mansão, o trio arrumou um jeito de entrar escondido. Não há nada que um pouco de pozinho mágico que Will arrumou com uma garota estranha não resolva.

—Ok, olhem ao redor qualquer pista que possa nos levar ao portal-sussurrou Dipper.

Eles se separaram e começaram a procurar pelo salão de festas e alguns outros cômodos. Tudo que acharam foi um monte de nada.

—Hey, Will. Onde você acha que o portal pode...-o Gleeful começou, mas foi interrompido.

—Oi-disse um garoto-Posso chamar a moça para dançar? Ou ela já está acompanhada?

Não ria Dipper, não ria Dipper.

—Hã...pode, claro.

Saiu de perto dos dois. Não ria Dipper! Pacífica segurou o braço dele e olhou de um jeito engraçado para o (a) Will.

—Por que o Will está dançando com aquele garoto? Não vai me dizer que ele arrumou um namorado.

Pronto.

Dipper danou a rir.

A loira o olhou, meio surpresa. Ele pigarreou e voltou ao normal.

—Desculpe, não aguentei.

—Não precisa se desculpar.

—Voltei-disse Will, aproximando-se deles.

—Ok, precisamos achar esse portal logo-Dipper falou.

—Acho que pode estar no porão.

—Consegue nos teletransportar para lá?

—Não acho uma boa ideia. Seus tios avôs detectariam magia no ar.

—Então vamos ter que ir andando.

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—Trancada-disse Dipper, tentando abrir a porta que levava à sala onde imaginavam que estava o portal.

—O que fazemos agora?-Will perguntou.

—Quer saber? Deixe os velhos para lá. Use sua magia para abrir essa coisa.

—O que acha de usar a sua? Eles não a reconhecem. Se fosse eu, descobririam na hora.

—Tá certo...

Dipper colocou a mão na maçaneta e usou um feitiço qualquer para abrir a porta. Foi fácil. Fácil de mais...

O garoto ficou desconfiado, mas o trio entrou assim mesmo. Will se transformou de volta em garoto. A dança há pouco meio que o traumatizou.

—Wow...é idêntico ao portal da pizzaria-Pacífica comentou.

—Não exatamente. Esse tem uma peça em algum lugar que indica se foi o primeiro, segundo ou terceiro portal a ser construído-explicou Dipper.

—Ah, isso é só um detalhezinho.

—Que faz toda a diferença. Vamos desligar e destruir isso logo. Falta pouco para o portal fazer seja lá o que querem que faça.

Ele foi até o botão e estava prestes a apertar quando tudo começou a flutuar de novo. O Gleeful agarrou o cano que sustentava o botão e Will segurou Pacífica com uma mão e uma pilastra com a outra.

O garoto tentou apertar a porcaria do botão mas algo foi jogado contra si.

Algo não.

Alguém.

Era seu tio avô Stanley.

Eles estavam lutando para ver quem conseguiria chegar ao botão primeiro.

10, 9...

Stanley empurrou o sobrinho para trás.

8, 7...

Dipper pegou uma faca (desde o lance com os robôs que criara, ele sempre tem uma dessas consigo. Nunca se sabe quando vai precisar e até que caíra bem naquele momento).

6, 5...

O garoto enfeitiçou a faca para que a falta de gravidade não afetasse sua trajetória, mirou e arremessou a faca na direção do botão.

4, 3...

Dipper acabou atravessando o portal graças ao empurrão de Stanley.

2, 1...

A faca se cravou no botão (não é surpresa. Ele treina a mira desde pequenininho, é quase impossível que erre), o portal entrou em curto-circuito e pegou fogo.

A gravidade voltou. Will e Pacífica pousaram suavemente graças a capacidade de voar do garoto. Stanley bateu a cabeça e ficou inconsciente.

Will apagou o fogo e observou o portal em pedaços. Pegou no chão uma engrenagem prateada em perfeito estado e colocou-a no bolso.

Pacífica caiu de joelhos em frente ao portal e começou a chorar. Will ainda estava conseguindo se segurar. É, mais ou menos. Ele se ajoelhou ao lado da garota e eles se abraçaram. Logo, os dois estavam chorando.

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Dipper caminhava sem saber para onde estava indo. Tudo era branco. Ou ao menos ele achava que era. Não conseguia ver claramente, sua visão estava embaçada.

Não demorou muito para ficar cansado. Sentou-se no chão ou seja lá onde estivesse pisando e buscou recuperar o fôlego.

Tudo ao redor ficava cada vez mas borrado. Queria saber onde estava, ou pelo menos como sair dali. Lembrou-se do portal. Ah é...atravessara o portal.

Estava em outra dimensão? Espera...se a faca acertara o botão, isso causaria um problema feio no portal e o destruiria. Talvez antes mesmo que pudesse levar alguém que acabara de atravessá-lo para outra dimensão.

Ah...era ali onde estava. Dentro do portal destruído. Estava realmente no meio do nada.

Sua mente estava confusa o suficiente para não conseguir pensar direito em como sair dali. Sentia-se tonto e sua visão estava tão turva que não conseguia ver se havia alguma saída convenientemente colocada em algum lugar por perto.

Um pensamento lhe ocorreu: se estava dentro de um portal que já não existe...deixaria de existir também...certo?

Então, Dipper ouviu uma voz dizendo:

—Isso acaba agora, criança...

E tudo ficou escuro.


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