Reverse Falls - When Gravity Falls escrita por Belle Cipher


Capítulo 11
Exactly What She Seems




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—Ora, ora, ora...quem é morto sempre aparece. Ainda mais quem FINGE ter morrido. Continuará tentando esconder a fenda? Você realmente ACHA que ISSO vai me impedir? Já devo ter mencionado que tenho minions em todos os lugares. Grandes coisas estão por vir. Estão batendo na minha porta. E eu vou abrir-uma risada malígna ecoou.

Ford acordou com o coração e a respiração acelerados. Precisava fazer algo.

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—Você quer o quê?-Pacífica perguntou, confusa.

—Tornar sua mente mais forte. Para isso, usarei esta máquina-Ford apontou para um computador gigante.

—Hã...e para que é isso agora?

—Mabel Gleeful.

—O que você sabe sobre ela?

—Nada de muita importância.

Ele colocou na cabeça dela um troço que Pacífica apelidou carinhosamente de "Capacete" e na tela apareceu: "Escaneando - 0.5%"

Depois de um tempo que a garota interpretou como sendo o verdadeiro significado de infinito, estava na tela: "Escaneando - 1%"

—Ficarei aqui até o fim do mundo. Há quanto tempo será que estou fazendo isso?

Olhou ao redor e viu Ford jogado na cadeira, roncando. Ela bufou. Virou-se na direção da porta e viu algo...ou melhor...ALGUÉM passando em frente a mesma.

—DIPPER!-ela exclamou.

O garoto se virou para encará-la, surpreso.

—Está me vendo?

—É claro!

Dipper concluiu que ele não sabe como fazer essa coisa de "Problema de Outra Pessoa" perfeitamente. O que ele faz sempre é um "Problema Meu". Porque ele só se dá mal.

—O que é esse troço na sua cabeça?

—Não te interessa, Gleeful! O que faz aqui?

—Procurando Ford.

—E o que te faz ACHAR que vou deixar você falar com ele?

—É, acontece que não pedi sua permissão. Vai responder minha pergunta?

—É uma coisa que lê mentes, ou algo do tipo.

Dipper entrou na sala e estava prestes a acordar Ford.

—ESPERE!-Pacífica gritou-O que quer com ele?

—Ele sabe algo sobre minha irmã e preciso saber o que é.

Ela bufou.

—Boa sorte. Nem carinha de cachorrinho funciona.

—Você também tentou?

—Hã...

—A MÁQUINA!

—O quê?

—Ele não quer falar por conta própria, vamos usar a máquina.

—Não sei não...

—Ah, qual é! Não quer saber o que ele esconde sobre Mabel?

Pacífica ainda achava aquilo errado. Mas a curiosidade falou mais alto. Ela tirou o Capacete de sua cabeça e colocou na do pai.

—Certo...o que está escondendo sobre a Mabel?-ela murmurou.

Na tela apareceu Ford dormindo na floresta. Ele parecia mais jovem.

—Que estranho. Ele deve estar uns quinze anos mais novo. O que isso teria a ver com Mabel? Ela nem devia ter nascido e, se tivesse, não teria nem um ano-o Gleeful falou.

Ah, como Dipper estava errado.

—Ora, ora, ora...-ouvriam uma voz conhecida vinda do sonho de Ford-Sabe...eu posso te ajudar. Só preciso de um favorzinho.

O cenário mudou para o sonho. Ele estava em frente a mansão Gleeful e Mabel sorria para ele.

—O QUÊ?!-Dipper perguntou, confuso-Ela...ela parece...ter a idade que tem hoje. Mas isso foi anos atrás. Como...

Parou de falar ao perceber que o Ford da máquina parecia tão perdido quanto ele.

—Quem...ou...o que é você?

—Sou uma das criaturas do Mundo da Mente.

—Mas lá só existem...-ele se interrompeu, observando-a meio assustado.

—Aham. Mas nem todos são do mal. Will Cipher, por exemplo.

—O que quer?

—Tenho uma dívida com um colega meu do Mundo da Mente. Nada de mais, só uma graninha, sabe? Você construirá um portal interdimensional. Em troca, darei todas as respostas que quiser.

—Hm...bem...fechado.

Mabel estendeu a mão brilhando em um fogo verde e Ford a apertou.

As imagens seguintes mostraram a construção do portal. Em um momento, Ford pareceu desconfiado.

—Mabel, o que aquele portal realmente faz? E...o que está fazendo aqui? Pensei que só pudesse se manifestar em sonhos.

—Isso era verdade. ERA. Graças a você, estou livre nesta dimensão-ela riu cruelmente.

—VOCÊ ME ENGANOU?!

—Não foi difícil.

—O que você planeja?

—Sabe...ainda não assumi uma forma aceita nessa dimensão por completo. Para isso, terei que passar por essas etapas idiotas da vida...tipo...bebê, criança, blá, blá, blá...

—O que quer nessa dimensão?

—Ah, nada de mais.

—O que seria esse "nada de mais"?

—Domínio global.

—O QUÊ?!

—Pois é. Você terminou seu portal. Agora, estão construindo um na mansão.

—Quem?

—Dois feiticeiros que conheci. São gêmeos, sabe? Tenho um plano, sabe?

—Que plano?

—Ouvi dizer que há uma mulher nessa cidade grávida de um menininho. Vou matar a família toda, menos a mãe. Depois que eu "nascer" aí mato ela. Vou fazer pensarem que sou a filha dela...ou talvez...a filha mais velha. Hm...essa é boa. É, acho que não matarei o menininho. Um irmão mais novo, huh? É, parece ser legal. Fazer da vida dele a pior possível. Gostei. Bem, Stanley e Stanford fingirão ser da tal família e moraremos com eles. Assim, poderei vigiar de perto a construção do portal.

—Por que vai matar a família toda do garoto?

—Ah, imagine a cara dele ao descobrir isso? Descobrir que todos que ele achava que eram de sua família são, na verdade, uma criatura de outra dimensão e dois feiticeiros. O garotinho vai ficar em prantos ao descobrir que está sozinho nessa vida. Sem família e, se depender de mim, sem amigos. Isso vai ser tão divertido!

—Não, não vai! Vou desmontar o portal!

—É tarde para isso, Ford. Já estou nesta dimensão. Claro, não tenho todos os meus poderes, mas posso dar um jeito nisso.

As imagens agora mostravam Ford desmontando o portal e também a fenda interdimensional que fora criada. Mostraram alguém perseguindo-o para conseguir a fenda. Parecia que nem Ford sabia quem ou o que o perseguia. Também foi exibida a morte forjada dele. Então, a tela ficou escura.

Dipper encarava-a, em choque. Lágrimas se formavam em seus olhos e seu esforço em impedí-las de escaparem foi em vão. Ele se virou e saiu correndo antes que Pacífica pudesse sequer pensar em dizer algo.

Ford olhava para a filha com um pouco de raiva.

—Não devia ter feito aquilo-ele disse.

—E...eu...desculpe, eu...não fazia ideia.

—Também errei. Não deveria ter tentado esconder isso de você-ele suspirou-Deveria ir atrás do seu amigo.

—Ele não é meu amigo.

—Sei que ele está do lado de Mabel, mas tente entender o lado dele. Aquela Mabel é malígna. Já parou para pensar que ela pode ter ameaçado Dipper e talvez até você e Will, que são os únicos amigos dele? Já parou para pensar que talvez ele esteja fazendo isso para te proteger?

Pacífica abriu e fechou a boca várias vezes até conseguir falar algo.

—Mas e se ele realmente for do mal?

—É um bom ponto-Ford falou-Mas eu realmente acho que nem a pior das pessoas merece passar aquilo que aquela gente cruel o fez passar. Caramba, agora ele acabou de descobrir que tudo o que ele acreditava era mentira. O mundo dele deve estar desabando.

Pacífica se lembrou do que Will dissera quando estavam na mente de Bud.

—Tem razão. Mas ainda não confio nele!

Os dois saíram de lá. Buford foi até a tenda e a garota foi até a clareira. Como imaginava, lá estava Dipper. O garoto estava com o rosto enterrado entre os joelhos e parecia estar chorando.

Pacífica ainda estava com raiva dele, é claro. Ainda assim...vê-lo daquele jeito a incomodou. Quem conhecia o garoto achava que ele não sabe o que são emoções. Mas lá estava ele, chorando.

A garota sentou ao seu lado e colocou uma mão em seu ombro. Ele ergueu a cabeça e se virou para ela. Seus olhos estavam vermelhos e seu rosto, molhado. A loira simplesmente o abraçou, sem dizer nada.

A surpresa falou mais alto que a tristeza. As lágrimas cessaram. Dipper levou algum tempo até entender o que estava acontecendo e retribuir o abraço.

Eles ficaram assim por tempo indeterminado, até que o garoto se deu conta de algo. Mabel queria a fenda. Mas não mandou Dipper pegá-la. Que outro aliado dela poderia fazer isso?

—Pacífica...onde está Ford?

—Na tenda. Foi falar com Bud.

Ok, o primeiro suspeito não era.

—E Gideon?

—Não vi ele o dia todo.

Bingo...

Dipper soltou Pacífica, se levantou e saiu correndo na direção do bunker. A garota, sem entender nada, apenas o seguiu.

Viram Gideon sentado na beirada de um penhasco com a fenda ao seu lado, como se esperasse alguém. Dipper correu até ele. Pegaria a fenda sem o garoto ver e sairia de lá antes que o mais novo pudesse reagir.

Mas não deu certo.

Não chegou nem perto de dar certo.

Ao ouvir passos, Gideon pegou sua garrafa de água e jogou o líquido no chão. Dipper escorregou e caiu do penhasco.

Pacífica prendeu a respiração.

Dipper estava caindo. Até que ele se perdeu em seus pensamentos. A morte parecia inevitável par ao garoto naquele momento. Mas ele não poderia morrer. Era o único que conhecia os planos de Mabel. Era o único que sabia suas fraquezas. Era o único que poderia impedí-la.

Quando se deu conta, estava voando.

Lembrou-se de um livro que lera. Lembrou-se das palavaras de Will. Como não entendera antes? Era isso! Reverter quedas! Voar consiste apenas em errar o chão!

E Dipper errara.

Ele testou algumas manobras só para ter certeza que conseguiria fazer o que estava planejando. Deu um impulso e voou rapidamente para cima. Agarrou a fenda em um movimento rápido e pousou, deixando Gideon com cara de tacho.

—O QUÊ?! COMO?!-Pacífica perguntou.

—É sempre bom não saber como se faz isso.

Mais uma vez ela abriu e fechou a boca, sem saber o que dizer.

Gideon ainda estava tentando compreender o que acontecera.

Mabel chegou ao local. Ao ver a cena, exigiu saber o que acontecera.

—Sério, maninha? Realmente mandou ESSA TOUPEIRA pegar a fenda? Pacífica teria roubado dele se eu não pegasse antes-Dipper falou.

—É, Dipshit, foi um erro meu-Mabel disse.

Ao olhar para onde Gideon estava, Dipper percebeu que o garoto sumira. Só soube o erro que cometera ao pensar o porquê de ele sumir quando alguém arrancou a fenda se suas mão e tacou-a no chão.

—GIDEON!-Pacífica gritou.

—Sinto muito, Paz. Mas tenho um acordo com Mabes-o garotinho sorriu.

Dipper olhou para Mabel, sem entender nada.

—Desculpe Dipshit, mas você é péssimo em destruir coisas.

Will apareceu ali ao perceber que havia magia antiga poderosa no local.

—GIDEON O QUE VOCÊ FEZ?!-ele perguntou, já começando a entender a situação sem nem precisar ler a mente de alguém.

Mabel riu maléficamente.

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For me it was all a game

And lose is not on my brain

The party's just begun

Time to enjoy all the fun!


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