Almas gêmeas. escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 8
A Festa




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P.O.V. Natalie.

Isso vai ser muito irado. As novatas vão aparecer todas de fantasia e vão pagar o maior mico.

—As câmeras! Elas estão vindo!

Quando eu vi aquilo, fiquei chocada. Elas não estavam fantasiadas, estavam com roupas de arrasar!

—Nunca mais tente aprontar pra cima de mim ou da minha família. Ou eu vou pegar o que é meu com fogo e sangue.

Elas subiram no palco e cantaram, dançaram, agitaram a galera.

—Arrasaram!

A Chasitie vai me matar.

—Sua imbecil! Fez tudo errado e agora essas vadias estão roubando a minha cena!

—Eu tenho mais medo dela do que de você.

—O que?

P.O.V. Chasitie.

O Patrick Verona está rindo de mim. Rindo alto e todo mundo está rindo de mim.

—Regra número um de sobrevivência. Nunca faça um inimigo que você não pode derrotar.

—Você acabou com o plano da Chasitie.

—Eu sei. Agora, se me der licença, estou com sede e me cortei. Por isso vou fazer um buraco no pescoço da Chasitie e sugar a minha cura de dentro dela.

P.O.V. Patrick.

Ela andou até a Chasitie e puxou-a pelo braço. Ela foi sem apresentar resistência. O que não era normal se tratando da Chasitie.

—Você me machucou. Agora, vai me curar.

—O que?

—Você não vai gritar. Vai ficar quietinha.

Eu vi Briana enfiar uma faca no pescoço de Chasitie e beber o sangue dela.

Então, ela se mordeu deu seu sangue para Chasitie beber e a fez esquecer o que houve.

—Esqueça do que viu senhor Verona. Eu nunca estive aqui.

De repente, eu estava tão confuso. O que aconteceu?

—O que aconteceu?

—Eu não sei, mas aposto que foi culpa sua.

—Ui! Que medo.

Quando saímos ela estava conversando com as irmãs Stretford.

—Katerina. É búlgaro, eu tinha uma tia chamada Katerina.

—Porque as pessoas tem medo de você?

—Porque elas tem bom senso. Porque elas tem instintos de auto-preservação.

—Vem, dança comigo. Eu não mordo. Muito.

—Gostei dessa fala.

Nós começamos a dançar e colocaram uma música lenta.

—Que ótimo.

—Posso?

—Tá.

Quando peguei na mão dela notei o quanto era gelada.

—Nossa! Você tem a mão tão gelada.

—É de família.

De repente, o corpo dela ficou tenso.

—Que droga! Ai, eu odeio a minha família.

—Então somos dois.

—Você nem faz ideia do que é ter uma família ruim. Pais ausentes? Sério? Essa é sua reclamação, queria que os meus pais fossem mais ausentes e que os meus parentes mortos continuassem mortos.

—O que?

—Faça um favor pra si mesmo e fique aqui.

Ela saiu do prédio e eu a segui. 

—O que você quer tia Katherine?

—Que agradeça sua mãe por mim.

—E?

—E? Quero o veneno do seu avô.

—Não vai rolar. 

—Devo lembrá-la que tenho 400 anos a mais que você garotinha. Sou mais forte.

—Você não quer testar as nossas forças.

—Quero. Eu quero o veneno.

—Você quer injetar em você mesma.

—Isso.

—Você já é vampira tia Katherine. Pode se matar.

—Eu quero ser mais forte que o Klaus e que o desgraçado do seu pai.

—O que vai me dar em troca?

—O que?

—O que vai me dar em troca? Pelo veneno.

—Que tal a sua vida?

—Eu não sou fácil de matar tia Katherine. É só isso que tem pra oferecer?

—O que você quer?

—A pedra da lua.

—Mas, a maldição já foi retirada.

—Eu sei. Mas, eu quero ela mesmo assim. Me dá a pedra e eu te dou o veneno.

—Tá.

—Vejo você amanhã. Ás três.

—Da tarde?

—Sim.

Ela entrou no prédio, mas parou no corredor.

—Podemos?

Ela me estendeu a mão.

—Como sabia que eu estava aqui?

—Eu sempre sei.

—Você não tá com fome?

—Eu to sempre com fome. Eu quero comer todo mundo.

—Comer todo mundo?

—Não do jeito que você pensa. Comer tipo comer mesmo. 

Ela sussurrou:

—Eu não consigo parar depois que eu começo.

Logo alguém gritou.

—Acharam meu jantar. Vem comigo.

Ela me puxou e logo estávamos no estacionamento de frente para a minha moto.

—Sabe mesmo dirigir esse trem?

—Sei.

—Ótimo. Então vamos embora. A polícia está chegando.

—Polícia?

—Não vá pela rua principal. Estão vindo de lá.

—Tá bem.

Eu corri e ela nem ligou.

—Onde estamos?

—Na minha casa.

—Interessante. Bairro legal. Como é ter vizinhos?

—Você nunca teve vizinhos?

—Não. Você já?

—Já.

—Cuidado com quem você convida pra dentro da sua casa. Sem convite eles não entram. Aqui toma, impede que seja controlado.

Ela colocou um colar na minha mão.

—Use. Sempre.

—Tá bem.

—Obrigado pela noite adorável.

Ela me deu um beijinho na bochecha. Seus lábios eram frios, ouvi um silvo de vento e quando fui olhar ela tinha sumido.

—Eu ein? Esquisito.

—Entra. Isso são horas de chegar em casa Patrick?!

—Desde quando você liga?

—Desde que alguém morreu naquela festa!

—O que?

—Entra logo menino.

Eu entrei e logo estava ouvindo no noticiário local que a Chasitie tinha morrido.

—Como foi que ela morreu?

—Sei lá. Falaram que ela se injetou alguma coisa, o mais estranho é que ela tem marcas no pescoço. Existe por ai algum tipo de droga que se injete no pescoço meu filho?

—Não que eu saiba.

—Não use drogas meu filho. Senta ai.

—O que foi?

—Senta.

Minha mãe começou a olhar o meu pescoço.

—Tira a jaqueta filho.

—Mãe...

—Tira filho. Vou levar você ao hospital.

—Hospital?!

—Filho tem algum pervertido por ai que gosta de injetar coisas nas pessoas até elas morrerem. E foram sete garotas da sua turma que morreram naquela festa hoje.

—Sete?!

—É. Essa tal Chasitie não foi a única vítima. Por favor meu filho vamos ao hospital.

—Tá bem. Eu to meio com medo agora.

Assim que chegamos lá o hospital tava lotado de gente da festa.

—Próximo!

Todo mundo foi examinado, fez exame de sangue e urina e tudo estava limpo. O médico examinou a gente e passou o pente fino.

Quando o médico pegou no meu colar ele se machucou. Se queimou.

—Ai! Onde conseguiu isso rapaz?

—É a causa doutor?

—Não. É bom que ele fique com o colar e não tire.

—Cullen? Algum parentesco com Briana Cullen Mikaelson?

—Minha bisneta. Verona? Á quanto tempo eu não vejo um Verona... pensei que a linhagem havia acabado em Joseph. Á muito tempo. Ser um Verona é mais uma maldição do que uma benção.

—O que quer dizer?

—Minha bisneta... você e ela não... fizeram coisas não é?

—Não.

—Ótimo. Fique longe dela. Ele está bem senhora, ainda respira e o fluxo está bom.

—Fluxo?

—Sanguíneo. As garotas que morreram, o sangue coagulou. Parou.

—Ele vai ficar bem?

—Ele é um menino saudável, saudável até demais. Me diga meu rapaz, Verona vem da parte da sua mãe ou do seu pai?

—Meu pai.

—Ele ainda é vivo?

—Sim.

—Qual é o nome dele?

—Jonas Verona. Tá na cadeia.

—Lamento. Próximo!

Ele não lamenta nada. Parece estar feliz.

—Vamos pra casa filho.

Assim que cheguei em casa perguntei:

—Mãe, tem alguma coisa sobre a família do meu pai ai?

—Tem uns diários velhos. Seu pai colecionava. Ta tudo lá no porão. Aquilo tava mexendo com a cabeça dele.

—Como assim?

—Ele falava que os homens da família dele eram amaldiçoados que eles eram os únicos capazes de engravidar vampiras. Que tinham sido amaldiçoados por uma bruxa apaixonada que não era correspondida e amaldiçoou a família dele com isso. Ele surtou meu filho.


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