Lindo CAOS, Meu CAOS escrita por JWHFhiiii


Capítulo 7
Jarra de corações




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A mansão estava brilhante em luzes e flores.

– Uau, o que aconteceu com esse lugar?

– Não dá mais medo de entrar não é?

– Parece um castelo, mas um de um reino mágico ou algo assim.

– Você deve saber, você é de Krasfgar.

– Não há nada de mágico sobre Krasfgar.

– Todo mundo fala que lá é um lugar místico.

– Místico, nada a ver com mágico... Eu te levo lá um dia.

– Eu adoraria.

– Quando eu não estiver mais banida claro. – Então May estendeu sua mão para Cleo. – Vamos?

– É, we rule this, Krav.

– Krav? – May perguntou enrugando a testa.

– É a única palavra que eu sei na sua língua.

– Krav significa pequena. Ou bitch. E vindo de você... Eu acho que prefiro bitch.

As duas riram juntas e subiram as escadas da entrada da mansão.

O céu ali fora já estava escurecido, não só porque a noite caía, mas porque uma chuva estava se preparando no céu.

Chuva das Festas, era normal os habitantes da cidade ficarem esperando por ela.

Ao longe em meio as nuvens uma luz alaranjada do pôr do sol ainda perdurava, cintilando sobre os carros em frente a mansão e todas as luzes já acessas por ali.

Elas abriram a grande porta principal. Aquelas duas garotas eram inquestionavelmente deslumbrantes.

A princesa, estava em um vestido curto de veludo roxo, que brilhava amarelo ao se movimentar, seus cabelos claros, parte presos com uma pequena presilha dourada, com exceção de algumas mechas da sua franja. Seus olhos rosados se destacavam brilhando junto com o vestido de forma exótica e de tirar o ar.

A garota transpirava realeza, a mais bela delas, sem nenhuma dúvida.

Enquanto Cleo ao seu lado, usava algo mais comportado, mas igualmente lindo. Era azul marinho, com uma renda bege com formas assimétricas subindo de um pedaço da saia pela sua cintura e busto, delineando essa região ao afunila-la. Demarcando o perfeito corpo da loirinha ali, de rosto lindamente meigo. Contornado pelos seus cabelos dourados como o mais divino dos champanhes, desciam caídos pelo ombro, com belos cachos nas pontas e seus incríveis olhos amarelados e iluminados de vida como sempre, estavam acesos sobre as milhares de luzes do local.

Quando as duas apareceram na entrada, não havia um Ninfú ali que não tivesse sua atenção roubada, nem que fosse por segundos ou pudesse não admitir isso.

E havia vários ao redor do hall, estranhamente relaxados essa noite, possuíam bebidas nas mãos e conversavam serenamente em grupos por lá.

Cleo não podia se permitir simplesmente passar por eles, enquanto aqueles caras as olhavam, a garota conhecia eles... E apesar de eles olharem embasbacados, ela percebeu que sentia-se tremendamente tímida sobre esses olhares, não era algo que ela costumava tentar provocar.

Talvez ela nem soubesse o quão fácil isso era para ela.

Dessa forma, sobre seu esforço, conseguia sorrir e agir como si mesma, cumprimentando cada um que lhe lançava um olhar mais duradouro.

As meninas então passaram por eles, seguindo pelas suas grandes escadas até o último andar.

Quando Cleo abriu a porta da sala do último andar, onde seria sua festa, uma música alta tocava. Havia mais príncipes e princesas do que ela lembrava de ter chamado, dançavam animadamente pelo salão.

Luzes piscavam e havia decorações douradas por todos os lados. Uma mesa com uma linda toalha bordada branco e vinho. Árvores brilhantes nos cantos do cômodo.

E uma luz azul passou pelo rosto dela.

– Oh meu deus, o que está acontecendo aqui?

– Uma festa? – May disse rindo da reação da amiga.

– Esse tipo de coisa, era para estar acontecendo lá fora. Aqui, era uma festa nossa!

Então ela saiu em disparada pelo o salão, pelo menos o quanto ela podia passando no meio de todas aquelas pessoas fluorescentes sobre aquelas luzes e com a tinta que jogavam um no outro.

Porém quando ela chegou próximo a cozinha, encontrou seus amigos. E o que ela viu deles, fez sua raiva diminuir.

– O que você está fazendo Shaw?

– Tentando organizar isso aqui... – Ele suspirou cansado, pegando pela milésima vez um novo prato de aperitivos na cozinha. – Vamos concordar Cleozinha, olha que eu gosto de festa. Mas isso aqui, está impossível.

– Você gosta de festas quando você não tem que se preocupar em organizar elas. – Cleo caçoou.

– É, pode ser. – Então ele saiu andando indo em direção a mesa com aquele prato.

– Mas porque vocês deixaram ficar assim? – Ela o seguia e perguntou com medo da resposta que iria escutar.

– Acho que está todo mundo sabendo. Você mandou não interferir... – Shaw sequer a olhava, retirando restos da mesa.

– Bom, mas eu achei que... Se ficar fora de controle vocês tem que fazer alguma coisa e esquece o que eu falei...! E se fosse assim a gente deveria ter contratado um buffet... – Ela disse pegando as coisas da mão dele para o ajudar e o rapaz logo começou a colocar coisas para ela segurar também.

Shaw olhou para ela e deu um pequeno sorriso.

– Fica tranquila, você sabe. Deixa comigo, só aproveita sua festa. – Ele piscou para ela e seguiu para a cozinha novamente.

Cleo colocou as coisas por lá. Ela cruzou os braços e ficou olhando Shaw fazer mil coisas que ela nunca o viu fazer pela cozinha. Disso ela estava orgulhosa pelo menos.

– Você tem certeza?

Ele parou o que fazia ainda sem a olhar. Shaw era um cara grande como se espera de um Ninfú, mas ele tinha um físico ágil e relativamente fino para outros como ele. De qualquer forma em sua blusa preta solta pelos músculos definidos de seu peitoral, ele era só enormemente sexy. Cabelos pretos curtos, olhos pretos intensos, foi andando com calma em direção a ela e parou na mesa que os separava. Ele se debruçou ali informalmente, cruzando os braços e só chegando levemente próximo a garota, seu olhar não estava mais sobre ela e sim sobre a festa atrás de Cleo.

– Me diz, Cleozinha. Quanto tempo faz que você não faz algo... Assim? – Ele fez um movimento com o dedo sinalizando o lugar lotado.

Ela virou os olhos pensando sobre aquilo.

– Bastante. – Confessou.

– Então vai lá e aproveita.

Cleo sorriu para ele, no mínimo ela amava sua intenção.

– Mas você tem certeza que isso não está fora de controle?

– Claro que não. – Ele afirmou de imediato soando tremendamente irônico.

Ela balançou a cabeça para ele e Shaw riu.

– Posso tirar umas pessoas daqui se quiser.

– Eu adoraria.

– Beleza.

Ela correu até ele e o abraçou.

– É, estava faltando isso.

Cleo riu e socou seu ombro.

– Esquece isso aí, nos vemos na festa. – A menina disse ainda sorrindo e saindo dali.

Cleo e May riam animadamente em pé próximas a uma pequena mesa, onde bebiam alguma bebida cara e falavam sobre coisas engraçadas. Puxaram Alla com elas, até que chegou uma garota ali.

Seu cabelo escuro caindo lindamente sobre seus braços descobertos, lábios grandes, Luna chegou ali com uma garrafa.

– Eu entendo que eu não pertenço a esse lugar e que vocês têm todas as razões para me ignorar... Assim como, você. – Ela apontou para May. – Não gostava da outra garota que ficava com o Ren. Que coincidência, eu nem a conhecia, mas eu também não.

Então ela sorriu e colocou uma garrafa com um líquido âmbar na mesa.

– Mas eu sei uma coisa que nós aprendemos de onde eu venho. E é beber Brobô, vocês daqui os têm em seus bares, mas ninguém pega porque não sabem como fazê-lo, né?

Ela já parecia um pouco alterada com a bebida quando colocou uma dose em seu copo e a virou sorrindo para as garotas.

– Eu vou ensiná-las.

Então empurrou o copo para Cleo.

– Ow, eu acho que você não devia fazer isso... – Cleo disse realmente preocupada com a menina.

May riu e pegou o copo, dando de ombros.

– Se ela quer. Tudo bem então. – May colocou uma dose também e a virou em seguida.

As meninas fizeram isso até a garrafa acabar. Luna não esperava que elas fossem aguentar tanto...

No fim, elas só estavam bem, até Alla estava... Mas Luna... O fato de que ela segurou na mesa para não cair dizia alguma coisa sobre seu estado...

Luna sorriu para elas com ar de vitória. Ela podia pelo menos fingir que venceu, já que mal via as coisas a sua frente agora. Então a garota saiu andando pelo salão com seu ar vencedor e as pernas bambas enquanto cambaleava para os lados.

– Eu acho que ela não está bem. – Cleo dizia sem tirar os olhos de Luna.

– Ela vai ficar. – May riu. – Se ela for começar a sair com a gente, ela vai ter que aprender. Olha a Alla, ela já está aprendendo.

Alla por sua vez só colocou mais uma dose no copo e virou. Então um pouco alterada, mas se controlando bem sorriu para as meninas.

– Completamente bem. Vem, você disse que sabe dançar... – Dizendo isso ela puxou a May.

As três dançavam animadamente pelo lugar da última vez que Cleo as viu.

– LI! Você nos trouxe dois mascotes! – Cleo gritou para ele quando o viu entrar.

O loiro estava do lado de um pequeno garoto e com uma pequena bola peluda no braço.

– É, gostou deles?

VK olhou para a garota loira e pareceu instantaneamente mexido com a visão. Seus olhos colaram nela e brilharam.

– São lindos. – Cleo bagunçou o cabelo do menino. – Vem.

Ela puxou o Liam com uma mão e o menino com a outra, os levando até o canto do salão. Ali havia uma enorme árvore dourada com luzes, pacotes coloridos pelo chão, algumas poltronas e velas.

Foi assim que o menino viu aquilo que pareceu que se transformou. Ignorando tudo e todos ao seu redor. O pequeno filhote rosnou para a árvore. Os dois pequenos filhotes...

Então VK pulou sobre a árvore e em uma sequência de chutes e socos contra ela, ele ia a destruindo e a colocando no chão. O filhote tinha ido para o chão e corria ao redor daquela cena, brigando também contra os pedaços de árvore que caiam no chão.

O ataque acontecia e todo o salão se silenciou no mesmo momento, todos só encarando aquilo embasbacados.

– Argh! Aaaaaaaaargh!!! – O garoto gritava batendo contra o chão um último galho inteiro. As luzinhas da árvore ainda piscavam, mas um pouco a mais do que deveriam nesse momento... Talvez fosse por alguma espécie de curto.

Foi quando VK percebeu que a música tinha parado e estava um silêncio absurdo atrás dele. Sua respiração raivosa ainda não tinha se acalmado, quando ele virou e viu a festa inteira estática o olhando.

Ele olhou ao redor, olhou para o olhar gelado de Liam sobre ele... Sem saber o que dizer.

Porém o filhote ali, ainda corria sobre os restos da árvore e tentava lutar contra eles... VK o viu... E apontou.

– Foi culpa do Pone.

Liam olhou ao redor, as pessoas tinham parado onde estavam e ele podia ver Luna sobre a mesa. Somente com sua saia e seu sutiã, pois a blusa ela girava em sua mão. May estava em cima da mesa também e ela ria da situação discretamente.

O loiro se voltou para Cleo.

– Isso aqui está mais animado do que eu esperava.

Foi quando houve um barulho estrondoso atrás dele, uma pequena explosão na árvore e tudo naquele canto destruído começou a pegar fogo.

Houve alguns gritos pelo salão, antes que água começasse a cair sobre a cabeça de todos.

Cleo tampou sua boca controlando uma risada ao olhar ao seu redor, foi quando ela viu os pacotes embaixo da árvore. Ela correu até um e o pegou.

– Ei, mascote. Isso é para você. Qual o seu nome? – Ela disse se aproximando do menino destruidor que só havia pegado Pone no colo novamente.

Ele a olhou sem entender, os dois ainda sendo encharcados pela água que caia com força de cima deles.

– Pode me chamar de VoidKan.

– É, tá, garotinho impertinente... Quando uma garota linda te dá um presente, você aceita. – Liam lhe deu um conselho.

O que não fazia nenhum sentido era alguém ali lhe dar um presente, mas ainda inseguro sobre o pegar, VK o aceitou.

– Cleo você fica de olho nele? Ainda tem muitas árvores por aqui para deixa-lo sozinho.

A garota riu e então piscou para ele fazendo um sinal de positivo.

– Deixa comigo.

O garotinho a olhou preocupado e Liam saiu dali.

No seu caminho até a porta onde estava a família, esperando Elsa chegar, Shaw o cumprimentou.

– Cara, esse garoto que você arranjou aí, ele é melhor do que eu para tirar gente daqui de dentro. – Então o moreno caiu na gargalhada que estava presa na sua garganta por toda essa confusão.

E realmente, várias pessoas tinham dispersado daquele salão da mansão, para outros, depois da chuva. Mas a música já tinha voltado e a festa já tinha continuado apesar de certa... Umidade no local agora.

– Chega aí, vou te apresentar alguém fantástico. – O loiro disse andando em direção a porta.

– Esses aqui são a família da Dona Elsa e essa é a Dona Elsa, uma mãe que eu adotei. – Dizendo isso Liam passava amigavelmente o braço ao redor do ombro da senhora.

A senhora riu, dando tapas no peitoral do garoto, mas sem sair realmente do abraço.

– Oh menino, essa é uma honra que eu não mereço.

Menino? Shaw estranhou a intimidade, só a constatando verdadeiramente engraçada. Entrando na onda, ele estendeu sua mão para a senhora.

– Ow, é um prazer. Eu devo ser seu marido então. Porque o Liam é tipo meu filho.

Liam riu, emitindo um:

– Cala a boca.

Então o loiro desferiu um golpe tão rápido que não acho que algum deles pode ter visto e Shaw só o rebateu, rindo.

– Quer morrer, é? – Liam ameaçou baixo o moreno, que ainda se matava em risadas.

– Não, estou brincando. Na verdade, nós somos primos.

Liam o olhou suspirando.

– O que foi? De consideração, não pode?

– Essa é Judith, irmã da Dona Elsa e esse é o Tiphe, filho dela. De verdade.

Se tornando mais sério, mas com um sorriso guardado, Shaw cumprimentou cada um deles formalmente.

A garota de maquiagem escura sobre seus olhos parecia ainda mais fascinada com o local do que os dois pequenos garotos ali.

– Annabeth, não vai caber pôster suficiente no seu quarto. – Logo após Shaw ter lhes cumprimentado, o gorducho disse começando a se autoabraçar e mover a língua no ar, fazendo barulhos nojentos, zuando a irmã.

– Cala a boca, Romã! Você não consegue parar de ser idiota nem por um minuto? – Ela disse morrendo de vergonha e tentando manter a pose como o restante da família.

Mas Romã e Napoleão riam alta juntos ignorando as reclamações dela. Para o alívio da garota os dois Ninfús já tinham entrado no salão acompanhados de sua avó Elsa e seu pai.

Ah, assim ela pode aproveitar também para bater nos garotos.

Então quando entraram no salão ela ficou embasbacada. Ouviu seu pai dizer para Liam.

– Estava chovendo lá fora, mas a gente não achou que estaria chovendo aqui dentro... – Era uma das piadas horríveis do seu pai. Ela queria bater contra sua própria testa.

No entanto, seus olhos foram pegos por toda aquela informação ao redor. Ela parecia estar em alguma espécie de sonho. Ela jamais se imaginaria alguma ver em um lugar como aquele. Algumas horas atrás ela estava em regiões destruídas e esquecidas de Hodge e agora ela estava em um castelo mágico, no meio de uma festa psicodélica com pessoas usando coisas caras e brilhantes, que dançavam animados com suas roupas coladas ao corpo de forma extremamente sexy...

Esse lugar não podia ser real e mesmo se fosse, ela jamais poderia estar nele. A informação não condizia na sua mente, mas ela estava pouco se fudendo para a lógica que deveria fazer. Era a primeira vez que ela gostava de um desses eventos que seus pais a forçam a ir.


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