Lindo CAOS, Meu CAOS escrita por JWHFhiiii


Capítulo 5
Guerreiros




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Ana Júlia era uma cientista, estava se formando na Academia de Cientistas de Owner e talvez poderia ser considera a melhor amiga do loiro, pelo menos a única que ele já teve vontade de ter... Ela sabia tudo sobre ele... Os dois traziam um pouco de vida para Neo, agora só Júlia e Neo conversavam inclusive, discutindo assuntos irrelevantes pelo simples prazer de falar um com o outro. Algo bem humano de se fazer...

Liam estava no telefone.

– Ren preciso te pedir uma coisa. Quero que você fique encarregado de pegar a Alla e a leva-la para a mansão, pode ser?

– Ok. Deixa comigo.

Eles chegaram com o carro em uma cidade, era um local afastado. Quase fora dos domínios, mas quase. O fato é que ela era sem dúvida uma região nova.

Liam ainda falava no telefone quando o desligou e disse aleatoriamente para seu irmão, interrompendo a história que Júlia contava.

– Me diz que você vai deixar isso por hoje, Neo.

Sua cópia não respondeu.

O carro deles passou em ruas vazias, até que próximo a um beco, viram alguns sujeitos reunidos. Um muito menor do que os outros, ameaçava a quem empurrava na parede e quando viram o carro a distância, o encararam como se não esperavam por isso e se dispersaram no mesmo instante...

– Para o carro, Liam.

– Fala sério cara... A Júlia está aqui...

– Para o carro. E fica vocês dois aqui.

Quando Neo saiu, os dois amigos ali dentro disseram em uníssono como se pudessem ler o pensamento um do outro:

– Até parece.

Liam abriu a porta e desceu, segurando em seguida a porta para Júlia sair, ele tinha um sorriso no rosto como quem tem prazer em fazer algo que não devia.

Neo puxou a porta do galpão de aparência abandonada ali ao lado e a jogou longe. O barulho alto do metal ecoou como um raio nas ruas silenciosas, aquilo havia sido tão rápido e inesperado que o tempo pareceu parar.

Ele ficou em frente a porta olhando para dentro do galpão e todos por lá mal se moviam para respirar olhando estáticos a figura na entrada. Era como se não fosse real, fosse um de seus sonhos. Ou pesadelos, o pior deles. Não acho que eles poderiam acreditar que aquilo estava realmente acontecendo.

Porém o mesmo valia para o loiro que se aproximou com Júlia da porta do galpão, aparecendo atrás de Neo e olhou lá para dentro. Quando Liam viu aquilo, ele começou a rir. Muito.

Havia um bando de capangas em pé, bem armados pelo galpão. Eles estavam guardando... Um monte de figuras amarradas pelo chão... De roupas vermelhas e barbas, falsas ou não...

Aquilo era um sequestro em massa de papais-noéis?

O rapaz ali atrás não conseguia conceber a ideia e ria ainda mais quando tentava.

A garota olhou assustada para dentro do galpão e então preocupada olhou para o lado, vendo o Liam se matando em risadas. E Neo com uma expressão assustadoramente neutra e sem qualquer sombra de existir algum sentimento em si, em frente a porta.

– Ah, qual é? É engraçado. – Liam disse, provavelmente se dirigindo ao seu irmão.

– Eu disse para esperarem no carro. Eu resolvo isso. – Sem qualquer movimento Neo falou.

Da mesma forma, ninguém no galpão havia se movido até então. Só talvez alguns movimentos não visíveis que pareciam acontecer por trás de cargueiros e paredes... Intendidos a ocorrerem fora de vista.

– Tá, que seja... Vem Júlia.

Eles andaram em direção ao carro novamente.

"Nós temos que sair daqui rápido", um sussurro. Não que alguém poderia ter ouvido aquilo...

Liam apertou por um momento seu comunicador em seu ouvido e disse algo como "esse é meu", só para garantir que seu irmão não iria querer lhe atrapalhar. Não que alguém poderia ter ouvido aquilo... Novamente.

– Nós vamos ficar aqui mesmo? – A garota perguntou, com um certo pensamento de não querer deixar Neo para trás. Não porque ele precisasse dela... Ela sabia que ele não precisava, mas talvez ela precisasse dele...

– Claro que não. Nós vamos ali.

Liam seguiu em direção a entrada do beco ao lado, seguindo por aquela região úmida e escurecida. De aparência tão destruída como as construções ao redor...

Júlia vinha atrás, mais preocupada do que gostaria olhando para todos os lados. O que ela podia fazer? Aquele lugar era extremamente estranho.

Em contrapartida, Liam só andava com uma inacreditável tranquilidade em frente, com suas mãos em seus bolsos. Pisando em poças sujas paradas por ali, a cada passo que davam.

Havia um terreno baldio atrás, com mato alto e escurecido. Folhas secas e mortas por todos os lados. No fim dele, havia uma alta cerca e agora alguns caras tentando pula-la.

– Cala a boca e vai! Rápido, Joshua! – Era um garoto sussurrava para um outro mais velho e três outras crianças. Joshua empurrava as crianças pelo muro após levantá-las.

Uma mão pegou em seu ombro por cima de seu casaco largo e acinzentado, seu capuz caiu.

– Indo a algum lugar? – Liam disse para o garoto que virou para ele.

Era um menino, pequeno... Que parou em frente a Liam como um verdadeiro leão. Ele olhou para o loiro com pura raiva nos olhos, juntando suas sobrancelhas sem vacilar por um segundo perante a toda a áurea tensa e poderosa do Ninfú ali... Mas ele sabia, todos eles sempre sabem.

– Vão! Corram, rápido! – O garoto gritou para os outros se colocando a frente deles, sem desviar o olhar do loiro grandão a sua frente por nenhum momento.

Um dos pequenos atrás, pareceu hesitar o fazer por um momento, tentando se aproximar do pequeno fera ali, sem querer deixa-lo. Mas logo os três atrás, fizeram como ele mandou e correram.

– Está tudo bem, é só com você que eu quero falar mesmo. – Então Liam disse pegando o garoto como se fosse um travesseiro o colocando debaixo do braço...

O garoto esperneou e gritou para solta-lo. Retirou algumas armas de sua roupa tentando desferi-la contra o loiro, que só arrancou de sua mão como doce... Porque criança, aquele pequeno já era realmente.

– Vem Jú. – Foi só o que ele falou seguindo pelo lado até uma espécie de praça. O garoto gritava ainda. – É melhor você ficar quieto garotinho. Ou quer que eu te pendure pelos pés?

Havia um banco mofado e provavelmente apodrecido por aquele local abandonado. Liam se sentou lá e largou o menino em pé a sua frente. Dessa forma pelo menos eles ficavam mais próximos da mesma altura.

– Prazer, eu sou o Liam. – Liam disse para ele com um sorriso. – Qual o seu nome?

– Não estou nem aí para quem você é, seu merdinha!

Liam revirou os olhos.

– O que é? O que você vai fazer? Vai me matar? Então vai logo!

– Pivete.

Então o loiro pegou no tornozelo do garoto e o levantou pelas pernas.

– Não, eu disse é que ia te amarrar de ponta cabeça.

O garoto começou a gritar para ele o soltar, mas Liam só se sentou no banco e deixou o garoto virado de ponta cabeça escorado no banco, enquanto ele levava sua outra mão pela barriga do menino, fazendo...

– O que você está fazendo? – O menino gritava tentando se livrar da mão do Liam em meio a risadas que saiam dele de forma forçada.

Liam controlava sua própria risada ao ver o garotinho marrento cair em risos pelas cócegas.

– Ah, isso? Isso é uma técnica de tortura muito conhecida por... – Liam olhou para Júlia que permanecia ao lado de braços cruzados sem entender nada. Ele olhava para ela como cobrando uma ajuda e ela deu de ombros como alguém que não sabe o que dizer...

– Por mães engraçadinhas?

– É, pode ser. – Liam riu.

O garoto morria em risos, com a cabeça escorada no chão e as pernas no encosto do banco, quando Liam o soltou e o pequeno tentava recuperar-se para se colocar em pé.

Com certo esforço ele o fez. E tentou correr para longe, Liam o segurou pelo capuz e o garoto não podia sair do lugar.

Isso enfurecia o menino, sempre tão habilidoso, agora parecia ser nada na presença desse idiota loiro.

– Quer que eu te coloque de ponta cabeça de novo?

O garoto o olhou e Liam sorriu para ele, o soltando.

– Qual é o seu problema? O que você quer de mim? – O garoto gritou se virando de frente para ele, aquele seu modo de ataque felino.

Liam se recostou no banco e olhou para o garotinho farroupilha a sua frente. Cabelos muito curtos, escuros, olhos raivosos, bem baixo, não tão magricelo para a idade...

– Bom, vamos dizer que você é um garotinho impertinente que lidera um bando de capangas pelas ruas dessa cidade, fazendo serviços, um pouco criminosos, para a realeza local. Que em seu tempo de folga, decidi sequestrar um monte de papais-noéis em um galpão. Tudo isso tendo... Quantos anos? 10?

– Eu tenho 13 anos, tá bom? – Ele disse como se isso fosse uma questão de honra.

– Ow, é, foi o que eu quis dizer pivete... Faz realmente bastante diferença. – Liam concordou. – Devo dizer que você é no mínimo interessante.

O garotinho então tinha seu olhar de forma disfarçada sobre a arma na calça de Liam. Assim como foi para a garota algumas vezes...

– Você quer isso? – Liam tirou a arma. O garoto se afastou, mas então Liam a virou entregando-a seguramente para o menino. Voltou a se recostar quando lentamente o menino aceitou sem entender, mas já tramando diversos planos. – Eu também sempre tive um fascínio por esse tipo de coisa... Te entendo. Só não faça nenhuma idiotice moleque, você é mais esperto que isso.

Então o garoto apontou a arma para a cabeça de Liam. E o loiro suspirou. Mas logo, o menino a virou, deixando a garota na mira.

– É, disso que eu estava falando...

Júlia se assustou, apesar de Liam não mostrar nenhuma reação além de certa, decepção.

Ela se afastou, levantando as mãos, com seus grandes e inocentes olhos se abrindo para aquela pequena criatura, um pouco maltrapilha que lhe apontava uma arma.

– Mas sabe que para um pivete de 10 anos, você segura uma arma bem.

– Meu problema é com você. – Então o garoto disse voltando a arma para o Liam e disparando um tiro.

O menino sabia segurar uma arma, Liam ficou impressionado mesmo com isso. Assim como se mostrava mais nobre do que o loiro jamais poderia esperar, quando tentou atirar nele e não na garota.

Dessa forma, houve o barulho. Júlia fechou os olhos reprimindo seu grito e o garotinho só se abaixou na mesma hora. Envolvendo sua perna com a mão.

O pequeno agachado ali, choramingava no próximo momento. Júlia se sobressaltou.

– Você atirou na perna de um garotinho? – Ela perguntou para Liam que parecia nunca ter se movido de onde estava sentado.

A arma estava no chão e Liam olhou para Júlia com sua melhor expressão inocente.

– Claro que não, eu não faria isso. Até porque, ele não é o Neo... – Seu sorriso aumentou. – E temos que concordar, quem atirou foi ele.

A garota se abaixou para ver e o menino a afastou.

Ele achou que tinha acontecido alguma coisa, pelo impacto. A bala estava cravada no chão atrás dele e um corte de raspão periférico a sua canela se desenhava em sua calça larga. Não havia sequer sangue.

– Ele está bem. – Liam garantiu para Júlia, antes de se voltar para o menino. – Eu avisei.

O loiro pegou a arma no chão e voltou a entrega-la para o menino, quando ele se levantou parecendo ainda mais irritado, mais irritado do que nenhum dos dois ali alguma vez o viu.

Era orgulho ferido.

– Como você fez isso?? – O garoto gritou ignorando a arma que Liam lhe estendia, para que ele pegasse de volta.

– Te garanto que não foi culpa da arma. – Liam sorriu para ele, tentando incentiva-lo a pega-la de volta. – Tem certeza que vai recusar isso? Eu poderia te dar ela.

– O que você quer de mim?!

– Eu queria saber seu nome, mas agora não importa porque eu vou te chamar de garotinho impertinente de qualquer forma. E eu achei que você queria minha arma, mas já que você não quer...

Ele iria guardá-la quando o garoto disse:

– Pode me chamar de VoidKan, é como todo mundo me chama. Eu mando por aqui e se você me matar, essa cidade vai acabar, seu...

Com um movimento rápido o loiro puxou o capuz do garoto, que se sentiu enforcado por um momento até Liam, forçar o capuz de volta sobre a sua cabeça.

– Ei, alguém tem que te ensinar algum respeito. Pivete.

– Qual é o seu problema? – O menino disse quando conseguiu se afastar. Era inevitável como ele parecia só um boneco de pano próximo ao grande loiro a sua frente.

Liam riu e falou.

– Vamos fazer uma aposta. Eu te dou essa arma. Você só tem que me mostrar que sabe usa-la. Acho que não vai ser difícil para você já que é um garotinho impertinente que manda por aqui... Não é? – Liam sorriu para ele e o garoto arrancou a arma de sua mão e a apontou para o loiro novamente. – Não de novo, moleque. – O Ninfú só divagou ignorando-o. – Está vendo aquela folha amarela ali?

Havia uma grande e velha folha em uma árvore um pouco mais atrás deles na praça. Liam se virou para aponta-la.

– Se você acertar um tiro nela. Essa arma é sua. Quer?

Era uma árvore de folhas grossas e grandes. Estava um pouco longe, mas não deveria ser tão difícil.

O garoto com um barulho na garganta esnobou a proposta e apontou para lá. Olhando pela mira da arma, ele parou durante um tempo, garantindo que não erraria.

Então houve o disparo. As folhas da árvore balançaram, quando pararam. Não havia nada em nenhuma das folhas.

Liam se virou para o menino coçando o rosto. Controlando seu sorriso de vitória, de uma forma que o menino sabia e isso só afetava ainda mais seu orgulho.

– Essa mira é ruim! Eu não estou acostumado com isso, não valeu esse. Foi só um teste! Eu vou mais um.

– Claro, melhor de 3. – Liam disse, deixando finalmente aparecer seu sorriso.

O menino errou de novo.

– Melhor de 5? – O loiro perguntou quando se virou para ele, depois do tiro.

– É impossível!! Quando se dispara na árvore, o vento da bala, balança as folhas, nunca daria para acertar!! Você é um trapaceiro nojento...

– Eu mandei olhar a boca, pivete. – Liam se levantou, levantando o garoto do chão pelo capuz por um momento, e retirando a arma dele, que quando voltou ao chão, tossiu sem ar. Liam só sorriu para ele. – Eu vou te mostrar.

Dizendo isso, o loiro já havia tirado a arma da mão do pequeno revoltado e a apontou para a árvore. Então desviou a mira e atirou para o outro lado.

A bala foi por um lado e voltou pelo o outro canto da árvore, se enterrando logo do lado do pequeno garoto que pulou. Tudo isso em frações de segundos.

– Você atirou em mim?

Liam não respondeu, só se aproximou da árvore calmamente. E em um movimento Ninfú que mal pôde ser visto a folha estava na sua mão, no chão.

Havia um pequeno e circular buraco, fresco, bem ao centro da folha. Era tão preciso ao centro e suas bordas tão definidas, como algo pontiagudo que havia ali perfurado, que jamais poderia ter sido feito pela natureza, ou confundido com buracos de lagartas.

O loiro entregou a folha para o menino que depois de constatar isso, com seu queixo ainda mais aberto do que gostaria, a jogou de lado e disse:

– Sorte.

– Deve ser. – Liam rebateu. – Acho que eu fico com isso. – Disse se referindo a arma. – Agora vamos, temos alguns lugares para ir ainda.

O menino o seguiu um pouco a contragosto, mas sabendo que não teria muitas escolhas. Liam ia na frente conversando com Júlia que lhe perguntava o que ele estava fazendo.

– Fazendo as Festas dele mais feliz.

– Sério? – A garota perguntou confusa, ela concordava que ele era só uma criança, mas...

Então chegando no carro, Neo já estava lá dentro no passageiro mexendo em seu celular.

Liam abriu a porta de trás e deixou Júlia e o menino entrar. Quando o garoto estava passando pela porta, o loiro disse:

– Ei garotinho impertinente, lembre-se: Se comporte. Estamos na companhia de uma dama. – Então ele sorriu e foi pro banco do motorista.

– Onde vocês estão me levando? – Dizia irritado no carro.

– Temos um novo convidado, Neo.

– Estou vendo.

– CARALHO! ELES FAZEM CLONES DE VOCÊS?! – O menino gritou vendo Neo ali.

– Graças a deus não. – Neo respondeu e Liam não pôde deixar de rir de uma resposta como essa vinda de seu irmão.

– Eu falei para olhar a boca pivete. Quer que eu te dê sabão para chupar?

O menino cruzou os braços bufando e olhando pela janela.

Liam aprovou essa sua resposta silenciosa e um certo orgulho brilhou em seu rosto.

– Vamos para um lugar que você vai gostar, mas antes, eu tenho que fazer uma coisa.

O garoto obviamente não acreditou, mas também não achava que devia dizer mais nada, Agora tinha dois dele ainda!

Então Liam só dirigiu mais um pouco.

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