Lindo CAOS, Meu CAOS escrita por JWHFhiiii


Capítulo 4
Adoro o jeito que você mente




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Li tinha saído enfim e estava agora em frente aquele grande apartamento do seu irmão. Tocou a campainha algumas vezes só por diversão. Sabia inclusive que seu irmão não estaria, melhor assim. Ria consigo mesmo.

Então quem abriu a porta foi uma garota, ela era linda com seus longos cabelos escuros, franjas sobre os olhos, rosto oval com grandes bochechas...

– Liam! – Se surpreendeu quando viu quem era após abrir a porta. – Pra que tocar a campainha assim? Eu disse que já tava vindo!

Ela brigou.

– Oi. – Ele só disse deixando aumentar seu meio sorriso para a melhor cunhada que já conheceu. Passar um tempo com ela, conversar com ela... Brincar com ela era simplesmente uma de suas maiores diversões. Definitivamente.

Olhar para ele, mexia com a garota, ele era malditamente sexy. E a questão é só que, ele lembrava demais o irmão.

Ana Júlia ficou sem graça o olhando, o que esvaiu sua raiva. Ele fazia de propósito, como ela podia não esperar por isso ainda!

– Oi para você também. Quer entrar?

– Na verdade não, quero que você venha comigo. Eu vou dirigir até uma região distante que chama Hordge... Buscar umas pessoas... Filhos da Dona Elsa, lembra dela? – Ele estranhamente explicou em detalhes.

– Dona Elsa... – A menina pareceu refletir... – A senhora que trabalha na sua casa? Não sabia que ela tinha filhos!

Ele acenou.

– Além de você. Então ela é mãe do Neo também! Adoraria a conhecer.

– Então vem. – Ele sinalizou com a cabeça saindo em direção a seu carro.

A garota odiava a praticidade deles às vezes. Ela enfim aceitou e fechou a porta atrás de si o acompanhando.

– Ah, Li, adorei o suéter. É lindo...

Estava realmente bonito nele. O preto lhe caia bem, mas estava verdadeiramente sexy, aquele material brando sobre seus músculos.

– May me deu. – Ele disse com um meio sorriso.

E o divertia pensar que Júlia não sabia da melhor parte sobre aquilo ainda. O fato de que era algo dele e da May, que ela estaria usando um igual.

Logo ela iria ver.

– Ficou ótimo em você.

Então os dois estavam no carro do Liam em uma velocidade surpreendente, pois isso era algo que o loiro gostava. Correr.

Estavam em uma região desértica e árida, muito muito distante de Owner já. Em região de seu destino. Quando um carro naquela velocidade iluminada se aproxima do deles. Liam o percebe olhando pelo painel no momento em que sente um impacto do carro batendo contra o deles...

Isso seria o suficiente para joga-lo longe, perdendo o controle. Mas Liam era bom naquilo. O melhor. Ele sabia o que estava fazendo.

Seu carro foi para o lado, cambaleando, mas logo recuperou o controle e aumentou a velocidade para passar o louco.

Sentido aquilo como um desafio, o carro ameaçador atrás não parou, acelerou junto tentando competir e o passar.

– Liam o que está acontecendo? – Júlia perguntou assustada.

No rosto do loiro só havia um sorriso. Ele nunca poderia esperar por isso.

A questão é só que, ele nunca perdeu uma corrida.

Aquele carro atrás jamais teria chance de o passar. Eles seguiam em grandes velocidades, o atacante se aproximando dele para logo sem seguida Liam se distanciar com alguma manobra.

Foi quando ele fez uma curva fechada e o carro de trás jamais parecia que conseguiria os acompanhar de novo. Ele realmente não conseguiu fazer o mesmo movimento e ficou para trás, não conseguiria os pegar mais.

Vendo isso, Liam soltou uma risada.

Só por um momento, até que ele viu algo saindo do carro. Parecendo ter desistido realmente de pega-lo numa corrida, como uma bala algo atingiu seu veículo e tudo aconteceu rápido demais.

Algo havia puxado a porta do passageiro. Arrancado a menina de dentro e então...

Júlia com certeza não pôde ver nada, além de fechar os olhos e ouvir a explosão catastrófica que ocorreu no horizonte.

Quando abriu os olhos viu que estava no chão do deserto. Alguém havia a tirado do carro e a colocado em pé ali.

Seus olhos se focaram na figura logo a sua frente. Um homem alto de cabelos loiros... Olhos frios e aparência contida que emitia ainda assim uma onda de poder que parecia poder te empurrar longe.

Parecia muito o Liam, não havia nenhuma diferença dele quando se olhava. Mas a garota sabia que não era.

– Neo? – Ela perguntou ainda o olhando espantada.

Seu rosto se virou para o horizonte onde o carro explodiu.

Algo veio de lá e pareceu cair sobre o Neo, Júlia só sentiu a massa do ar se movendo e a empurrando, a mudança no próprio ar foi suficiente para fazê-la ir para trás, mas quando olhou para o lado não havia mais ninguém ali.

Mas então ela ouvia enormes barulhos, areia se levantando, crateras se formando, grandes batidas surdas e o ambiente parecendo escurecer e entornar em volta daquilo...

Foi quando ela entendeu o que ocorria.

– Não acredito... – Sussurrou para si mesma. – VOCÊS DOIS! PAREM COM ISSO AGORA!!! NEO! PARA!

Gritou para seu namorado, olhando para o invisível no céu.

– Neo para com isso agora ou eu juro... – Ela não gritou dessa vez, falava só com pura raiva e então a garota sequer teve que terminar a frase.

O garoto loiro, ou um deles, voou lá de cima diretamente no chão. Caindo de costas ali. Foi próximo a ela e estranhamente não formou nenhum dano sério ao chão quebradiço do canto daquela estrada.

Ele respirava fundo com os olhos fechados, os abrindo com dificuldade com um sorriso se formando em seu rosto enquanto movia a cabeça, parecendo aceitar que aquele último golpe foi bom...

Logo uma cópia dele, pousou em pé ali ao lado também.

– Você está bem? – Júlia perguntou para a versão deles deitada no chão.

Ele não respondeu. Liam sabia de algumas coisas. Como o fato de que ele não teria chance de vencer o Neo em uma luta como essa. Neo era seu irmão gêmeo... Não entenda isso mal, mas Liam é um dos mais poderoso Ninfús existentes, um dos mais antigos, no entanto, era só que Neo era um prodígio... Sempre foi, ele era incrivelmente bom nisso, estava um nível acima nesse tipo de disputa, não havia como negar. Não havia tampouco, como Liam ganhar disso...

Não dessa forma, pelo menos.

Só que havia um porém, Neo jamais machucaria o Liam. Não machucaria de verdade o seu irmão... O mesmo não exatamente podia ser dito de Liam.

Foi quando eles viram o flash de algo que desceu em alta velocidade, mas já era tarde, quando viram a imagem, aquilo já havia se aprofundado dentro da carne na perna de Neo. Direto na sua panturrilha, empurrou seu joelho para frente durante um mísero momento e o homem fechou os olhos sem acreditar em seu irmão.

Liam se levantava rindo discretamente, sem olhar para o irmão, como se isso o fizesse não ter nada a ver com o que ocorrera.

– Merda, Liam. – Neo disse em uma voz profunda, tentando avidamente conter sua raiva.

– Ai meu deus, Neo! – A garota exclamou olhando para o que aconteceu na perna de seu namorado.

– Você começou. – O loiro caçoou tentando evitar um sorriso que estava puxando os lábios em seu rosto.

– Você foi até a minha casa e sequestrou a minha namorada...

– Ah, qual é...

– Você fica longe dela.

– Isso vai ser um pouco difícil, Brother. Considerando que eu e a Júlia somos mesmo amigos...

– Não por muito tempo, você quer dizer! – A garota ainda reprimia sua boca com uma mão sobre ela com muita preocupação sobre o machucado de Neo, não que o cara parecesse sentir alguma coisa até o momento... – Eu não acredito que você fez isso de novo Liam! Ainda em um dia como hoje! Ele é seu irmão, droga...

Então o loiro riu.

– Foi na mesma perna que da última vez. Considere como uma recordação.

Neo só balançou a cabeça e seguiu em direção ao seu carro, saindo dali.

Os outros dois o acompanharam.

Júlia foi na frente e se apressou a abrir a porta do carro para ele. Pegou um kit de primeiro- socorros que ela sabia que ele tinha ali.

– Senta aí, eu faço um curativo para você. – A garota disse apontando para o banco do motorista.

– Não precisa.

– Você vai sangrar no carro.

– Eu faço isso. – Ele se sentou no carro com as pernas para fora, levantou sua calça e retirou a bala com extrema praticidade como se sequer tivesse receptores de dor.

Júlia não podia olhar, mas quando ele acabou, ignorando o que ele disse, ela abriu o kit e pegou uma faixa. Logo começou a limpar o local, com uma cara de maior sofrimento por ele do que o rapaz podia alguma vez sentir por algo assim e logo enfaixou com uma espécie de gaze ao redor de sua perna. Ele a deixou fazer.

Liam só se encostou no carro e esperou eles acabarem.

Quando o curativo acabou, Neo se levantou. Liam virou sua cabeça para ele enquanto dizia:

– Devia melhorar suas habilidades em speedy, Brother.

– Você devia ficar feliz que eu não o faço, é a única coisa que você ainda me vence.

Neo falou informalmente, passando por seu irmão para dar a volta no carro.

Liam riu da afirmação de seu gêmeo, revirando os olhos.

– Sonha. E eu gostava daquele carro...

– Considere como uma recordação. – Neo disse imitando seu irmão e Liam deu uma pequena, mas verdadeira risada dessa vez, gostando de ver que Neo entrou na sua brincadeira afinal.

Então ele abriu a porta de trás e sinalizou para Júlia entrar. A garota sem entender os dois só balançou a cabeça, mas no fundo ela gostava de ver como eles se davam bem apesar de tão diferentes... Um acabava que... Entendia o outro, melhor do que qualquer outra coisa.

Logo em seguida Liam foi para o banco do motorista e entrou.

Sobre Neo emprestar o carro, o loiro novo, simplesmente sabia que não adiantaria discutir para voltarem dali sem fazer o que Liam e a Júlia foram até ali fazer... A garota iria querer fazer isso de qualquer forma e era melhor Liam dirigir até lá, até porque era ele que sabia onde era. Era ele que queria ir.

E quem sabe, porque Neo estava ali de verdade afinal...


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