Last Breath escrita por Bee


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas, então, não sei se alguém se interessou e vai ler, mas se vai ler espero que se interesse e goste e até quem sabe acompanhe e deixe um comentário legal. A história será basicamente focada em Hugo e LL, mas quem sabe...
Espero que alguém goste mesmo, porque eu gostei de escrever essa história.
Tentarei postar toda semana, mas não prometo nada pois estou no último ano da faculdade, isso quer dizer: estudar, estudar, tcc, estudar, estudar, tcc. Mas vou me esforçar o máximo possível, eu aviso se tiver que mudar a data de postagem, e blablabla



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Qual o sentido da vida? Por que nascemos? Por que temos de respirar o ar poluído pela podridão das pessoas que habitam o mundo? Por que a vida daqueles que já desistiram de viver não pode ser dada para alguém que esteja em um hospital, esperando a chance de realmente viver? Por que existem pessoas que todos os dias tentam acabar com suas vidas enquanto outros dariam tudo para sentir o batimento acalorado de um coração saudável?

Essas eram pequenas questões que sempre circulavam pela cabeça de Lilian Luna, ela havia desistido de sua vida há algum tempo. Talvez fosse quando completou quinze anos e notou que não passava de uma sombra. Talvez tenha acontecido durante a primeira infância, quando descobriu que ela era um grão de um grão de areia para o mundo, e que ninguém se importava com ela. Talvez tenha sido quando sentiu o cheiro de morte pela primeira vez.

- Lilian, abra essa porta. Agora. – ela ouviu os gritos de sua mãe, bufou escondendo o seu diário de bordo, desligou o som onde Beatles tocava em alto e bom som, e abriu a porta com a maior cara de quem não queria ouvir – Escute aqui, teremos visitas aqui hoje. – Lily voltou a bufar irritada – Seus tios, seus avós, seus primos, seus irmãos, todos. Então a partir deste momento, não vai mais ligar este rádio, ou eu irei confisca-lo, e sabe que faço.

- O.K. – a ruiva mais jovem disse irritada.

- Você vai trocar de roupa, e vai ficar lá embaixo fazendo sala. – Ginny Potter disse calmamente, voltando com sua compostura.

- Eu entendi, mamãe. – ela deu uma ênfase desnecessariamente irônica no mamãe – Posso saber a comemoração?

- Pode. – Ginny disse calma, já virando as costas e seguindo para seu quarto – Hugo está voltando.

Aquelas palavras foram um estralo na cabecinha de Lily, Hugo sempre fora o melhor amigo dela, ele era seu primo, e havia passado boa parte dos últimos sete anos estudando na Alemanha. E ela realmente sentia falta daquele traste. Somente aquele ruivo a entendia.

Fazer sala. Está ai uma coisa que Lily odeia. Ela nunca soube como falar com seus avós. Nem com boa parte de seus tios. Tio Bill só ligava para a mulher e suas filhas mimadas, Victorie e Dominique, além do Louis que era o maior pé no saco do mundo. O tio Percy era o solteirão mal-amado, mal-humorado, mal-encarado que ela não suportava. O tio Charlie sempre estava longe, ele trabalhava na Romênia, só o via em feriados e aniversários. Os tios Fred e George, eram as piadas, e falar com eles eram pedir para se tornar assunto para várias ocasiões.

O tio Ron e a tia Hermione eram os preferidos de Lily, assim como dos irmãos, eles sempre estavam por perto, e sempre conversavam sobre a verdade com eles. Mas é claro, ninguém na família sabia da situação de Lily. E como poderiam? Nem mesmo seus pais sabiam.

Mas isso será explicado em breve, agora atenhamo-nos aos acontecimentos. Lily tinha acabado de completar dezesseis anos. Ela era ruiva como sua mãe, e tinha os olhos de seu pai, mas psicologicamente não se parecia com nenhum dos dois. Ela tinha dois irmãos mais velhos, James Sirius, de 21 anos, que estava na faculdade de direito, que tinha os cabelos e os olhos de Ginny, e o comportamento dos Weasleys, e Albus Severus, que tinha 19 anos, e fazia medicina, o jeito, os olhos, o sorriso, o cabelo, o jeito de andar, o comportamento, ele era uma cópia dos meninos Potters.

E tinha Lily Luna, que tinha os cabelos da mãe e os olhos do pai, o comportamento de um Malfoy – Devem conhecer o Sr. Scorpius Malfoy, namorado de Rose Weasley – o jeito de andar da Tia Avó Tessi, e o temperamento de uma bomba relógio. Seus avós chegaram, e os avós de Huguito. Ela cumprimentou os seus avós: Lily e James Potter, e Molly e Arthur Weasley. Sim, todos eram vivos, e felizes. Exceto por ela, ela era a exceção da família. Ela era a pessoa mais depressiva de toda Londres.

Lily saiu para a varanda da casa. O outono trouxe consigo o clima frio, daqueles que durante à noite e à manha você vê uma fumaça saindo de sua boca. E então ela teve outra ideia para seu diário de bordo. Voltou para a casa, esbarrando nas pessoas e subindo as escadas em um jato, entrou em seu quarto, e tirou o diário debaixo do travesseiro.

“Congelar” – foi tudo que ela escreveu, mas para ela somente aquilo significava tudo. Ela fez um pequeno desenho naquele canto. Representando como seria ‘congelar’. Voltou a guardar o diário sob o travesseiro. E quando ia sair do quarto, teve a surpresa de alguém entrando.

Aqueles cabelos ruivos levemente bagunçados. Aqueles olhos azuis profundos e fortes como uma tempestade de verão. Aquele rosto, não havia mudado nada, aquele nariz delineado, e aqueles lábios. Seu primo estava ali, e estava exatamente do mesmo jeito que antes.

- LL! – ele exclamou – Veio aqui se esconder de mim?

- Huguito. – ela saltou nos braços dele o abraçando – Nunca, eu precisava fazer uma coisa, sabe como é, coisa de menina.

- Menina, você engordou nesse meio tempo, sabia?

- E você ficou mais forte. – ela sorriu – Me conte como foi seu tempo longe de mim.

- Um inferno. – ele disse, ela o puxou para sentarem na cama, como quando eram crianças – Lá só tinha garotos, e era muito chato. Queria você lá.

- Iriamos colocar fogo na sua cama? – ela piscou.

- Não novamente. – ele riu – Mas nunca vi garotos tão acomodados quanto eles, nunca queriam quebrar as regras, nem fazer nada divertido. E aqui?

- O normal. Mas piorou no último ano. – ela reclamou.

- O que foi?

- Meus irmãos que foram para a faculdade. – ela choramingou – Agora tudo que acontece é minha culpa, e se eu não passar na faculdade meus pais me matam.

- Você consegue passar. – ele sorriu.

“Se eu viver até lá.” – Ela pensou, mas não abriu a boca para dizer nada.

Para ela, qualquer momento ela podia ter seu último suspiro, afinal a vida para a garota não possuía sentido exato, apenas existia por existir, vivia por viver. E é isso que ela escondia eternamente consigo.

- Por que resolveu voltar pra a “cidade da podridão”? – ela questionou, o encarando curiosa.

- Não sei, talvez meus pais tenham achado que eu precise de mais tempo com minha família amada. – ele sorriu vagamente, olhando para o teto – Não sabe o quanto eu senti sua falta.

- Eu também senti sua falta. – ela sorriu verdadeiramente – Promete nunca mais me abandonar?

- Claro que prometo. – ele sorriu docemente.

Eles desceram para onde a família estava. Mas para a garota, só tinha o garoto ali. E como ele havia crescido, ele estava forte, e maduro. Conversava com a família de uma forma tão desenvolta que LL admirava e invejava. Ela nunca conseguiu ter aquela proximidade toda, ela era toda ‘dura’.

Ela se sentiu diminuir ao passo que notava que quase ninguém dava bola para o fato dela estar afastada em seu canto. Tirando os olhares nervosos da mãe e os olhares divertidos de Hugo, ela passaria como parte da decoração da casa. Ela sentiu-se sufocar naquele lugar. E pensou que aquela seria a melhor forma para... Bom, logo saberão.

Sufocar em meio ao acalorado relacionamento da família. Não era estranho ter essa sensação? Afinal, no conforto de sua família o natural não seria se sentir feliz? Lilian assumia que não sabia mais o que era felicidade, e por um motivo desconhecido por ela também. Apenas não entendia toda aquela relação de carinho e felicidade que a família tanto tinha.

Ela só entendia uma pessoa. A mesma pessoa que entendia ela. Eles sempre foram cúmplices, eles sempre conseguiram se entender com um olhar. E se consolar com um abraço. Hugo sempre foi o melhor amigo da garota, era seu alfa e seu ômega, era seu ponto de paz e sua tempestade. Ele conseguia brigar com ela e conseguir o seu amor novamente instantes depois. E ele andava estranhamente mais intrigado depois da volta daquela escola. Mas afinal, ser trancafiado na escola com um bando de Alemães metidos, não devia ser o ponto alto da vida dele.

Lilian Luna logo saiu da casa, em direção ao balanço solitário que jazia ali desde que ela ‘envelheceu’ e cansou de brincar com ele. Não se sabe exatamente em que momento foi que ela ‘envelheceu’ mas com certeza foi marcante para toda a família. Naquela fatídica manhã de outono, todas as suas bonecas amanheceram destrinchadas, e com a cara pintada de verde, em uma linha reta que ia do quarto até a lixeira da frente da casa.

As roupas em tons pasteis e românticas foram parar no alvejante. Ginny quase surtou. Harry entrou em estado de choque “o que aconteceu com minha menininha?”. James Sirius e Albus Severus foram culpados, até o momento em que a menina de dez anos encarou os pais, ergueu a cabeça, estufou o peito e disse em alto e bom tom: “Fui eu quem fez isso. Eu cansei dessas roupas sem graça e aquelas bonecas estavam me olhando com cara de psicopatas.” Menos de duas semanas depois, Hugo e ela tacaram fogo na cama dele, afirmando serem nativos americanos legítimos e precisarem fazer aquilo.

No dia seguinte, Hugo havia embarcado para a Alemanha. E ela ficou sozinha com sua rebeldia e solidão.

Ela se sentou no balanço, e ele rangeu. Ao se balançar duas ou três vezes, ela se sentiu maravilhosamente bem. Parecia uma criança novamente, seu melhor amigo estava aqui novamente. Lilian Luna não poderia estar mais alegre. Mas não demonstraria.

Lily Luna havia esquecido de como se chorava, e ao menos se lembrava quando foi a ultima vez que chorou. E tirando os momentos onde ficava a sós com seu primo, ela quase nunca ria verdadeiramente.

- Hey, estranha. – Hugo disse se aproximando do balanço e se ancorando nele.

- Hey, você. – ela soltou um leve sorriso para o primo – Cansou de ser o mais amado de Londres?

- Sou só o Weasley mais amado. Londres é a próxima, e então o mundo. – ele esforçou uma risada maligna.

- Quem é você? Ed Sheeran? – Lily disse de forma irritada. – Sério Huguito, por que passou tanto tempo sem nem pegar ferias de lá?

- O estudo era puxado demais, não conseguia nem ao menos me livrar dos exames para ligar, ou coisa assim, eles eram muito exigentes, além das aulas de alemão que eu precisava, pois “Die Sprache ist sehr schwierig.”.

- O que isso significa?

- A língua era muito difícil. – Hugo explicou empurrando a prima sentada no balanço.

Alguma coisa não parecia certa nesta história de Hugo, o que deixou Lily atordoada e preocupada, seu primo nunca havia mentido, ou omitido nada dela. Mas talvez, assim como ela, ele havia mudado muito, e se tornado alguém que nem ele mesmo se reconheceria no espelho.

- Seus pais me contaram que você anda muito solitária. – o ruivo disse enquanto a empurrava novamente no balanço antigo.

- É impressão deles. Eu estou normal, Hugo. Não nota isso? – a ruiva deu seu melhor sorriso, enquanto encarava o primo amado.

- Tudo bem, mas eu vou ter que cuidar da senhorita agora. Entendeu? – Hugo disse abraçando as cordas do balanço, e a prima ao mesmo tempo.

- Eu não preciso de guarda-costas! – Lily Luna disse seca e grossa, ela não queria ninguém a seguindo onde fosse, e vasculhando suas coisas, descobrindo coisas que somente ela sabia.

- Claro que precisa, acha que deixarei um safado qualquer se aproximar da minha prima maravilhosa?

- Ninguém se aproxima de mim, eles temem.

- Como temem uma joaninha. – ele piscou fazendo com que a garota o chutasse enraivecida.

Os dois primos ficaram ali, do mesmo jeito até que o sol caísse atrás das árvores no horizonte, e as estrelas salpicassem no céu escuro e azul. Eles apenas aproveitaram a companhia rara que não tiveram por anos.


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Notas finais do capítulo

Só uma coisa, entenderam a ironia? Pra mim Huguito é o Ed, ela perguntou se ele era o Ed Sheeran? Porque ele é um ruivo muito amado no mundo, sério. Ah, e a LL pra mim é a Emma Stone, não Emma Stone para mim não é a Rose, porque pra mim Rose é muito mais Emma Roberts, mais parecida com a Hermione, pois eu acho que combina. Ei, alguém realmente leu até aqui? Se leu, deixe um comentário e me ajude a sempre tornar a história melhor :)
Achou um errinho, me comunique, eu vivo revisando, mas sempre passa um ou outro.
É isso, e vou postar antes que a minha Mione durma sem ler. Beijos guys.



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