Seddie, a história continua II escrita por Nany Nogueira


Capítulo 3
Está declarada a guerra




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Isabelle arrumou-se com capricho para a conversa com Cris. Colocou um vestido rosa que havia ganho de Carly, sandálias brancas de salto, passou gloss e lápis de olho e então finalizou com o perfume.

Sam entrou no quarto:

– Está se arrumando tanto para ir aonde?

– No apartamento da dinda.

– E precisa de toda essa produção?

– Esse é o vestido novo que a dinda me deu, quero que ela veja.

– Sei. Tudo isso para que a sua madrinha veja – disse Sam, com ironia.

– Deixa de ser chata mãe. Daqui a pouco tô de volta – fazendo menção de sair do quarto.

Bolinha começou a pular na moça, quase puxando fio do vestido.

– Não Bolinha, para.

– Pega ele no colo que ele para – disse Sam.

– Meu vestido novo!

Sam riu do desepero da filha e pegou o cachorro no colo. Isabelle saiu. Ela tocou a campainha do apartamento 8C e foi o próprio Cris que a atendeu. Ele não deixou de reparar na produção da menina, mas nada comentou, dizendo apenas:

– Entra Belinha.

Spencer estava sentado no sofá da sala, brincando com Sophie e Júnior e não deixou de reparar:

– Tá gatinha Belinha! Até rimou – rindo.

– Valeu dindo. A dinda não tá aí?

– Não, foi jantar fora com o Gibby, tô aqui de babá, pra variar.

– Legal.

Cris falou:

– Vamos subir.

Spencer advertiu:

– Também estou aqui pra ficar de olho em vocês, juízo.

Os dois assentiram com a cabeça e subiram. No estúdio ICarly, Cris convidou Isabelle para se sentar num puff e sentou-se no outro.

– Belinha, eu andei pensando muito a respeito de nós...

– Nós? - perguntou ela com uma pontada de esperança – Eu também e acho que...

– Por favor, deixa eu falar, não me interrompa.

– Tá bem.

– Sobre tudo o que aconteceu final do ano passado, foi um erro...

– Um erro?

– Você prometeu não me interromper. Não estamos confortáveis depois daquela conversa. Não estamos certos dos nossos sentimentos...

– Só se você não estiver certo!

– Belinha, assim não consigo prosseguir.

– Não precisa! - levantando-se.

– Será que nós podemos ser amigos como antes? É melhor pra todo mundo.

– Claro, como antes: eu tornando sua vida um inferno! - falou a lorinha pouco antes de sair batendo a porta do estúdio.

Na manhã seguinte, na escola. Isabelle conversava com Alison quando Cris chegou e as cumprimentou:

– E aí meninas?

– Oi Cris – cumprimentou Alison, simpática.

– E aí cara de fuinha? - cumprimentou Isabelle com a expressão fechada.

– Não acredito que vai voltar a me tratar assim Belinha – reclamou Cris.

Isabelle jogou uma pilha de livros sobre Cris e disse:

– Hoje temos aula na mesma turma, carrega.

– Pode pelo menos pedir por favor?

– Ou faz isso ou eu uso esses livros todos pra atirar na sua cabeça!

– Não acredito que vão começar com essas brigas de novo! Por que não se beijam logo e param com isso? - menifestou-se Alison.

– Quando eu me lembro que já beijei esse daí tenho vontade de lavar minha boca com água sanitária – provocou Isabelle.

– Ah é? Então carregue você mesma seus livros! - disse Cris, atirando tudo no chão.

Isabelle pegou um dos livros e atirou em Cris que começou a correr enquanto a menina descarregava os outros livros em cima dele.

Cris subiu as escadas deixando Isabelle furiosa para trás.

Richard apareceu:

– Por que jogou seus livros Belinha?

– Joguei no Cris, porque ele mereceu.

– Pensei que já tinham superado isso.

– Eu também – concordou Alison.

– Eu te ajudo a catar. Respira um pouco – pediu Richard à Isabelle, enquanto catava os livros da garota.

Na sala de aula, Isabelle sentou atrás de Cris, que a ignorou. Ela abriu a garrafa de água e começou a jogar nas calças dele por trás, fazendo o local ficar molhado.

– O que pensa que está fazendo? - perguntou Cris, lançando um olhar furioso para a menina.

Isabelle deu um sorriso sarcástico e disse alto:

– Você fez xixi na calça Cris!

Todos olharam para o garoto e começaram a rir. Cris saiu apressado da sala na intenção de se secar e de se esconder no banheiro.

Mais tarde, na reunião para a elaboração do próximo ICarly, Cris recebeu Isabelle, Richard e Alison nervoso:

– Antes de começarmos quero deixar claro uma coisa: se essa garota continuar me atacando de todas as formas eu estou fora do ICarly!

– Pensa que me intimida como essa chantagem barata? - perguntou Isabelle rindo.

– Eu tô falando sério.

– Ah é? E o que vai fazer nas suas intediantes noites? Você só tem a nós como amigos.

– Eu vou continuar sendo amigo do Richard e da Alison, já a sua amizade eu dispenso.

– Se eles são meus amigos vão ficar comigo e não com você.

– Qual a vantagem de ter uma amiga grossa e mandona como você? Aposto que se perguntarmos a eles vão preferir a mim.

– Está bem. Preferem a mim ou ao manézão? - indagou Isabelle a Alison e Richard.

– Não tem como escolher – disse Richard.

– Estão sendo infantis! Nós somos amigos dos dois e não precisamos escolher. Se vocês têm problemas na área sentimental mal resolvidos nos inclua fora dessa – expôs Alison.

– Galera, o ICarly é mais importante que problemas pessoais.

– Concordo.

– Está bem, sou uma moça madura ao contrário de uns e outros, vamos ser profissionais e planejar o próximo ICarly – falou Isabelle, lançando um olhar superior em Cris.

Cris a fuzilou de volta. Richard já abria o notebok para mostrar suas ideias.

Na semana seguinte, Cris encontrou a turma no refeitório muito contente e Alison logo perguntou:

– Ao que se deve esse sorriso radiante Cristopher?

– Eu já falei a vocês o quanto o ICarly mudou minha vida para melhor?

– Não me interessa – respondeu Isabelle malcriada.

– Eu ainda fico tímido com o assédio, não me sinto muito confortável com a fama – contou Richard.

– Faça como eu e aproveite. Ontem uma gatinha do colégio veio me pedir um autógrafo, aproveitei e a chamei pra sair. Ela disse sim. Tenho um encontro hoje!

Isabelle pensou mentalmente: “Você pensa que tem um encontro, mas tem um king kong pra pagar hoje”.

Naquela noite, Cristopher se arrumava em frente ao espelho com capricho. Optou por uma camisa social branca, dobrando as mangas, calça jeans e sapatênis. Penteou o cabelo pra trás e passou perfume.

– Tá um gato! - elogiou Carly entrando no quarto do filho na companhia de Sophie.

– Mano tá miau – elogiou Sophie de 4 anos.

– Com o elogio das duas mulheres da minha vida, não me resta mais nada a não ser concordar que estou um gato! - disse Cris enquanto se olhava no espelho satisfeito com o que via.

– Vai sair com a Belinha? - perguntou Carly.

– Não, com a Brenda. Por que eu sairia com a Belinha para um encontro?

– Cris ama a Belinha – disse Sophie, rindo.

– Viu? Até a Sophie sabe disso.

– Coisa de criança, tô superando isso. Brenda é uma gatinha ruiva e tá na minha. Vou começar a me abrir a outras possibilidades.

– Se você diz... só me resta te desejar boa sorte meu filho.

– Valeu mãe, mas não se precisa de sorte quando se tem competência.

Enquanto isso, no apartamento 13-B, Isabelle foi ao quarto dos irmãos que fingiam estar em Guerra nas Galáxias e usavam espadas de brinquedo num duelo imaginário.

– Alguém aí quer dinheiro fácil? - perguntou a loirinha aos irmãos, fazendo os meninos cessarem a brincadeira, interessados.

– Que tipo de serviço sujo vamos ter que fazer? - perguntou Nick com um brilho nos olhos.

– Não vou matar ninguém – avisou Eddie, preocupado.

– Não se trata de matar, só de zoar.

– Sua mesada toda e fazemos o serviço – propôs Nick.

– Você é um extorquista! - xingou Isabelle.

– O que é isso? - quis saber Nick.

– É alguém que chantageia outro alguém pra obter vantagem – explicou Eddie.

– Já baixou o Eddie nerd! Para com isso cara! - pediu Nick.

– Eddie está certo e você deveria estudar mais Nick, tá sempre com o boletim vermelho – observou Isabelle.

– Veio aqui pra bancar a minha mãe ou pra fazer negócio? - questionou Nick.

– Negócios. Metade da metade de minha mesada pra cada um e fechamos o negócio.

– Não trabalho por pouco, saca mina? - expôs Nick.

– Tá bom, então entre pouco e nada vão ficar com nada. Eu me viro sozinha – falou Isabelle fazendo menção de sair do quarto.

– Espera – disse Nick – Fazemos pela metade da metade.

– Garoto esperto. Vou contar o plano...


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