Começar de novo escrita por UchihaHime Chan


Capítulo 4
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Olá, galera
Se o capítulo anterior demorou menos para sair, este nem se fala. Estou tentando fazer com os que os capítulos sejam postados iguais tanto em um site como no outro, então, considerem essa postagem como um "presente".



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Pulei para fora da cama, disparei pelo corredor e trombei com o meu irmão.

– OOÔ!

Naruto agarrou meus ombros e me segurou para eu não cair.

Abriu um sorriso.

_ Devagar.

Ofeguei ao olhar para ele, tentando recuperar o fôlego.

_ Tem um... Tem um...

O sorriso desapareceu do rosto dele.

_ Tem o quê, Saky? - Como não respondi, ele me sacudiu de leve. – O que está tentando dizer?

Deixei o pânico para trás e me desvencilhei do Naruto.

– Tem um bilhete debaixo do meu travesseiro!

_ O quê?

Ele passou por mim, seguindo na direção do meu quarto. Fui atrás dele e parei na porta. Naruto se aproximou da minha cama e

Apanhou o bilhete como se fosse uma cobra peçonhenta.

_ “ Não olhe para trás. Você não gostará do que encontrará. ” Está de sacanagem comigo? – Ele se virou, segurando o bilhete. – Quem esteve aqui em cima, Saky?

_ Não sei. Ninguém que eu conheça.

Não completei a frase. Eu não conhecia ninguém.

– Ninguém passou aqui para ver você hoje? Talvez tenha dado uma escapadinha, ou algo assim?

Uma ideia horrível me ocorreu.

– Minhas amigas estiveram aqui hoje de manhã. Algumas saíram da cozinha para usar o banheiro. – Franzi o cenho. – Sayaka saiu, umas três vezes.

_ Tem que ser uma delas. Foram as únicas a entrar aqui. – Ele fitava o bilhete, um músculo pulava sua mandíbula. – Tem que ser uma delas.

Não gostei nada daquilo. Elas deveriam ser minhas amigas e, mesmo que eu não lembrasse das garotas, não queria acreditar que uma delas deixaria o bilhete.

Mas, pensando assim, você estava em casa. Poderia ter sido você;

Ele revirou os olhos azuis.

– O argumento é bom. Mas, qual é? Seria um trote idiota de mais.

Caminhando em passos largos até a escrivaninha, ele fez uma bolinha com o papel.

– O que está fazendo? – Gritou ao vê-lo jogando o papel no lixo. – Por que jogou fora? É... Uma prova!

– Prova? Alguém está zoando você. – Ele cruzou os braços e fechou a cara. – E aposto que foi daquelas idiotas das suas amigas.

– Minhas amigas não são idiotas.

Ele inclinou a cabeça para o lado, coçando os cabelos loiros.

– Você não se lembra delas.

– Tem razão. Larguei o corpo e me sentei na beirada da cama. – Mas por que alguém deixaria um bilhete desses? Quer dizer, não tem graça nenhuma...

Naruto hesitou.

– Saky. É um trote.

Olhei para a cesta de lixo. Não parecia um trote. Parecia mais um aviso. Senti um calafrio, do meu ponto de vista, era um aviso claro.

– Escute, você passou por um bocado de coisas. – Naruto limpou a garganta e desviou os olhos quando eu me virei para ele. - Sinceramente, não consigo imaginar como é não ter a mínima ideia de quem sou, mas não deixe que sacaneiem você.

– Não vou.

Achei necessário me defender.

– E não acho bom contar para os nossos pais. Eles surtariam e nunca mais deixariam que você fosse para a escola.

Droga, ele tinha razão novamente.

– Mas e se uma delas souber o que aconteceu? Karin ainda está desaparecida...

– Deixa para lá, Saky. É um trote. E, para ser sincero, em se tratando da Karin, longe dos olhos, longe do coração.

Girando os calcanhares, eu o encarei.

– O que quer dizer com isso?

Ele contraiu os músculos da mandíbula novamente.

– Só estou dizendo que... Ainda bem que não foi uma pessoa legal que desapareceu, como a Hinata.

– Hinata?

Naruto suspirou.

– Minha namorada... Vocês eram amigas, mas ela vestiu roxo no dia errado e outra bobagem desse tipo.

– Eu não deixaria de ser amiga de alguém por causa disso!

– Mas, então, a Karin era pior.... Muito pior que você. E olhe que não é coisa pouca. Você mudou quando começou a andar com ela. Muitos que conheciam a Karin, até as amigas delas, provavelmente ficaram felizes quando ela sumiu.

* * *

As palavras do meu irmão me assombraram pelo resto do final de semana. Se éramos tão babacas, por que as pessoas se deram ao trabalho de nos procurar?

– Medo e popularidade andam de mãos dadas. – Resmunguei, desligando o secador de cabelos.

Fiquei paralisada, olhando para meu reflexo. De onde tinha saído aquilo? Debruçando-me, passei um pouco de brilho nos lábios e inspirei profundamente.

Não ia haver constrangimento nenhum.

Ao sair do banheiro, peguei meu celular novinho em folha. O antigo havia sumido e só Deus sabe onde devia estar.

Não ia haver constrangimento nenhum.

Enfiei minha foto com Karin no bolso de trás do meu jeans super. apertado e desci a escada. Minha pulsação estava fora do controle, eu ia encontrar o Sasori.... Meu namorado.

Ia ser um constrangimento só.

Sasori estava ao lado da minha mãe: Era mais alto que ela, mas era mais baixo que o Sasuke. Magro, cabelos ruivos, despenteados propositalmente. Pele bronzeada, olhos cor de chocolate ao leite. Era bonito, nada mal. Pensei. O suéter de gola V tinha as mangas arregaçadas até os cotovelos, deixando a mostra os antebraços fortes. As mãos estavam enfiando nos bolsos do jeans.

– Saky. – Ele falou.

Sasori tinha um sorriso eletrizante, do tipo que você vê em revistas de celebridades: Perfeito, perfeito, perfeito em demasia.

– É tão bom ver você, gata. Não faz ideia.

Fiquei paralisada.

As feições dele perderam a cor. Sasori insistia comigo, implorando com os olhos ao vir na minha direção. Era puro desespero, mas também estava zangado... tão zangado. Meu coração batia forte, e a fúria ia crescendo dentro de mim.

– Você está legal, Saky?

Senti tontura. Minha mãe fazia uma cara de pura aflição.

– Estou.

O sorriso voltou ao rosto dele. Sasori me abraçou e ergueu-me no ar. Uma pontada de desespero me atingiu quando ele me apertou contra seu corpo. Cravei os dedos em seus ombros, tentando encontrar algo de familiar naquilo.

Sasori produziu um som gutural ao enterrar a cabeça entre meus cabelos.

– Droga, Saky, nunca mais me dê um susto desses.

Eu mal conseguia respirar. Meus pensamentos não fluíam; não conheço você, não conheço você, não conheço você...

A porta da frente se abriu e dela saiu meu irmão. Tinha os cabelos grudados no rosto por causa do suor. Um Ipod pendia em seus dedos. Atrás dele vinha Sasuke, minha mãe fez cara feia. Meu peito deu um pulo esquisito e recuei um passo, tropeçando em meus próprios pés.

Sasori agarrou meu braço, segurando-me.

O boné, enfiando na cabeça até onde era possível, escondia os olhos extraordinários de Sasuke. Só consegui ver o sorriso apertado que ele dirigiu a mamãe.

– Oi, Sasori. – Sasuke falou.

Sasori respondeu com um breve aceno de cabeça.

Meu olhar continuou fixo em Sasuke, mesmo quando Sasori prendeu meu braço ao dele. Naruto deu um encontrão em seu melhor amigo quando passaram por nós. Baixei o olhar.

– Sasuke, pode dizer ao seu pai que preciso falar com ele na segunda-feira? – Perguntou minha mãe, sua voz chegava em todos os cantos da casa. – As árvores estão precisando ser podadas, urgentemente!

– Não sei por que o seu irmão anda com o Sasuke. – Disse Sasori depois de uma gargalhada.

– Ele gosta dele.

– Não têm nada em comum.

Sasori pegou minha mãe e me levou através da passagem da sala de recreação. Uma esperança se acendeu, talvez eu gostasse daquele lugar antes do acidente. Ele me mandou um sorriso malicioso, por cima do ombro.

– Sasuke tem vindo muito aqui? – Perguntou, puxando-me para o assento perto dele.

– Não sei dizer. – Respondi olhando para nossas mãos unidas, a dele era muito maior. – Ele estava aqui na sexta, mas não lembro.

Ele soltou minha mão e ficou de pé para pegar uma coisa no bolso. Tirou dali uma caixinha de veludo azul.

– Queria devolver isso.

– Devolver?

– É, você.... Deixou isso na minha casa antes de... Bem, antes de tudo começar. – Ele desviou os olhos e engoliu em seco.

Removendo a tampa, puxei o pedacinho de algodão. Entrevi uma corrente de prata com um pingente vermelho em forma de coração, da Tiffany’s. Ótimo, consigo lembrar da loja, mas não do garoto que meu deu.

– Eu usava isso?

– Essa corrente não a faz lembrar de nada?

Chacoalhei a cabeça.

– Por que eu o tirei?

Ele baixou as pálpebras, escondendo os olhos. Um segundo interminável se passou antes dele responder:

– Você queria... tomar um banho.

– Por que raios eu iria querer tomar banho na sua casa?

Sasori contraiu as sobrancelhas e corou.

Olhei para o pingente, e, aos poucos, comecei a entender.

– A gente fez... Sexo?

Ele coçou o nariz e fez que sim.

Meu rosto ficou vermelho.

– Foi minha primeira vez?

Sasori sacudiu a cabeça de leve.

– Não, Saky. Namoramos há anos.

– Tudo bem. – disse ele abrindo um sorriso forçado. – Seus pais me avisaram de que você não se lembra de nada. É isso mesmo, né? Nem da noite do sumiço?

Meus joelhos estavam bambos quando levantei. Ele se mexeu no sofá, seus olhos pareciam aumentar.

– Há alguma coisa que eu possa fazer por você? Porque eu sempre te dei cobertura, Saky. E sempre vou dar.

Eu duvidava, mas, quanto mais olhava pra ele, mais eu começava a entender que talvez ele realmente pudesse.

– Eu vi você na noite em que desapareci?

Ele confirmou e eu fiquei tão alegre que poderia bater as asas e voar.

– O que nós fizemos além de...

– Era uma noite de sábado, assistimos a alguns vídeos de meus antigos jogos de beisebol;

Emocionante...

– Sabe a que horas eu fui?

– Umas nove. Eu queria que a gente saísse com o Gaara, mas você não quis.

– Espere. Quem é Gaara?

Sasori se recostou e colocou os pés sobre a mesinha de centro.

– Gaara é um amigo meu. Ele é namorado da Karin, mas terminaram alguns dias antes dela sumir. Eles brigavam muito.

– Nós brigávamos? – Perguntei.

– Não. Nunca. – Disse sem demora. – Nós tínhamos um relacionamento.... Perfeito, como nossos pais.

Alarmes dispararam. Espera, até onde sei, meus pais não tinham um relacionamento perfeito. Brinquei com o coração de prata.

– Mas... eu recebi um torpedo e fui embora?

– Sim.

– Acho que era da Karin. Você saiu com uma raiva danada. Vocês tinham uma certa...

– Rivalidade? Foi o que Naruto falou.

– Seu irmão não mentiu. Ela queria ser igual a você em tudo. Sempre quis, aos olhos dela você tinha tudo. Se você não gostava de alguém, ela também não. Se você quisesse alguém, da mesma maneira.

– Como assim?

Ele me olhou brevemente nos olhos.

– Ela dava em cima de mim, mesmo sabendo que estávamos juntos e que o Gaara era meu amigo.

Eu esperava sentir ao menos uma pontada de ciúmes, mas não senti nada.

– Não sei o que aconteceu naquela noite, mas vocês deviam estar juntas. E não quero falar dela, quero falar da gente.

– Da gente? – Perguntei com a voz esganiçada.

– Sim. Ficar juntinhos.

Ficar juntinhos? Eu não queria “ficar juntinhos”. Mas ele esperava, com aquele sorriso bonito estampado. Devia ser difícil para ele. Soltou um suspiro e roçou os lábios em minha testa.

– Não sei como voltaria a fazer isso. É como uma segunda chance.

– É?

– É. – Ele respondeu, beijando minha têmpora.

Passamos a tarde toda conversando, o que me ajudou a voltar a conhecê-lo. Evidentemente,

Tínhamos começado a namorar no início do primeiro ano e, de acordo com Sasori, todas as minhas

Amigas eram invejosas. Nossos pais tinham negócios juntos e trabalhavam em Tóquio, enquanto

Nossas mães ficavam em casa. Havia supostamente um grande acordo entre as firmas de nossos pais.

Algo a ver com bolsa de valores e transferência de ações, nada que eu entendesse.

Passávamos as festas de fim de ano nas montanhas Catskill com nossas famílias, e também várias férias de verão. No ano anterior, fomos o rei e a rainha do baile de encerramento da escola, e a expectativa era que voltássemos a ganhar naquele ano, algo de que Sasori se orgulhava. Na escola,

Saíamos quando bem entendíamos. Almoçávamos fora, matávamos aula juntos e, pelo jeito, ninguém nos impedia. A universidade de Yale era nosso futuro e fiquei com a sensação de que as pessoas esperavam que continuássemos juntos. Do tipo “para sempre”. Segunda ou terceira geração de adolescentes ricos, exatamente com a realeza. Foi a impressão que tive.

Havia toda uma vida ao lado dele que em nada me interessava. Por mais que tentasse, eu não visualizava nem sentia nada daquilo. Portanto, deixei que falasse de si mesmo, e ele era muito bom nisso. Era o interbase na equipe de beisebol da escola, dirigia seu segundo BMW, e seu time do coração era os Yankees. Em casa, tinha alguns primos e um avô que administrava uma das maiores corretoras de valores de Nova York.

– Meu pai e o seu poderiam comprar e vender esta cidade – ele disse, enrolando um fio dos meus cabelos em seu dedo. – Bem, na verdade, sua mãe.

– Por quê? – Eu perguntei, provavelmente pela centésima vez.

– O dinheiro vem da família do meu pai – ele explicou com orgulho. – E da família da sua mãe. A minha família dela investiu na ferrovia antes de o negócio decolar ou algo assim. Ela não é

Bilionária, não chega nem perto do tipo de capital gerado por meu pai, mas é herdeira de uma fortuna antiga.

Eu fiz força para não revirar os olhos.

– Você sabe o que meu pai fazia antes de conhecer minha mãe.

Ele deu de ombros

– Cursava Yale, claro, com uma bolsa de estudos. Acho que a mãe dele era professora do fundamental, e o pai, peão de obra. Os dois faleceram há alguns anos. Sinto muito.

Parei um segundo para digerir a morte dos avós dos quais não me lembrava. Que droga.

– Bom, então acho que ele deu sorte ao conhecer minha mãe.

– Uma sorte do caramba –Sasori gargalhou. – Ele não tinha nada antes de conhecê-la. O pai dela o colocou no negócio. Não fosse sua mãe, não sei se seu pai teria chegado muito longe. Mas meu pai foi criado para dirigir a firma, exatamente como eu fui. – Ele voltou a beijar meu rosto. – E como

Meu filho será.

Arregalei os olhos. Seu filho? Ugh, a ideia me deixou enjoada, me deu alergia.

A conversa sossegou, e meu braço formigava, prensado como estava entre nossos corpos. Pensei por um instante em contar a ele a respeito do bilhete, mas decidi não fazer isso.

– Do que eu gostava?

Sasori afastou a cabeça, vasculhando meus olhos.

– Além de mim?

Certo, nada engraçado. Com os olhos semicerrados, fiz que sim.

– Você gosta de fazer compras. – Ele riu, afagando meu rosto. – Sua bebida predileta é qualquer coisa que misture frutas com vodca. Cair na farra com você é o máximo. Você é doida. – Dessa vez, quando ele se inclinou, seus lábios tocaram os meus. Foi um beijo breve. – Geralmente bem mais doida que isso.

– Desculpe. – Corei. – O que eu quis dizer foi: eu tinha algum passatempo?

Seus olhos demonstraram certa confusão.

– Ir às compras conta como passatempo?

– Acho que não.

– Você sempre gostava de visitar o Parque Militar de Gettysburg – ele disse depois de alguns

Segundos. – Você costumava ir com aquela menina, a Hinata, passavam o dia todo lá. Acho que você era fissurada nessas coisas históricas. Ou talvez só em coisas macabras.

Uau. A única coisa que eu fazia que não era uma futilidade era visitar um cemitério gigantesco com uma garota que nem sequer era mais minha amiga. Eu estava mesmo começando a me detestar. Sasori passou algum tempo falando da temporada de beisebol que estava para começar reclamando dos arremessos do Sasuke. Aparentemente, ele era o arremessador, e os dois não se davam bem.

Minha mãe apareceu e perguntou se ele jantaria conosco, mas ele recusou educadamente o convite.

Sua família estava na cidade. Antes de Sasori sair, eu tirei a foto do bolso e a mostrei para ele.

– Sabe onde foi que tiraram esta foto?

Ele fitou o retrato durante alguns segundos e virou a cara. Um ar de distanciamento se insinuou em seus olhos, endurecendo-lhe o olhar.

– Na verdade, foi há alguns meses, na véspera do Ano Novo. Vocês estavam morrendo de frio com aqueles vestidos. Gostosas, mas geladas feito picolés. – Ele soltou uma risada breve. – Estávamos na Filadélfia. Você apagou antes da meia-noite.

Quanto mais eu ouvia falar de mim, mais eu queria bater a cabeça na mesa de centro.

– Quem estava lá com a gente?

– Gaara, mas ele também apagou.

– Então sobraram só você e a Karin?

Os lábios dele ficaram finos.

– Foi. Droga de noite.

O que me parecia estranho era que ele dava a entender que não suportava a Karin, mas era óbvio que nós três ou quatro andávamos um bocado juntos. Será que ele a tolerava porque era minha amiga? Suspirei.

– Queria me lembrar de alguma coisa. Ela ainda está por aí, e tenho a impressão de que sou a única capaz de encontrá-la.

Sasori recolheu o braço e se levantou.

– Vai parecer crueldade minha, mas ela não é problema seu.

Droga, foi crueldade.

– Mas...

– Mas você precisa se concentrar em melhorar e tocar a vida. – Ele passou uma das mãos pelos meus cabelos, franzindo o cenho. – Acho melhor deixar isso pra lá agora. Estão procurando por ela.

Você precisa se cuidar.

Meu olhar foi para na foto em que Karin e eu aparecíamos juntas. Eu cheguei a pensar que parecíamos tão felizes no retrato, como melhores amigas de verdade, mas, quanto mais eu o examinava, mais eu via: o gume afiado de nossos sorrisos, a frieza de nossas feições idêntica.

Todos queriam que eu a esquecesse, que seguisse em frente. Como se a menina não tivesse desaparecido. Como se ela nunca tivesse existido. Passando o polegar pelo lado da foto em que ela

Aparecia, percebi que não poderia fazer aquilo. Assim como não poderia ser a pessoa que tinha sido antes. Aquela Sakura ainda estava sumida, presa onde quer que Karin estivesse, e talvez ela fosse capaz de deixar Karin para lá, mas eu não.


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Notas finais do capítulo

Mais um capítulo, com um pouco mais de emoção. Os outros estavam um pouco mais chatos, só para adicionar as personagens. Só peço que, por favor, continuem a ler e comentar. A falta de comentários desestimula um escritor. Se não gostaram de algo, sintam-se a vontade para dizer. Gostaria de saber tudo o que acham da fanfic.
Beijos



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