Cinzas de uma Era escrita por Kris Loyal


Capítulo 22
Capítulo 22 – Visita.


Notas iniciais do capítulo

OLHA QUEM VOLTOU :D
Voltei gente, vocês já podem parar de querer o meu mal por minha demora :)
O capítulo de hoje é dedicado às lindas MissMoon e Laris Morelli por terem usado de seu precioso tempo para, amavelmente, presentear Cinzas de uma Era com suas respectivas recomendações. Muito obrigada, gente! Me deixaram muitoo feliz e animada!
Vamos ao capítulo?



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A cena era quase patética de se ver. O guerreiro e sobrevivente Peeta Mellark, deitado no chão da sala, agarrado a um vestido branco, tentando escapar para algum pesadelo. Ele estava completamente certo de que qualquer pesadelo era melhor que a realidade vigente.

Nenhum pesadelo seria pior que aquelas imagens que se formavam em sua mente: Katniss sendo jogada ao fogo, implorando para que não fizessem aquilo.

O que o intrigava, no entanto, era a indagação sobre aquele caminho. Porque aquela estrada tão óbvia? Troid poderia ter pego um outro caminho bem mais fácil de cobrir as pistas. Bem, estava na cara: ele queria que Peeta a encontrasse. Será que visando apenas o sofrimento que causaria a ele? Ou será que tinha outros objetivos? Não havia modo de parar de pensar naquele enigma.

Havia exatamente uma hora que ele havia voltado para casa depois do corpo carbonizado que encontrou, porém ainda não tinha saído da posição em que parou desde que chegara. Estava difícil ter um motivo para continuar.

Na verdade a pergunta era:

Continuar com o que?

Apertava o anel que resgatara das cinzas firmemente na mão e em algum momento dormiu um sono atormentado e triste. Não via motivos para se levantar dali. As horas que se passaram depois disso, não foram diferentes. Peeta não sabia quantos dias se passaram e nem procurou saber; comeu pouco, levantou-se menos ainda. 

Em um desses dias, Mellark acordou e jurou ter ouvido alguma coisa, um ruído talvez, e então algo por debaixo da porta. Levantou-se ignorando a reclamação do corpo por causa da posição em que havia dormido e seguiu até o papel dobrado, que descansava a poucos centímetros da soleira.

Abriu a porta antes de pegá-lo, mas não havia nada, então entrou e encostou a porta. Não se preocupava tanto em trancá-la quanto antes, pois não estava mais disposto a resistir tanto à morte. Talvez ela seja uma companheira muito mais bem vinda que a vida em sua recente situação.

Pegou bilhete entre as mãos, hesitando um pouco em abrir. Estava cansado de más notícias, e não tinha mais ninguém no mundo a não ser seus inimigos, então, qual era a chance de ser uma boa notícia? As chances não eram boas, mas a notícia era impressionantemente boa.

Sentiu seus olhos arderem pela súbita vontade de voltar a chorar. Era ela, ele sabia. Ninguém mais sabia de Delly e Aya e ela com certeza as citou para que ele tivesse certeza. Sentou-se no chão absorvendo a situação toda.

Katniss estava morta, mas na verdade não está. O quão louco isso pode ser?

Amassou o bilhete entre as mãos querendo de alguma forma comprovar que aquilo tudo era real, e não mais uma peça que sua mente pregava. Respirou fundo, analisando uma vez mais a caligrafia de Katniss. Sim, a mesma dos bilhetes na outra missão.

Levantou-se e seguiu para a cama, com um sorriso estranho no canto da boca. Um riso de felicidade e de maldade, ao mesmo tempo. Peeta estava feliz por poder reencontrar sua Katniss, estava mesmo imensamente feliz por não estar novamente sozinho na vida, mas não era só isso. Ele estava feliz por ter uma oportunidade de se vingar definitivamente do maldito Troid.

Deitou-se na cama de casal jogando todo o peso sobre ela. Estava decido:  descansaria muito. Queria estar bem descansado para a noite ter forças para agir. Ele não poderia falhar. Não outra vez.

Pensou que teria dificuldade para dormir por ocupar a mente com possíveis planos, mas na verdade dormiu logo. Talvez estivesse mesmo exausto, afinal.

Acordou no início da noite, seguindo diretamente para o quarto ao lado para verificar suas armas. Comeria e sairia logo, pois queria ter tempo de estudar a área precocemente. Era uma tática de guerra conhecida.

Em quarenta minutos o loiro atravessava ligeiro as ruas escuras da cidade com o carro. Quanto mais rápido, menos atenção. O que ele menos queria era despertar a atenção de uma outra gangue e se atrasar para seu compromisso. Por isso, antes de chagar na avenida indicada no bilhete, deixou o carro e prosseguiu a pé.

Não demorou a encontrar o chalé: lá estava ele, em meio a uma vegetação estranha e seca, ao lado da estrada como Katniss instruíra, porém um pouco escondido.

Sondou o local, conseguindo perceber a presença de um homem à porta, com certeza de vigia. Era o mesmo cara que tinha arrancado sua unha com um alicate. Pelas brechas da madeira do chalé, via-se velas acesas do lado de dentro, fazendo constatar a presença de pessoas acordadas na casa. Decidiu esperar. Ele tinha a noite inteira.

Quando a lua já estava alta, Peeta pôde observar a luminosidade no interior da casa diminuir, fazendo-o concluir que algumas velas foram apagadas. 

Deu a volta por trás do terreno a procura do dito pequeno portão que estaria encostado. Não foi fácil acha-lo: o portão de madeira maciça estava entre folhas e outros tipos de vegetações, passando desapercebido pelas vistas de Peeta por duas vezes. A escuridão também não ajudava, em absoluto.

Devagar, com medo que o portão rangesse, ele forçou o portão para que se abrisse, constatando que estava mesmo aberto. Considerou mais uma vez a hipótese de ser uma armadilha: Troid podia simplesmente ter arrancado aquelas informações de Katniss antes de mata-la para encurralá-lo naquela armadilha, mas a verdade era que ele não se importava. Se Katniss estivesse mesmo morta, não haveria motivo para temer ser levado pela morte. 

Entrou pelos fundos tentando ao máximo não pisar nas folhas secas que rodeavam o chalé. A lua nova brilhava sobre sua cabeça e ele de vez em quando a olhava, pedindo sorte internamente.

Achou a primeira janela na casa e procurou uma fenda para poder espiar. Lá estava Troid em seu quarto. Uma mulher pequena, que não mais que um  e cinquenta e cinco de altura, estava deitada ao lado dele. Ela era um pouco ruiva e Peeta até podia imaginar algumas pintinhas em seu rosto. Troid se aproximava dela e a beijava no rosto enquanto ela sussurrava alguma coisa, parecendo reclamar com ele por algo. Mulheres, Sempre parecidas umas com as outras.

Peeta abandonou a janela de Troid e seguiu para a da frente achando nessa uma fenda muito pequena que mal dava para ver o interior do quarto. Porém foi o suficiente para que ele pudesse avistá-la. Sentada em um canto da cama, com os joelhos firmemente juntos ao peito, lá estava sua amada Katniss. Os cabelos escuros descendo pelos ombros sem nenhuma detenção e os olhos atentos, passando por todo o quarto. Ah, como ele queria tocar aqueles cabelos... Sentia tanta falta...

Balançou a cabeça. Tinha que se concentrar no plano e a primeira parte era entrar, não poderia chegar a até ela sem a primeira parte do plano. Peeta ainda achava que estava ficando meio louco quando se pegava fazendo sequências de ações na mente, mas aquilo definitivamente não importava agora. Louco ou não ele teria sua Katniss de volta.

Ouviu passos então escondeu-se por trás de uma coluna do chalé. Lá estava o segundo homem, o que tinha jogado nele o aparelho de choque. Ele seguiu para a porta de trás, e quando a encontrou aberta olhou para todos os lados antes de resmungar:

 - Aquele moleque é um imprestável mesmo. Nem de guarda ele está hoje, não podia ter trancado o portão?

Segundos depois um jovem magricela apareceu correndo. Ele era alto  e parecia ser realmente novo. Peeta imediatamente observou a fita vermelha sangue, de um tecido brilhoso, que reluzia em seu braço, principalmente quando a lanterna iluminava o local.

“Otto”, lembrou-se Peeta do nome que estava no papel.

— Desculpe, eu acabei de abrir esse portão e já ia fechar. Precisei ir buscar algumas ervas caso Dianna quisesse algum chá.

— Claro, claro. Sempre fazendo sua especialidade: servir de mordomo para a madame. – respondeu o homem, enquanto trancava o portão encarando Otto firmemente – saiba Otto, que é muito melhor você usar seu tempo para treinar com armas e facas. Hoje em dia, mordomos não servem para nada. Guerreiros, pelo contrário, são os que valem.

O garoto fingiu absorver o conselho, ignorando o conjunto de palavrões que vieram depois.

— Já vou indo. Vou desligar a lanterna para não chamar a atenção, como você me orientou ontem.

Saindo apressado, com a lanterna desligada na mão, ele nem pôde ouvir o último insulto vindo do homem que agora se posicionava parado à porta:

— Idiota.                                                         

Peeta esperou vários minutos para atacar. Ele sabia que tinha que fazer as coisas com cautela para não ser pego e colocar sua única chance a perder. Não podia nem considerar aquela hipótese.

Cerca de 25 minutos depois, o loiro partiu para cima do homem por trás, que foi pego em uma surpresa tamanha, que nem conseguiu impedir o movimento que fez a lâmina lhe rasgar o pescoço. Era uma morte cruel, matar alguém cortando a jugular, considerando o tanto de sangue que se esvaía, mas sinceramente? Peeta não tinha ido para ter compaixão de ninguém.

Deixou o infeliz no chão agoniando e seguiu adiante em direção à porta da frente, que era a única da casa. O guarda que estava no portão da frente apenas viu seu vulto passar, então não deu atenção, imaginando que fosse Otto uma vez mais.

Ao entrar na casa dirigiu-se logo ao quarto que, pela localização da janela, sabia que era o de Katniss. Empurrou a porta devagar e a viu levantar a vista para olhar quem era. Ao vê-lo, um sorriso largo apossou-se de seus lábios e Peeta sentiu vontade de chorar só por ter tipo a possibilidade dele não ver aquele sorriso novamente.

Katniss levantou-se correndo e atirou-se contra ele em um abraço desesperado, que o fez dar um passo para trás.

— Eu pensei... Eu pensei que você estava... – sussurrou ele contra os cabelos dela. Suas pernas enganchadas no tronco dele e os braços firmemente segurados no pescoço. Ambos sabiam que deviam estar fugindo e não se abraçando, mas depois de terem visto a vida um do outro supostamente chegar ao fim, simplesmente não conseguiam não fazer aquilo.

— Está tudo bem... Está tudo bem agora amor, eu estou aqui.

Ele assentiu e a colocou no chão, olhando para o lado e encontrando o olhar observador de Otto ao lado deles. Peeta então dirigiu-se a ele, voltando à situação original:

— Vamos, garoto.

Porém dado dois passos, uma voz soou por trás deles:

— Eu sabia que essa sombra era forte demais para ser do idiota do Otto. – disse o homem que estava guardando o portão da frente e que agora estava diante deles, antes de apontar a arma, sorrir e aumentar o tom de voz – Troid! Levanta! Um velho amigo veio nos visitar!


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Notas finais do capítulo

OLHA A MERDA FEITA HEIN ASHUAHSUH
Gente, eu não gosto disso de metas, nem nada, mas eu tenho que dizer que só vou liberar o próximo capítulo quando eu ver vocês comentando muitoo e interagindo comigo aqui (ou recomendando também haha). Sabem pq? PQ O PROXIMO CAPÍTULO É "CARCARÁ" BITCHES E EU O AMO então vou esperar o interesse da galera falouws? ahsuhaus AMO VOCÊS