Burning Love escrita por Beatrix Costa


Capítulo 13
His name is...


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem do nome que escolhi para o filho da nossa Maura...
Leiam e aproveitem! :)



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Anteriormente…

A detetive foi ao corredor e pediu a um dos empregados que chamasse o 112 e ele rapidamente acedeu à ordem muito atrapalhado. Ela voltou para junto da loira. Jane agarrou-lhe a mão enquanto Maura tentava controlar a dor.

—Vai correr tudo bem minha querida, eu estou aqui!

A ambulância estava a demorar muito tempo a chegar. Lá fora estava chuva e era possível que isso fizesse com que o veículo não conseguisse chegar a tempo.

—Jane olha para… ai… olha para mim…

—Calma, eles já devem estar a chegar!

—Ouve… o bebé, ele não se consegue adaptar mais ao meu corpo… ai… por isso é que eu descobri a gravidez tão cedo, ele vai nascer per… prematuro…

—Não estou a perceber Maura! O que é que acontece se ele ficar mais tempo dentro de ti?!

—Ele pode ter um derrame cerebral… ou então nem nascer… vivo! Jane, tu tens de fazer o parto por favor Jane!

—Não eu não posso fazer isso.

—Podes sim… ahhhh… ele está virado para o lado certo tu só tens de me ajudar, trás toalhas quentes!

—Toalhas quentes por favor!!! – gritava a detetive para o corredor.

Rapidamente o seu pedido foi acedido. Um dos empregados serviu de suporte nas costas de Maura a pedido da própria. Ela sentia-se a desmaiar, quase sem forças. Jane gritava palavras de apoio. Ao fim de alguns minutos a cabeça da criança começou a ver-se.

—Anda Maura, está quase!

Jane estava também em pânico. Não gostava propriamente daquele sangue todo! As toalhas quentes não estavam a ajudar a seu ver.

—Ahhhhhh – gritou Maura, e Jane num instante conseguiu tirar a criança.

A detetive tinha as lágrimas a escorrer-lhe pelos olhos, que estavam vidrados na criança, e as mãos ensanguentadas. Ele era muito pequenino. Ela deu-lhe uma suave pancadinha nas costas e o choro da criança começou a ouvir-se.

—Ele é lindo Maura…

A patologista estava prestes a adormecer. Nunca se sentira tão vulnerável ao sono, tinha perdido demasiado sangue. Começaram a ouvir-se sons de ambulâncias. Jane passou-lhe o bebé para os braços e Maura ainda teve tempo de murmurar um nome (que Jane não entendeu) antes de ceder ao cansaço e desmaiar. O empregado que lhe estava a apoiar o corpo também ficou mais para lá do que para cá.

No hospital St. Esther…

Ela começou a abrir os olhos, ainda via tudo turvo e sentia-se como se estivesse drogada (não que ela tivesse muita experiência em relação a isso). De repente, uma mão tocou-lhe e ela começou a ver um vulto de cabelos grandes e desgrenhados.

—Oi… - disse Jane.

—Oi... onde… espera! O meu bebé Jane! – balbuciava Maura muito nervosa.

—Calma, ele está bem. Ficou um pouco nos cuidados intensivos mas agora está aqui.

—Aqui?

Maura olhou para o lado e viu um berço do hospital ao lado da sua cama. Rasgou um sorriso na cara e quis pegar-lhe.

—Não te mexas, ainda estás fraca.

—Deixa-me pegar nele.

Jane deu-lhe a criança para os braços. Ele era minúsculo devido ao facto de ter nascido prematuro.

—Tem ossos fortes, os membros proporcionais, não parece ter qualquer problema a nível cerebral. É maravilhoso… e é meu filho! – avaliou a recém mamã.

—Ele é lindo… como tu.

—Tem os olhos do pai – murmurou Maura ao que Jane sentiu um certo desconforto. A patologista ao aperceber-se disso continuou.

Eu… já escolhi um nome.

—Ah sim… e qual é?

—John, é um nome que deriva do hebraico Yehokhanan Iohanan, que significa “graças a deus”, embora eu não seja uma mulher de fé mas tendo em conta as circunstancia e também… é o masculino de Jane.

—Estás a falar a sério! Vais-lhe dar o meu nome – disse a detetive surpreendidíssima com um sorriso na face.

—Bom, tecnicamente é o masculino, mas sim. Eu quero que ele tenha um nome igual ao teu.

—Eu amo-te tanto Maura e… por falar em amor, eu tenho uma coisa para ti.

Jane tirou a caixinha vermelha do seu bolso, abriu-a e fez o pedido.

—Maura Dorothea Isles, aceitas casar comigo?

—Sim! Sim Jane claro que sim! – disse Maura puxando-a para um beijo – Mas com uma condição… nunca mais usas o meu segundo nome!

—Hahaha, ok combinado. Já viste John, vais ter duas mães!

Jane colocou-lhe o anel com carinho. De repente alguém bateu à porta. Maura deu ordem para que entrasse. Para surpresa das duas o pai de Maura abriu a porta, juntamente com Constance. Ela soltou uma lágrima ao ver o neto. Ficaram uns segundos de silêncio constrangedor.

—Quer pegar-lhe? – perguntou Maura com uma voz suave.

—Sim quero.

Assim foi. Constance pegou no pequeno bebé e juntamente com Arthur observou-o carinhosamente. O médico parecia mais babado do que a mulher.

—Qual é o nome dele querida?

—John… ele chama-se John – informou Maura dando a mão a Jane sem intenção de provocação.

—O masculino de Jane… - murmurou Arthur – Posso falar consigo lá fora? – pediu ele à detetive.

—C…claro.

Eles saíram do quaro deixando Constance e Maura sozinhas com o bebé.

—Mãe, eu peço desculpa pelo que disse ao telefone não foi minha intenção eu só…

—Chiuuu, não te preocupes com isso querida. Podes não ter nascido de mim, mas cada vez que eu olho para ti sinto és tão minha filha como se isso tivesse acontecido.

—Eu também sinto isso mãe! E tenho a certeza que ele também vai sentir isso em relação à avó!

—Não digas isso que me fazes sentir velha.

Elas riram. Constance pareceu nem se ter apercebido do anel. Mas apercebeu-se, e estava feliz pela filha. Fora do quarto Arthur tentava arranjar as palavras certas para dialogar com Jane. Não era fácil tendo em conta o que ele queria dizer.

—Pediu a minha filha em casamento não foi?

—Pedi sim… e ela aceitou.

—Já vi que sim. Jane… não há uma forma fácil de dizer isto mas, a Maura vem de um mundo muito diferente do seu e…

—O quê? Acha que a sua filha não vai ser feliz ao lado de alguém com um salário médio?

—Não é isso que eu quero dizer.

—É exatamente isso que o senhor quer dizer. Acha que já não conheço a história! Acha que não sei o quanto fez sofrer a Maura. Esse assunto já está esquecido. Mas eu nunca vou deixar que a Maura sofra de maneira alguma.

—Eu não lhe admito…

—Eu e a sua filha amamo-nos, isso deveria ser suficiente.

—Pois mas infelizmente a sociedade não funciona assim. Se quer mesmo ver a minha filha feliz afaste-se! – finalizou ele antes de entrar o quarto e sair alguns minutos depois acompanhado de Constance.

Ele deixou Jane a pensar, mas não o suficiente para desistir da amada. Acabara de perceber que iria ter uma luta difícil com Arthur. Mas ela sabia que Maura mais não pertencia ao mesmo mundo dos pais adotivos, ela sabia que Maura não a trocaria por qualquer quantia de dinheiro ou prestigio, ela sabia isso. Entrou no quarto.

—Agora só falta dizer ao Ian… ah, e à minha mãe.

—Tenho a sensação que vamos ter muito que explicar quando voltar-mos a Boston Jane.

—Também eu meu amor… também eu – disse ela abraçando-a enquanto fixava o olhar no bebé que agora dormia tranquilamente no berço.

 


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Notas finais do capítulo

Não pensem que isto termina por aqui... ainda vai rolar muita coisa!
Comentem ;) Quero feedbacks



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