Burning Love escrita por Beatrix Costa


Capítulo 12
Do you really love me?


Notas iniciais do capítulo

Lamento a espera, mas tenho tido muitos testes na escola e pouco tempo para escrever... no entanto, prometo compensar com este capítulo!
Espero que gostem!



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Anteriormente…

—O que é que sentiste quando ele te beijou? – perguntou Jane violentamente sem se conseguir conter.

Maura calou-se, não soube o que dizer. O seu coração começou a palpitar descontroladamente perante o olhar mortífero da morena.

—Então? Responde Maura, o que é que sentiste?!

—Eu...eu… - Maura só conseguia gaguejar, não encontrava as palavras para dar a resposta à namorada até porque não sabia ela própria a resposta.

—Tu o quê! Ainda o amas, é isso?

—Não Jane! Eu amo-te a ti! – as palavras de Maura ecoavam forte na cabeça da detetive, mas mesmo assim ela queria uma resposta clara à sua pergunta.

—O que é que sentiste?

—Eu senti pena. Pena por ele estar naquele estado. Sabes, eu ameio-o muito, muito mesmo. Mas já não amo. Para mim ele é só o pai do meu filho.

Jane ficou satisfeita com a resposta, era tudo o que ela queria ouvir. Maura aproximou-se dela e reforçou a ideia de que a amava e que agora que estavam juntas nunca mais se iam separar. Jane começava a achar aquela conversa cansativa e decidiu ir deitar-se sem se quer jantar. Elas tinham passado a tarde toda no hospital. A patologista estava igualmente de rastos mas não quis, ou melhor, não conseguia deitar-se na cama com Jane e foi para o quarto de hóspedes. Ela sentia uma vontade incontrolável de chorar e chorou. Por tudo. Os quartos eram lado a lado, e a detetive conseguiu ouvir a amada a chorar baixinho mas não fez nada. Sentia-se inútil. Parecia que desde que estava com Maura a sua personalidade tinha mudado completamente. Ela estava mais sensível. O amor muda as pessoas, é uma verdade, mas todas aquelas mudanças ao mesmo tempo eram difíceis de aceitar. Naquele momento Ian devia estar a começar uma nova operação. Como seria quando ele saísse do hospital? Era uma pergunta que atormentava Jane constantemente. E foi assim, por não uma, mas muitas longas noites…

2 meses depois…

Maura saiu cedo, muito cedo. Jane sabia que ela estava no hospital e queria ir ter com ela, mas tinha trabalho. A loira e a morena praticamente não se falavam desde aquela noite e o ambiente começava a tornar-se insuportável. Maura passava os dias no hospital com Ian, e parecia nem se aperceber o quanto isso magoava Jane. Mas a detetive queria mudar isso. Antes do trabalho passou por uma joelharia. Ela não tinha dinheiro para algo muito caro (embora o seu salário em Londres fosse um pouco melhor do que em Boston) mas ela sabia que as melhores coisas vinham do coração. Ficou lá meia hora e quando já estava a ficar atrasada decidiu-se por uma aliança dourada bem simples mas com uma rosa desenhada, a flor preferida da patologista. Levou-a dentro de uma caixinha vermelha. Estava pronta para dar o próximo passo. E lá foi ela para a esquadra, toda satisfeita e convencida de que aquele seria o primeiro dia do resto da sua vida.

No hospital, Maura estava completamente envolvida numa conversa com Ian… mas com a cabeça noutro lado. Aquela situação com Jane estava a deixá-la completamente louca e muito fraca. Já ia no sétimo mês de gravidez e as dores tinham abrandado. “Infelizmente”, por uma das ecografias Maura conseguiu perceber que era um rapaz. Era nesses momentos que desejava não ser tão inteligente. Nesse dia contou a Ian, que ficou muito feliz. Pediu a Maura que fechasse os olhos e tirou uma caixinha da gaveta da mesinha de cabeceira.

—Já podes abrir – ela assim o fez e sentiu-se sem chão quando viu a caixa aberta.

—Casas comigo?

—Eu… não sei o que dizer… - não era verdade, Maura sabia exatamente o que dizer. Era um não! O claro e redondo NÃO!

—Não precisas de responder já. Eu só saio daqui a duas semanas. Mas por favor, pensa sim – pediu ele docemente. Ele meteu-lhe a caixa com o anel no bolso da gabardina.

Maura saiu atordoada. Não ia aceitar nem isso lhe passava pela cabeça. Aliás, ia fazer as pazes com Jane e estava determinada a contar toda a verdade a Ian. Os segredos iriam acabar. Ela estava farta! Recebeu uma mensagem da detetive com uma morada a pedir-lhe que fosse lá ter. Ela meteu-se dentro de um táxi e assim o fez. Era um hotel… um grande hotel. Foi até à porta do quarto 223, como Jane tinha indicado na mensagem. Bateu à porta e segundos depois a detetive abriu, mostrando um cenário romântico com velas numa mesa já posta e com a comida na bandeja.

—Entra… - pediu Jane.

Maura estava encantada. Entrou, despiu a gabardina e observou o cenário à volta.

—Fizeste isto para mim?

—Claro! Eu… quero fazer as pazes porque… eu amo-te Maura, como nunca amei ninguém.

—Oh Jane. Eu também te amo. E é tão bom ouvir isso porque…

—o quê?

—Nada… deixa para lá.

—A loira beijou-a. Isso soube bem às duas. Aqueles lábios já não se tocavam há muito tempo, demasiado tempo. O beijo foi prolongado e doce. Elas só paravam para respirar, e quando finalmente acabou Jane conduziu Maura pela mão até à mesa. Como cavalheira, puxou a cadeira para que ela se sentasse. Serviram-se. A comida era deliciosa, mas o mais saboroso daquilo tudo era a companhia e a segurança que elas transmitiam uma à outra. Jane iria pedir a mão da namorada no final do jantar. Quando terminaram Maura foi à casa de banho. O seu telemóvel tocou e de dentro Jane ouviu uma voz a pedir-lhe que atendesse. Jane não queria estragar aquela noite mas podia ser importante. Quando tirou o aparelho do bolso do casaco da patologista a caixa com o anel que lhe fora oferecido por Ian caiu! A detetive nem ligou mais para o telemóvel de tão chocada que ficou. Deixou tocar. Sentou-se na cama e abriu a caixa. Quando viu o anel derramou uma lágrima.

Quando Maura voltou da casa de banho o telemóvel já tinha parado de tocar. Ela olhou para Jane que continuava sentada na cama com a cabeça baixa e algo na mão.

—Que se passa Jane – questionou Maura de longe.

Jane levantou a cabeça devagar, e quando finalmente arranjou coragem no meio de tanta raiva e desilusão que sentia, falou – Ele pediu-te em casamento não foi… - deduziu ela com a caixa na mão.

—Sim mas…

—Quando é que me ias contar? – pergutou Jane violentamente.

—Eu não te ia contar porque… – esclareceu Maura ainda mais alto.

—Ah, agora escondes-me coisas! O que é que me escondes-te mais Maura? – pergutou Jane quase sem paciência.

—Eu não te ia contar porque eu não vou aceitar Jane! Ahhhh – Maura gritou de dor.

—Que foi Maura! Maura!

A patologista estava a ter contracções muito fortes. Sentia-se sem forças até para continuar de pé. Começou a escorrer sangue, estava a ter uma hemorragia! Jane não sabia o que fazer.

—O que é que se está a passar Maura?!

—Chama o 112 Jane… ele vai nascer… - dizia Maura em pânico a contorcer-se de dores – estas hemorragias não são normais! Chama uma ambulância!

A detetive foi ao corredor e pediu a um dos empregados que chamasse o 112 e ele rapidamente acedeu à ordem muito atrapalhado. Ela voltou para junto da loira. Jane agarrou-lhe a mão enquanto Maura tentava controlar a dor.

—Vai correr tudo bem minha querida, eu estou aqui!


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Notas finais do capítulo

Qual será o nome do filhinho de Maura?
Será que Jane irá mesmo pedir a namorada em casamento?
Tantas dúvidas, e tantas respostas por dar. Comentem que o próximo capítulo será em breve...



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