Burning Love escrita por Beatrix Costa
Notas iniciais do capítulo
*Capítulo importante
Espero que gostem!!!
Anteriormente…
Assim que Arthur viu Maura de pé, arregalou os olhos e exclamou:
—Filha, tu estás grávida?!
Maura ficou em silêncio durante algum tempo. Sentia-se envergonhada e para piorar as coisas Jane fez-lhe sinal para dizer que metade das pessoas no restaurante estavam a olhar para eles.
—Anda lá fora Maura… já! – disse Arthur baixinho mas num tom muito zangado.
A patologista seguiu o pai até à parte de fora do restaurante sob o olhar atento de muitos. Jane entendeu que devia ir com Maura, levantou-se e seguiu-os. Ficou encostada à porta a ver a discussão de pai e filha.
—Maura como é que foste capaz! Não podias ter escondido isto de nós… ou melhor, de mim! Não me digas que a tua mãe já sabe!
—Não… só a Jane e a Angela é que sabem…
—Quer dizer, dizes à mãe da tua amiga mas não contas aos teus pais! E o pai do bebé, quem é?
—É por ele que estou aqui! Ele está no hospital e eu…
—No hospital! Ai Maura, mas o que é que lhe aconteceu e quem é ele.
—Ele… ele levou um tiro e… eu tive um caso com ele… e acabei por engravidar, vocês não o conhecem.
—Ah, então quer dizer que vocês não estão juntos! Que vergonha Maura, nunca imaginei que nos fizesses isto, já viste o que as pessoas vão dizer.
Perante aquela afirmação, a patologista explodiu de raiva. As recordações de quando apanhou o pai na cama com outra mulher vieram ao de cima e de repente tudo deixou de importar.
—E o senhor ah? O que me fez passar não conta? Não tem ideia do que eu sofri todos os anos em que tive de guardar aquele segredo da mãe. E tudo para manter a s aparências não foi! E aquela mulher… aposto que é mais uma das suas pegas. Pois bem, então não tem nada que se meter na minha vida! E fique sabendo que eu não estou com o pai do bebé… eu estou com a Jane. Sim é isso mesmo, a Jane e eu namoramos!
—Tu… e a Jane…
—Faça-me um favor. Antes de julgar os outros comece a rever os seus erros. Se calhar quem está certa nesta história toda sou eu…
Maura foi até à porta em passo apressado até que viu Jane com uma cara de espanto pela sua atitude. A patologista pediu para se irem embora rapidamente. Pagaram, pegaram nas carteiras e assim aconteceu. Apanharam o primeiro táxi que passou e foram para a sua casinha. Assim que lá chegaram, Jane descalçou os sapatos e massajou os pés. Maura sentou-se no sofá e a detetive fez o mesmo.
—Nunca pensei que tivesses coragem para enfrentar o teu pai daquela maneira… - admirou Jane – e de lhe contar sobre nós.
—Ele mereceu! – disse Maura friamente – e eu não vou esconder de ninguém o que sinto por ti – frisou Maura com uma voz amenizada.
—Eu sei… talvez vocês se devessem perdoar um ao outro.
—Não! Quer dizer… por agora é melhor cada um ficar em seu lado.
Jane percebeu que Maura precisava de apoio. Deu-lhe a mão, e Maura abraçou-a fortemente. Jane gostava quando isso acontecia, gostava de sentir a barriga da amiga inconstada à dela. Sentia uma certa segurança, era estranho. Maura levantou-se e puxou Jane com ela para o quarto. Aquilo era sempre simultaneamente um momento de stress e prazer para a detetive, pois tinha sempre medo de causar algum desconforto em Maura. Uma vez, a patologista fez-lhe a observação de que isso era uma ideia dos homens e ela não soube se havia de considerar isso um insulto ou um elogio (visto que Maura também gostava de homens e ela sabia disso). Jane deitou-se na cama e Maura pôs-se sobre ela… Elas adoravam ficar durante um longo tempo só a beijarem-se e acariciarem-se antes de fazer amor. Começaram a despir-se uma à outra. Era também uma parte prazerosa para ambas. Quando os corpos nuos se tocavam um calor invadia o corpo de Jane. Pela primeira vez, ela rodopiou e ficou sobre Maura. Elas sentaram-se uma em cima da outra.
—Sabes que te amo? – questionou Jane.
—Claro… só não sei porque demoramos tanto tempo para perceber isso… - observou Maura hesitante.
—O amor é lento… mas no final compensa.
—Que poética detetive Rizzoli – disse Maura colocando suas mão nas costas de Jane puxando-a ainda mais para ela.
—Nem sabes o quanto – finalizou Jane antes de deitar Maura novamente na cama e de as duas iniciarem uma dança debaixo dos lençóis.
Quando já dormiam, em posição fetal, encostadinhas uma à outra, Maura ouviu o seu telemóvel vibrar na mesinha de cabeceira. Desencostou-se da namorada para ver quem era. A sua mãe, Constance, estava a telefonar-lhe às duas da manhã. Esqueceu-se do fuso-horário. Constance encontrava-se nos Estados Unidos (mais precisamente num congresso em Dallas) e de lá para Inglaterra eram quase seis horas de diferença. Levantou-se da cama e foi atender na sala para não acordar Jane. Ainda ficou na dúvida se devia atender ou não mas decidiu que sim.
—Boa noite mãe…
—Maura Dorthea Isles, que história é essa de a menina estar grávida! – gritava Constance do outro lado da linha.
—É… verdade mãe… eu estou grávida.
—Como é que foi capaz de esconder isto dos seus próprios pais Maura… deixe-me adivinhar, aposto que a Dr. Hope já sabe – Maura sentia que voltava sempre à mesma conversa quando falava com a mãe adotiva: a mãe biológica. A patologista tinha plena consciência de quem a tinha criado e fazia de tudo para que Constance não pensasse o contrário, mas ela pensava.
—Não mãe, não sabe! O pai também lhe deve ter contado isso.
—Contou sim. E também me contou que agora namora… com uma mulher!
—Sim, eu namoro com a Jane, que tem isso de mal? – agora Maura tinha a certeza de querer assumir perante todos os seus sentimentos por Jane – vocês deviam apoiar-me nisto, mas em vez disso não. Tive uma conversa com cada um e até agora só ouvi críticas – barafustou Maura entre gritos e lágrimas.
—Devias ter-nos contado antes!
—Para quê, para acontecer isto e andar cinco meses a ouvir-vos a dizer mal? Lamento mas não. A senhora nem sequer sabes como eu me sinto, nunca esteve grávida!
Maura arrependeu-se naquele exato momento das suas palavras. Sabia perfeitamente que a sua mãe não podia engravidar e mesmo assim foi tocar nesse ponto tão frágil. Ficou silêncio.
—Adeus… filha – finalizou Constance antes de desligar.
—Estou… estou – mas Maura já não ouvia nada. Sentia-se péssima consigo própria. Rodeou a barriga com os braços e voltou para a cama encostando-se a Jane novamente. Chorou e chorou antes de adormecer. O que ela não sabia era que a detetive tinha ouvido toda a conversa e agora já não tinha a certeza se queria ficar com Maura… só porque não a queria fazer passar por tudo aquilo…
Na manhã seguinte o telemóvel da patologista voltou a tocar. Era o hospital de St. Esther… Maura atendeu rapidamente.
—Maura Isles… Ele acordou! Haha, obrigada, nem sabe o alívio que isso me causa!
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Maura a enfrentar os pais daquele jeito! Grande demonstração de caráter... mas também nos podemos arrepender de algumas palavras...
E as dúvidas de Jane, será que vão prevalecer em relação aos seus sentimentos???
Comentes :)