Sword, Art and Rock n Roll! escrita por Marukito


Capítulo 3
Uma proposta?


Notas iniciais do capítulo

Ta ai pessoal :3
Espero que gostem ♥



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Ai caramba, uma garota me chamou pra conversar! Quase não da pra acreditar, melhor começo de ano da história! E não foi qualquer garota, a Liz é linda e parece ser bem legal. Não vou me precipitar, mas vou tentar ser o mais sociável possível. Respira fundo Kirito... Você consegue. Dane-se que eu falo sozinho.

Celular

Oi Kirito.

Liz! Tudo bem?

Sim, e com você?

Tranquilo.

Eu tava pensando sobre a gente sair...

Que tal amanhã depois da aula?

Tudo bem pra você?

Claro! Pra mim está ótimo.

Vou fazer o dever de casa, e é melhor você fazer o seu.

Beijos!

Até.

Celular off

Então é isso. Agora eu tenho um encontro marcado com a garota mais linda que eu vi nessa cidade até agora. Seu cabelo rosa claro combina tão bem com o rostinho delicado e com traços bem definidos, mas bem femininos. O nariz levemente levantado dava um toque de superioridade e combinava perfeitamente com o sorriso alegre dela. Aquele cheiro doce que me deixou louco enquanto aqueles olhos cor de mel me encaravam com um brilho como das estrelas. Ela tinha uma combinação de delicadeza e sensualidade, um conjunto perfeito eu diria.

TOC TOC TOC

Sugu corta minha linha de raciocínio com algumas porradas na porta, o que não foi tão ruim, já que eu estava começando a ficar com cara de bobo.

— Kirito? Já acabei o banho, pode ir se quiser – disse Su sem abrir a porta do quarto.

— Valeu – falei sonolento, enquanto me sentava na cama – Já tô indo.

Espreguicei-me de forma que minhas costas fizeram um barulho estranho, mas sem problemas. Então me levantei e fui cambaleando em direção ao banheiro, já tirando o pouco de roupa que me restava no corredor mesmo. Abri o chuveiro e a água quentinha caiu sobre mim, a sensação era ótima e eu já me sentia menos cansado. Enquanto me ensaboava fiquei imaginando quem poderia estar me observando na aula, aquilo foi realmente estranho, só espero não ter feito inimigos logo no primeiro dia, mas sei que muita gente não gostou de mim pelo simples fato de eu respirar.

Fechei o chuveiro e me sequei de uma forma rápida, mas nada eficiente, que deixou meu cabelo que é ligeiramente comprido ainda molhado. Prendi minha toalha do Batman na cintura e me olhei no espelho. Adoro me ver, porque sei que não estou nada mal. Então fui pro meu quarto escorrendo um pouco ainda, escolhi uma bermuda preta e uma regata combinando. Podia até estar frio, mas não tava nem um pouco a fim de ficar me agasalhando dentro de casa. Agora limpinho e cheiro, desci pra passar um tempo com a Su.

— Ei Sugu! – falei enquanto ainda descia as escadas, ela estava deitada no sofá, provavelmente usando o WhatsApp – Como foi o primeiro dia?

— Foi divertido, o pessoal daqui é bem legal – respondeu sem tirar a cara do telefone – Pena que não tinha nenhum gatinho. – Olhou pra mim e fez um biquinho, obviamente tirando uma com a minha cara.

— Ah sua peste! – corri em sua direção e pulei no sofá ao lado dela e comecei a fazer cócegas nela.

— Para seu besta! Me larga seu idiota! – ela ria feito uma criancinha.

Ela já estava quase pra me bater, e eu não tava nem um pouco a fim de apanhar, então soltei ela.

— Bom mesmo – disse ela, enquanto ajeitava o cabelo de volta pra tigela de sempre – Da próxima vez você vai ver.

— Ver o que? – eu nunca deixo de provocá-la.

— Ai, seu imbecil! – o dia que a Sugu falar algum palavrão, podem me enterrar, porque isso nunca vai acontecer.

— Tá a fim de ouvir música? – perguntei fazendo como se tivesse tocando uma guitarra.

— Só se for agora! – respondeu Sugu com um sorriso maligno no rosto.

Agradeço por não ter uma irmã que goste de One Direction ou Justin Bieber. Nada contra, mas tenho certeza que eu não ia me dar muito bem com ela. Levantei do sofá e coloquei o pendrive na TV, afinal, o Home Theater dela não deixa agente escutar a própria voz de tão alto que o som pode ficar.

Leve-me de volta pra cidade paraíso

Onde a grama é verde e as garotas são lindas

Você não quer, por favor, me levar pra casa?

Essa musica descrevia bem o que sentia naquele momento, mas já estava me acostumando com a cidade nova, não tinha muita coisa especial, mas até que está perto do meu conceito de “Paradise City”.

Acho que fazendo uma comparação, Pallet podia ser minha “Paradise City” e a capital seria a Jungle.

Bem-vinda à selva

Temos diversões e jogos

Temos tudo que você quer

Querida, sabemos os nomes

Naquele momento eu dançava feito locou, aquela musica mexia comigo e eu não podia ficar parado. E no momento que o Axl grita Cool, me jogo de costas no sofá, totalmente exausto. A dança foi realmente frenética, mesmo só estando eu e a Sugu nos divertimos bastante. Ela se sentou do meu lado, desligou a TV e me olhou, nós dois respirávamos ofegantes.

— Foi divertido – falei, ainda respirando aceleradamente.

— Muito – concordou Su – Mas eu preciso ir pro treino agora, quer fazer companhia pra mim?

Ela me olhava com os seus olhos verdes, aquela cara clichê que todo mundo conhece, mas ninguém consegue dizer não.

— Sério mesmo? – resmunguei, mesmo tendo o resto da tarde livre.

— Só hoje - ela choramingou - É o primeiro dia. Por favor, Kazuto.

— Tá, tá, tá. – aceitei, porque sabia que ela não ia desistir – E eu posso ir vestido assim mesmo?

— Claro cabeçudo, não tem problema nenhum – ela riu de mim com uma cara debochada – Vou subir pra por o uniforme.

Esperei alguns minutos descansando no sofá enquanto Suguha vestia o uniforme, ela não demorou muito então quase não descansei nada. Nós fomos andando ao dojô, nessa cidade nada é longe, então a gente evita usar o transporte público. Acho que esse é um ponto forte daqui.

Chegamos ao dojô. O lugar era bem grande, feito de madeira negra com adornos vermelhos e detalhes em dourado. Dentro tinha um visual clássico, com pouca iluminação e um tatame elevado no centro completava o visual. Na parte baixa havia alguns bancos compridos e eu decidi ficar por ali.

— Boa sorte Su. – falei enquanto me acomodava no banco.

Ali tinha um grupo com mais alguns alunos, talvez uns seis contando com a Sugu. De todos os tamanhos, cores, alturas e formatos. Mas uma silhueta em especial se destacava: uma garota alta de cabelos ruivos, ela estava de lado e a luz batia em seu rosto dando um brilho natural em seus olhos dourados. Ela provavelmente tem a minha idade, o que significa que estuda na mesma escola que eu, já que não tem outra por aqui. Mas confesso que não vi ninguém assim na aula, talvez ela não seja da minha sala, mas com certeza eu a teria notado.

Então, por uma fração de segundo seus olhos encontraram os meus e eu paralisei, senti que aquele olhar não me era estranho... Será que... Não, não tem como, ela não estava na sala, com certeza. Deve ser alguma coincidência.

Mas senti que minha teoria estava errada quando a garota virou o rosto na direção oposta no exato momento em que cruzamos olhares. Ela com certeza já me conhecia.

A partir dali, comecei a prestar atenção no treino, quer dizer, na garota. Ela não olhou mais nenhuma vez na minha direção, na verdade ela parecia extremamente focada no treino, ela... Parecia com raiva?

Cada movimento dela era feito com precisão, elegância e eficiência. O jeito com que ela se empenhava no treino eu podia dizer que era bem sensual, precisava conhecer essa menina. E quem sabe descobrir o porquê dela ter essa raiva de mim. Se é que ela tem raiva de mim... Enfim, é só perguntar pra Sugu o nome dela depois, não vou ter problema com isso, depois na aula amanhã se o professor falar o nome dela durante a chamada já vou saber que ela é da minha sala.

Durante o resto do treino, decidi prestar atenção no meu celular, não queria que ela percebesse ou que alguém percebesse, afinal não sei se ela tem algum namorado brutamonte que está de olho nela ou alguma coisa desse tipo. Estava jogando Pou com muita alegria, quando de repente alguém toca meu ombro. Um arrepio sobe da minha espinha até a nuca e os pelos do meu braço se levantam. Eu tiro a cara do celular com cautela...

— Ah... – respiro aliviado – É você maninha.

— Claro que sou eu. Quem mais seria? – ela me estendeu a mão – Vamos pra casa?

— Dormir aqui que eu não vou – levantei com a ajuda dela. – Vamos andando.

Andamos metade do caminho em silencio quando decidi tirar minhas duvidas sobre aquela menina dos olhos brilhantes.

— Ei – comecei – O que achou do treino?

— Foi bem pesado – resmungou Suguha.

— Fez algum amigo? – me aproximei do objetivo.

— O pessoal daqui parece que não é de falar muito – então perdi a paciência.

— Mas a garota ruiva tem nome? – falei um pouquinho mais alto que o normal.

— Hmmmmmmm – ótimo, agora ela vai ficar me zoando – Já se apaixonou é?

— Não! Nada a ver! – falei em tom alto.

— Uhum sei! – provocou – Quer saber o nome dela? Eu te conto.

— Sério? – falei inocentemente.

— Claro – ela sorriu de forma maliciosa – Eu tenho uma proposta.

— Uma proposta?


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Notas finais do capítulo

Comentem, please :D
Até mais anjinhos ;)



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